segunda-feira, 8 de julho de 2024

Eleições em França: entre uma vitória da esquerda e uma derrota da extrema direita existem muitas diferenças

Ontem realizaram-se eleições em França. Hoje, parece que no mundo, na europa e em Portugal, se sente um alívio no ar. Há mesmo quem considere que o que aconteceu, ontem, foi uma vitória da esquerda! 
A meu ver, porém, o que houve, o que já não foi pouco, foi a derrota da extrema-direita.
A aliança de esquerda venceu as eleições legislativas em França, sem maioria absoluta. A vitória da NFP mantém em aberto a formação do novo governo de França, uma vez que nenhum dos blocos que concorreram às eleições legislativas antecipadas alcançou a maioria absoluta.
A coligação de esquerda alcançou entre 177 e 198 lugares na Assembleia Nacional enquanto a aliança centrista do Presidente francês, Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar, com 152 a 169 lugares. A União Nacional, de extrema-direita, que obteve a liderança na primeira volta ficou em terceiro lugar no domingo: entre 135 e 143 deputados.
Porém, o líder da União Nacional (RN na sigla em francês), Jordan Bardella, salientou que o partido registou o seu "maior avanço na história", duplicando o número de deputados, e criticou "os arranjos eleitorais" que "atiraram a França para os braços da extrema-esquerda".
"A aliança da desonra e os arranjos eleitorais perigosos negociados por Emmanuel Macron e Gabriel Attal com as formações de extrema-esquerda impedem os franceses de terem uma política de recuperação nacional", criticou Bardella, enquanto Marine Le Pen, figura de proa do partido da extrema-direita, garantiu que a vitória ficou "apenas adiada".
O Partido Socialista francês, integrado na NFP, avisou que não aceitará qualquer "coligação de opostos que traia o voto dos franceses e prolongue as políticas macronistas"
"França merecia mais do que a alternativa entre neoliberalismo e fascismo", declarou o líder do PS francês, Olivier Faure.
Stéphane Séjourné, secretário-geral do partido do Presidente francês, o Renascimento, afirmou ser óbvio que a NFP "não pode governar a França", uma vez que nenhuma coligação tem maioria na Assembleia Nacional.

Candidato a presidente de câmara pelo PS para 2025: “a seu tempo, e após a reunião dos respetivos órgãos, será tomada a decisão”...

Conforme demos notícia ontem aqui, a deputada Raquel Ferreira venceu as eleições internas para a Concelhia da Figueira da Foz do PS com 73,80% (33 mandatos) dos votos, contra os 26,19% (12 mandatos) obtidos pelo ex-vereador Miguel Pereira.
Porém, as eleições internas dos socialistas figueirenses não estiveram isentas de controvérsia. Miguel Pereira queixou-se de não ter visto a sua candidatura considerada como Lista A, afirmando que foi o primeiro a apresentar os respetivos documentos na Federação Distrital de Coimbra. 
O seu desejo, contudo, não foi aceite pela distrital de Coimbra, que considerou que, de acordo com os regulamentos do partido, o processo devia ter sido tratado na Concelhia. 
O diferendo, foi resolvido através de sorteio, cujo resultado ditou que a candidatura de Raquel Ferreira fosse a Lista A e Miguel Pereira a Lista B.
Depois de conhecidos os resultados, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Raquel Ferreira reconheceu que o principal desafio que tem pela frente é o processo das eleições autárquicas de 2025. “A Figueira precisa de alterar esta política desastrosa da indecisão, do hoje sim e do amanhã não”, sustentou. 
O PS é oposição na câmara, com quatro vereadores, contra cinco da maioria FAP/PSD, liderada por Santana Lopes, e tem a maioria absoluta na Assembleia Municipal. Por outro lado, preside a 11 das 14 juntas de freguesia – a FAP lidera em duas e o PSD numa. 
Questionada sobre o perfil do candidato do PS à Câmara da Figueira da Foz, Raquel Ferreira respondeu assim: “a seu tempo, e após a reunião dos respetivos órgãos, tomaremos a decisão”.

Está aberta a caixa de pandora...

 Via Correio da Manhã

Passados anos sobre a última polémica, a Federação do PS de Coimbra volta a estar envolvida num caso de alegadas falsificações ou irregularidades

Apesar de a gente saber, há muito, que às vezes isto acontece, ainda nos admiramos com notíciass deste teor!...
Expresso do dia 5 de Julho de 2024:
"Mais de 200 fichas de militantes deram entrada na sede nacional do PS com datas de aprovação em dias em que não houve qualquer reunião do secretariado para as aprovar. E há outras 800 sob suspeita. Dirigentes da federação já fizeram participação ao Ministério Público. Tudo em vésperas de eleições internas para as concelhias que se realizam este fim de semana".

