quarta-feira, 28 de junho de 2023

Têm início hoje 5 dias de Festa em S. Pedro

Está quase a fazer uma ano: num domingo, a 3 de Julho de 2022, "os festeiros" Santana Lopes e Jorge Aniceto não deixaram morrer a Festa em honra de São Pedro na Cova e Gala.

Nesse dia, aconteceu algo inédito no concelho da Figueira da Foz. Para evitar a recolha da Bandeira ao interior da Capela, por não haver quem protagonizasse a continuidade e a realização da festa em honra do padroeiro na Cova e Gala, em 2023, Santana Lopes, presidente da Câmara da Figueira da Foz, e Jorge Aniceto, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, "chegaram-se à frente e assumiram o papel de festeiros". Desta maneira, evitaram que, em 2023, houvesse uma interrupção numa Festa centenária, pois segundo João Pereira Mano, a Festa de S. Pedro da Cova e Gala, foi trazida de Ílhavo, em meados do século XVII, pelos habitantes que fundaram a Cova e, mais ou menos 40 depois, a Gala.

Como escrevi na altura, o caso é curioso. O que aconteceu, observado sobre o ponto de vista político e religioso, é interessante e merece reflexão.
Santana Lopes e Jorge Aniceto, assumiram o seu papel de "festeiros", enquanto pessoas ou enquanto políticos?
A sua Liberdade religiosa, enquanto pessoas, é total e absoluta e ninguém pode questionar ou colocar em causa. Porém, a sua liberdade de manifestação religiosa, enquanto políticos que representam um universo de pessoas que têm toda a Liberdade de outras opções religiosas, pois vivemos num estado laico, não é bem a mesma coisa. 
Há momentos em que determinadas manifestações religiosas podem colidir com a Liberdade religiosa de outras pessoas que os políticos representam.
 
Contudo, não faço disto uma questão decisiva e acredito que, mais do que a legislação, é o bom senso que deve prevalecer, equilibrando sem dramas as regras decorrentes do estatuto de estarmos num Estado não confessional, por um lado, e a preservação da história, dos  costumes e das tradições, por outro. 
A meu ver, a Liberdade, incluindo a religiosa, nunca pode ter um conteúdo negativo. Sou sempre pela possibilidade de expressão, de associação, de ensino, de visibilidade, de diálogo e reconhecimento público e institucional. 
Estas sim, de facto são questões decisivas, não negociáveis, da Liberdade, incluindo a  religiosa. A Liberdade de uns, nunca se pode fazer à custa da liberdade dos outros. 
A história da humanidade já nos ensinou as consequências trágicas dessa visão. No limite, pode conduzir a contornos revanchistas e totalitários.

A laicidade, ou melhor, a laicização - palavra que traduz melhor a ideia de um processo em movimento -, é uma marca comum a todas as sociedades democráticas: significa a autonomização da sociedade em relação à religião, processo através do qual a religião deixa de estruturar a organização social e legal. As diferentes instituições religiosas podem fazer campanha em defesa dos seus valores e ideias, mas não podem ter força legal para os impor. 
A Igreja Católica pode combater contra a Lei do Aborto, ou ser contra os casamentos homossexuais, mas não tem força legal para evitar isso se a maioria do povo, em eleições, assim o decidir.

Nos países predominantemente católicos, como é caso de Portugal, marcados pelo conflito entre o Estado e a Igreja, a laicização foi normalmente imposta por cima, a partir do Estado. Nos países protestantes, onde as igrejas conheceram uma mutação interna profunda, a autonomização da sociedade em relação à religião partiu de baixo, da própria sociedade civil.
A laicização tomou formas diferentes em cada país, em função da sua história, das suas tradições e da sua cultura. Em Portugal, temos um estatuto de separação com cooperação com as diferentes confissões. 
Devia imperar a diversidade e a liberdade religiosa. 
Há países em quem não é assim. Nos EUA, onde moram muitos habitantes da Cova e Gala que para lá emigraram em busca de melhores condições de vida, embora o  sistema seja de clara separação entre o Estado e a Igreja, a religião tem uma forte presença não só na sociedade, mas nos próprios actos públicos. 
Em Portugal, isso seria considerado uma ofensa à laicidade e uma "beatice". Podemos entender esta perspectiva do ponto de vista histórico. Contudo, em minha opinião, isto revela uma visão errada da laicidade, entendida não como a condição de liberdade religiosa, mas como a condição da erradicação da religião. É que, apesar do que se diz em contrário, em certos sectores políticos, a religião continua a ser encarada como "o ópio do povo".
A meu ver, a tomada de posição de Santana Lopes e Jorge Aniceto, não encerra polémica nenhuma, pois são "festeiros" e vão realizar a Festa de São Pedro,  em 2023, enquanto pessoas crentes e devotas e não enquanto políticos.
"O Presidente da Câmara da Figueira da Foz e da junta de freguesia, Santana Lopes e Jorge Aniceto, lideram a Comissão de Festas em Honra de S. Pedro da Cova e Gala, em 2023, porque, em 2022, não houve quem quisesse assumir a organização". Via Diário as Beiras, fica a notícia que as Festas em Honra do Padroeiro da Cova e Gala, S. Pedro, têm início hoje.

