(Nota: ... não tem nada a ver com PS Figueira.)
Via Diário as Beiras
«A canonização de Mário Soares por ocasião dos cem anos sobre o seu nascimento tem pouco de surpreendente para quem conhecer de Serge Moscovici a definição de sociedade como “machine à faire des dieux”. Sacros ou profanos, os deuses que criamos destinam-se acima de tudo a abençoar os seus crentes e criadores e, já agora, se necessário, a amaldiçoar os seus incréus. Soares, como qualquer outra figura humana, assim o fez, honra lhe seja, não enquanto presumível deus, mas enquanto controvertido homem.
Imagem via Miguel Almeida |
Miguel Sousa Tavares no Expresso desta semana.
«Ao pé de Soares e dos da sua geração, nenhum dos políticos de hoje vale absolutamente nada. Aqueles tinham causas; estes têm oportunidades. Aqueles, mesmo quando aos tombos, queriam o bem; estes, na melhor das hipóteses, não sabem o que querem.»
Santana Lopes, no dia 7 de Dezembro de 2023, na cerimónia de inauguração das comemorações do centenário do nascimento de Mário Soares, na Figueira.
«No tempo em que vivemos precisamos de inalar exemplos destes para podermos ter força para lidar com este mundo complicado em que vivemos».
Foto sacada daqui |
Agora, o antigo primeiro-ministro e ex-presidente do PSD Pedro Santana Lopes, actual presidente da câmara da Figueira da Foz, participa na terça-feira num debate inserido nas jornadas parlamentares do Chega, em Coimbra.
As jornadas abrem na segunda-feira à tarde, dia em que se realiza um painel moderado pela deputada Cristina Rodrigues, com a intervenção de Ricardo Martins, da Ordem dos Advogados, do bastonário da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução, Paulo Teixeira, de Nuno Barroso, da Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária, e do deputado Gabriel Mithá Ribeiro.
No mesmo dia realiza-se ainda um segundo painel, com intervenções de Leonel Frazão, do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Marçal, do Sindicato dos Funcionários Judiciais, da assessora jurídica Mariana Moura e do deputado Henrique de Freitas.
Diário as Beiras: "Mais de 150 lugares cobertos no Eurostars para usufruto público já na passagem de ano".
«Santana Lopes recupera a decisão de construir um parque de estacionamento no parque das Gaivotas. Mas, em vez de ser subterrâneo, será construído em altura, com capacidade para 160 lugares. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, que fez o anúncio na reunião de câmara, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que o parque terá três pisos, o último destinado a restaurante ou bar. Os custos da construção, ressalvou Santana Lopes, serão suportados pela Dornier, a concessionária do estacionamento à superfície na cidade da Figueira da Foz. Aliás, o edifício será construído numa zona concessionada a esta empresa. Assim sendo, o executivo camarário assume que desistiu do parque de estacionamento subterrâneo de apoio ao Mercado Municipal Engenheiro Silva, previsto para junto da marina de recreio ou para o parque das Gaivotas. Santana Lopes frisou, a este jornal, que o parque de estacionamento subterrâneo deparou com vários obstáculos. A morfologia do terreno, devido à proximidade ao rio e ao mar, é um deles. O principal óbice, contudo, é o preço da construção. “A concessionária [Dornier] não aceitou ser ela a construir o parque subterrâneo”, ressalvou o autarca. A recusa da empresa obrigava o Município da Figueira da Foz a financiar a obra, que ascendia a vários milhões de euros. Foi ainda feita uma tentativa de aquisição, pelo município, de um edifício contíguo ao referido mercado municipal, mas o preço pedido pelo proprietário inviabilizou a aquisição.
Ainda acerca de estacionamento, Santana Lopes avançou que os lugares do parque coberto do hotel Eurostars destinados ao município da Figueira da Foz, que o atual executivo camarário reclamou, após ter descoberto, este ano, o protocolo anteriormente assinado com o promotor do imóvel, estarão disponíveis para uso público na passagem de ano. No início do próximo ano, a autarquia figueirense procederá a trabalhos no espaço – limpeza, sinalização e outras pequenas intervenções – , após os quais o estacionamento destinado ao público naquela unidade hoteleira passará, definitivamente, a parque público pago. Estão em causa mais de centena e meia de lugares de estacionamento coberto, que podiam estar a ser utilizados desde 2014, no âmbito da licença de utilização da unidade hoteleira, mas o protocolo não foi acionado, o que gerou indignação junto do atual executivo camarário. “Se o PS esclarecer se podemos ter ou não os lugares que estão escritos para uso público no hotel Eurostars, não são precisos mais [lugares de estacionamento na cidade]. Estamos à espera”, afirmou Santana Lopes, em declarações a este jornal, no início deste ano.»
