Via Diário as Beiras
quinta-feira, 18 de janeiro de 2024
Sim, pode tudo ficar muito pior do que está
Margarida Davim no DN
«É nesta encruzilhada em que estamos. Décadas de uma política de desmantelamento do Estado Social, montada em cima de um discurso que diaboliza os impostos e cria o mito do cidadão meritocrático e empreendedor que será bem-sucedido se se esforçar e o Estado não o atrapalhar, trouxeram-nos aqui. Um momento em que a razão não chega, os argumentos são desvalorizados, as explicações caem no saco-roto de quem está farto e desistiu. “Pior do que está não fica”, respondem.
Mas fica. Já está a ficar pior, quando um jornalista do Expresso é agredido e retirado à força de uma conferência em que Ventura falava. Está a ficar pior, quando se perde a vergonha de escrever insultos contra imigrantes nas redes sociais. Está pior, quando os comentários televisivos são uma espécie de nota artística à habilidade política de quem é tão eficaz a enganar e manipular. E ficará pior, porque o que o Chega promete a este Exército de ressentidos mais não fará do que proteger os vencedores do sistema e deixar mais frágeis os que nada têm.»
quarta-feira, 17 de janeiro de 2024
segunda-feira, 15 de janeiro de 2024
Chegou o momento do PS se preocupar
Durante o fim de semana tivemos uma over dose de populismo.
O que não é novo.
Temos um partido a "prometer tudo, para todos".
O chamado bacalhau a pataco.
Mas, alguma vez foi diferente?
Em anos anteriores foram os partidos do chamado "arco do poder" e o BE.
Só que, agora, é o Chega.
Isso muda alguma coisa? Muda.
Pode ser perigoso? Pode.
Vamos então tentar pensar, com calma, pois falhou algo nestes quase 50 anos de regime democrático em Portugal.
No facebook vemos pessoas a partilhar (e a espalhar) postagens elaboradas por centrais de propaganda para evitar que as pessoas reflictam e pensem.
Na televisão vemos programas de embrutecimento cultural a ocupar a programação dos canais de manhã, à tarde e à noite.
Tudo vale na busca das audiências.
A «infatlização» do povo português, mesmo depois do 25 de Abril, tem décadas.
Existem motivos de preocupação? Existem.
Perante um tão baixo interesse político é preciso uma visão e um entendimento alargado do momento que atravessamos.
A política não se resume a actos eleitorais e à conquista de votos e lugares de deputados, presidentes de câmara, assembleias e juntas.
A “política” vem do grego “pólis” (referindo-se às cidades-estado da Grécia Antiga, passando a designar, com o tempo, os modos de como certos grupos sociais, geriam as suas comunidades, sociedades, estados, nações, países, enfim, o mundo (e.g., política internacional).
Nesses termos, política vincula-se, de forma unilateral – embora nunca se limitando –, à noção de governo. E existem certamente várias formas de governo, mas convencionalizou-se que a democracia é - parafraseando Winston Churchill - a pior forma de governo, à exceção de todas as demais.
Porém, ele não é o único. As redes sociais, por exemplo, deixaram patente que existem espaços alternativos de expressão política com os jovens a manifestarem opiniões, quer nos seus murais e caixas de comentários de facebook, quer através de memes no Instagram ou até mesmo através de vídeos no TikTok sobre diversos assuntos (os partidos, os impostos, o clima, a crise dos refugiados, a União Europeia, o desemprego).
Antes da internet, já a arte de intervenção desempenhava – e continua a desempenhar – essa função de expressar política envolvendo o cinema ou o teatro, com as suas cenas de crítica e sátira humorística, sem esquecer a arte urbana como os grafittis.
Ventura sabe o que faz. "Esgotados os primeiros mercados eleitorais (o do ressentimento e o dos que não vêem saída com os partidos que se opõem ao polvo socialista), neste fim de semana Ventura partiu à pesca do mercado mais suculento e maior, o mercado dos que acreditam em promessas de bacalhau a pataco feitas por políticos em campanha.
Se ao fim deste tempo todo o PS ainda é o partido preferido do eleitorado que vota, isso só pode dizer que o mercado dos que acreditam em promessas assinadas em papel molhado é um mercado não só maioritário, como facilmente acessível por quem saiba escolher as promessas que as pessoas querem ouvir."
Na sua intervenção final, Ventura, líder incontestado, fez promessas aos Polícias, aos reformados, aos trabalhadores, tentou chegar a roupa ao pelo a Pedro Nuno Santos, estragou a fotografia a Montenegro e Rocha e poupou Marcelo.
