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terça-feira, 14 de setembro de 2021
O debate-espectáculo de ontem na RTP3
Carlos Monteiro teve uma prestação muito razoável: optou por uma postura de defesa e mostrou estar seguro nesse registo.
Pedro Machado prosseguiu na esteira da estratégia delineada desde finais do passado mês de Julho. Foi isso que marcou a campanha eleitoral para as autárquicas 2021 na Figueira. Foi isso que marcou este debate.
Rui Curado da Silva trazia o guião estudado. Foi fiel a ele.
Bernardo Reis foi o candidato diferente. Não tendo, como não tem, a experiência nem o poder oratório em debates dos outros candidatos - é estreante nestas andanças - defendeu as posições da CDU e do PCP, ao introduzir no debate a defesa dos interesses da maioria dos habitantes do concelho: os trabalhadores.
Mattos Chaves procurou falar do futuro do concelho da Figueira da Foz, depois de 26 de Setembro de 2021, tentou mostrar mostrar o seu programa, mas pouco conseguiu. E nã foi por culpa dele.
Se o debate de ontem tivesse ocorrido antes do final do mês de Julho passado, tudo, incluindo o debate de ontem, teria sido diferente.
E é este Dr. Santana Lopes que vai a votos em 2021 na Figueira.
Contudo, o combate político numa disputa eleitoral não pode ficar resumido a um concurso para ver quem fala melhor. Isso, embora seja uma triste emanação da nossa democracia, dita de mediática, não deixa de ser algo de honestidade intelectual discutivel.
Mas, em 2021, a campanha autárquica está a ser o que é. E o Dr. Santana Lopes, neste momento, tem uma vantagem que o Dr. Pedro Machado não tem: não é deste PSD Figueira.
Veremos...
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
Autárquicas de 2021 na Figueira: o que está verdadeiramente em causa?..
As eleições autárquicas, deveriam ser a base a partir da qual se constrói uma democracia evoluída.
Os autarcas que estão no exercício do poder local - na Câmara, na assembleia municipal, nas juntas e assembleias de freguesia, deveriam estar na perspectiva de prestação de serviço público e de aproximação das pessoas do poder.
A necessidade da participação de todos na gestão da cidade e na defesa do bem comum, não pode ser apenas uma manifestação de vontade em períodos de campanha eleitoral, mas a normalidade na gestão de um concelho governado em democracia.
Todavia, essa postura dos políticos do quero, posso e mando, tem custos para a saúde da democracia e na gestão duma cidade e dum concelho.
Esta dinâmica de atraso democrático na gestão da Figueira, ao longo de décadas, está a conduzir-nos para uma morte lenta: nos últimos 10 anos, a Figueira, um concelho do litoral, perdeu mais de 5 000 habitantes!
Alguém acredita que uma cidade e um concelho, sem garantia de emprego de qualidade, sem economia, sem vida, tem poder para atrair as novas gerações?
A nossa linda e querida Figueira, é uma cidade em processo de despovoamento e sem dinâmica, o que deveria ser factor preocupante para qualquer político que queira ascender ao poder para dar a volta a isto.
Há mais de 4 décadas, lembro-me bem, a baixa da Figueira, agora uma zona da cidade que está a morrer um pouco todos os dias, fervilhava de pessoas, de comércio e de serviços.
O Mercado Municipal, tinha uma vida animada e pujante. A Praia da Sardinha, frente ao Jardim Municipal, na beira rio, era uma animação. A chamada Praça Velha era o centro da cidade. Toda a zona ribeirinha entre o Mercado e a estação do caminho de ferro tinha gente, comércio, serviços e vida.
A Figueira mudou. Se calhar não era evitável.
domingo, 12 de setembro de 2021
Andam tubarões no mar da Figueira
"Foi hasteada a bandeira vermelha em três praias da Figueira da Foz, após terem sido avistados três tubarões no mar da Praia do Hospital, durante a tarde deste domingo.
Segundo informação avançada à TVI24 por fonte oficial da Polícia Marítima, as pessoas foram retiradas da água por precaução.
Também na praia do Cabedelo, os banhistas foram aconselhados a sair do mar. À TVI24, o nadador-salvador da praia do Cabedelo avançou que os animais foram avistados durante cerca de 15 minutos mas que, por questões de segurança, a bandeira vermelha manter-se-á hasteada até ao final do dia."
Autárquicas 2021 na Figueira: o que está em causa é tão simples como isto - abster-se é votar em maus políticos
Não é por a abstenção ser maior ou menor que os políticos deixam de ser eleitos. Como sabemos, não existe um mínimo de votos para validar o acto eleitoral. No limite, um candidato até pode chegar a presidente com o seu próprio voto.
Não votar acaba por ter o mesmo resultado que votar. Contudo, existe uma única diferença: quem vota sabe quem está a escolher; quem se abstém nunca saberá quem ajudou a ser eleito. Provavelmente ajudou a eleger um candidato em quem nunca votaria e que não desejava ver eleito.
