Via Diário as Beiras
quinta-feira, 13 de junho de 2024
Se chegar onde quer, Costa vai fazer política ou fazer pela vida?
"... a ironia de tudo isto: os mesmos que quiseram tramar Costa, fazendo com ele o que não fizeram com Marcelo no caso das gémeas, acabaram por lhe dar uma ajuda – sem a queda do governo, o calendário eleitoral não lhe permitiria concorrer a este cargo, que tanto desejava – e exibir a leviandade da justiça portuguesa em toda a Europa. Tramou-se o país, que trocou uma maioria absoluta por uma crise política que pode tornar-se estrutural.»
A herança do Partido Municipalista em todo o seu esplendor e a missão (quase) impossível de Miguel Pereira
As consequências das vergonhas cometidas e consentidas ao longo de vários anos, dentro do PS, um dos partidos do centrão figueirense, constatadas por quem sabe.
Miguel Pereira, candidato à liderança da Comissão Política do Partido Socialista da Figueira da Foz, cujo acto eleitoral está agendado para dia 6 de julho.
... "estamos num momento crítico, onde a ausência de intervenção política sobre decisões impactantes ameaça o presente e o futuro dos nossos concidadãos".
... “não podemos permitir que a falta de esperança e desmotivação se instalem entre os militantes do Partido Socialista e a população. É imperativo que reafirmemos o nosso compromisso com os valores socialistas, mostrando que somos uma alternativa sólida, pensada e operacionalizada, para os desafios que se apresentam”.
O rosto do rosto do PS na Figueira, partido municipalista figueirense, era João Ataíde, que como qualquer eucalipto secou tudo à sua volta. A entourage socialista nos tempos do poder, não sendo brilhante, disfarçava - o exercício do poder e os interesses à volta, conseguem disfarçar muita coisa.
quarta-feira, 12 de junho de 2024
«Este seria o momento certo para as forças policiais fazerem o corte com a extrema-direita e retomarem a sua melhor tradição sindical. Não quero deixar de dizer que ela existe e que fez história. Recordo o dia 21 de abril de 1989, concretamente a manifestação que ficou conhecida por “secos e molhados”. Centenas de homens travaram uma luta justa: queriam liberdade sindical e melhores condições de trabalho.»
E vão dois...
Via SICN:
... "ex-logótipo da República ganha mais um prémio de design"...
Nota de rodapé.A obra de Luís de Camões é inseparável de um mundo em transformação
FALECEU FRANÇOISE HARDY (1944-2024)
terça-feira, 11 de junho de 2024
segunda-feira, 10 de junho de 2024
“Para o que der e vier”...
- João Oliveira, Eurodeputado da CDU
Eleições para o Parlamento Europeu em 2024: rescaldo breve
A AD foi derrotada. Foi um desastre para Luís Montenegro.
Apesar do colo que a comunicação social lhes dá, com Portas e Marques Mendes a fazerem campanha activa em horário nobre, ao domingo, em canal aberto (com a conivência da Comissão das Eleições) e com uma profusão de comentadores a manipularem a opinião política, a escolha de um postiço, sem qualquer racionalidade politica, a não ser mais uma cedência ao moribundo CDS/PP, alegadamente para mobilizar os mais jovens, o que acabou por resultar num falhanço, apenas serviu para abrir a porta à Iniciativa Liberal. Portanto, Montenegro é uma questão de tempo.
O Chega aproximou-se da sua verdadeira dimensão.
O IL cresceu.
O BE, a anterior coqueluche das sondagens e das televisões, caiu, mas continua com presença no PE.
A CDU, a esquerda, caiu, mas apesar das manipulações das sondagens e das campanhas nos media, continua com presença no PE.
O Livre, a nova coqueluche das sondagens televisivas, a apelidada esquerda inteligente, moderna, ambientalista, humanista, informada, etc., ficou de fora do PE.
domingo, 9 de junho de 2024
O maior drama com Camões é a quantidade de portugueses que não o leram
"Se calhar, é preciso ser-se português para ter a certeza de que Camões é o melhor poeta que alguma vez existiu. E daí?
Isso apenas significa que a grandeza da poesia dele só se mostra inteiramente na língua em que foi escrita.
A questão está em saber quanto português é que um estrangeiro tem de aprender para poder pelo menos compreender porque é que alguns portugueses que lêem poesia noutras línguas acham sinceramente que Camões é o maior poeta de sempre, pelo menos entre as línguas mais conhecidas no Ocidente. Os grandes poetas tiram tanto partido das línguas em que escrevem, exploram-nas tanto, lêem-nas com tal violência, que é bom sinal quanto mais perdem quando são traduzidos — e, sobretudo, quando são muito bem traduzidos, isto é, com mais dó, com mais consciência do que se perdeu.
O maior drama com Camões é a quantidade de portugueses que não o leram. Mas não é um drama por aí além: convém a muita gente dizer que é um caso perdido.
Graças a Deus, vamos sempre a tempo, já que todos os anos há magotes de bebés que fazem o favor de nascer. E todos eles são intocados pela propaganda dissuasora com que os megafones da educação conseguem afastar qualquer adolescente do apetecimento de ler Camões como se fosse um prazer.
Felizmente, há quem consiga tornar Camões interessante, irresistível, investigável."
O bode expiatório
Imagens via Correio da Manhã (para ler melhor clicar em cima)
"Diz-nos a Wikipédia que a tão popular expressão “o bode expiatório” tem origem nas cerimónias hebraicas do Yom Kippur, o Dia da Expiação, na época do Templo de Jerusalém. Dois bodes eram apartados do rebanho. Um deles era de imediato sacrificado e o seu sangue, juntamente com o do touro, era utilizado para marcar as paredes do templo. O outro bode tinha a função ritual de carregar todos os pecados da comunidade. Um sacerdote levava as mãos até a cabeça do animal inocente para que ele carregasse simbolicamente os pecados da população. Depois disso, era abandonado no deserto para que os males e a influência dos demónios ficassem bem distantes.