Carvalho da Silva, tem uma experiência de 25 anos a liderar a CGTP, a que soma a investigação académica

"... partilho, também, a partir de investigação que temos feito, da opinião de vários atores desta área que têm dito que os salários em Portugal, com a produção da riqueza que temos, estão 20% abaixo do que deviam ser."

Maioria dos barcos de pesca portugueses está envelhecida

Três vítimas de naufrágio na costa da Marinha Grande foram sepultadas este sábado na Figueira da Foz. 
O Presidente da República esteve presente e homenageou pescadores e famílias. 
Buscas por desaparecidos prosseguem.
Via
Jornal de Notícias
«Alexandre Mendes, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Centro (STPC), confirma que a maioria dos barcos está a necessitar de se modernizar. “É a mesma coisa que ter um carro com 30 anos”, exemplifica. Contudo, lamenta que os apoios do Mar 2030 sejam muito reduzidos para substituir um barco envelhecido por um novo. 
“Uma embarcação com equipamentos novos tem um custo elevado e não está ao alcance dos armadores fazerem essa atualização”, sublinha. “O barco que naufragou, se calhar, custa 1,5 milhões de euros”
O coordenador do STPC manifesta, sobretudo, preocupação com as famílias dos três pescadores que morreram no naufrágio, por terem ficado “sem ganha-pão”, tal como eventualmente sucederá com as dos três desaparecidos. 
Critico em relação às declarações de responsáveis políticos sobre a importância da pesca e dos pescadores nos momentos de tragédia, denuncia o “desinvestimento e a destruição do setor, a perpetuação de baixos rendimentos e as condições de trabalho indignas”. “É injustificável que a profissão de pescador não tenha um salário mínimo, deixando cada profissional à mercê das circunstâncias diárias da faina”, defende Alexandre Mendes. 
“Simultaneamente, acumulam-se os lucros dos que vivem à custa da especulação do preço do pescado”. A título de exemplo, refere ao JN que “a sardinha é comprada no supermercado a 6,7 ou 8 euros o quilograma, quando na lota não chega a um euro”

sábado, 6 de julho de 2024

364 MINUTOS SEM MARCAR!..

A derrota de Portugal frente à França, no desempate por penáltis, nos quartos de final do Europeu 2024, domina hoje as primeiras páginas dos jornais desportivos nacionais. 
«A Bola», na primeira página, diz que a «Falta de pontaria atira a seleção para casa».
Nesta prova jogámos mais de 6 horas, precisamente 364 minutos, sem marcar. 
Ontem, «Portugal teve as melhores oportunidades, mas não conseguiu bater Maignan»
«No desempate por penáltis, Félix acertou no poste e a França não falhou».
Não me perguntem é como uma equipa que está seis horas a jogar futebol e não marca um golo, tem aspirações a ser Campeã europeia da modalidade?

Mas nada disto é dramático, ou sequer muito importante.
Como escrevi antes do jogo com a França, o selecionador Roberto Martínez afirmou  que vive bem com as críticas que tem recebido no Euro 2024 de futebol.
Já somos dois a viver bem com as críticas (ele deve viver melhor...).

Isto é muito simples.
Se Portugal ontem tivesse ganho, a equipa de futebol "escolhida" por Roberto Martinez seguia para as meias finais.
Se Portugal perdesse, que foi o que aconteceu,  a equipa de futebol "escolhida" por Roberto Martinez seguia hoje para Portugal.
Eu vou continuar a (sobre)viver bem.
O Roberto Martinez vai continuar a viver bem, mas talvez um pouco pior...

Tudo isto, incluindo este texto, não vale um caracol.
O que esteve em causa foi apenas uma partida de futebol entre uma equipa "escolhida" por Roberto Martinez e uma equipa comandada por Didier Deschamps.
Portugal não foi, a meu ver, uma selecção: uma selecção, neste caso de jogadores de futebol, implicaria terem sido escolhidos e postos a jogar os melhores por um seleccionador, e não por um gestor de negócios numa poderosíssima indústria que se chama futebol.
Foi isso,a meu ver, que aconteceu com a representação futebolística portuguesa no Europeu 2024.
 
