terça-feira, 2 de agosto de 2022
Quem não gosta da Festa, bom sujeito não é
Imagem via A Estátua de Sal |
«Neste ano de 2022, a campanha contra a Festa tem uma nova faceta e, diria eu, que às vezes ainda sou ingénuo, impensável, que é o autêntico bullying, e até ameaças diretas, de que são vítimas os artistas que vão participar, o que obrigou alguns deles, muito justamente, a defender-se publicamente e outros a aceitar submeter-se a entrevistas em modo de interrogatório policial de quem já vai condenado à partida. Claro que não faltaram, para animar a narrativa, artistas que não foram convidados a dizer que não participariam se tivessem sido, ao modo da fábula da raposa que, por não chegar às uvas, dizia, “são verdes e não prestam”.
Tudo visto e ponderado, o que move os detratores da Festa? É haver música sinfónica? É haver centenas de artistas, dos mais aos menos consagrados, a participar em vários palcos? É o teatro, o cinema, os livros e os discos? É o desporto ou a Ciência? É a gastronomia? Nada disso. Ao atacar a Festa atacam quem nela participa e o que nela se faz. Não hesitam em atacar e denegrir grandes músicos e cantores. Não hesitam em atacar a Cultura, a Ciência, o Desporto que tenha presença na Festa. Mas o móbil é o ódio.
O que de mal tem a Festa para os seus detratores é ser a Festa do Avante. É ser uma grande realização construída pelo PCP, não apenas para os seus, mas para todos os que nela queiram participar e a um preço relativamente acessível. Num tempo em que o espaço público e mediático se instala um discurso de ódio e o anticomunismo faz parte do livro de estilo, a Festa do Avante é um inimigo a abater, e tanto mais poderoso que não se deixa abater.
Assim, no primeiro fim de semana de setembro, vão lá e disfrutem. Podem ir ao comício, assistir a debates ou intervir se quiserem, ver espetáculos de música, cinema ou teatro, comprar um livro ou um disco, comer o que mais vos agradar, do leitão ao vegan, num espaço de convívio e tolerância. Ninguém vos pergunta em quem votam ou a que partido pertencem. E se lá forem pela primeira vez, vão perceber o que quem a conhece já percebeu há muito, que quem não gosta da Festa, bom sujeito não é.»
segunda-feira, 1 de agosto de 2022
Oligarcas lusitanos: os domadores de espíritos
«Na mesma semana em que Mário Ferreira se viu envolvido num escândalo associado à captação de dinheiros públicos e à manifestação porno-riquista da sua ida ao espaço, serviu-se da TVI, canal que detém, para falar numa entrevista conduzida pelo seu funcionário, Manuel Luís Goucha, que lhe deu palco para limpar a sua imagem.
Também nesta semana, o Tal & Qual, jornal revitalizado por Marco Galinha, dono da Global Media, fez capa com Luís Marques Mendes, com o título "A família é a minha única equipa". Assinale-se a ironia de um jornal conhecido pelas suas palavras violentas dirigidas a alguns políticos escolher fazer uma entrevista suave e emocional, de manifesta promoção de imagem, ao pregador de domingo da direita e provável futuro candidato a Presidente da República dessa área política.
Face a estes dois exemplos, e a tantos outros, só os ingénuos podem fingir que a concentração de capital privado na comunicação social não ameaça de forma crescente a democracia portuguesa. Pensar em novos meios de financiamento para uma comunicação social mais plural é uma urgência democrática.»
A gestão do ambiente e os campos de golfe
Todos conhecemos o problema da seca que tem a ver, não só, mas também, com a realidade que é a escassez de chuva.
Um dia destes, o presidente da câmara da Figueira da Foz deu conta do seu propósito da implantação de um campo de golfe com 24 buracos, que será projetado para uma zona do concelho, que não revelou. O autarca frisou que, no Centro Litoral, não há campos de golfe, equipamentos desportivos que, segundo Santana Lopes, são “uma razão de atratividade [turística] imensa”.
Todos sabemos que a gestão ambiental na industria do golfe, neste momento, é uma prioridade. Na gestão dos campos, a gestão do ambiente é um custo obrigatório por imposição legal. Para um gestor que queira investir na área, a implementação de um sistema de gestão ambiental num campo de golfe, é reconhecido como um investimento que contribui para a melhoria da performance económica e ambiental do equipamento.
A exploração de um campo de golfe, é uma actividade que, como qualquer outra, gera impactes no meio onde se quer implementar. O campo de golfe terá de integrar-se no sistema de gestão ambiental da zona onde se insere e fazer parte do âmbito da gestão geral.
Estas responsabilidades devem ser compatíveis com a gestão do campo e devem, ao mesmo tempo, ser capazes de dar um contributo válido à protecção ambiental.
Mas, o que é um Sistema de Gestão Ambiental de um campo de Golfe?
Um sistema de gestão ambiental de um campo de golfe, faz parte de um sistema de gestão funcional, que inclui a estrutura funcional, actividades de planeamento, responsabilidades, e procedimentos com o objectivo de implementar, concretizar, rever e manter a política do ambiente.
É, também, uma ferramenta estratégica para o gestor, que permite identificar oportunidades de melhoria reduzindo ou minimizando os impactes da actividade da empresa sobre o ambiente.
