quarta-feira, 8 de junho de 2022
Se Rendeiro fosse pobre estariam muitas pessoas no seu funeral
Luís Osório, via facebook
E que tal um artigo sobre a máfia do BPN, professor Cavaco?
João Mendes, via Aventar
"Cavaco Silva voltou a sair para o recreio, rancoroso como sempre, para bater nos meninos mais pequenos e recordar ao país a sua espectacularidade. Bateu em Costa, bateu em Rio e fez o número habitual que sempre faz quando tem oportunidade: auto-elogiou-se, com o pretenciosismo arrogante que há muito lhe conhecemos. Cavaco será sempre o maior da aldeia, pelo menos na perspectiva de Cavaco.
Pena nunca o ouvirmos sobre outros temas, mais caros a todos os portugueses. Nomeadamente sobre o saque que a sua antiga eutourage provocou com o BPN. Sobre a permuta com Fernando Fantasia na Herdade da Coelha. Sobre a compra e venda de acções da SLN. Sobre a coragem que não teve de abordar o assunto com a frontalidade que diz ter, ele que se acha o mais honesto dos homens.
Cavaco poderá ter sido um grande estadista para alguns, mas o final da sua carreira política é um completo desastre. Para a sua imagem, para o legado que afirma ter deixado e para o seu partido, que contínua refém da sua existência auto-centrada, qual Salazar deitado na cama após cair da cadeira, cuidando ainda governar o país. E a reverência da direita, para com este sombrio personagem, ilustra bem a sua incapacidade de voltar ao poder."
terça-feira, 7 de junho de 2022
Vem para a Figueira um dos maiores projetos a nível nacional para descarbonização de Economia no sector Rodoviário inicialmente previsto para Pombal
Via Município da Figueira da Foz
O coveiro
«Cavaco Silva tem desprezo pelos partidos. É assim desde que Sá Carneiro recusou reconduzi-lo, como ministro das Finanças, na passagem do VI para o VII Governo Constitucional. Mesmo sem essa mágoa, seria sempre assim com alguém que abomina o trabalho partidário e cuja primeira acção no PSD foi ser eleito seu presidente. Adepto da máxima “depois de mim, o dilúvio”, sonhou ser o coveiro do partido e está a consegui-lo: não lhe bastou fuzilar Rui Rio, também avisou Luís Montenegro de que vai ser o seu fiscal.
O Centro era “a região com perspetivas menos otimistas”
"Os hotéis apresentam uma taxa de ocupação entre 40% e 59% para os meses de junho a setembro, penalizada, sobretudo, pela região Centro, segundo um inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), ontem divulgado. De harmonia com os dados apresentados, em Lisboa, pela vice-presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, as reservas para junho apontam uma taxa de ocupação entre 40 e 59%, sendo que o Centro era “a região com perspetivas menos otimistas”, quando foi fechado o inquérito. “As reservas de junho ainda estavam muito baixas” para aquela região, acrescentou. Esta média mantém-se também para os meses seguintes, nomeadamente, até setembro, embora se verifiquem algumas diferenças nas regiões em destaque."
segunda-feira, 6 de junho de 2022
Muito de tudo, nada de nada
Por António Araujo, via Diário de Notícias
"E o ponto é o seguinte: talvez sem se aperceberem disso, aqueles alunos da D. João II, de Setúbal, por certo sob orientação dos seus professores (e com a colaboração da Associação José Afonso), produziram um assombroso retrato social de um país já extinto, de um Portugal que morreu. Neste caso concreto, a viragem fatal ocorreu em meados de 1970, quando o governador civil de Setúbal anunciou urbi et orbi grandes transformações para a região, dizendo que "uma nova actividade, a do turismo, ensaia os primeiros passos para o aproveitamento da península de Tróia para o turismo de grande projecção". Em consonância, o senhor governador dava conta da construção de novas estradas e de obras no porto de Setúbal para a atracção do ferry-boat e, pouco depois, em Agosto, O Setubalense informava que a empresa Soltróia entregara na Câmara Municipal de Grândola, e que esta aprovara, um projecto de um conjunto turístico (1.ª fase) a construir na Ponta do Adoxe. O entusiasmo era enorme, contagiante, e, em Outubro, o mesmo jornal proclamava para breve, com ponto de exclamação e tudo, "O Algarve a 40 km da capital!".