Eu gosto é de ver jogar bom futebol, que foi coisa que não vi jogar Portugal neste Europeu 2024.
Quem quiser que discuta os sucessivos erros de casting que foram as substituições de Roberto Martínez, ele próprio o maior erro de casting que ainda sobrevive por cá graças ao Diogo Costa...

"Com amigos destes, quem é que precisa de inimigos"?

Drama!
Aconteceu na Assembleia Municipal de Lisboa
Antes das eleições, queriam-no na campanha todos os dias. Vencidas as eleições, deixaram de lhe atender o telefone e nem responderam aos mails!.. 
Mais do que dramático, parece mesmo um acto de compunção...

"Virgem Dolorosa", mais um para rol imenso de acidentes no mar

Nos últimos 14 anos parece que se abateu uma calamidade sobre as comunidades piscatórias do nosso PaísVila do Conde, Póvoa do Varzim, Cova e Gala, Buarcos, Costa de Lavos, Leirosa, Praia de Mira, têm sido fustigadas por sucessivos acidentes no mar, em especial na orla costeira da região centro.
O naufrágio 3 de Julho, envolvendo pescadores do concelho da Figueira da Foz, até ao momento com um saldo de três mortos e três desaparecidos, ocorrido a cerca de uma milha náutica, entre São Pedro de Moel e a Praia da Vieira, está longe de ser um caso isolado.
Porém, tavez o mais presente na nossa memória, seja o que ocorreu em 6 de Outubro de 2015. Nesse dia, deu-se a tragédia do naufrágio do arrastão "Olívia Ribau", na entrada da barra do porto fluvial da Figueira da Foz. Morreram cinco dos sete pescadores (seis figueirenses, e um da Praia de Mira).
Luís Pereira, antigo pescador e mestre, que perdeu dois irmãos nesse naufrágio, dá conta na edição de hoje do Diário as Beiras, o que representa para uma comunidade piscatória uma tragédia marítima: "para cada um dos seus elementos da é como se tivesse morrido um familiar."

Piscina Mar vai estar disponível para ser utilizada pelo púbico a partir do próximo dia 15


Após um encerramente que durou vários anos, a piscina-mar reabre no dia 15 deste mês, com apoio de bar e lavabos, disse ontem o presidente da Câmara da Figueira da Foz. 
Isso acontece, segundo o que Santana Lopes avançou no decorrer da reunião de câmara, depois deste equipamento municipal ter sido submetido a obras de reabilitação essenciais à sua reabertura. 
Os restantes serviços do complexo turístico municipal, incluindo o restaurante, permanecem encerrados. Para já, terá balneários e um bar de apoio. 
Um projeto mais abrangente, envolvendo a reabilitação da estalagem (com apartamentos ou quartos virados para a piscina), «está pendente de uma resposta da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC)». «Há possibilidade do Hotel Vila Galé ficar com a piscina e a estalagem, fez um projeto e estudo prévio e seria a solução natural neste momento, assumindo a responsabilidade do investimento na zona envolvente» 
Santana Lopes, segundo o Diário de Coimbra de 14 de Junho passado, disse que a DGPC já visitou o local. Classificado como Imóvel de Interesse Público, o complexo Piscina Mar, na marginal da praia, foi projetado na década de 50 pelo arquiteto Isaías Cardoso e funcionou com acesso público até aos anos 90. Na sua primeira presidência do Município da Figueira da Foz, Santana Lopes foi responsável pela sua reabertura, em 2001. 
Depois de concessões limitadas no tempo foi encerrada, estando desativada há vários anos. 
Entertanto, o executivo camarário mantém conversações com o Grupo Vila Galé, com vista à reabilitação e exploração, pelo privado, do complexo completo.

sexta-feira, 5 de julho de 2024

A concelhia do PS/Figueira vai amanhã a votos

O processo foi tudo menos pacífico. Entretanto, segundo a edição de hoje do Diário as Beiras, "o diferendo sobre o nome das duas listas concorrentes à Concelhia da Figueira da Foz PS foi resolvido através de um sorteio".
Ontem, Miguel Pereira, na página da sua candidatura no facebook, informa sobre "os recentes acontecimentos relacionados com a entrega das listas, à concelhia da Figueira da Foz e os procedimentos subsequentes".
 

