domingo, 3 de setembro de 2023

Portinho da Gala

O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004. Cerca de 10 anos depois, a autarquia inaugurou um centro cultural e de convívio, que custou cerca de 120 mil euros, para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns. O assoreamento e a falta de manutenção dificultam a actividade das várias dezenas de pescadores de pesca artesanal que têm a sua base logística no Potinho da Gala.

Foto António Agostinho. Mais fotos aqui.

Daqui a 3 meses temos a época da pesca à lampreia e ao sável.
Fica a pergunta de um velho pescador da minha Aldeia, que ao ver-me tirar as fotos me interrogou: "como é que vamos conseguir trabalhar com o Portinho neste estado"?
O Portinho da Gala, é um espaço "que custou 2,0 milhões de euros". Não pode continuar a ser utilizado como sempre foi desde a sua inauguração: "sem rei nem roque". Não somos um País rico. Portanto, um equipamento com os custos que teve, tem de servir para mais "do que permitir a atracação de uns quantos botezitos de pesca artesanal ou de recreio, e servir, todo aquele enorme espaço, de tranquilo poiso a alguns pescadores à linha de um ou outro robalito que por ali apareça distraído". E tem de estar funcional...

Folclore popularucho e gratuito

O PR, foi à Universidade de Verão do PSD, onde fez uma intervenção vulgar e medíocre.
De harmonia com o Observador, ter-se-á oferecido também para intervir em reuniões das juventudes partidárias do PS - que não aceitou - e do CDS, partido que nem sequer tem representação parlamentar - que aceitou, agradecido.
Ficou por saber - contudo, seria interessante conhecer -, o critério que excluiu outros partidos com representação parlamentar da generosa oferta presidencial...

sábado, 2 de setembro de 2023

Piscinas continuam abertas, mas carrinhos elétricos deixam de funcionar no final da tarde de amnhã, domingo

Via Diário as Beiras

Municípios do Centro recorrem a tribunal pela suspensão das tarifas do lixo

"A maioria dos 36 municípios abrangidos pelo serviço de recolha de lixo da Resíduos Sólidos do Centro (ERSUC) subscreveu, em agosto, uma providência cautelar contra as novas tarifas, que algumas autarquias recusam traduzir na faturação.

A providência cautelar foi interposta no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra no dia 18 de Agosto e envolve municípios como Arganil, Cantanhede, Coimbra, Figueira da Foz, Lousã, Mealhada, Mira, Montemor-o-Velho, Penela, Soure, Águeda, Anadia, Estarreja, Oliveira do Bairro, Vagos, entre outros.

O objectivo da providência cautelar é suspender a eficácia da decisão da ERSAR, que fixou as tarifas para o período regulatório 2022-2024 da ERSUC. Os municípios argumentam que os procedimentos para a definição destas tarifas são irregulares e solicitam a anulação da decisão da ERSAR.

Nuno Moita, em consonância com outros autarcas, afirmou que as novas tarifas são excessivamente elevadas e foram estabelecidas em contexto de ilegalidade. Ele espera que a justiça compreenda os argumentos apresentados pelos municípios, dado que a implementação das novas tarifas teria consequências financeiras graves e irreversíveis para os munícipes.

O autarca de Condeixa-a-Nova também destacou a necessidade de uma fiscalização rigorosa ao contrato de concessão atribuído à ERSUC, que tem gerado resultados financeiros negativos desde a privatização em 2015.

Fonte ligada a este processo disse à Lusa, que o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, Emílio Torrão, estava a participar na tarde de ontem, sexta-feira, numa “reunião de trabalho” com o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, em Lisboa, para uma “troca de informações” relacionada com a recolha de resíduos pela ERSUC."

Gestão do calendários das festas...

Setembro já chegou e com ele as tardes a adormecerem frescas.
As festas, porém, ainda não terminaram.
Este fim de semana está a ser uma farturinha. Os cartazes que publicamos  a anunciar a Festa do Limonete, em Tavarede, e o XI Festival Pirata, em Buarcos, falam por si, pelo que não são desnecessárias mais palavras.
As festas acontecem, um pouco por todo o País, porque o Povo gosta de festas.
Porém, por este Portugal de lés a lés, do litoral ao interior, quem é que ainda tem dinheiro para satisfazer os desejos do Povo?
Fácil de responder: as Câmaras Municipais e algumas Juntas de Freguesia.
Se as Câmaras Municipais têm de reabilitar esquadras da polícia e da gnr, equipamentos escolares, estádios de futebol, espaços para organizar eventos como a JMJ, obras essas que deveriam ser feitas por quem de direito, será assim tão estranho que um executivo Municipal, ou uma Junta de Freguesia, gaste uma fatia do orçamento para oferecer ao Povo aquilo que o Povo gosta?
Álibis, justificações e pretextos para isso acontecer é o que não faltam: entre promoção do território e do turismo, dar visibilidade à “marca” do município ou da freguesia, desenvolvimento da economia local, retorno financeiro com a criação de mais valias, é só escolher...

