Miguel Figueira ao Notícias de Coimbra
quinta-feira, 24 de novembro de 2022
SOS Cabedelo (e outros) anda há muito a alertar para os problemas da erosão a sul do Mondego
Citando a edição de hoje do Diário as Beiras.
Em declarações à agência Lusa, Miguel Figueira, do movimento cívico SOS Cabedelo, deu conta de que as previsões para o estado do mar indiciam uma situação preocupante, que vai afetar as praias do Cabedelo, Cova-Gala, Leirosa e Costa de Lavos. Miguel Figueira lamentou que as praias da costa sul da Figueira da Foz estejam “vulneráveis e desprotegidas” para resistir a fenómenos normais do mar.
Uma política que “vê o mar como inimigo”
“Estamos fartos desta política costeira, que vê o mar como inimigo e se apronta a atirar-lhes com pedra. A única maneira que temos de fazer proteção costeira é perceber como o mar funciona e trabalhar com ele”, sublinhou. No caso do Cabedelo, cuja intervenção o movimento SOS contesta desde a sua execução, Miguel Figueira defendeu que os galgamentos vão continuar a existir enquanto não for colocada areia à frente da duna primária.
Críticas também dirigidas à APA
“A APA deu cobertura a uma intervenção nunca vista em lado nenhum, ao meter areia atrás da duna, que não faz nada, pois tem de ser colocada na praia à frente da duna”, explicou. O SOS Cabedelo tem defendido a construção de um bypass, que faça transferências contínuas de areia, “para que a praia esteja bem nutrida e a dissipação de energias (do mar) se faça muito antes do mar atacar a duna primária”.
Outro dos pontos críticos apontados por Miguel Figueira é a praia da Cova- -Gala, que sofreu “intervenções erradas há muitos anos” e que devia receber alimentações de areia no fim do verão, que já não são efetuadas desde 2019.
O problema da erosão costeira tem sido uma temática bastante discutida na Figueira da Foz, tendo-se realizado no dia 15 uma sessão de esclarecimento com a APA sobre as intervenções previstas para o concelho. Na reunião, o presidente da câmara exigiu celeridade nas intervenções de combate à erosão da costa e ameaçou com formas de luta se os processos não avançarem."
quarta-feira, 23 de novembro de 2022
Santana Lopes interrompe sessão de Câmara da Figueira da Foz e fica sem quórum
Via Diário as Beiras
"Os assuntos da agenda de hoje que não foram discutidos [a maioria] passam para reunião de 07 de dezembro."
Actualização via Diário as Beiras:
Caixa Geral de Depósitos diz que crescimento do país não ficará longe da média europeia
terça-feira, 22 de novembro de 2022
Tradição: assim se amassava a broa
Texto: Diário de Coimbra
Foto: Sociedade Instrução e Recreio de Lares
«Broas de Lares “abrem apetite” para os sabores da história local.
Os novos Fornos a Lenha do futuro Centro de Interpretação de Tradições e Costumes de Lares (CI.TC. Lares) foram inaugurados domingo na Sociedade Instrução e Recreio de Lares (SIRL), com a participação de várias dezenas de conhecedores e curiosos da arte de fazer broa à moda antiga.»
"Outros tempos", ou outros interesses?
"Em 1980, o Governo português liderado por Francisco Sá Carneiro - em linha com a decisão assumida por Jimmy Carter, presidente dos EUA, e outros aliados ocidentais - anunciou que retiraria qualquer apoio à participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Moscovo. Em protesto contra a invasão do Afeganistão por tropas soviéticas a mando do ditador comunista Leonid Brejnev, ocorrida meses antes.
Sem ambiguidades de qualquer espécie. Eram outros tempos."
Pedro Correia, via Delito de Opinião
Nota de rodapé
Recorde-se, via Diário de Notícias.
Na comitiva portuguesa presente nos Jogos Olímpicos de Moscovo, apenas onze atletas. As grandes esperanças olímpicas ficaram em território nacional, ainda que por motivos muito diferentes. Fernando Mamede, embora em pleno de forma, anunciou que ia aderir ao boicote, pela causa afegã, pelo apelo de Sá Carneiro e por temer consequências se fosse. Já Carlos Lopes, mesmo que quisesse ir a Moscovo, não podia por estar lesionado. Na natação, em que morava também a esperança de medalhas, outra ausência de vulto: Alexandre Yokochi, que no mesmo ano tinha conquistado uma medalha de prata no campeonato da Europa, ficou em Portugal, de bruços no sofá.