Ventura, vive tão obcecado pelos votos, "que faz, em cada momento, o que for preciso, seja o que for, para os captar e garantir."
Chegados aqui, creio que "André Ventura é o político no activo mais semelhante a António Costa."
A partir de ontem à noite o PS, finalmente, parece ter razões para se preocupar "com a hipótese de Ventura, depois de ter absorvido todo o eleitorado do PSD que conseguiria absorver, se ter virado para o eleitorado do PS, que é onde está o maior potencial de crescimento do Chega".
Sociedade de Instrução Tavaredense
"Hoje, a SIT está de Parabéns! 120 anos de História, de Cultura, de Memória, de Comunidade e de Exemplo!"
Estudo para as marinas
O prazo máximo de execução deste estudo é de 130 dias, sendo o valor de adjudicação de 45.000,01€."
domingo, 14 de janeiro de 2024
Remco Evenepoel será estrela na Figueira:
"Infatilização" da sociedade portuguesa é isto
Existirem pessoas, que "existem", mas "não pensam".
sábado, 13 de janeiro de 2024
Marcelo e Costa na Figueira
Ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou ainda, está previsto que a sessão de encerramento do congresso, no dia 27, seja presidida pelo primeiro-ministro, António Costa."
sexta-feira, 12 de janeiro de 2024
A crise do associativismo já vem de longe
O associatvismo está em crise no nosso concelho. O problema tem décadas. Sabemos como as debilidades do assciativismo foram aproveitadas por vários executivos figueirenses - do PS e do PSD (lembram-se do vereador José Elísio?) - para tirar dividendos políticos.
Em Março de 2010, sabíamos, que um regulamento municipal de apoio ao associativismo, era uma preocupação de há muitos e muitos anos do cidadão António Tavares.
Por isso, quando soubemos, que por iniciativa do Vereador da Cultura e das Colectividades do primeiro executivo presidido pelo falecido doutor João Ataíde, doutor António Tavares, foi aprovada uma proposta de regulamento municipal de apoio ao associativismo, “em reunião de câmara por maioria e com a oposição a enaltecer a postura do vereador das colectividades,” não deixámos de o felicitar.
Por uma razão simples: sabíamos, que com o “sim” ao documento, António Tavares daria “um suspiro de alívio, um uff”, como diria, por se tratar de uma matéria que defende há muito, mesmo antes de 2005, quando chegou a vereador da oposição.
Sabemos, que “é melhor ter um regulamento, mesmo que ainda não seja a perfeição, do que não ter nenhum”, pois está-se a lidar com uma situação delicada, “que é atribuição de dinheiros públicos, para os quais são precisas regras transparentes e definidas”.
Sabemos, “que um regulamento pode permitir que os dirigentes possam saber com o que contam”, pois um documento com regras definidas e transparentes, facilita “uma concertação sobre uma política de associativismo concelhia”, pois, espera-se, permite “decidir com base em regras escritas e transparentes”e não, como aconteceu até aqui, na base do amiguismo e dos interesses politiqueiros e partidários.
Sabemos, que foi dado um passo importante com a aprovação do regulamento de apoio ao associativismo na Figueira da Foz: "rigor, transparência, critérios objectivos, equidade e alguma regulação, são de aplaudir".
Mas também sabemos que isso não era tudo, e que o mais difícil está para vir: a implementação de regras e critérios transparentes num terreno minado e cheio de vícios.
Portanto, é sem surpresa que lemos que o "presidente da
Casa do Povo de Quiaios,
à qual pertence a filarmónica quiaense, e ex-dirigente de todas as coletividades da freguesia de
Quiaios, partilhou com
o DIÁRIO AS
BEIRAS
a sua
preocupação
sobre o estado
das coletividades no concelho da Figueira
da Foz".
Se calhar isto anda tudo baralhado. Lá que “fazia mais sentido apostar mais nos Reis Magos do que no Carnaval, onde não temos tradição”, fazia. Mas, quem pensa assim é uma minoria e quem precisa de votos precisa do apoio das maiorias.
Na Figueira, há muito, que tem sido sempre Carnaval.
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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
Camarata da PSP sem água quente desde setembro
«Desde setembro do ano passado que a caldeira de aquecimento de água da camarata da Divisão da Figueira da Foz da PSP está avariada. A reparação, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, custará menos de 300 euros. Fonte da polícia afiançou que “há agentes a tomar banho de água fria”.»