Antigamente, havia comissões de festas.
Agora, via os meios que "inventa" para pensar e executar esses eventos, são as autarquias que fazem. No fundo, são os executivos (por vezes, mais os Presidentes) que  escolhem os artistas para  divertir  e proporcionar esses tais momentos de festa, magia e alegria ao Povo.

Contudo, ainda há excepções.
Na minha Aldeia, ainda são os festeiros, cidadãos que dão o corpo ao manifesto de borla, que organizam a Festa em Honra do Padroeiro, S. Pedro.
A Festa da minha Aldeia tem o azar de se realizar no final de Junho, altura em que as Festas da Cidade, organizadas pelo Município, estão ao rubro. 
A concorrência é de monta. A desigualdade de meios é brutal. 
Embora o esforço e o empenho dos festeiros da minha Aldeia seja sempre grande, os artistas famosos que actuam nos mesmos dias e às mesmas horas na cidade, acaba por dividir o Povo.
No fundo, podemos admitir que a concorrência acaba por ser prejudicial e não servir a ninguém.

Depois da festa segue-se o desmontar da tenda...
Que esse período sirva para reflectir...

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Santana Lopes intrigado com a falta de financiamento para projeto de milhões

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz mostrou-se hoje intrigado com a falta de financiamento para o projeto de eficiência energética de iluminação pública que o município implementou em 2022, num investimento de sete milhões de euros.
“Acho muito estranho que não haja apoio, num sistema com estas características, que até tem suscitado o interesse de muitos outros municípios, quando existem tantos programas de apoio à inovação, tecnologia, eficiência e transição energética”, disse aos jornalistas Pedro Santana Lopes.
O autarca, que falava no final da reunião de Câmara, salientou que a Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, foi o primeiro município português a implementar o projeto Smart IP, que herdou do anterior executivo liderado pelo socialista Carlos Monteiro.
Para Santana Lopes, é um “paradoxo completamente irracional não haver nenhum apoio, só porque, em princípio, este projeto tem um retorno rápido, que permite poupança nos custos e amortizar o investimento”.
O presidente da autarquia figueirense reuniu esta semana com a secretária de Estado da Energia, a quem pediu uma solução depois de apresentar o projeto que obrigou o município a endividar-se à banca durante 10 anos para executar o investimento de sete milhões de euros.
Segundo o autarca, só em juros, a Câmara da Figueira da Foz paga anualmente 400 mil euros.
“A falta de financiamento é um assunto que me intriga desde o início”, frisou Santana Lopes, considerando, no entanto, que o projeto é “altamente meritório e inovador, permitindo ao município poupar milhares de euros e ser autónomo.
A Figueira da Foz foi o “único município do país que foi por este caminho [empréstimo à banca], já que os outros fizeram contratos com privados e vão deduzindo mensalmente os pagamentos nas faturas da energia”.
“Eu diria que é estúpido, não há outra palavra, existir tanta componente de inovação neste projeto e não haver apoio”, sublinhou o autarca, referindo que o executivo “não tem descansado” à procura de uma solução.
O projeto, cujo consórcio responsável pela sua implementação envolve empresas da Figueira da Foz, permite uma poupança anual de 80% de energia e a redução de 1.650 toneladas de dióxido de carbono, com a amortização do investimento em cerca de três anos e meio.
Abrange todo o concelho, depois de ter sido testado, como projeto piloto, na freguesia de Vila Verde, abrangendo cerca de 22 mil luminárias, o que, segundo as estimativas, representa uma poupança anual na ordem dos 2,8 milhões de euros na fatura da energia, que anteriormente era na ordem dos cinco milhões de euros.
Através da iluminação pública, o município pode instalar uma rede de comunicação “altamente diferenciadora” que permite maior sustentabilidade, podendo instalar radar simples, detetores inteligentes, e monitorizar a qualidade do ar, os resíduos sólidos urbanos, os estacionamentos e a rega de espaços verdes, entre outras utilidades.»