Nas Olimpíadas de Moscovo acabariam por participar apenas 80 países."
segunda-feira, 21 de novembro de 2022
Esta nossa barra: mais um alerta
Falta de dragagens preventivas
Walter Chicharro assume avançar para liderar Turismo do Centro
«CORES DA TERRA E DO MAR», UMA EXPOSIÇÃO DE PINTURAS A ÓLEO
100 anos de Farol do Cabo Mondego
Via Município da Figueira da Foz
"100 anos de vida de um Farol erguido no Parque Florestal da Serra da Boa Viagem, classificado, desde 2004, como imóvel de interesse municipal, e que de forma ininterrupta assume a sua missão de acompanhamento e pensamento naqueles que diariamente se aventuram a percorrer a escuridão marítima, quantas vezes, tormentosa.
domingo, 20 de novembro de 2022
Vernáculo profundo
Vão jogar onde tanta gente morreu
"1. Hoje começa o 22.º Campeonato do Mundo de Futebol. Aquele que é, de longe, o mais caro de sempre - num mundo devastado por guerras várias, inflação galopante e uma crise energética e alimentar sem precedentes neste século.
Tendo como país anfitrião o Catar, monarquia do Golfo Pérsico onde são violados elementares direitos humanos.
2. Os sete estádios construídos de propósito para o certame nasceram em condições tão indignas que, segundo revelou o diário britânico The Guardian, terão causado cerca de 6500 mortos entre 2010 e 2020.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, só em 2020 foram ali registados 50 mortos e 506 feridos graves, todos imigrantes de países pobres: Índia, Nepal, Sri Lanca, Bangladeche e Paquistão. Vítimas de condições laborais inaceitáveis em qualquer parcela do mundo civilizado, trabalhando entre 14 e 18 horas diárias sem folgas, com temperaturas superiores a 40 graus, sujeitos a alimentação e alojamento inadequados, vendo os seus documentos de identificação confiscados por empreiteiros subcontratados, impossibilitados de procurarem tarefas alternativas, num cenário equivalente à escravatura.
3. Também os valores ambientais estão em causa. Porque a pegada ecológica destes 28 dias de campeonato no Golfo Pérsico é alarmante. Com emissões de dióxido de carbono que poderão duplicar as do Mundial do Brasil, há oito anos. Na climatização dos recintos desportivos e nos 160 voos diários das mais diversas partes do globo para o pequeno emirado, com superfície inferior à do Alentejo e que não reúne condições hoteleiras para alojar tantos visitantes, tendo de recorrer para o efeito a países vizinhos.
Tristemente irónico, quando a Cimeira do Clima da ONU, no Egipto, faz apelos insistentes à «neutralidade carbónica».
4. Questiono-me como os futebolistas encararão este Mundial. Os políticos de todas as tendências, já sei: irão lá em excursão, para se exibirem num palco com transmissão global, indiferentes aos alertas de organizações como a Amnistia Internacional e o Observatório dos Direitos Humanos.
Vou acompanhar? O menos possível, confesso. Não deixando de ver, em directo ou em diferido, os três jogos da selecção portuguesa - contra o Gana (24 de Novembro), o Uruguai (28 de Novembro) e a Coreia do Sul (2 de Dezembro).
Mas sempre com a noção clara de que nada disto devia realizar-se ali."
Bicentenário da morte de Manuel Fernandes Thomaz foi evocado na Figueira da Foz, sua terra natal
sábado, 19 de novembro de 2022
Manuel Fernandes Thomaz morreu há 200 anos
Na Figueira, os génios são todos póstumos.
É biografia recorrente aquela que acaba por concluir que, em vida, a excelsa pessoa nunca foi compreendida ou admirada.Foi preciso morrer na miséria e na amargura para postumamente lhe reconhecerem o devido valor.
FOI O O QUE ACONTECEU A MANUEL FERNANDES THOMAZ, PATRIARCA DA LIBERDADE.
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra, apesar deste executivo camarário de maioria absoluta PS, aberta e disponível para a democracia.
Hoje, é dia para recordar Manuel Fernandes Thomaz, "O Patriarca da Liberdade".
Imagem via Diário as Beiras
sexta-feira, 18 de novembro de 2022
Milagres
O milagre de Joaquim Namorado
"Onde o santo punha o pé nasciam rosas.
... e o povo lamentava
que não fizesse o mesmo com as batatas."
O milagre da sobrevivência dos reformados em 2023
Para viver em Portugal e na Figueira sempre foi necessário um enorme sentido de humor.
Entretanto, vamos andando ensarilhados em dívidas, públicas e privadas, sem se vislumbrar como vamos sair da situação de escravos endividados, soterrados vivos por politicas e políticos incompetentes ao longo de dezenas de anos.
Sabemos que isto não vai acabar tudo bem, mas dá jeito acreditar que está a correr mais ou menos...
"Com uma inflação galopante, que o governo estima em 7,4% este ano, embora o Conselho das Finanças Públicas aponte para 7,8%, os pensionistas com prestações de 650 euros brutos vão ter de viver com apenas mais 5,58 euros nos bolsos todos os meses, segundo os cálculos do Dinheiro Vivo com base nas simulações da Ernest & Young (E&Y) para 2023. Significa que cerca de 1,6 milhões de reformados, ou seja, mais de metade dos que irão beneficiar de uma atualização entre 4,43% e 3,53% em 2023, terão um acréscimo líquido mensal de 0,8%. Mais 5,58 euros, portanto."