Nota de rodapé, via Jornal de Notícias.
"O último inquérito do INE sobre a pobreza traça o retrato de um país miserável. Há um dado positivo, é certo: de um ano para o outro, são menos 20 mil portugueses na pobreza. O problema é que continuam a ser mais de 1,7 milhões no total. Descontada essa irrelevância estatística, tudo o resto é deprimente. Começando pelos mais velhos, não havia tantos pobres desde 2007: mais de meio milhão de pessoas, com uma incidência brutal entre os que vivem sozinhos. Este dado demonstra que as subidas das pensões dos últimos anos não foram capazes de compensar o agravamento do custo de vida. Serviram apenas para afagar o ego de políticos pouco competentes. Quando se olha para os dados relativos à privação social e material severa, ou seja, para os mais pobres dos pobres, e apesar de uma ligeira melhoria, o cenário é igualmente catastrófico: aproximam-se do meio milhão de pessoas (crianças incluídas). Estar nesta categoria de mera sobrevivência significa que não se consegue aceder a pelos menos sete de uma lista de 13 bens e serviços básicos. Aliás, quando se observa o detalhe dessa lista, a miséria é avassaladora: 250 mil pessoas não conseguem fazer refeições de carne ou peixe; 600 mil têm a renda, o empréstimo ao banco ou as contas da casa atrasados; 650 mil não conseguem comprar roupa nova, por muito que precisem dela; mais de milhão e meio não têm dinheiro para aquecer a casa. Não consta que nada disto vá ser alvo de uma sessão especial no Parlamento. E muito menos discutida numa comissão de inquérito. A pobreza não é sexy. Não dá soundbites. As testemunhas não seriam apresentáveis. O oposto dos ilustres dos bancos, das TAP e de outras vigarices disfarçadas com perfumes caros e almoços em restaurantes de luxo. É pouco provável que os deputados gastem o seu tempo com minudências e é pena. Porque podia ser que algum, fosse ele populista ou moderado, de direita, centro ou esquerda, aproveitasse tal debate para a proposta que aqui deixo: indexar os salários dos políticos (de todos eles, da autarquia ao palácio) à pobreza. Quanto menor a taxa (incluindo idosos, crianças e quem vive em privação severa), melhor o salário. Quanto mais pobres no país, pior o salário."
"Os gerentes da Trust in News (TIN), dona das revistas Visão e Exame, não vão ficar à frente do processo de insolvência do grupo de media, mas esta nem é uma má notícia para os trabalhadores do grupo de media pertencente ao ex-jornalista Luís Delgado. Pelo contrário, o seu afastamento, hoje decretado pelo Tribunal de Sintra, abre portas à possibilidade de venda de 16 títulos da imprensa portuguesa a outros investidores, com a ‘vantagem’ de poderem ser comprados sem quaisquer dívidas, embora com o poder de reajustamento das redacções. Este é mais um episódio de uma crise financeira num grupo de media, que começou a ser denunciada pelo PÁGINA UM em Julho do ano passado após detectar dívidas de milhões ao Fisco e à Segurança Social permitidas pelo Governo socialista. A Trust in News nunca esteve na lista de devedores do Estado mesmo se os ‘calotes’ se iniciaram logo após a compra em 2018 dos títulos à Impresa, do grupo de Francisco Pinto Balsemão, que se livrou de autênticos ‘activos tóxicos’. Luís Delgado arrisca agora, além de condenações por abuso de confiança fiscal, a ser processado por falência fraudulenta. E o Estado vai perder mais de 15 milhões de euros."
Via Página UM
"O PS, em maioria na Assembleia Municipal (AM), deverá viabilizar o Orçamento do Município da Figueira da Foz, quando, no dia 20 deste mês, for votado naquele órgão autárquico.
Ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, junto de fontes socialistas, existem dois cenários: abstenção ou os deputados municipais diretamente eleitos votarem contra e os presidentes de junta eleitos pelas listas do partido votarem a favor.
Esta possibilidade garante a aprovação do orçamento apresentado pelo executivo camarário FAP/PSD.
Votar contra em bloco, afiançaram as mesmas fontes, estará fora de causas, já que partido da rosa não quer assumir o ónus político de “chumbar” um orçamento que investe 45 milhões de euros em projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência - a maior parte em habitação, escolas e unidades de saúde – , podendo comprometer a execução das empreitadas. O Orçamento do Município da Figueira da Foz, de 139 milhões de euros, foi aprovado na terça-feira, na sessão de câmara, com os votos a favor dos cinco elementos do executivo municipal, liderado por Santana Lopes, e da vereadora socialista Glória Pinto. Os restantes vereadores do PS votaram contra".