Lembrei-me desta história a propósito do chamado “caso das gémeas”, tratadas no Hospital Santa Maria com o medicamento mais “mais caro do mundo”. Também aqui parecem já ter sido apartados dois bodes do rebanho. Um deles foi de imediato sacrificado pelo sacerdote, que ficou com as mãos sujas de sangue. O outro, o “bode expiatório”, está neste momento a ser ungido na praça pública com todos os pecados, para depois ser abandonado no deserto, libertando assim o sacerdote de todos os pecados cometidos."
J. Sequeira, Lisboa
sábado, 8 de junho de 2024
Diga Figueira... Travessa de barco vai passar a ser paga, mas votação foi adiada
A travessia de barco entre as duas margens, serviço assegurado pelo município, passará a ser paga, foi ontem decidido, na reunião ordinária do executivo municipal figueirense. Contudo, a votação da proposta da maioria, FAP, para o pagamento da travessia de barco entre as duas margens da cidade foi adiada, na sequência das propostas do vereador do PS Daniel Azenha, que podem ser conferidas na imagem abaixo.
Requalificação do Pátio de Santo António vai arrancar
Há décadas que o Largo Silva Soares (Largo de Santo António/Misericórdia Obra da Figueira) aguarda por um arranjo urbanístico bem como substituir todo aquele muro que mais parece uma fortaleza, para que regresse à beleza e simplicidade do que existiu até ao final dos anos 40.
Quando foi retirado o freixo bicentenário (que ainda lá poderia estar!..), foi prometido pelo presidente da autarquia na época que iria lá ser colocado outro em substituição daquele, mas até hoje nada foi alterado a não ser a degradação de todo aquele espaço.
Perante a situação e alertado para a perigosidade daqueles muros, em março do ano passado, Pedro Santana Lopes quis ver a situação e inteirar-se do problema.
No local, acompanhado pelo vereador Manuel Domingos, foram recebidos pelo provedor Joaquim de Sousa e outros mesários da Instituição que explicaram, detalhadamente, todo o desenvolvimento daquele processo entregando, inclusive, toda a documentação/dossiê que inclui projectos, sugestões e gravuras que mostram a beleza daquele largo até final dos anos 40.
Santana Lopes apreciou a situação e manifestou não ter gostado do que viu, dizendo mesmo que aquele muro “mais parecia uma fortaleza do passado” e que os sinais de ruína eram mais do que evidentes, deixando alguma esperança de que ia rapidamente analisar e tentar ultrapassar a questão.
Passado pouco mais de uma ano, o presidente da Câmara Municipal, Pedro Santana Lopes, vai presidir à cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada da obra requalificação do Pátio de Santo António. Tal acontecerá, no dia 12 de junho, quarta-feira, pelas 16H00, no Largo Silva Soares, junto à Misericórdia – Obra da Figueira.
É claro que isto não deve ter nada a ver com as eleições de amanhã. Dve ser pura coincidência...
Governo anuncia quase 28 milhões de euros para reposição da linha de costa na Figueira da FozFOTO PEDRO CRUZ
«Quatro zonas costeiras do continente, entre as quais a da Figueira da Foz, vão ser alvo de operações de proteção e defesa do litoral, num valor global de mais de 33 milhões de euros, divulgou ontem o Ministério do Ambiente. Segundo o Governo, os projetos vão ser desenvolvidos na embocadura do Rio Cávado, na Praia do Algodio (Mafra), no Esporão Sul de Espinho e na Figueira da Foz, este caso a receber o maior investimento, quase 28 milhões de euros.De acordo com um comunicado do Ministério do Ambiente e Energia, o objetivo na Figueira da Foz é a alimentação artificial de praia no troço a sul, Cova-Gala - Costa de Lavos. O comunicado refere que “visa a reposição da linha de costa na Figueira da Foz, através da dragagem de areias da zona frontal à praia e deposição de cerca de 3,3 milhões de m3 de sedimentos num troço de 8,20 km de faixa litoral”.
Outra obra, de 1,4 milhões de euros, destina-se à 3.ª fase de reabilitação estrutural do molhe norte da embocadura do Rio Cávado, e reforço das praias a norte.
No mesmo valor também a estabilização da arriba da praia do Algodio, em Mafra, e com um custo total de 3,1 milhões será feita a reabilitação estrutural do Esporão Sul de Espinho, para “garantir a proteção da costa contra a erosão e os efeitos das alterações climáticas”.
Do montante, a grande maioria dos fundos provém do fundo de coesão e as obras serão feitas ao abrigo do Objetivo Estratégico “Promover a adaptação às alterações climáticas, a prevenção dos riscos de catástrofe e a resiliência, tendo em conta abordagens baseadas em ecossistemas”. Serão feitas pela Agência Portuguesa do Ambiente.
O Objetivo Estratégico faz parte do programa “Sustentável 2030”, criado pela Comissão Europeia em 2022 e financiado pelo Fundo de Coesão. É um dos 12 programas criados para operacionalizar o Portugal 2030 (acordo entre Portugal e a União Europeia para aplicar 23 mil milhões de euros de fundos europeus entre 2021 e 2027).
No comunicado, o Ministério do Ambiente diz ainda que as intervenções aprovadas “são um passo importante para a preservação do património natural costeiro, para a proteção das populações e bens em risco de erosão, e para a promoção de um desenvolvimento sustentável destas zonas”.»