quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Na reentre, mais do mesmo na política figueirense...

Tendo mais com que ocupar o tempo que resta de uma vida, tenho andado desatento aos melodramas da ficção política local.
Aliás, penso ser esta a posição maioritária do figueirense comum. 

Em Setembro de 2024, um leigo político como eu, não consegue ver vida política na Figueira, muito menos vida partidária, oposição - muito menos ainda líder da oposição.
Politicamente falando, em Setembro de 2024, a Figueira tem a situação - que o mesmo é dizer: Pedro Santana Lopes.

O resto são inutilidades avulsas que não sabem o que fazer.
A oposição sombra, acaba na sombra: as caras são poucas, os porta-vozes são ineficazes e as venerandas figuras não têm disponibilidade para criticar o executivo. 

Num concelho relativamente pequeno, onde as oportunidades não abundam, a sociedade civil (esse sonho de todos os conspiradores, renovadores e revolucionários) prefere ter boas relações com o poder, a dar apoio explícito a uma oposição que tem apenas a oferecer um futuro longínquo, portanto, pouco aliciante no imediato.

O resto, as diferenças ideológicas e as alternativas políticas, não existe.
Por conseguinte, as saídas são redutoras. Não esquecer que, em 50 anos de regime democrático, por escolha do Povo, vivemos num concelho governado quase sempre pelo PS e por Santana Lopes.

O eleitorado é conservador e não está disponível para grandes transformações.
O normal, por cá, é um discurso político cuidadoso, que não perturbe, assuste, nem comprometa o status, que é aquilo que rende votos no eleitorado do centro. 

Para não ir mais longe, recordo que foi assim que João Ataíde ganhou. 
E foi também assim que Santana Lopes chegou, nas duas vezes em que concorreu, a presidente de Câmara da Figueira da Foz. 

Porém, a reentre política, em 2024, na Figueira, tem sido acidentada.
O que se passa?
Já estão a ser aquecidos os motores para Março/Abril/Maio/Junho de 2025, quando começar a disputa pelos lugares nas listas? 

Quem já viveu muito, sabe que os cravos na Figueira nunca tiveram muita saúde.
Por outro lado, quem há cinquenta anos viveu o dia de todos os sonhos do mundo, sabe também que é muito difícil voltar a viver (se alguma vez voltar...) um novo e verdadeiro “dia das surpresas”.
Entretanto, não deprimam e, sobretudo, não desesperem.
Na Figueira, a esperança está  sempre nesse elemento fundamental das nossas vidas e que nos acompanha 365 dias por ano: o vento
Será que alguma vez soprará a favor da mudança?
O banco, sem utilizadores, faz lembrar o vazio da tristeza em que vegeta a vida politica figueirense. Presumo que este banco tenha sido colocado naquele lugar, para facilitar o diálogo, mesmo em silêncio, ou em contemplação. Presumo, também, que o objectivo fosse estabelecer algum tipo de relacionamento. Será que os figueirenses alguma vez se vão conseguir sentar num banco (mesmo poético) para trocar ideias?..

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Heranças dos executivos camarários do PS

 Via Diário as Beiras


50 mil euros para escolas de música das filarmónicas do concelho

 Via Diário as Beiras

Gliding Barnacles realiza-se de 18 a 22 deste mês

 Via Diário as Beiras

Para ler melhor clicar na imagem

Padre não quer obedecer à ordem do bispo

Padre de Coimbra recusa transferência de paróquias


«O pároco de Dornes, Areias, Bêco, Chãos e Paio Mendes, em Ferreira do Zêzere, não aceita a transferência ordenada pelo bispo de Coimbra e garante que não tenciona mudar e tomar posse de novas paróquias para onde a diocese indicara. O padre Manuel Vaz Patto, de 24 anos, recusa ser transferido para as novas paróquias em Oliveira do Hospital, contrariando a ordem de Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, num comunicado tornado público nas redes sociais. “Estando ainda por acabar o meu mandato e pelo respeito que me merece a ligação sacerdotal que me une a todos os meus paroquianos das minhas atuais paróquias, sempre recusei a proposta de transferência, desde que me foi feita pela diocese, não fazendo tenção de me mudar e tomar posse de novas paróquias”, afirmou Vaz Patto. O sacerdote é conhecido pelas suas posições tradicionalistas e é contra, entre outros rituais, a comunhão na mão.»