Taxa de ocupação hoteleira em Agosto foi de 90 por cento na Figueira

 Via Diário as Beiras

Turismo Centro de Portugal: sai Pedro Machado, entra Raul Almeida


Pedro Machado
cessou ontem funções como presidente da Turismo Centro de Portugal, 17 anos após ter tomado posse pela primeira vez, precisamente em 1 de setembro de 2006. 
Reeleito em 2008, 2013 e 2018, Pedro Machado estava impedido de nova candidatura devido à limitação de mandatos.
Questionado pela Lusa sobre um eventual regresso à política, sabendo-se que foi candidato à Câmara da Figueira da Foz nas eleições autárquicas em 2021, Pedro Machado assegurou que esse é um “livro que está bem fechado”.
A tomada de posse dos novos órgãos sociais da Turismo Centro de Portugal está agendada para as 11h30 de hoje, sexta-feira, no Convento de São Francisco, em Coimbra. 
Raul Almeida, ex-presidente da Câmara de Mira, é o novo presidente. 
Na foto de Junho p.p.: Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal (TCP),  distinguido com o “Prémio Personalidade”, atribuído pela BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa na cerimónia anual de entrega de prémios desta organização.

Primeira reunião de câmara de Setembro realiza-se hoje

Depois da paragem no mês de Agosto (a última sessão aconteceu no passado dia 28 de Julho), a primeira reunião de câmara de Setembro realiza-se hoje, pelas 17H00.

Da agenda (para consultar, clicar aqui), faz parte, entre outras propostas, a adjudicação definitiva da alienação de 34 lotes de terreno da zona de ampliação do Parque Industrial e Empresarial da Figueira da Foz. A ordem de trabalhos inclui, ainda, a proposta para prorrogação do prazo fixado para entrega das propostas - procedimento por concurso público com publicidade internacional - da empreitada para a nova ponte sobre o Rio Mondego, Eurovelo 1, entre as freguesias de Vila Verde e do Alqueidão. 

As sessões de câmara são transmitidas em direto através da página do município na internet.

Link para assistir à reunião de Câmara ON-Line

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Agora que já é oficial, parabéns Daniel...

 Via Diário as Beiras

Nota de rodapé

O mar vai ser o tema da primeira edição das Jornadas de Segurança e Saúde no Trabalho da Costa de Prata

 Via Diário as Beiras

A "silly season" não pode durar sempre

Para ler melhor, clicar em cima da imagem
O mês de Agosto esteve muito quente. Bem, estava-se à beira mar, numa esplanada.
Em Agosto esteve muito calor, o que desmotivou a leitura. Todavia, esta crónica de Carmo Afonso, publicada na edição de 16 do corrente no jornal Público merece ser recordada. 
Um mentiroso em delírio e à solta é um perigo. Mentiras fabricadas e embrulhadas graficamente como objectos respeitáveis. A falta de vergonha não tem limites para este manipulador implacável. E impune, pelos vistos. 
A mentira anda à solta. A democracia é que perde. 
"Um vendedor com estas características é um perigo para a comunidade. Mas o que dizer de um político?"

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Festival Pirata com futuro incerto

 Via Diário as Beiras


Joaquim Namorado e a Maçonaria

Em Portugal, "a Maçonaria sempre foi e é transversal à sociedade e à classe política. Comunistas, católicos, republicanos e anarquistas participaram na Maçonaria, na preparação da Revolução de 5 de Outubro, durante a agitada 1.ª República e em várias fases da resistência ao Estado Novo."
"Quando as lojas eram o "chapéu-de-chuva" das oposições", é um trabalho de Nuno Ribeiro publicado no jornal Público em 15 de Janeiro de 2012, que fui recuperar e ler a propósito das Comemorações do 24 de Agosto na Figueira da Foz.
Realço esta parte, por referir uma pessoa que teve grande influência na minha formação. 
Há pessoas que nos estimulam. São as pessoas  que nunca se renderam ao percurso da manada. Joaquim Namorado foi um desses raros Homens e Mulheres que conheci. Joaquim Namorado, foi um Cidadão que teve uma vida íntegra, de sacrifício e de luta, sempre dedicada à total defesa dos interesses do Povo.
Neste video, que considero um documento raro, pode ouvir-se o discurso de agradeciemnto de Joaquim Namorado, na cerimónia que decorreu em sua homenagem no Casino da Figueira na noite de 28 de Janeiro de 1983.
Para ver melhor a foto,clicar em cima da imagem