"SIM.Pode sê-lo, à partida."

 Via Diário as Beiras

terça-feira, 27 de junho de 2023

Essencial e curto...

"Parque situado junto às muralhas de Buarcos é pago, todos os dias, de 15 de junho a 15 de setembro. A concessão é de 2020 e a medida começou a ser aplicada este ano"...

"Várias centenas de automobilistas que, no fim de semana, utilizaram o parque de estacionamento junto às muralhas de Buarcos, na zona da rua 5 de Outubro, foram “surpreendidos” com multas. 
A exploração foi concessionada, no anterior mandato autárquico, pela Câmara da Figueira da Foz a uma empresa, que não é a mesma que explora o restante estacionamento pago à superfície na cidade. 
Os automobilistas, afirmou um dos autuados ao DIÁRIO AS BEIRAS, quando tomaram contacto visual com o aviso da coima, pensaram tratar-se de publicidade. Mas tratava-se de uma multa de 16,80 euros, que, se não for paga dentro do prazo, ficará bastante mais cara. 
Naquela zona, saliente-se, o estacionamento é pago todos os dias, de 15 de junho a 15 de setembro, das 09H00 às 21H00. Esta medida começou a ser aplicada este ano, embora a concessão date de 2020.
No parque vizinho, situado no outro lado da marginal, explorado pela Junta de Buarcos e São Julião, apesar da placa que informa tratar-se de uma zona paga, todos os dias, de 15 de junho a 15 de setembro, das 08H00 às 20H00, o estacionamento não está a ser cobrado. A gratuitidade deve-se aos custos que a instalação de parquímetros e a fiscalização implicam.
O executivo da Junta de Freguesia de Buarcos decide esta semana o destino a dar ao seu parque de estacionamento, adiantou a presidente, Rosa Batista ao DIÁRIO AS BEIRAS. 
Acerca do parque junto às muralhas, a autarca adiantou que tem sido abordada por residentes e empresários de restauração, que, a partir de julho, terão também de pagar o estacionamento, já que a concessão prevê o fim da isenção nas dezenas de lugares reservados para eles. “Lamento que não tenha havido, por parte da empresa, uma maior divulgação sobre o início da cobrança no parque de estacionamento situado junto às muralhas”, afirmou Rosa Batista. “Lamentamos que, dentro da freguesia, haja dois critérios relativamente ao pagamento de estacionamento”, acrescentou a responsável."