O mirandês

Capicua

«Hoje, já na terceira década do século XXI, ensina-se mirandês nas escolas do concelho (com uma adesão esmagadora por parte dos estudantes), já há traduções de clássicos da literatura para mirandês, dos “Lusíadas” ao “Principezinho”, há bandas de dimensão nacional que cantam em mirandês como os Galandum Galundaina, há uma consciência cultural e política de que é preciso valorizar o mirandês como um património comum, mas apesar disso tudo, a língua está em perigo. Nas últimas sete décadas, o planalto mirandês perdeu metade da sua gente. O advento dos meios de comunicação em massa disseminou o uso da língua portuguesa nos quotidianos e a transmissão intrafamiliar do mirandês foi enfraquecendo. Nunca, como hoje, o mirandês esteve em risco de extinguir-se e é irónico que nem a proibição ativa tenha sido tão eficaz na sua erosão. É irónico que no momento em que há mais registos escritos e documentação sobre a língua haja cada vez menos falantes. Como é irónico que as autoridades, municipais e nacionais, demonstrem as suas teóricas boas intenções, ano após ano, mas que tão pouco seja feito de concreto para salvar o mirandês.»

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Morreu Graça Lobo

Foto daqui
«...a actriz — e mulher — que tinha “a mania da liberdade”.»

"... preservação/requalificação, ou falta dela, do património edificado concelhio"...

Via Município da Figueira da Foz

 

Ser "mesquinho e malandro" é isto mesmo...

Via P Santana Lopes

 

Há gente muita fraquinha e atrasada não há?
Nota de rodapé.

Passe a publicidade, de todo imerecida...
"Errar é humano, assumir o erro é ter caráter!"

Por vezes, quando não se querem enfrentar os factos opta-se pela ficção...

Pinto Luz: longe vão os tempos dos arrufos com Santana Lopes.

Ontem, em directo no Now, Pedro Santana Lopes admitiu que pode vir a ser candidato presidencial 2026.
Em Setembro de 2024, na Figueira, o verdadeiro problema é que em política existe aquilo a que se chama o vazio.
Quer o PS/Figueira, quer o PSD/Figueira, são partidos onde existe o vácuo absoluto, em ideias, em liderança, em afirmação do poder.
É ele o melhor seguro de vida de Santana nas suas aspirações futuras.
Quer na Figueira, quer no País...

"De acordo com o que se sabe, a área inicial para a eventual exploração de caulinos na freguesia de Vila Verde é de 46 hectares. Mas pode ir até mais de 100 hectares"...

 Via Diário as Beiras

domingo, 8 de setembro de 2024

Com drama

João Rodrigues


"Carmo Afonso foi saneada da última página do Público. Era uma das cronistas mais populares e nenhuma explicação foi dada, logo a mais óbvia permanece. Foi substituída por Pedro Adão e Silva... 

Desde que começou a escrever há meses na última página d Público, Adão e Silva ainda não encontrou oportunidade para se debruçar sobre o genocídio em curso na Palestina, mas já escreveu várias vezes sobre Kamala Harris, incluindo sobre os seus gostos musicais. É uma das principais apoiantes do mortífero colonialismo sionista e já garantiu que vai persistir na linha de sempre dos EUA. 

Carmo Afonso escreveu no Público que “a desdramatização daquilo que é dramático é uma modalidade nacional”. É uma modalidade que Adão e Silva pratica, tal como o surf, sobre o qual de resto já escreveu bem. Será que Pedro Adão e Silva vai continuar a desdramatizar também pelo seu silêncio?"

A oposição na Figueira não podia ser mais qualquer coisinha do que mera ficção?

Excerto de um comunicado do gabinete de imprensa do Partido Socialista da Figueira da Foz.
"Maiorca é uma zona que possui um edificado ímpar no Concelho e merece um estudo arquitetónico e urbanístico que dignifique a Freguesia e a Figueira da Foz."
Para ler na íntegra clicar aqui.