No início do ano seguinte -- 1971, portanto --, Amália Rodrigues actuaria no restaurante Tróiamar para os representantes da imprensa estrangeira, a quem foi mostrado o plano de urbanização previsto para a península sadina, no qual se incluía um vasto conjunto de edificações com traço do arquitecto Conceição e Silva. "Tróia será em breve grande centro do turismo europeu!", novo ponto de exclamação de O Setubalense, que noticiava que "ao lado das boîtes, dos cinemas, dos teatros, dos campos de jogos, erguer-se-ão escolas primárias e pré-primárias. E tudo isto no prazo de quatro anos!" (novo ponto de exclamação). Nesse Verão de 1971, Américo Tomás inaugurou a nova travessia Setúbal-Tróia em hovercraft e prosseguiram a bom ritmo os trabalhos de demolição das barracas e construções clandestinas que, durante décadas, tinham servido de local de veraneio ou apoio de pesca às gentes setubalenses ("O que aconteceu não foi a destruição de Tróia, como muitos preconizaram. Talvez antes o despertar de Tróia"). Nas duas margens do Sado, ambiente ao rubro: "A Tróia é já hoje uma praia cosmopolita, que embriaga o espírito, que prende e alicia multidões. Daí a sua crescente rivalidade com estâncias congéneres estrangeiras." Talvez Tróia ainda não rivalizasse propriamente com a Riviera, mas os turistas, e sobretudo os mirones, não escasseavam: no dia 15 de Agosto de 1971, refere O Setubalense, acumularam-se lá 40 mil pessoas, que entupiram os acessos fluviais com filas de espera de longas e longas horas, só terminadas já passava da meia-noite.
O povo de Setúbal acorria em massa para ver as construções a nascer, o progresso anunciado sob a forma de betão, prometendo "piscinas e parques de jogos, dois supermercados, restaurante, esplanadas, dez-doze papelarias, livrarias, cabeleireiros". Era o Algarve a poucos quilómetros de Lisboa, a Côte-d"Azur à beira-Sado. Deu emprego a muitos, férias a muitos mais, lucros aos afortunados, discursos para os políticos, e não interessa aqui saber se, do ponto de vista económico, ambiental e até turístico, o que ocorreu em Tróia terá sido coisa boa ou coisa má, ou sequer como acabou a festa ou como hoje está tudo aquilo. O que importa assinalar, tão-só, é que, como sempre sucede, a mudança implicou ganhos e perdas, para todos e para alguns, e que a repartição das vantagens e das desvantagens talvez não tenha sido inteiramente equitativa ou sequer equilibrada. O povo não terá perdido por inteiro a sua Tróia, mas viu desaparecer um tempo e um modo de vida que eram seus, só seus, feitos de barracas e de clandestinos, de atropelos ambientais, de ruas desordenadas, com odores a fritos e tachos na areia. Mas perdeu-se também um tempo, para quem o viveu, de longos passeios a pé até ao Bico das Lulas, das travessias nos barcos do Albino e do Tomé, da apanha das camarinhas ou da captura de lagartos na Caldeira, de namoros começados à sombra das giestas batidas ao vento. E, nos princípios de Agosto, em data incerta, variando consoante os humores das marés do Sado, o ponto alto, as Festas da Tróia, tradição que remonta a 1758 e que ainda hoje se mantém. Os festejos iniciam-se com três noites de orações na Igreja de São Sebastião, em Setúbal, pelas almas dos marítimos falecidos, e no sábado, depois de missa e de procissão pelas ruas da cidade, os barcos dos pescadores partem da doca das Fontainhas. Numa das embarcações, à proa, a imagem de Nossa Senhora do Rosário ruma à Caldeira de Tróia, onde uma multidão a aguarda há muito. Há foguetes, nova missa, um jantar animado e, depois dele, uma procissão de velas pela areia. Recolhida a Santa, começa então o baile, até às tantas. No dia seguinte, mais missas, mais festas, mais procissões. Na segunda-feira, o Círio mais majestoso, de regresso a casa, passa pela Outão e pela Nossa Senhora do Cais e termina na Doca do Comércio. Agora mais discretamente, Nossa Senhora retorna à Caldeira e dá entrada na capela, à espera do ano que vem. Acaba a festa, acaba o Verão.
Durante décadas, do final da guerra até 1970, as famílias populares de Setúbal tinham por hábito passar o Verão inteiro na Tróia, três ou quatro meses a fio, o que, naturalmente, deixou lastro e memória em muita gente, que ainda hoje recorda que as Festas de Agosto eram sempre pontuadas pelas actuações do Xico da Cana, do conjunto Trio Azul, que recorda os gritos do Ervilha, o homem dos sorvetes ("Cá está o Ervilha! O Ervilha nunca falha!"), os farnéis levados para a praia, com tachos lavados no mar, as tardes em que os rapazes iam à caça dos patos enquanto as moças ficavam no areal à conversa e a ler fotonovelas Capricho. As únicas pessoas que tinham fatos de banho eram as que vinham da América, enquanto as outras se molhavam vestidas, com as roupas pelo joelho; a partir de 1968 começaram a aparecer os primeiros nudistas, quase sempre estrangeiros, para escândalo dos mais velhos e horror dos cabos-de-mar, que também olhavam desconfiados para as sabrinas, as minissaias e os biquínis que despontaram já na década de 70. Acampava-se no areal ou dormia-se ao relento, havendo alguns que, para se protegerem da humidade nocturna, estendiam toldos de lona atados às árvores e amanhavam-se como podiam. Aos poucos, começaram a surgir tendas de campismo, em condições mais do que selvagens: não havia esgotos nem água potável, tirava-se água de um poço para lavar a roupa e a louça; WC nem vê-los, duches também não, e, após um dia de banhos de mar, todos se deitavam com o sal no corpo. Quanto à alimentação, como recorda uma das entrevistadas para o livro Quando a Tróia era do Povo, "eu ainda sou do tempo de se levar para a praia autênticos festins de comida, principalmente quando ia com os meus avós". Peixe frito e arroz de tomate, levado dentro de um tacho de barro enrolado numa toalha, bifes panados, amêijoas de cebolada, linguiça assada, berbigão assado na brasa, peixe trazido de Setúbal, sardinhadas, caldeiradas. "Comia-se de tudo. Era desde coelho frito e arroz e peixe frito, mas sobretudo muito peixe frito e arroz de tomate, com pimento e peixe assado, peixe grelhado." Depois, longas sestas à sombra dos pinheiros mansos e, aos lanches, pão com banha de alho ou ovos cozidos, que ninguém ali tinha dinheiro para sandes de fiambre ou queijo. Em muitas famílias era hábito ir uma vez por semana a Setúbal confeccionar refeições para vários dias, que depois eram transportadas em grandes panelas a bordo dos barcos que faziam a travessia do Sado.
Curiosamente, ou talvez não, havia subtis diferenças de classe e de status, com os mais pobres, os pescadores, a irem para o lado da Caldeira, enquanto os restantes ficavam na Ponta do Adoxe, sendo lá, aliás, que estanciavam as estrelas, como o Fernando Vaz ou o Emídio, ambos treinadores do Vitória. Por vezes apareciam alguns estrangeiros, poucos, quase nenhuns, atraídos pelas ruínas romanas e, aos fins-de-semana, forasteiros do Montijo, do Barreiro, do Pinhal Novo. Com o tempo, porém, começaram a surgir pessoas da região de Lisboa e até de mais longe, do Porto e da região Norte. Na edição de 23 de Março de 1960, O Setubalense trazia a notícia de que o Clube dos Amadores de Pesca de Setúbal iria promover, no domingo próximo, uma excursão-passeio a Tróia, a fim de admirar as giestas em flor, com partida às 9h30 e regresso marcado para as 18h30. Uma delícia.
São gratas as memórias da Tróia do povo. "Era uma época feliz. Apesar da pouca qualidade de vida, divertíamo-nos e passávamos bons momentos juntos. Era um tempo que tínhamos para estar em família, com os amigos e a fazer novas amizades, com muito convívio, muitas festas, muita e boa música, bons cozinhados, muito de tudo", diz quem viveu esses anos.
E é isso que é espantoso, alguém afirmar que havia muito de tudo numa época e num lugar em que, para os nossos padrões, parecia não haver nada de nada: nem casa para dormir, nem água canalizada, nem frigoríficos, luz eléctrica, alimentos frescos, confortos mínimos, nada de nada. Agora, que temos essas coisas todas e muitas mais (Internet, smartphones, viatura própria, férias pagas, Punta Cana), será que iremos recordar os nossos dias como um tempo em que havia muito de tudo?
"O que é o tempo? É ver o mundo a mudar", escreve Jorge Calado em Mocidade Portuguesa, o seu livro mais recente, como sempre retumbante. De facto, a história da Tróia do povo mostra-nos o mundo a mudar no tempo, mas mostra-nos mais do que isso, mostra-nos o que é a nostalgia e até que ponto ela é diferente da memória. Quando ouvimos ou lemos como eram aquelas tardes ingénuas na península da Tróia, entre giestas e peixe frito, logo sentimos um frémito nostálgico, não porque tenhamos lá estado ou sequer porque desejássemos lá ter estado. Ninguém de bom senso aspira a regressar a essa época, de ditadura e pobreza, como ninguém de bom senso considera que aquele estendal de barracas no Sado, ou os clandestinos da Arrábida, ou os índios da Meia-Praia eram coisas belas e dignas de preservação. A nostalgia, ao contrário da memória, não tem a ver com o passado, mas com o presente (e com a incerteza do futuro). A memória reporta-se a um passado vivido, experienciado individual ou colectivamente, ao passo que a nostalgia é fantasiosa, ligada a pretéritos que não são nossos, como o da Tróia do povo, o Rio dos anos dourados de 1950 ou a Östalgie de Berlim nos tempos do comunismo. Sentimos nostalgia daquela época, imaginamo-la mais sadia e mais inocente do que realmente foi, porque nela projectamos as nossas frustrações do presente e as nossas angústias do futuro. Mesmo sabendo que havia miséria e violência, alcoolismo e injustiça, dramas terríveis, o passado parece-nos radioso, enternecedor, porque a actualidade nos desencanta - e quanto maior for o nosso desencanto com ela, mais intenso e onírico será o sentimento nostálgico. O facto de muitos russos, inclusive jovens, terem saudades do estalinismo poderá parecer assustador, mas não nos diz muito sobre se eles querem realmente voltar ao tempo das purgas e do Gulag; diz-nos, isso sim, que estão profunda e tremendamente desalentados com a Rússia de Putin e dos oligarcas. A nostalgia não é um produto da memória, mas, pelo contrário, fruto da desmemória, da ignorância da História."
Habitação e outros problemas
«O mercado justifica este forte aumento dos preços com o anúncio da aprovação do sexto pacote de sanções da UE contra a Rússia»...
Via Jornal i.
"Em março, o preço da gasolina passou a barreira dos dois euros e até agora não deu descanso aos condutores portugueses. O cenário repetiu-se no mesmo mês no gasóleo. Valores nunca praticados no mercado. E as valorizações estão para continuar. A partir de hoje, os valores voltam a aumentar: a gasolina deverá subir 14 cêntimos por litro, enquanto o gasóleo irá aumentar 12 cêntimos. Isso significa que, quem for abastecer o seu veículo terá de pagar cerca de 2,30 euros por litro, no caso da gasolina e mais de dois euros, no gasóleo."
"Se fosse assim em todo o planeta estaríamos no chamado ponto sem retorno"...
E o futuro: em Portugal só interessa o crescimento económico e o lucro?
domingo, 5 de junho de 2022
Porto de Aveiro vai ter novo terminal
Via CONSTRUIR
«O Porto de Aveiro vai construir um novo terminal intermodal e expandir o feixe de linhas para a recepção e expedição de mercadorias em comboios de 750 metros, um projecto avaliado em 16 milhões de euros.
Segundo notícia da Lusa, que refere fonte portuária, o projecto, que visa permitir a circulação de comboios até 750 metros, tem já garantido financiamento comunitário e a obra deverá iniciar-se em Janeiro de 2023, prevendo-se a sua conclusão até ao final do ano seguinte.
De acordo com o ‘site’ da Administração do Porto de Aveiro (APA SA), o projecto encontra-se em fase de avaliação ambiental, processo que aquela entidade espera ver concluído até Setembro.
O projecto de construção do Terminal Intermodal e melhoria dos feixes ferroviários na Zona de Actividades Logísticas e Industriais do Porto de Aveiro (ZALI) foi submetido a financiamento comunitário pela administração portuária, destinando-se à expansão da capacidade e melhoria das infra-estruturas ferroviárias do porto.
"Segundo é anunciado pela administração do porto, o projecto “consiste na construção de terminal intermodal com 9,4 hectares de área e na expansão do feixe de linhas de recepção/expedição de composições ferroviárias de modo a permitir a operação de comboios até 750 metros de comprimento e um aumento da eficiência dos serviços ferroviários prestados”.