O areal da Praia

Na edição de ontem do jornal Diário as Beiras, li uma carta do eng. Daniel Santos.
Passo a citar: 
«O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Figueira da Foz aprovado em 2014, que se encontra disponível no portal do município sob a égide da conhecida afirmação de Séneca “para quem navega sem rumo, todos os ventos são desfavoráveis”, propõe um “ordenamento da Praia da Claridade e de toda a baía de Buarcos, criando diversas valências e usos das mesmas e dinamizando o seu extenso areal. Aborda-se, assim, a enorme extensão de praia como um ponto forte da cidade”.
O planeamento urbanístico inconsequente para o areal da praia tem um histórico de décadas, remontando ao período de antes do 25 de abril.
Já nos anos 70 o engenheiro-chefe dos serviços municipais opinava, no seu parecer sobre o proposto Plano de Urbanização, que, sobre a construção do molhe norte, haveria que optar entre o turismo e a atividade portuária, atendendo às consequências que a respetiva construção teria no crescimento da praia, como veio a acontecer e estava previsto.
O Plano de Urbanização da cidade, que vigorou entre 1995 e 2017, definiu a praia como sendo uma zona sujeita a planeamento de pormenor. 
Ao longo do tempo, desde 1981 até 2001, foram propostos vários estudos, ante-planos e planos, nunca se tendo tornado nenhum deles plenamente efi caz, nem sequer sido completado. 
Até a Sociedade Figueira-Praia propôs um plano. Alguns chegaram a participação pública, da qual resultou que “aos costumes se disse… nada”.
Há não muito tempo, o CDS local quis discutir a praia. Da meia dúzia de cidadãos que apareceram, apesar das intervenções, não pode dizer-se que tenham resultado novas ideias.
Sobre a praia e quanto a planeamento, o que vale é a intenção manifestada no Plano Estratégico que acima se indicou. E não é um plano de território, isto é, não vincula.
Enquanto se riscavam os planos, a praia foi fazendo o seu caminho, as intervenções foram avulsas e voltou-se ao ponto inicial, ou seja, não há decisão.
Sendo certo que a Figueira não pode abdicar dos eventos anuais, também não pode deixar-se a situação no limbo. É preciso tomar uma decisão.
Donde se poderá propor que a solução para a praia não pode deixar de passar pelo planeamento eficaz, com prévia discussão pública, sobretudo hoje que existem ferramentas para que o mesmo seja dinâmico e se vá adaptando às realidades que forem surgindo.
Sem plano, isto, é, como afirmou Séneca, sem objetivo, não chegaremos à solução!»
Daniel Santos
A discusssão que o CDS promoveu sobre o tema, realizou-se em 15 de Maio de 2019 e conseguiu juntar 46 pessoas pessoas, de todas as tendências políticas.
Mattos Chaves, presidente da concelhia do CDS, sabendo da distância ideológica que nos separa, que nenhum de nós esconde ou disfarça, convidou-me para ser orador nas “TERTÚLIAS FIGUEIRENSES”
Fui convidado e aceitei. Gosto deste e de todos os debates livres, de preferência com vozes dissonantes. É a falar que a gente se entende. Aceitei porque  sou do tempo em que os debates eram proibidos na Figueira. Haja debates e, já agora, que deles saiam algumas ideias.
Lá estive, portanto,  numa sessão moderada por Pedro Vieira, com o Dr. Joaquim de Sousa e a Drª. Isabel João Brites e onde tive oportunidade de deixar expresso aquilo que penso.
O areal da praia da Figueira é um problema que remonta à definição da barra da Figueira, tal como ela é hoje, com a construção dos molhes, o que ocorreu no final da década de 50, princípio dos anos 60 do século passado.
Li um dia que "que os homens não aprendem muito com as lições da História. E esta, acaba por ser a mais importante de todas as lições que a História tem para nos ensinar"
O prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado e feito, apesar dos vários alertas feitos em devido tempo, a que a realidade infelizmente deu razão: a "Barra da Figueira da Foz  é  uma Armadilha Mortal para os Pescadores",  nos últimos anos morreram 11 pessoas. Cerca de 13 anos depois de concluída a obra, a barra  da Figueira, para os barcos de pesca que a demandam, está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada. Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que o mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro, Costa de Lavos e Leirosa – e por aí adiante até à Nazaré. A meu ver, há uma ideia simples que é preciso ter em conta. Não é a Figueira que se tem de aproximar do mar. É o contrário: é o mar que se tem de aproximar da Figueira. Para isso é preciso retirar a areia a mais que existe na Figueira e distribui-la por onde é necessária: as praias a sul do estuário do Mondego. E tão necessária ela é até à Nazaré. Isto, embora sendo uma ideia simples, não está ainda entendida por muita gente que manda.
O poder autárquico figueirense, com a execução das chamadas obras de requalificação do areal de 2015, demonstrou bem o seu posicionamente nesta questão do que fazer com o areal da praia da Figuiera da Foz... 
E tão avisados que foram...  Manuel Luís Pata, o meu saudoso Amigo, em devido tempo, fartou-se de avisar. Porém, ninguém o ouviu. Temos as consequências...
A Praia da Figueira não é um problema dos que habitam na cidade. É um problema territorial de todo o concelho e mais além.
É positivo o contributo de todos os figueirenses. Estamos num momento em que é importante "discutir pública e livremente, com todos, os assuntos da Figueira".