«
Uma transversalidade e uma peculiar porosidade que, nalguns casos, chegou a extremos. Como o envolvimento de comunistas nas lojas.
"José Carlos Rates, secretário-geral do PCP entre 1923 e 24, Sobral de Campos, um dos fundadores do PC, e Cansada Gonçalves foram maçons". A estes nomes, João Madeira, investigador do Instituto de História Contemporânea com um recente doutoramento sobre a história do PCP, junta outros. "Apesar de haver uma directiva da Internacional Comunista, na sequência do seu IV Congresso de Novembro e Dezembro de 1922, que proibia a dupla filiação, em Portugal essa situação ocorreu", anota Madeira. 
O que ocorreu, nos anos 20 e 30 do século passado, não se deveu a uma heresia aos princípios. Não foi uma mera rebeldia. A conjuntura foi decisiva. "Nos anos 30, há uma geração mais nova, oriunda do republicanismo radical, que pela situação política interna e externa se radicaliza e acaba por desaguar no PC", explica João Madeira. Este lastro político e ideológico muito forte foi sobrevivendo "porque os comunistas portugueses demoraram muito tempo a bolchevizar-se". Esta nova geração de opositores políticos, oriunda das famílias republicanas tradicionais e filhos da burguesia liberal, dedicava um olhar crítico à recente experiência histórica republicana. "Eles queriam conferir à República um conteúdo social que esta nunca tivera, e no período entre guerras vão aproximando-se do PC", observa.
Uma aproximação forçada pelos acontecimentos. O advento dos fascismos na Europa levou a Internacional Comunista a enveredar pela política de frente popular. Neste frentismo encontram-se pessoas de várias ideologias. É o caso dos reunidos na Acção Anticlerical e Antifascista (AAA), conhecida por três A, uma organização paramaçónica, cujos dirigentes pertenciam a várias lojas. Aí se encontram jovens, muitos dos quais estiveram na génese do movimento neo-realista em Portugal. João Madeira refere o nome de Mário Dionísio que, no jornal Liberdade, tinha como companheiro de redacção Álvaro Cunhal. Defendiam "republicanizar a República e humanizar o Humanismo".
Houve outros casos também reveladores. Na loja Revoltar ao Vale de Almada estavam João da Palma Carlos, Alexandre Babo e Orlando Juncal. Em Coimbra, era preponderante o Centro Escolar Republicano que tinha por detrás a loja maçónica A Revolta, na qual participavam Joaquim Namorado e Ivo Cortesão.»
Este interessante texto de Nuno Ribeiro pode ser lido na íntegra, clicando aqui.

Atenção ao calendário eleitoral: antes das presidencias temos as Europeias e as Autárquicas...

Via Correio da Manhã

Nota de rodapé. 
O meu interesse por este assunto, tem a ver com o seguinte: 
1. Poder vir a influir na vida das pessoas que moram no concelho onde habito. 
2. A curiosidade em ver como a luta política nacional se pode trnsformar numa galeria psicanalítica. 
Ainda faltam quase 2 anos e meio para as presidenciais e dá gozo ver a necessidade de certos personagens em mostrar que existem e que andam por cá.
Esta, até ao momento, é a evidência mais declarada e óbvia.

terça-feira, 29 de agosto de 2023

"MENDES SUBIU PARA O BANCO"

 – por Soares Novais

"É a primeira vez que um chefe de Estado português em funções participa pessoalmente na UV do PSD."

Via Jornal Público

«O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai intervir no jantar-conferência da Universidade de Verão (UV) do PSD, nesta quarta-feira, em Castelo de Vide (Portalegre). Ao contrário de anos anteriores, em que participou à distância, desta vez está previsto que o chefe de Estado esteja presencialmente na iniciativa, segundo fonte oficial da organização.»

"Ministério Público vai receber uma “participação dos factos sobre o Paço de Maiorca” relativos a várias etapas do processo"