Como diria a minha avó, "andam a comer-nos as papas na cabeça". Detesto ser tratado como um tolo. Foi como este governo com aquela rábula do adiantamento fez.
Para já, além de estar tudo cada vez mais caro, o pessoal ter cada vez menos dinheiro disponível, os contextos europeus e mundiais estarem cada vez mais perigosos e ameaçadores, a ansiedade vai dar mais lucros às farmacêuticas e às clinicas da psique, e os livros de tangas de auto ajuda vão subir as tiragens!
Preparem-se para o devir. Em 2023 vamos ter mais do mesmo. Ou pior...
Para acabar com a politiquice, num assunto tão sério, será preciso acontecer um milagre?
Não sei como é com você, mas a mim vai-me safando a essência.
E a minha essência esteve, está e estará sempre no mar...
O mar tranquiliza-me. Como gente do mar que sou, caminhar em direcção a ele, é uma atitude intrínseca. Quase tudo se descortina ao olhá-lo. É um saber de experiências feito, que me foi transmitido pelos mais velhos.
Gosto da orla marítima, sobretudo fora da chamada “época alta”.
Para quem não “vive” o mar, as imagens parecem sempre iguais.
Contudo, garanto que não! Para quem o conhece bem, o mar é sempre diferente. E, também, sempre imprevisível!
Santana Lopes, acusou no final da reunião camarária realizada no passado dia 12 «a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de estar a gozar com a Figueira, ao protelar no tempo intervenções de transposição de areias na zona costeira do concelho: depois do que foi dito [pela APA], tomar uma decisão dessas é gozar com a cara dos figueirenses». Segundo Santana Lopes, «a APA não tem intenção de executar antes de 2025 a transferência de 3,2 milhões de metros cúbicos de areia para sul da Cova Gala, que estava prevista para 2023.»
O efeito não se fez esperar. Horas depois, ainda nesse mesmo dia 12 de outubro de 2022, o vice-presidente da APA, Pimenta Machado, deslocou-se à Figueira da Foz para se reunir com o autarca.
Fonte da autarquia avançou ao DIÁRIO AS BEIRAS que, afinal, aquilo que a APA havia protelado para 2025 será realizado em 2024.
Por mim, limito-me a lembrar o que ando dizer há vários anos sobre este assunto: dado que o que está em causa e em risco, é a segurança de pessoas e bens, apenas quero alertar que o momento não está para politiquices. A erosão costeira a sul da barra do Mondego é um assunto muito sério. E o inverno está à porta.
Concedam ao rejeitado o milagre de descansar em paz
Em Abril de 2019, quando o falecido João Ataíde deixou a Figueira, para o seu lugar, avançou Carlos Monteiro.
Politicamente, Carlos Monteiro antes de 2009, de 2001 a 2005, foi membro da Assembleia de Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz. E, de 2005 a 2009, tinha sido membro da Assembleia Municipal da Figueira da Foz. Depois foi vereador do executivo presidido por João Ataíde.
Com a ascensão de Carlos Monteiro a presidente, o provincianismo figueirinhas delirou com a ideia de ser um dos seus a limpar o que foi feito por quem realmente mandou na Figueira, entre outubro de 2009 e abril de 2019.
O resultado de pôr quem não serviu para a freguesia de S. Julião a presidir um concelho viu-se na Figueira nos dois anos que se seguiram.
Com a ida de Ataíde para Lisboa, Monteiro teve o seu momento de deslumbramento. Foi um daqueles momentos raros, um golpe de sorte (se bem me lembro, até houve foguetes...) que acontecem por vezes às pessoas e também aos políticos. Daqueles momentos que fazem tudo ganhar objectivo e sentido - toda a espera, toda a paciência, os sapos engolidos e todo o trabalho, finalmente, a valerem a pena.
Contudo, acabou por ser o seu maior momento de azar. Faltou uma coisa: quando foi a votos, mais uma vez, Monteiro não foi validado pelos votantes do concelho.
O verdadeiro objectivo do medíocre percurso político de Monteiro - ser aceite por uma sociedade figueirense que sempre o rejeitou - não foi alcançado.
A derradeira meta era vencer essa rejeição. Não o conseguiu.
Que continue o milagre de continuar a haver lugar para o sonho
Escrever é ficar. Se continuo a escrever, é porque ainda não fui. Ainda aqui estou.
Já me disseram, olhos nos olhos: "o meu trabalho de sonho era fazer o que você faz".
Os melhores projectos de todos são aqueles que nos põem a pensar e a mexer. Os únicos projectos que vale a pena prosseguir, são os que não nos deixam dormir.
É o caso do único projecto que sempre tive e continuo a ter: a minha vida, apesar de já terem passado mais de 68 anos.
Basta tão pouco e é tão tanto.
Não sei se me assusto, se me espanto, se me regozijo, se sonho: alguns de vocês conseguem saber de mim o que eu ainda estou a tentar descobrir.
Obrigada por me lerem.
Tal como Martin Luther King "não tenho um plano: tenho um sonho."
Que continua.
"Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas, sonho que se sonha junto, é realidade."