Entre os finais dos anos 80 do século passado e o ano 1 do século XXI, o barco do sal esteve ausente das águas do nosso rio.
Há cerca de 23 anos, porém, mais precisamente a 5 de Agosto de 2001, um batel de sal voltou a navegar no Mondego. Tal acontecimento ficou a dever-se à parceria “Sal do Mondego”, que foi a entidade responsável pela construção duma réplica de um barco de sal. Faziam parte desta parceria as seguintes Instituições: Assembleia Figueirense, Associação Comercial e Industrial, Ginásio Clube Figueirense, Misericórdia da Figueira e as Juntas de Freguesia de São Julião, Alqueidão, Vila Verde, São Pedro, Lavos e Maiorca. A viagem inaugural deste barco, foi uma iniciativa da Empresa Vidreira do Mondego, que organizou um passeio fluvial à Festa da Nossa Senhora da Saúde, em Reveles, uma festa, aliás, que diz muito a diversas gerações de homens do mar da Freguesia de S. Pedro. Nesse já longínquo primeiro domingo de 5 Agosto de 2001, a parceria gestora e proprietária do batel viu mais uma entidade aderir à iniciativa: a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários.
Como se pode ler na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS, o “Sal do Mondego” (réplica de um batel,
embarcação de madeira típica da região para
transporte fluvial do sal
marinho produzido nas
salinas do território figueirense) encontra-se,
neste momento, na
Marina da Figueira da
Foz, a aguardar pela
reparação do motor.
Quando o motor for
instalado, o que se
prevê que aconteça
na primavera, regressará
ao cais do Centro Náutico da Fontela.
A embarcação é propriedade do
Município da Figueira da
Foz e está cedida à Junta
de Via Verde, tendo esta a
incumbência de realizar
viagens turísticas e pedagógicas à zona salgada,
nomeadamente à Ilha da
Morraceira e ao Núcleo
Museológico do Sal (este,
em Armazéns de Lavos).
A reparação, financiada
pelo município, custou
34,5 mil euros. Nesta empreitada foi substituída
grande parte da madeira e aplicada uma nova
pintura. Os trabalhos
decorreram ao logo de
quatro meses, com várias
interrupções devido ao
estado tempo, ao ar-livre,
no Cabedelo.
Quando o barco regressar ao estuário do Rio
Mondego será para retomar as viagens pelo salgado da Figueira da Foz,
com um custo simbólico.
Vários operadores turísticos, apurou o DIÁRIO
AS BEIRAS, têm manifestado interesse nesta rota
assegurada pelo batel.
A
embarcação tem capacidade para 12 pessoas.
Há cerca de um ano e
meio que o “Sal do Mondego” se encontra inoperacional. A paragem
foi forçada pela necessidade de ser submetido a
uma reabilitação quase
total.