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Arco da governação no seu melhor...

Imagem via Diário as Beiras
Via
Campeão das Províncias
"Os dois candidatos assumidos à Turismo do Centro, Raul Almeida e Anabela Freitas, vão apresentar uma lista única àquela entidade regional a bem dos “superiores interesses da região”, anunciou hoje a candidatura.
Raul Almeida, que é actualmente presidente da Câmara de Mira eleito pelo PSD e que vai concorrer à liderança da Turismo do Centro, terá como vice-presidente Anabela Freitas, que é líder da Câmara de Tomar eleita pelo PS.
As eleições estão marcadas para 26 de Julho."

Nota de rodapé.
Tudo isto acontece graças ao povo e pelo voto do povo!
Será que temos de mudar de povo?

24 de Junho, dia de reflexão

Em finais de Junho de 2023, mais ou menos a meio do mandato desta segunda passagem de Santana Lopes como presidente de câmara, o concelho precisa que lhe mostrem a realidade tal qual ela é, sem máscaras e sem disfarce. 
Os figueirenses têm de perceber, uma vez por todas, as causas do definhamento da sua cidade e do seu concelho. E têm de entender que na construção do futuro, não existem milagres: há planeamento, trabalho, competência, capacidade de concretização e visão na definição do desenvolvimento do nosso concelho.
O passado não pode, nem deve, ser esquecido, mas o importante é o futuro.
Venha a "valorização do porto", a "duplicação da via férrea entre Coimbra e a Figueira da Foz". Mas, não se esqueçam da Linha do Oeste, antes que lhe aconteça o que sabemos que se passou com a Linha da Beira Alta.
24 de Junho, como sempre acontece na Figueira, foi dia de reflexão e discursos bem intencionados. Todavia, é preciso mais. Como diz o Povo,  "de boas intenções e de boas palavras está o inferno cheio."
Ainda bem que, pelo menos uma vez no ano, nos interrogamos como foi possível a Figueira chegar ao que chegou. 
A explicação não é difícil e muito menos complexa: chegou aqui com políticas de uma inimaginável estupidez, conduzidas por políticos que ignoravam militantemente a história e a realidade do concelho e se limitaram a imitar o que se fazia noutros lados. 
Olhem para Buarcos e para o Cabedelo.
Os responsáveis são conhecidos. 
Nestes últimos anos, a Figueira viu uma geração desbaratar milhões a implementar e a pôr em prática políticas urbanísticas, que nem para modernizar uma cidade que ainda vive à sombra dos mitos passados, serviram.
Neste momento, a pouco mais de 2 anos de novas eleições - autárquicas e presidenciais - vislumbra-se já que a Figueira e Santana vão ter um enorme desafio em 2025.
Sem querer adiantar muito, a "pitonisa" prevê que em 2025, "o que pode ser o melhor para Santana, pode ser um problema para a Figueira".
Para memória futura, via Diário as Beiras, fica algo do que ficou dito em 24 de Junho de 2023 na Figueira.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, na sessão solene do Dia da Cidade, que se celebra a 24 de junho, fez um discurso apontando com o dedo para o desenvolvimento do concelho, defendendo a definição do caminho a seguir, envolvendo diversas vontades, mas sem ilusões. “Temos falado sobre o quão decisivo é para a Figueira da Foz [e para a região] as opções que venham ser tomadas nestas matérias. O desenvolvimento da Linha do Norte ou da Linha da Beira Alta… Há um pedido que temos de fazer todos, aos outros e nós próprios, é que façamos bem o esclarecimento, não criemos ilusões, para não sermos enganados no meio de confusões”
Santana Lopes defendeu que “não há nada pior para decisões estratégicas do que a nebulosa nos seus pressupostos, e também nos seus objetivos”. De seguida, acrescentou: “A Figueira da Foz prefere saber com o que conta, o que partilha, aquilo que poderá encontrar no futuro, mas ter a certeza de qual é a estrada do seu desenvolvimento, que foi trilhada antes por quem me antecedeu e será trilhada por outros, no futuro”
Por isso, defendeu: “[É preciso] saber-se, por parte do poder central, do regional e do local, qual é a estrada que temos de seguir, independentemente das mudanças nas escolhas do eleitorado”.
O autarca figueirense falou a seguir ao presidente da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM-RC), Emílio Torrão. O convidado afiançou que a estrutura que lidera está empenhada em “valorizar o Porto da Figueira da Foz”, que “é tão importante para o concelho como para todo o território, sendo o único acesso a exportações e importações via marítima da Região de Coimbra, e fundamental para o país”.
Emílio Torrão afirmou, ainda, que a CIM-RC também está empenha na “duplicação da ferrovia entre Coimbra e a Figueira da Foz, e posterior ligação a Espanha”. O mesmo empenhamento manifestou em relação à “mitigação dos efeitos da erosão costeira” e para afirmar a Figueira da Foz como o “centro da economia azul que em breve florescerá e que tornará toda esta costa num ainda maior ativo”.