 Via Diário as Beiras
Para ler melhor, clicar na imagem
Nota de rodapé.
O processo "Paço de Maiorca", é extenso e longo.
OUTRA MARGEM, tem muita coisa escrita que pode ser conferida aqui.
Vamos tentar resumir.
Tudo começou há cerca de 25 anos.
"A câmara municipal, cujo presidente na altura era Santana Lopes, decidiu, por unanimidade, adquirir o paço de Maiorca. Nos meses seguintes à compra fizeram-se obras de recuperação do edifício e jardins e, em 1999, foi aberto ao público.
Em 2004, o Paço foi encerrado ao público e inicia-se o caminho para transformação num hotel de charme. O edifício passou para a posse de uma empresa criada entre a Figueira Grande Turismo e o grupo Quinta das Lágrimas e em 2009, iniciam-se as obras para converter o Paço em hotel.
No decorrer dos trabalhos é decretada a insolvência do empreiteiro e a obra parou uns meses. Retoma sobre orientação da empresa de fiscalização e em 2011 a câmara decide mandar parar por imbróglios jurídicos e financeiros e falta de entendimento com o parceiro de negócio. Ou seja, depois de investidos 4.2 milhões de euros e faltando 1 milhão para terminar, a obra pára, e está há vários anos sem qualquer cuidado na preservação do investimento realizado." Miguel Almeida.

Em 2017 a "FGT foi extinta mas o caso do Paço de Maiorca continua por resolver" - Diário as Beiras, edição de 8 de fevereiro de 2917. 
Segundo o mesmo jornal, "estava concluído o processo de extinção Figueira Grande Turismo (FGT), criada por Santana Lopes. Os funcionários, recorde-se, foram integrados na câmara. Porém, o dossiê do Paço de Maiorca, que era para ter sido transforamado em unidade hoteleira de charme, via uma parceria com o Grupo Lágrimas, não foi encerrado. O processo do Paço de Maiorca estava pendente da resolução do empréstimo concedido pelo BPI – seis milhões de euros. A autarquia figueirense, na sequência da extinção da FGT passou a ser acionista direta da sociedade. A vereadora do PSD Anabela Tabaçó, numa reunião de câmara, questionou João Ataíde sobre as responsabilidades da sociedade do Paço de Maiorca assumidas pela autarquia. A autarca da oposição reiterou, por outro lado, que o presidente podia ter parado o processo, para depois decidir o que fazer, a fim de evitar o desfecho que se conhece. O presidente, porém, afiançou que fez tudo para concluir as obras e resolver os problemas herdados. Desde o início que a parceria público-privada, criada no segundo mandato do falecido presidente da câmara Duarte Silva (PSD), mereceu forte contestação. O accionista privado detinha a maioria das ações, mas o imóvel era da FGT, que também se responsabilizou pelas obras. Por outro lado, os lucros da unidade hoteleira seriam distribuídos pelos dois parceiros, mas os prejuízos, esses, ficariam por conta do accionista público."

Temos aqui, entre outros, também um problema de memória. No fundo, o que divide os figueirenses, incluindo os dirigentes partidários do PS e do PSD, é a memória.
Vamos recuar a 16 de de novembro 2009 e recordar uma postagem do blog Quinto Poder, que pode ser interessante e proporcionar algum esclarecimento.
Passo a citar, o entretanto falecido autor do blog, M.Saraiva Santos.
JÁ ESTAVA À ESPERA ...
«Pela minha parte, já estava à espera disto. Segundo leio no diário As Beiras de hoje, o novo Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF) já foi dizendo ou deixando dizer "fonte próxima" que, face à situação financeira deixada pelo anterior executivo camarário, poderá não ter meios financeiros para dar seguimento (deve ler-se cumprimento...) a todos os projectos aprovados e anunciados.
É o truque do costume. É a velha história da “pesada herança”. Na campanha eleitoral promete-se este mundo e o outro, a lua se for preciso, o bacalhau a pataco. Depois de alcançado o poleiro, é a desculpa habitual. Assim do género: “...é uma chatice, eu bem queria, mas afinal a situação financeira é muito pior do que aquilo que estava à espera...”. Ou então: “...eu bem queria, fazia muito empenho nisso, mas o governo não dá dinheiro...” “Logo, vejo-me forçado , com muita mágoa minha, a mandar para as urtigas as promessas que fiz”. Desta vez, nem demorou um mês, depois das eleições autárquicas, para que o balão se começasse a esvaziar, veremos até que ponto.»

Para abreviar, que o texto já vai longo, o caso foi para Tribunal e recorde-se o desfecho: o tribunal sentenciou a favor do BPI, que reclama o pagamento de cerca de seis milhões de euros.  
E, agora, temos mais isto: o Grupo Júdice SA reclama 200 mil euros a título de indmnização. 
Recuemos a 29 de Dezembro de 2011. Nesse dia realizou-se uma reunião (Acta 30/2011, que não está disponível no site da Cãmara):
Dessa reunião resultou isto:

Os anos passaram e chegámos aqui. Imagem via Diário as Beiras: