sexta-feira, 10 de maio de 2024

A decomposição

Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 10/05/2024. Para ler na íntegra clicar aqui.
"Bastaram 30 dias apenas da nova ordem para já percebermos o que se adivinha: um país ingovernável, dure o Governo três, seis ou nove meses de penosa e ruinosa agonia."

Coimbra continua a ser uma lição...

No mundo ocidental, as universidades levantam-se pela Palestina e Gaza. Vários protestos contra a invasão de Israel na Faixa de Gaza foram realizados em várias universidades norte-americanas públicas e privadas. Os manifestantes protestam contra o apoio dos Estados Unidos à ofensiva de Israel sobre a Faixa de Gaza e exigem às universidades que cortem qualquer relação com instituições ligadas a Telavive. Estas manifestações têm sido replicadas, não só em vários países europeus, incluindo Portugal, mas também no Canadá, na América Latina e na Austrália. 

Isabel Moreira: “é evidente que é patético. E André Ventura é jurista e sabe que está, ele sim, eventualmente a cometer um crime”

Via Diário de Notícias

“Não estamos aqui para brincar com o dinheiro do povo, os deputados são pagos para fazer coisas sérias e não para gozar com quem trabalha”, considerou António Filipe, do PCP.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Iolanda apurada para a final da eurovisão

 Via Diário as Beiras

Em tempo, via RTP

«Natural de São Pedro de Cova Gala, na Figueira da Foz, mudou-se para Lisboa aos 17 anos, mas já aos 14 dava os primeiros passos na escrita. Tentou como porta de entrada atuações em bares e concursos de talentos nacionais, mudou-se para Londres, onde estudou Songwriting na BIMM, Universidade de Sussex. A publicação Rimas e Batidas prevê que será “uma das próximas grandes divas da música feita em Portugal para a próxima década”. »

Parceria Soares-Carlucci relembrada na FLAD

 Via Diário de Notícias

Em tempo: Carlucci

"Há dias, uma televisão convidou-me a dar um testemunho, por ocasião da morte de Frank Carlucci, o embaixador que os americanos enviaram para Portugal, alguns meses depois do 25 de abril. Agradeci, mas não aceitei.

Faço parte de uma geração que, por algum tempo, viveu com a imagem regular de Carlucci na nossa (à época única) televisão. Aquela figura de rictus estranho, com umas patilhas de forcado, foi então uma espécie de vedeta nacional. Eu já era diplomata e tenho bem presente a sua importância na sociedade política portuguesa.

Segundo alguns historiadores, Carlucci terá convencido o chefe da diplomacia do presidente Nixon, Henry Kissinger, de que a deriva revolucionária portuguesa, subsequente ao 25 de abril, não condenava necessariamente o país a converter-se numa república socialista radical, que este via como uma espécie inevitável de "vacina" para a Europa ocidental. Para o embaixador, havia a opção de apoiar os líderes dos partidos moderados, tentando, com a ajuda de regimes pluralistas europeus, promover a instauração da democracia no país. O facto de isso ter assim sucedido é tido por muitos a crédito de Carlucci.

Por este facto, Carlucci transformou-se, aos olhos de alguns, num "herói" da democracia portuguesa, uma espécie de "santo padroeiro" do 25 de novembro. E os descendentes políticos dessa gratidão apresentaram, na Assembleia da República, votos (diferenciados) de pesar pelo passamento do político americano. Esse voto tem de ser respeitado. Quero, porém, deixar aqui claro que, se acaso fosse deputado, não me teria associado a ele, abstendo-me ou saindo da sala. Porquê? Porque não aplaudo cínicos.

Frank Carlucci apoiou os democratas portugueses, não pelo sentido humanista decorrente de uma opção a favor da vida política em liberdade no nosso país, mas exclusivamente porque esse era o interesse geoestratégico americano de ocasião. Mas não será isto um preconceito? Não creio. Em outras ocasiões, a História prova que o mesmo Frank Carlucci deu apoio, claro e deliberado, a golpes políticos conducentes à instauração de ditaduras e regimes opressivos noutras partes do Mundo. Com orgulho declarado e sem o menor remorso.

Aliás, não é necessário ir muito longe para constatar essa duplicidade: a mesma administração americana que enviou Carlucci, para substituir um diplomata que não tinha "visto chegar" a Revolução cujas consequências pretendia combater, era precisamente o mesmo que até então se mostrara plenamente confortável com o regime ditatorial de Marcelo Caetano. Desejo assim que Carlucci descanse em paz. Nada mais."

Francisco Seixas da Costa
* EMBAIXADOR

Dia de Tavarede

Via Diário as Beiras

NA FIGUEIRA AINDA HÁ "OVOS DE COLOMBO" POR DESCOBRIR

Via Diário as Beiras
"Piscina municipal coberta no Edifício Portugal. Município paga cerca de 460 mil euros pelo imóvel. Construir um equipamento novo custaria perto de seis milhões".

Rui Ramos Lopes

 Via Dez & 10

A escolha de Sebastião Bugalho diz, sobretudo, muito sobre Luís Montenegro e este PSD do que sobre o candidato...

"A escolha de Sebastião Bugalho diz, sobretudo, muito sobre Luís Montenegro e este PSD do que sobre o candidato.A crítica de que o candidato é muito novo é uma tolice. O problema do Bugalho não é a idade e como já nos anos noventa explicava um político no activo, “é um problema que passa com o tempo”. Como a confusão com as quinas e o que isso demonstra de pouca preparação é mero “fait divers” e, certamente, o candidato saberá mais sobre História e Europa que outros que o acompanham. Nem o facto de Bugalho ser uma espécie de Paulo Portas da “Temu/Wish” me espanta.

O que me espanta na sua escolha é a impreparação de quem o convidou. Porque quem o fez certamente desconhece pontos fundamentais sobre o escolhido e que exemplarmente Ricardo Araújo Pereira demonstrou no seu programa do último domingo: o cabeça de lista indicado pelo PSD é pouco ou nada tolerante com a opinião do outro e isso é fatal em democracia. A forma como tratou a jornalista da CNN (Anabela Neves) ou a Maria João Avillez e um comentador do PS (na SICN), nesse apanhado apresentado pelo RAP, diz muito. Mesmo muito. Tanto nas linhas como nas entrelinhas. Chega a ser desconfortável e assustador. Como não o é menos a reacção dos outros convivas nos diferentes momentos. Aliás, era ver nos dias seguintes ao anúncio o desfile de jornalistas e comentadores a elogiar o “amigo” mesmo não estando confortáveis com a sua decisão. Quando o que se notou foi o desconforto de quem, de repente, se sentiu usado. Porém, sobre o candidato teremos tempo para falar.

A escolha de Montenegro não é apenas incompreensível. É, sobretudo, demonstrativa da falta de quadros (ou da disponibilidade deles) no actual PSD. O que é sintomático. Aliás, o PSD preferiu escolher um candidato que está (ou sempre esteve) ideologicamente à direita do PSD – além de ter sido candidato a deputado pelo CDS no passado, Sebastião Bugalho nunca escondeu onde estava ideologicamente e não era na social democracia. Bugalho pode ter escondido muitas coisas nestes anos mas o seu “pensamento” sobre o PSD, Montenegro, Europa ou sobre ser deputado europeu, não. Sebastião Bugalho pode ter “enganado” os telespectadores da SICN e antes os da CNN mas Montenegro não se pode sentir enganado. Pode um telespectador da SICN olhar para as horas de opinião “supostamente” independente de Bugalho nas últimas legislativas e ficar a pensar que foi enganado. Montenegro não pode. Luís Montenegro está convencido que esta sua escolha é a salvação das “suas” europeias.

Se o resultado for melhor que nas últimas (impossível não o ser pois o PSD bateu no fundo nas de 2019) cantará vitória e o seu spin dirá que ele é uma espécie de “Mourinho” da política. Se correr mal, a culpa será “do rapaz” e o spin de Montenegro se encarregará de tratar do assunto. Aliás, o “spin” do PSD já está a tratar de dar a entender de que as expectativas são baixas. Falso. A escolha, seguindo as palavras de Montenegro, “de um jovem conhecido da televisão e redes sociais” não é baixar as expectativas. Pelo contrário. A questão é saber se Montenegro sabia ou não que nem Bugalho é conhecido para além da bolha nem, independentemente da idade no cartão de cidadão, é jovem pois aquilo que debita (no conteúdo, no tom e na imagem) é mais velhinho que a Sé de Braga.

A questão não é, a meu ver, se Bugalho salva ou não salva o resultado do PSD. A questão é saber se para Montenegro vale tudo. E, se vale tudo, então estamos esclarecidos. Esta escolha, na minha opinião, completamente “destrambelhada” dá a entender que Montenegro ainda não largou o fato de líder parlamentar. Ainda não percebeu que foi eleito Primeiro Ministro de Portugal. Ainda não percebeu, ao contrário da letra de uma música de um dos seus cantores preferidos, “Criança que fui e homem que sou/ E nada mudou”, que tudo mudou. Hoje é Primeiro Ministro e isso exige ponderação nas escolhas, sangue frio no caminho a trilhar e saber ouvir. A coisa não está para precipitações ou amadorismos.

Obviamente, as tropas de choque de Montenegro, depois do espanto e terem corrido a apagar o que sobre Bugalho escreveram no passado, já estão na primeira fila a bater palmas e a tecer os maiores elogios. É da praxe. Nem que tivesse sido escolhido o “macaco Adriano”. Por sinal, mais conhecido que Bugalho. Os meus amigos do PSD dirão: o PS também tem o Galamba e olha! . É verdade, parabéns, conseguiram: o Bugalho é o Galamba do PSD."

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Mural pintado por alunos da Joaquim de Carvalho para assinalar os 50 anos do 25 de Abril

 Via Diário as Beiras

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500 anos do nascimento de Camões assinalados na Figueira: Município, Universidade de Coimbra e academia brasileira promovem diversas atividades

 Via Diário as Beiras

Limpeza...

 Via Diário de Notícias

«Um homem de caráter inviolável, uma pessoa incomparável e um verdadeiro líder. Há muitos anos, quando este senhor era um jovem subcomissário e eu um jovem polícia, vice-presidente da ASPP, ainda não nos conhecíamos. Os seus homens, os seus subordinados, levaram-me a defendê-lo publicamente, pois a hierarquia superior da época perseguiu-o simplesmente por ser um oficial próximo dos seus homens e disposto a ajudar tudo e todos dentro do bom senso, da justiça e do humanismo. Este homem foi sempre um comandante admirado, querido e amado por todos com quem contactou. Quem ler o que estou a escrever só pode pensar duas coisas: ou o Manuel Morais é um mentiroso compulsivo e o senhor diretor Barros Correia é o oposto da minha descrição, ou então quem se atreve a exonerar um homem com esta personalidade e esta integridade? Este mundo vive momentos de confusão absoluta, onde o interesse público é secundarizado em nome de outros valores duvidosos. Os humanistas honrados e valiosos são vilipendiados, desonrados e tratados com desprezo, como se fossem lixo. Com a saída deste diretor, a esperança de que "o tal discurso", que tanto nos preocupa, se desvaneça nesta organização tornou-se uma miragem. A polícia perdeu efetivamente o melhor diretor de todos os tempos, e a sociedade perdeu um diretor nacional humanista e vocacionado para a causa pública, a esperança de uma polícia muito mais humana e próxima dos cidadãos. Este ato incompreensível é revoltante, tanto como polícia, como como cidadão e como ser humano.»

Santa Casa

No dia em que várias pessoas, a começar pelo ex-Provedor Edmundo Martinho, vão ser ouvidas na AR, saiu esta peça no Jornal Público

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Também em política, o apetite excessivo e a sofreguidão podem "matar", ou pelo menos causar danos irreperáveis...

 Acção criminal contra Marcelo. PS e PSD travam intenções de Ventura.

terça-feira, 7 de maio de 2024

Eu é mais tremoços...

«... num país onde toda a gente se demite “por razões pessoais”...»

João Miguel Tavares no Jornal Público: "... Ana Jorge é acusada de incompetência, é corrida do cargo à pressa para não ser indemnizada e depois é ameaçada de cometer um crime se deixar as funções que incompetentemente exerce. Não sei se Ana Jorge é má ou excelente provedora da Santa Casa. Mas isto eu sei: o tratamento de que foi alvo é uma absoluta obscenidade. O mundo da política pode ser feio, porco e mau, como o fillme de Ettore Scola, mas convém impor alguns limites ao descaramento. Quem trata pessoas assim não é gente séria."

Abrigo da Montanha: de restaurante a centro municipal de correntes marítimas e movimentos de areias

Via Diário as Beiras

Limpeza continua: Governo demite diretor da PSP e nomeia comandante da Unidade Especial para o cargo

«O Governo exonerou, esta segunda-feira, José Barros Correia, diretor nacional da PSP desde setembro de 2023. O superintendente chefe garante que sai por "exclusiva iniciativa" da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco. Luís Carrilho, até agora comandante da Unidade Especial de Polícia, é o sucessor.»