domingo, 2 de junho de 2024

A falácia da frescura

Via jornal Público

«Não ser de esquerda aos 25 anos revela falta de coração, mas continuar a ser de esquerda depois dos 35 revela falta de cabeça. Diz-se isto de muitas maneiras, mas é óbvio que são os direitistas que gostam de dizer isto sobretudo os que se estrearam como esquerdistas do pior. Invocam a progressão etária para justificar o retrocesso ideológico: “Não sou eu que sou incoerente. Não sou eu que sou traidor. Foi a idade a fazer das suas: tanto dá para a artrose, como para o PSD.” A ideia é que os impulsos generosos da juventude se vão desvanecendo com a experiência: a realidade encarrega-se de substituir o máximo de altruísmo por um mínimo de egoísmo. Um conservador gosta que assim seja: assim como há um lugar para todos, há uma idade para tudo.  Mas hoje ocorreu-me um pensamento congelante: e se estivéssemos todos não só enganados, como permanentemente enganados? O erro que todos fazemos, sejamos de esquerda ou de direita, optimistas ou pessimistas, burros ou inteligentes, bonzinhos ou maus como as cobras, é este: pensamos sempre que a nossa opinião mais recente é a melhor. Pensamos que, como vivemos mais tempo, e temos mais experiência, e pensámos mais no assunto, é natural que a nossa opinião mais recente — a opinião que temos agora — seja aquela que mais probabilidade tem de corresponder à realidade. Por isso é que os músicos e escritores gostam sempre mais do disco ou do livro mais recente. Por isso é que as pessoas agem e falam como se tivessem atravessado a vida inteira para chegar àquele comportamento e àquela conclusão. É a maior falácia de todas — porque não pode ser verdade. É impossível que partamos para a vida cheios de opiniões incorrectas que se vão corrigindo à medida que nos aproximamos da morte. Há o vinho do Porto, é verdade, mas as coisas, regra geral, não melhoram com o tempo — e o mau vinho do Porto também não. Porque é que as opiniões hão-de ser diferentes? Sabemos lá se era aos 14 anos que tínhamos razão.»

Polémica sobre alterações na circulação no Bairro Novo

Via Diário as Beiras: "Presidente reúne-se no dia 4, pelas 18H30, no auditório municipal, com comerciantes e moradores da zona do Bairro Novo".

Daniel Santos defende que "a regionalização deveria avançar"

 Via Diário as Beiras

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sexta-feira, 31 de maio de 2024

Mas alguma vez os tempos foram favoráveis à esquerda?

Estes tempos não são favoráveis à esquerda

"Quem é de esquerda está ao lado dos trabalhadores na luta que travam pelos seus direitos. Essa escolha é a matéria fundamental de que é feita a esquerda."
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Dia da criança na Figueira

 Via Diário as Beiras

A verdadeira "Escola de Sagres" está na Praia de Mira…

Por Alfredo Pinheiro Marques

«Não há (nem nunca houve...) nenhuma "Escola de Sagres"… com o tal célebre Mestre Jaime de Maiorca (cartógrafo Jehuda Cresques filho do Cresques Abraham que tinha feito o "Atlas Catalão" de 1375…), pseudo-contratado, pelo pseudo-fundador, da pseudo-"Escola" (!)… o pseudo-"Navegador" Infante Dom Henrique ("vestido como se fosse uma velha""com um pano preto na cabeça"… brincava, rindo-se disso, o verdadeiro especialista da Náutica Astronómica portuguesa, que foi o Professor Luís de Albuquerque [FCTUC])…
Não há, nem nunca houve… Pois a historiografia portuguesa dos "Descobrimentos", quer nos seus "milieus" universitários (entretanto cada vez mais entregues a tanta ignorância doutoral paga com tanto dinheiro público), quer nos seus ambientes de divulgação (desde sempre entregues a gente como o "Professor" José Hermano Saraiva…), É UMA ANEDOTA
E continua a sê-lo… E o que verdadeiramente merece, e continua a merecer, é o mais olímpico desprezo… e uma gargalhada…

A verdadeira Escola, a haver alguma, é a do Mestre Alcino da Praia de Mira…

No passado dia 29, lá, no seu "Refúgio do Marinheiro", na Praia de Mira, o Mestre Alcino promoveu uma reunião científica de alto nível… e que incluiu, depois, uma visita de estudo — e de investigação científica… — a um local, próximo, lá, junto da Lagoa de Mira, para aí se continuar a aprofundar alguma coisa mais acerca do mistério das "Portuguese Waltzes"… a música marítima que o velho Art Stoyles tocava, no seu acordeão, no cais das docas do porto de St. John's, lá na Terra Nova… na segunda metade do século XX.
Já existem imagens desta importante reunião científica, e desta investigação de campo, em busca da possível origem das "Portuguese Waltzes" , uma reunião científica e uma investigação promovidas pela verdadeira "Escola de Sagres": a "Escola da Praia de Mira", do Mestre Alcino Clemente… 
Fica uma imagem (para apreciação pela "comunidade científica"):