Resposta de Pedro Santana Lopes.
"NEM NUNCA LÁ ENTRARAM
Estas pessoas têm uma lata sem limites!!! Mesmo sem limites. Deixaram o dito Palácio sem teto, com o chão no primeiro e segundo andares todo cheio de buracos. E decidiram só fazer uma mini-obra para os caixilhos das janelas, cerca de 100 mil euros. Agora custa dois milhões e meio!!… Quando dizem para não se vender é para se fazer o que lá fizeram, ou seja, NADA??? Agora querem financiamentos. Porque não trataram? Acham que nós somos capazes e, portanto, eles incapazes? Agradecemos muito.
Mas é demais: dos 3 Vereadores da Oposição que estavam na reunião de Câmara, nenhum alguma vez entrou no dito Palácio.
Sem palavras."

sábado, 7 de setembro de 2024

Quando o freguês é o dono

 Imagem via Jornal de Notícias

"O Estado ainda funciona no juízo de autocrítica quando se lê o Relatório da auditoria da Inspecção-Geral das Finanças às contas e ao dossier de privatização da TAP. E esta é a melhor (porventura a única) boa notícia que levamos disto. Num juízo de apreciação sobre si mesmo, o olhar de um organismo de Estado sobre as várias acções governativas relativas à companhia aérea é o espelho-reflexo da mediocridade de uma chico-esperteza com a qual ninguém pode ser conivente, assim como da mediocridade da subjugação a interesses alheios num respeitinho parolo de encarar uma mentira como se de uma verdade insofismável se tratasse.

Os 203 milhões de euros que David Neeleman não meteu na TAP, “utilizando” a dívida da empresa para pagar os 61% do capital da companhia que “comprou” ao Estado, são de bradar aos céus e bem para lá das piores nuvens. Neste mundo novo da especulação espertalhona, privatização e capitalização não rimam. É à vontade do freguês, sendo que o freguês é o dono. Quem sofre é a TAP mas quem paga somos todos. A vergonha tem de ter rostos num negócio ruinoso tantas vezes sinalizado, avisado, criticado e tardiamente escrutinado.

As assinaturas valem e a responsabilidade de decidir tem de ser levada ao confronto. A gigante pressão para garantir que há consequências políticas a retirar deste processo pode fragilizar alguns, sem que isso signifique apunhalar a verdade. Miguel Pinto Luz assina a privatização, mas não tem de ser levado ao sacrifício quando não negociou o que quer que fosse de um negócio encerrado. Este simulacro de negócio tem um nome pouco eventual: Maria Luís Albuquerque, na altura ministra do Estado e das Finanças, resolveu brincar com o nome do país, não podendo desconhecer que o cumprimento das obrigações de Neeleman se fazia com o dinheiro da própria TAP. É verdadeiramente inenarrável que Luís Montenegro não tenha já arrepiado caminho quanto à sua nomeação para comissária europeia. Se a ex-ministra não lhe facilitar a vida em nome da própria defesa, compete a Montenegro decidir se pretende arrastar este Governo para o tipo de lamaçal que permitiu adensar o ambiente para a desacreditação da governação de António Costa.

Exige-se agora um mínimo de seriedade. Ninguém ignora que fomos todos ludibriados mesmo que nem todos percebamos como, tal a complexidade do processo. Há um patamar de decência que os responsáveis governativos têm de trilhar para não perderem o que lhes resta de capital político. Já se faz tarde. Para aquela parte do capital da TAP que se foi esvaindo na indecência, no ardil e na ilegalidade, há que encontrar culpados. Aqui, a culpa não é um capital de todos."

Texto Miguel Guedes, músico e jurista

Município solicita à população que utilize o serviço de Recolha de Monos e Verdes, em vez de os abandonar indiscriminadamente na via pública



"... 
o Município está a promover uma campanha para o abandono de resíduos, designada «O abandono de resíduos é crime!» “[Vamos pôr um] Ponto Final”, através da qual relembra, as formas corretas e cómodas de acondicionar os resíduos, bem como divulga o serviço de Recolha de Monos e Verdes, disponível.

Através de uma simples chamada telefónica 233 436 576 pode agendar a recolha dos resíduos, ou em alternativa pode entregá-los diretamente nos Serviços de Higiene e Limpeza da Câmara Municipal (Estrada de Mira), nos dias úteis entre as 08h30 – 16h00.
É de extrema relevância que os munícipes estejam consciencializados para a necessidade de contribuírem para a manutenção do bom estado de limpeza do espaço público, um local partilhado, que exige de cada um o mesmo cuidado dedicado ao espaço privado.
Assim, o município solicita à população que utilize o serviço de Recolha de Monos e Verdes, em vez de os abandonar indiscriminadamente na via pública.
Só assim será possível manter os espaços públicos limpos e consequentemente contribuir para a higiene e salubridade do território, bem como para a saúde de todos quantos nele habitam ou o visitam."