Naufrágio do "Virgem Dolorosa": funerais das vítimas realizam-se amanhã

Imagem via Diário as Beiras
Texto via Campeão das Províncias
«Os funerais das três vítimas mortais do naufrágio do barco "Virgem Dolorosa", ocorrido a cerca de uma milha náutica, entre São Pedro de Moel e a Praia da Vieira, realizam-se no sábado, no concelho da Figueira da Foz. Segundo Miguel Oliveira, o primeiro funeral realiza-se às 11H00, no Centro Funerário Oliveira, na Figueira da Foz (distrito de Coimbra), local onde às 14H00 começam as cerimónias fúnebres de outro pescador. Às 16H00, na Igreja Matriz de Lavos, decorre o funeral da terceira vítima mortal do naufrágio.»

Três dias de luto municipal

Hoje, amanhã e depois, a Bandeira Municipal vai estar colocada a meia haste

Realiza-se hoje a primeira reunião de câmara do mês


A primeira reunião de câmara ordinária do mês de JUlho realiza-se hoje, pelas 17H00. 

A abertura dos concursos públicos para as empreitadas de reabilitação de dois imóveis do Ministério da Defesa, para habitação com renda acessível, e da Escola Secundária Bernardino Machado são dois dos assuntos da ordem de trabalhos.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Travessia fluvial

Via Diário as Beiras

Trabalhadores na margem sul isentos

Naufrágios: nos últimos 14 anos parece que se abateu uma calamidade sobre a nossa região

Se há coisa com que lido mal é com acidentes no mar. Sou filho, neto e bisneto de pescadores. Estas tragédias tocam-me profundamente. Tenho antepassados que tiveram o mar como sepultura eterna.
O naufrágio de ontem, envolvendo pescadores do concelho da Figueira da Foz, até ao momento com um saldo de três mortos e três desaparecidos, ocorrido a cerca de uma milha náutica, entre São Pedro de Moel e a Praia da Vieira, está longe de ser um caso isolado.
Nos últimos cerca de 14 anos, foram vários os acidentes marítimos no porto figueirense. 
Em 26.10.2010 deu-se o naufrágio da traineira "Vila de Buarcos", na entrada da barra do porto fluvial da Figueira da Foz, com dezassete tripulantes. Felizmente, todos se salvaram.
O mesmo não havia contecido com o naufrágio de um pequeno bote com dois pescadores, no local da obra da chamada "Ponte dos Arcos", antes, em 19.03.2007, um desastre em que os dois pescadores morreram (e do processo judicial que se seguiu veio a resultar, anos depois, em 24.09.2014, que os responsáveis dessa obra sobre o braço sul do Mondego, que havia estreitado o caudal do rio, vieram a ser ilibados, e as famílias vieram a perder a acção que moveram). 
Em 10.04.2013 deu-se o duplo naufrágio, na barra do porto fluvial da Figueira da Foz, do veleiro alemão de recreio "Meri Tuuli" e da lancha da Capitania figueirense que o havia ido socorrer. Morreram dois homens: um dos tripulantes, velejador alemão, e um dos agentes da Polícia Marítima, militar português, que o estava a tentar salvar. O iate alemão estava a tentar entrar a barra, falhou a entrada, e foi arrojado à praia do lado de fora do molhe sul.
Em 25.06.2013 deu-se o naufrágio da motora poveira "Cambola" (depois de falhar a entrada da barra), junto ao molhe sul do porto fluvial da Figueira da Foz. Nenhum tripulante se perdeu, pois foram salvos pela Marinha.    
Em 25.10.2013, deu-se a tragédia do naufrágio da motora "Jesus dos Navegantes", na saída da barra do porto fluvial da Figueira da Foz. Morreram quatro dos oito pescadores, poveiros (das Caxinas), que vinham a bordo. 
Em 19.08.2015 deu-se o naufrágio da motora "Ruben e Bruna", ao largo da Figueira da Foz, com um morto, numa tripulação de cinco pescadores poveiros. Este naufrágio foi ao largo, e não na barra.
Em 06.10.2015 deu-se a tragédia do naufrágio do arrastão "Olívia Ribau", na entrada da barra do porto fluvial da Figueira da Foz. Morreram cinco dos sete pescadores (seis figueirenses, e um da Praia de Mira).
Pouco depois, em 12.11.2015 esteve iminente um novo naufrágio (que, felizmente, não chegou a acontecer, pois foi impedido por outros barcos de pesca que se encontravam nas imediações), de um arrastão espanhol "Catrua", com pescadores galegos de Vigo.
A 29 novembro de 2017, quatro homens morreram na sequência do naufrágio do “Veneza” a 11 milhas (24 quilómetros) da costa da Figueira, sem que tenham sido emitido qualquer pedido de socorro.