Em 29 de Maio de 2024, no "Refúgio do Marinheiro" do Mestre Alcino Clemente (sede da verdadeira "Escola de Sagres"…), da esquerda para a direita, o historiador português da Cartografia Antiga, Alfredo Pinheiro Marques, o musicólogo norte-americano de Montreal (Canadá), Richard Simas (mostrando o seu livro agora publicado internacionalmente), e os dois Mestres do Alto Pescadores — e poetas —, da Praia de Mira, Alcino Clemente e Manuel Gabriel (o Mestre Alcino Clemente que já se transformou numa figura mediática televisiva, desde que foi descoberto pelas televisões de Lisboa e pelos feicebuques [um pescador e poeta, a sério… autêntico, verdadeiro…!] e o Mestre Manuel Gabriel, o Mestre do Alto que, agora, em 2024, publicou mais um seu segundo livro de poemas, depois de, antigamente, se ter cruzado, no regresso do Cabo da Boa Esperança, com o seu camarada e companheiro Bartolomeu Dias, também ele provindo de Aveiro…):
O musicólogo norte-americano do Canadá (e de origens familiares portuguesas) Richard Simas, na Lagoa de Mira, em Portugal, em 29 de Maio de 2024, fazendo avanços substanciais na sua investigação para descobrir o "Mistério das Portuguese Waltzes" de Art Stoyles… (entrevistando o Senhor João Laranjeiro [João da Ribeira], o único antigo pescador português que, até hoje, foi identificado como tendo tocado acordeão, na juventude, nas docas de St. Johns); fotografia de Alfredo Pinheiro Marques, 2024:

Isto é que é uma Academia a sério… Aprendam… E… atenção! Que isto não é só a brincar. Nesta sua "Escola", na Praia de Mira, no seu "Refúgio do Marinheiro", o Mestre Alcino tem um memorial do barco que comandou antes de se ter reformado: o (depois tristemente célebre…) "A-3288-C Olívia Ribau"… O seu barco, de Aveiro, que (depois de ele já se ter reformado, e já não ser o Mestre) naufragou, em 2015, na armadilha mortal da entrada assoreada da barra do porto da Figueira da Foz… e lá morreram cinco dos seus antigos homens.

Isto é uma Academia a sério. Não tem nada a ver com encenações e palhaçadas (com fatiotas ridículas, e chapéuzinhos bicudos) de pantomineiros que ganham dinheiro público a escrever e a falar sobre o Mar, e os "Descobrimentos", e o Património Cultural e Histórico Marítimo, e o Património Natural e Ambiental Marítimo, e a Hidráulica Marítima, e as correntes marítimas e os movimentos das areias (nos portos que, entretanto, estão assoreados…), ou sobre quaisquer outras semelhantes matérias, historiográficas e "científicas" (ou, na verdade, seja sobre o que for… pois falar não custa, e ganha-se muito bom dinheirinho público, em troca de palavras)…

E… muitos pantomineiros universitários saberão sequer remar…?! Saberão distinguir um peixe do que não é um peixe…? E plágios…? Saberão distinguir um plágio do que não é um plágio…?»

Reordenamento da circulação rodoviária na zona do Bairro Novo (II)

Visto de fora, isto parece, convenhamos, a anarquia perfeita...

𝗡𝗼𝘁𝗮 𝗱𝗼 𝗣𝗿𝗲𝘀𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗮 𝗖𝗮̂𝗺𝗮𝗿𝗮 𝗠𝘂𝗻𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮𝗹 | 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗼 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗮𝗻𝗮 𝗟𝗼𝗽𝗲𝘀