sábado, 24 de junho de 2023

São apenas mil e trezentos metros de uma das estradas mais frequentadas pelos figueirenses e por quem nos visita...

Citação de uma postagem do BUARCOS blog, datada de DOMINGO, 11 DE AGOSTO DE 2019.

Os critérios misteriosos do (des)governo da autarquia.

"O Abrigo da Montanha é um ex-libris da Figueira da Foz. Também o é a serra da Boa Viagem no seu conjunto. É a C.M.F.F. que o diz, e eu não discordo.
Para aceder ao Abrigo, e a um dos melhores miradouros que conheço (e conheço mundo), a estrada "natural" é a que vai do Teimoso para cima.
O primeiro troço, que faz parte da estrada n109-8, vai do dito restaurante, até ao triângulo da antiga casa do guarda florestal. Foi "ajeitada", penso, por volta de 2016.
Dai até ao largo do Abrigo, a estrada é designada apenas por estrada florestal, sem número, tanto quanto penso saber.
Esta não foi alvo de qualquer reabilitação em 2016, porquanto a autarquia, respondendo directamente a uma interpelação minha, entendeu que a mesma se encontrava em bom estado, o que só demonstra que não saem dos gabinetes, ou que são legalmente cegos.
Assim, mantém-se num estado de degradação vergonhoso desde há muito, com buracos na totalidade dos seus 1,3 kms.
Qual o preço de asfaltar aquele bocado? Metade dum apoio ao Carnaval, 2 Anselmo Ralph, 1 Findagrim ou uns 30.000 aérios. É muito dinheiro? Claro. E justifica-se? Se é um acesso ao que de melhor a Figueira tem para oferecer, obviamente que sim, e não duvido que qualquer Figueirense que goste desta terra, concordará.
O que descrevo é factual, e se alguém encontra incorrecções, faça-me o obséquio de me corrigir.
Se em 2016 não houve vontade nem visão para colocar aquela estrada no estado que a mesma merece, em 2019 a mesma C.M.F.F. teve o rasgo de génio e golpe de asa para mandar asfaltar um troço de 1,3 kms, na orla da malha urbana, no qual a maior parte dos Figueirenses nunca circularam, e uma maioria não conhece sequer. Onde? Antigo traçado da N 109, Chã -> Ferrugenta.
Exagerando nos números, direi que de há muitos anos que o trânsito naquele troço não ultrapassa uma ou duas dezenas de carros por dia, e os fogos habitacionais que serve directamente, não irá além de outra dezena em número.
No entanto, tem uma camada de asfalto "tapete" de vários centímetros, com arranjo de algumas bermas em calha de cimento. Tenho a certeza que vou conseguir saber qual o preço da obra. O que nunca irei saber, é o que é que estes governantes fumam, sendo certo é uma cena da pesada que lhes tolhe em absoluto a competência.
Entretanto, vamos esburacando serra acima e serra abaixo ( e em tantas ruas da cidade ), sendo um dado adquirido que pela mão do vice tornado presidente e putativo candidato, só teremos muito fumo e pouca gravitas para com os seus conterrâneos."
Fim de citação.