A abstenção não vai contribuir para melhorar a gestão das autarquias figueirenses em 2021. Muito menos, contribuirá para o aparecimento de políticos novos e honestos. Contribuirá, isso sim, para perpetuar a mediocridade política no concelho.
A abstenção favorece os políticos instalados. Mudar a forma de governar a Figueira, exige que os que dizem querer mudar o estado das coisas, na hora de votar, os eleitores com mais formação e com mais elevados níveis de exigência, não deleguem a sua responsabilidade, indo votar.
Os que optarem por protestar abstendo-se, contribuem para a sobrevivência dos maus políticos.
A democracia passa pela selecção e escolha dos melhores políticos.
Quantos mais eleitores votarem, mais possibilidade há de serem os melhores políticos a serem eleitos.
Não votar, é votar nos maus políticos.
sábado, 11 de setembro de 2021
Andam para aí a dizer que não há alternativa ao desastre a que chegou a Figueira em 2021...
Sejam sérios: não digam que não há alternativa.
Assumam que essa alternativa não cabe nos vossos preconceitos de vária ordem, nomeadamente os ideológicos.
Não digam que não existe a alternativa quando a CDU vos confronta, há dezenas de anos, com propostas alternativas em todas as áreas e sectores da vida local e nas opções estratégicas fundamentais para o desenvolvimento planeado do concelho da Figueira da Foz.
A alternativa constrói-se lutando.
Essa conversa, a de que não havia alternativas às suas políticas, já a conheço desde que tenho memória.
Salazar dizia que não havia alternativa à ditadura. Afinal houve, com o 25 de Abril, a liberdade e a democracia.
Afirmavam que não havia alternativa à guerra colonial. O 25 de Abril provou que havia, com o fim da guerra e a paz e cooperação com os povos antes explorados e colonizados.
Afirmavam que não havia alternativa ao subdesenvolvimento, ao atraso, ao analfabetismo, à elevada taxa de mortalidade infantil. O 25 de Abril veio mostrar que havia.
A Figueira, em 2021, está no estado em que está, mas a alternativa, não a alternância, existe.
Os figueirenses é que têm de decidir o que querem.
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
Autárquicas 2021: "Figueira a Primeira"...
Agora só rezando. Mas, a quem?..
Durante cerca de um mês e meio andaram a vender o sonho. Não tomaram atenção aos sinais de alerta nem deixaram nenhuma possibilidade de utilização de uma escapatória airosa.
Bateram contra o iceberg. A notícia está nos jornais de hoje. «"Vitória". Tribunal Constitucional valida candidatura de Santana Lopes à Figueira da Foz...»
"Em 23 de agosto, o Tribunal da Figueira da Foz julgou improcedente uma segunda reclamação apresentada pelo PSD contra a candidatura de Santana Lopes às eleições autárquicas e os sociais-democratas decidiram então recorrer para o Tribunal Constitucional."
Autárquicas 2021: Rui Rio ontem na Figueira...
quinta-feira, 9 de setembro de 2021
A CDU não está presente no debate da SICN por razões óbvias: não pactua com farsas...
Em estúdio estão Santana Lopes, Carlos Monteiro e Pedro Machado.
Em casa ficaram todos os outros candidatos.
Segundo a SIC, "dado o elevado número de candidatos (sete) nem todos poderiam estar presentes em estúdio".
O critério da SIC, "foi dar prioridade à presença em estúdio aos partidos com representação no executivo autárquico (PS e PSD, no caso da Figueira)."
Contudo, a SIC entendeu "que o antigo presidente e de novo candidato, Pedro Santana Lopes, também deveria estar em estúdio."
"Os demais entrariam por videoconferência".
A resposta da CDU só podia ser uma: não participar nesta farsa.
E por razões simples:
1. Mais uma vez e de uma forma "nova", os senhores da SIC "desrespeitando o PCP e a CDU, desrespeitaram a função jornalística que deveria deontologicamente primar pela isenção.
2. Convidam três candidatos autárquicos à Figueira da Foz, para debate em estúdio, à "sombra" da exiguidade do espaço.
3. Este argumento não colhe no contexto actual. Aliás, se colhesse, a SIC poderia/deveria ter optado por um sorteio entre todos os candidatos (6, ao que se sabe, hoje).
4. Interessante como a SIC define duas formas de opção/decisão: o "nosso critério" e o "nosso entendimento".
5. A CDU, embora não tenha nenhum vereador no executivo camarário, tem vários eleitos nas freguesias do concelho e também na assembleia municipal, órgão deliberativo por excelência.
6. Sendo assim, a CDU não se prestaria a esta farsa. E, por favor, não a apelidem de "democrática" porque o não é.
7. A SIC está sempre a tempo de arrepiar o caminho do mau jornalismo e passar a respeitar a informação séria, descomprometida e liberta de amarras que apenas a embotam.