"Venho transmitir que não entrará em vigor na data referida no comunicado do Município, a alteração de sentidos de tráfego na Rua da Liberdade e na Rua Miguel Bombarda.
Nunca tal aconteceria sem a devida participação dos comerciantes e dos moradores.
Foram essas as instruções que dei e vim a saber há cerca de duas horas que estava um comunicado sobre o assunto na página do Município, sem a minha autorização.
Julgo que foi publicado ontem. Por outro lado, constatei agora que as informações que me tinham sido transmitidas sobre as posições dos comerciantes, e até de Associações Cívicas daquela área, afinal não correspondem, em parte, à realidade.
Nunca entraria em vigor uma alteração desta dimensão anunciada com tão pouca antecedência, a não ser que houvesse um consenso generalizado. Foi esse consenso que me foi transmitido, com uma discordância quanto à época do ano.
Nestes termos, comunico igualmente que os assuntos de trânsito passam a estar sob a minha responsabilidade direta, nomeadamente esta alteração sem dúvida nenhuma importante na circulação da cidade.
Mais informo que em nenhum dos comentários que tive a ocasião de ler esta noite -talvez à exceção de um - é referida a principal razão da alteração, o que também diz tudo sobre o modo como foi conduzido. Apresento as devidas desculpas pelo modo como este processo se desenvolveu na certeza de que o que vier a ser feito será para bem da Figueira e com o devido conhecimento e participação de todos. O que não significa, naturalmente, como é comum nestes processos, que se verifique uma concordância generalizada.
Esta atitude não implica, pois, como é óbvio, que se abdique das responsabilidades que nos cabem de tomar as decisões que se mostrem necessárias."

Há dias em que deixar-se ficar na cama mais um pouco para adiar o confronto com as infelicidades do mundo era o mais aconselhável...

 Imagem via Revista Sábado

quinta-feira, 30 de maio de 2024

"... um jovem talentoso"...

 Via Revista Sábado


António J. Avelãs Nunes e João Rodrigues amanhã na Figueira


A tradição continua a ser o que era

Se há evento que marca a Figueira durante o mês de junho, esse é o arraial popular que acontece  durante as tradicionais Festas de Santo António, anualmente organizado pela Misericórdia.

Mais uma vez, está de regresso com um programa variado que começa sábado e termina a 13 de junho. Animação não vai faltar, já que Quim Barreiros é um dos nomes anunciados para o cartaz musical.

Via Diário as Beiras

SNS: com a AD chegou o momento dos privados

Talvez agora, finalmente, se perceba que todo o tempo gasto a levar a sério a agenda neoliberal para o tratamento do SNS, foi perdido, completamente perdido. Não serviu para nada.  O objectivo era simplesmente a destruição. Portanto, qualquer negociação foi pro forma.

Chegou o momento dos privados

«O PCP acusou o Governo PSD/CDS-PP de querer degradar o SNS e desviar recursos para os grupos privados com um Plano de Emergência que não reforça a capacidade de resposta dos serviços públicos nem valorizar as carreiras. 
Esta posição foi assumida na Assembleia da República pela líder parlamentar do PCP, Paula Santos, depois de o Conselho de Ministros ter aprovado um Plano de Emergência e Transformação na Saúde, que foi apresentado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
"As medidas que foram anunciadas ainda há pouco pelo Governo vão ao encontro de um objetivo, e o objetivo é continuar degradar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), é continuar numa linha de perda de capacidade de resposta do SNS para desviar recursos financeiros para os grupos privados que intervêm na área da saúde", declarou Paula Santos aos jornalistas.
A líder parlamentar do PCP apontou que "naquelas medidas não há uma única para valorizar os profissionais de saúde, nas suas carreiras, nas remunerações, na garantia de condições de trabalho", e também "não há o reforço do investimento nas infraestruturas, nos equipamentos, que são tão importantes para assegurar o aumento da oferta da capacidade do SNS".
"No que diz respeito aos cuidados de saúde primários, podemos dizer: o Governo escancara as portas para os grupos privados e para o setor privado, com o anúncio do avanço das USF modelo C com a bolsa de convencionados", considerou.
O que é preciso "é investir na garantia das condições de trabalho, investir nas carreiras, investir nas remunerações" dos profissionais no SNS, contrapôs.»

Piscinas de água salgada aquecida abrem hoje

 Via Diário as Beiras

O sul do concelho da Figueira da Foz continua a ser um dos locais mais afetados pela erosão costeira

O mar há muito que está a ameaçar cada vez mais pessoas e bens no nosso concelho. A sul do Mondego, consequência da erosão que tem aumentado nos últimos anos, não só por causa das alterações climáticas, mas também - e muito - por causa do acrescento de 400 metros no molhe norte.
As medidas pontuais que têm vindo a ser tomadas ao longo dos anos não têm conseguido resolver o problema.
Esta história tem sido amplamente contada ao longo de quase 18 anos neste blogue. Quem a quiser conhecer não tem a mínima dificuldade: basta clicar aqui.
A SIC, recentemente, fez mais uma reportagem.

quarta-feira, 29 de maio de 2024