O tempo foi passando. Entretanto, 4 anos depois o estado de degradação, com buracos na totalidade dos seus 1,3 kms, tem-se vindo a agravar.
Certamente que esta situação não é desconhecida do actual executivo municipal.
Haverá algo a emperrar a resolução deste problema que é do desconhecimento dos figueirenses?
As fotos do actual estado de degradação daqueles 1 300 metros de estrada, numa das zonas mais frequentadas por quem nos visita, falam por si.

Para ver melhor as fotos, clicar nas imagens.

Cerimónia do Dia da Cidade e de entrega de distinções honoríficas

Via Município da Figueira da Foz

"A empreitada foi adjudicada por 2,7 milhões de euros, devendo ficar concluída em dezembro deste ano

 Via Diário as Beiras

Morreu Luis Aleluia

Foi um actor português e um bom ser humano.

131 anos ao serviço da Figueira e dos figueirenses

 Via Diário as Beiras

"... o Município da Figueira da Foz convida os figueirenses a cantarem os parabéns ao Mercado Municipal Engenheiro Silva, garantindo o respetivo bolo de aniversário."

Ana Bacalhau actua hoje, pelas 23H00, na praça João Ataíde. O espectáculo tem entrada livre

 Imagem via Municipio da Figueira da Foz 

sexta-feira, 23 de junho de 2023

O Senhor Nelson Fernandes

... "mais novo, mas também mais lindo".
Amanhã, em cerimónia que decorrerá no CAE, vão ser distinguidas algumas personalidades da Figueira. Entre elas, uma que não tendo nascido na Figueira, é da Figueira, que conheço há mais de 40 anos: Nelson Fernandes, conhecido, sobretudo, por ser um ex-autarca comunista, é uma das pessoas com mais espírito que conheci. Para além disso tem um sentido de um humor fino e requintado. Ao mesmo tempo é detentor de um olhar clínico (foi enfermeiro na vida profissional), porém, algo cínico  e incisivo sobre a realidade que nos rodeia.
Embora tenha sido convidado para a cerimónia que vai decorrer no CAE a partir das 14 horas de amanhã, por não estar na Figueira, fica o meu abraço ao homenageado e as devidas felicitações.

Em forma de reconhecimento pela justeza da medalha que o executivo que  Santana Lopes comanda lhe ofereceu, deixo algo que conheço desde os tempos do Barca Nova (entretanto, passaram mais de 40 anos), mas que o enfermeiro Nelson Fernandes foi refinando ao longo dos anos.

A subtileza humorística da sua escrita fina, que chega a atingir momentos pícaros.

É uma página de facebook que vale a pena visitar. Pena, é Nelson Fernandes, nos últimos tempos ter perdido algum gás, num tempo em que "escrevemos mais do que nunca. O email é uma ferramenta de trabalho fundamental, enviamos mensagens por telemóvel todos os dias, publicamos e comentamos as conversas de amigos e desconhecidos nas redes sociais. Para tudo isto, usamos palavras e a forma como as escrevemos têm um impacto fundamental na nossa credibilidade."

Vamos a meia dúzia de pérolas que saquei da página do ilustre homenageado de amanhã por Santana Lopes. Vão lá, invadam o espaço que vale a pena.

1. "Cá por casa a Paula já preparou as máscaras... Pronto, se tem que ser, seja! Mas que o uso da máscara levanta alguns problemas levanta...

Com a máscara há uma série de coisas que se vão tornar confusas. Há coisas que se fazem com a boca, e não estou a falar de sexo, que ficam em risco. Por exemplo tocar instrumentos de sopro... 

E não se deixem abater. Eu que tenho o nariz mais feio do mundo vou ficar muito melhor de máscara."

2. "Ouvi dizer que o Reitor do Santuário de Fátima vai pedir ao Partido Cominista Português que organize a peregrinação de 13 de Outubro. E esperamos que o PCP aceite."

3. "E pronto! Está escolhido o novo responsável máximo da TAP. Após dois brasileiros um alemão. Caramba! É só estrangeiros. Que falta de brio patriótico. Por mim ponho as mãos no fogo pelos gestores portugueses. Ele há deles tão capazes, como os estrangeiros, de estragar a TAP. Precisam é de oportunidades."