“Preconiza-se com a execução do presente investimento o reforço da conectividade do Porto de Aveiro no corredor Aveiro-Salamanca-Valladolid/Madrid, de modo a proporcionar a captação de novos negócios para o porto e o aumento da sustentabilidade ambiental dos fluxos logísticos”, justifica.
A área de implantação do novo Terminal Intermodal tem um investimento previsto de cerca de 16 milhões de euros e possui financiamento aprovado de cerca de 47,3%, através do mecanismo Connecting Europe Facility (CEF 2).
O objectivo da administração do porto em criar condições para passar a receber comboios de 750 metros está alinhado com a estratégia definida pela Infraestruturas de Portugal (IP) de “dotar os principais corredores ferroviários de mercadorias, designadamente as ligações fronteiriças”, de condições para a circulação de comboios desse comprimento.»
"...a velha central de favores no futebol mas também na política"
Via edição do dia 3 de Junho de 2022 do jornal Record
«Passaram esta quinta-feira 18 anos de um dos maiores escândalos da justiça e mais uns quantos da perpetuação de uma das maiores mentiras que alimenta o mundo do futebol.
Há dezoito anos, incomodado com as escutas do Apito Dourado, o Governo de Durão Barroso despachou os dois coordenadores da investigação, Teófilo Santiago e Massano de Carvalho. As escutas a Valentim Loureiro revelavam a velha central de favores no futebol mas também na política. Isso incomodou o governo. De telemóvel na mão, o major metia cunhas para a sua vida de autarca, pedia ajuda para o seu amigo Sousa Cintra construir na paisagem protegida da Costa Vicentina, exigia favores a ministros e secretários de Estado, insultava funcionários do Estado mais apegados a cumprir a lei.
A PJ do Porto respeitou escrupulosamente a investigação, resistiu a pressões e respeitou a separação de poderes, nada dizendo ao Governo sobre o que estava no processo. Os coordenadores do caso foram afastados, o director da PJ do Porto exonerado e quase ia sendo preso.
Esses dias negros para a Justiça ficam por conta do Governo de Barroso e é, também por isso, que estas escutas são importantes. Para memória futura. É nesse momento, aliás, que começa a grande mentira sobre a propalada ilegalidade das escutas. Esse primeiro ataque ao processo abriu a porta para quem tinha interesse em destruí-lo, sobretudo na parte mais quente, no que mostrava sobre o poder de Pinto da Costa.
As escutas do Apito Dourado foram totalmente legais, autorizadas e validadas judicialmente. Serviram, aliás, para condenar os arguidos no processo que envolvia o Gondomar. O que aconteceu foi que não eram, como não são, admissíveis para processos disciplinares na justiça desportiva, essa aberração, não apenas portuguesa, onde os estados abdicam de parte da sua própria soberania, entregando a justiça ao mundo do futebol e retirando-a dos tribunais.
O ónus da sua utilização está, portanto, em quem quis fazê-lo na dita justiça desportiva e não no processo judicial, nem nos investigadores. Elas não só foram completamente legais como, sim, é verdade, mostraram a corrupção activa e passiva reinante no futebol. Mostraram o ‘sistema’ de poder que fabricava resultados, a fruta que o alimentava e as cumplicidades que dispunha na construção e destruição de carreiras de árbitros, dentro da própria Federação Portuguesa de Futebol e nas associações. Mostraram, finalmente, dirigentes desportivos que, pese embora os sucessos desportivos ao longo de 40 anos, são tudo menos exemplares. De resto, ao contrário do que disse há dias um membro do actual governo e, de outro modo, confirmando tudo o que pensa e disse o presidente de um dos três grandes sobre a dita corrupção activa.»
ICNF aponta para a necessidade de implementar medidas que minimizem os impactos das redes...
Hoje, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, via Diário as Beiras, informa que os resultados do programa de monitorização de sete explorações de aquacultura na Figueira da Foz, entre novembro de 2020 e dezembro de 2021, apontam para “um número relativamente pequeno de aves retidas, mortas ou feridas, nas redes de proteção dos tanques”.
sábado, 4 de junho de 2022
Porto da Figueira da Foz vai mudar de administração ainda este mês
Desde 2008, que o Porto da Figueira da Foz é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, com capital integralmente participado pela Administração do Porto de Aveiro."