O conceito de Gestão Ambiental nos campos de golfe Portugueses, desenvolveu-se oficialmente a partir de 1995. A evolução deste conceito partiu da fase de exploração e manutenção para a fase de projecto. Este trajecto resultou da alteração do comportamento dos gestores dos campos bem como do público em geral, do aparecimento de nova legislação e da evolução de desenvolvimento sustentável.
Os novos campos de golfe podem incluir muitos dos benefícios ambientais dos campos de golfe já existentes, se forem correctamente localizados, projectados e construídos, respeitando os princípios das correctas práticas de gestão ambiental.
De acordo com a nova lei de estudos de Impacte Ambiental (DL 96/2000, de 3 de Maio);Campos > 18 buracos ou » 45 ha), se o campo se localizar em áreas sensíveis, todos os projectos são sujeitos à avaliação de impacte ambiental.
Questões de sustentabilidade aplicada ao sector do turismo, redução do consumo e desperdícios excessivos, uso sustentável dos recursos, preservação da diversidade natural, social e cultural, formação e sensibilização ambiental no sector do turismo, preservação da diversidade natural, social e cultural, integração do turismo no planeamento, terão de ser tidas em conta para a aprovação do projeto.
Qualquer actividade humana e, naturalmente, também um campo de golfe, tem potencial para melhorar o seu desempenho ambiental.
A melhoria do seu desempenho ambiental irá incidir sobre um vasto grupo de actividades de gestão. A saber: gestão da água; gestão de efluentes líquidos; gestão de resíduos; ar; ruído; fauna; flora; segurança; paisagem.
Qualquer equipamento que se coloque numa área tem consequências no meio ambiente em redor. O maior e mais flagrante exemplo disso são os molhes que definiram a barra da Figueira. Todos sabemos as consequências.
Cada vez mais, a melhoria do desempenho ambiental, dum campo de golfe ou de qualquer outra actividade humana, é factor primordial.
A começar na gestão e separação do lixo produzido nas nossas casas.
domingo, 31 de julho de 2022
sábado, 30 de julho de 2022
"Enforca cães": preservem a história...
E SE VIVÊSSEMOS NUMA DEMOCRACIA?
sexta-feira, 29 de julho de 2022
Uma entrevista para memória futura: em termos tácticos, Santana não pára de surpreender...
Universidade de Coimbra no Cabo Mondego
Nova entrada da cidade e rua da República
Desta vez, é “mesmo” para levantar voo
Campo de golfe regressa à agenda
Novidades na piscina-mar
Paço de Maiorca também é para avançar
Vasco Gonçalves: somos memória, é a partir dela que tudo construímos, é o nosso sustentáculo. Preservá-la não é sinónimo de saudosismo, mas uma atitude de sobrevivência.
Não podemos, não porque nos falte a boa-vontade… mas sim por falta de talento, ou de valor.
Vasco Gonçalves pertence a essa galeria de seres humanos a cujos nomes já nada se pode acrescentar. Porque já foram inventados todos os insultos que era possível ele ter sofrido… da mesma forma que, do outro lado da barricada, nos faltam as palavras para mais e melhor o honrarmos." - Samuel, via Cantigueiro.
Vasco Gonçalves, entre 18 de Junho de 1974 e 12 de Setembro de 1975, foi o Primeiro-Ministro de Portugal.
Foi um Homem que soube cumprir o seu destino e soube contribuir para melhorar o destino dos outros.
Vasco, o Companheiro Vasco, foi o único ocupante do Palácio de São Bento a quem o Povo tratava pelo nome próprio.
Os adversários e os inimigos vingaram-se, inventando o gonçalvismo – tentanto resumir num homem aquilo que para eles era a fonte de todos os medos, mas que mal ou bem nascia dos mais puros anseios de um povo que, pela primeira vez na história, tinha como chefe do Governo alguém que o escutava e, mais importante, o compreendia.
Depois do 11 de Março de 1975, continua a ser o centro de todas as atenções: daqueles que o continuam a admirar e daqueles que o continuam a temer.
Vasco, o Companheiro Vasco, foi um Homem sério que cumpriu sempre o seu dever para com o Povo Português.
Vou só lembrar duas ou três coisas: foi um Governo chefiado por Vasco Gonçalves, que criou em Portugal o subsídio de desemprego, o salário mínimo, o subsídio de férias e o subsídio de natal.
Neste momento, com a crise que vivemos, o subsídio de desemprego é o único e magro provento com que o trabalhador conta se perder o posto de trabalho. E recorde-se que esse subsídio é pago pelos seus descontos enquanto trabalhador.
A medida da sua importância, nos dias que correm, pode ser avaliada, simultaneamente, em duas vertentes: é encarado naturalmente, como o ar que se respira, como se não tivesse história, por grande parte da população; e é alvo dos maiores ataques, no limite, visando liquidá-lo, por parte dos partidos da direita.
Vasco, o Companheiro Vasco, o primeiro - e até agora único - primeiro-ministro português que, no desempenho desse cargo, teve sempre como primeira prioridade, paralelamente à defesa da independência nacional, a defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, ou seja, da imensa maioria dos portugueses.
ISTO VAI ACABAR MAL: "Direita repudia apoio de Carlos Moedas a uma homenagem a Vasco Gonçalves".
Área dedicada à covid-19 foi desativada no HDFF
quinta-feira, 28 de julho de 2022
Autárquicas 2025, a aproximação de Santana Lopes ao PSD e as presidênciais...
A FAP vai ser candidata nas próximas eleições autárquicas . Espero que a FAP tenha maioria absoluta... Quem mais quiser apoiar, será bem-vindo."