4. "HAJA MEMÓRIA. HÁ FUTURO

Hoje, em todo o país, no âmbito do centenário do PCP, os comunistas foram aos cemitérios, lembrar aqueles, dos nossos, que já não estão entre nós, mas que nos trouxeram até aqui. Quisemos agradecer-lhe os exemplos de coragem, de dedicação, e de firmeza como militantes. Mas também mitigar a saudade que nos deixaram, e lembrar sua integridade e o muito que nos legaram como seres humanos admiráveis.

Na Figueira da Foz materializamos a memória na campa do Agostinho Saboga, mas lembramos o Lenine, o Amador, a Guida Avelino, o Zé Martins, o Teófilo, etc.  

Temos memória e orgulhamo-nos de quem nos antecedeu. Mas também lhes garantimos que além da memória também temos projeto. E futuro!"

5. "DEUS NOSSO SENHOR FAZ TUDO MUITO BEM FEITO

Aqui há uns anos, durante o Curso de Especialidade em Enfermagem de Reabilitação, era meu professor de Anatomia do Movimento o dr Joaquim Fonseca, ortopedista nos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Éramos velhos conhecidos. Como aluno de enfermagem já tinha passado, na década de sessenta, pala velha Ortopedia, então em S. Jerónimo, onde então beneficiei dos seus conhecimentos, e apreciei a sua gentileza e afetividade.

Durante o período letivo da cadeira, inventariamos os tendões e os músculos, e estabelecemos, através da sua origem e inserção, a dinâmica das articulações. E através destas chegamos às dinâmicas posturais, indispensáveis á realização das “performances” físicas.

O dr. Joaquim Fonseca era católico e assumia esse catolicismo nas suas descrições anatómicas com a “constatação” de que “Deus Nosso Senhor faz tudo muito bem feito”. Para ele qualquer articulação era uma obra prima da criação. 

Confesso que há época acompanhava essa declaração com algum ceticismo. Mas hoje, em tempo de pandemia, lembro-me do dr Fonseca quando vou pela rua e olho para as pessoas. 

Então não é que temos as orelhas no sítio certo. Prontinhas para pendurar a máscara. Na realidade Deus Nosso Senhor faz tudo muito bem feito."

6. "AS ELEIÇÕES NOS ESTADOS UNIDOS

Dada a situação decorrente das eleições nos Estados Unidos, o ministro Augusto Santos Silva prepara uma declaração de não reconhecimento dos resultados eleitorais, e pediu uma reunião urgente da União Europeia no sentido de serem nomeados observadores europeus para credibilizar a recontagem.

A declaração declara que se devem fazer recontagens até que os resultados sejam aquilo que se deseja. Ao mesmo tempo recomenda a Nicolas Maduro para não se intrometer, uma vez que Guaidó lhe disse que Maduro preparava o exército venezuelano para repor a democracia nos EU.

Marcelo ia também fazer uma declaração sobre o assunto, mas enganou-se e saiu-lhe uma declaração sobre o corona:- É um jogador formidável! Referia-se não o vírus, mas sim ao Corona, jogador do Futebol Clube do Porto.

Entretanto numa inequívoca manifestação de respeito democrático, e em nome de uma democracia cada vez mais sã, e um exemplo para o mundo ocidental, oriental e de todos os outros pontos cardeais, Donald Trump entende que se deve parar a contagem de votos nos estados onde está a perder, e, continuar a contagem nos estados onde está a ganhar. Que estratégia demolidora.

Á cautela declaro por minha honra que estou a brincar. Não é necessário o polígrafo SIC. E digo isto porque há gente que acredita em tudo."

“Buarcos - The Unridden Ones” seleccionado para certame internacional

Via Diário as Beiras
A antestreia do documentário “Buarcos - The Unridden Ones” aconteceu no dia 23 de abril deste ano, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.
A estreia mundial realiza-se no festival internacional Portuguese Surf Film Festival,  que irá decorrer de 21 a 30 de Julho, na Ericeira.
“Não encaro [a selecção oficial] como uma surpresa, porque sei o trabalho que temos, que é inédito na história do surf em Portugal. Não há nenhum filme que conte os primórdios do surf em Portugal”, disse  ao DIÁRIO AS BEIRAS, o figueirense João Traveira, realizador, argumentista e produtor executivo do filme. 

Este ano as marchas não vão ao Coliseu

 Via Diário as Beiras


Pedro Machado está a treminar último mandato na TCP