terça-feira, 24 de agosto de 2021

O que vale é que no Mondego há menos poluição...

 Imagem via Diário s Beiras

Por esta e por outras igualmente graves, ao Dr. Machado já pouco deve faltar para também ele, em desespero, ter de dar o seu mergulhinho, não no Tejo, mas no Mondego. Triste, mas não exactamente uma surpresa...

Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade" e da consciência cívica...

Recordar Manuel Fernandes Thomaz, um figueirense que «fez à Pátria mui relevantes serviços, e morreu pobre» é uma obrigação de todos nós.

Porém, a meu ver, não deve ser apenas no dia 24 de agosto de cada ano: hoje e sempre, "...vale a pena celebrar a liberdade, relembrar a biografia deste figueirense ímpar da História, a dimensão do corajoso e impoluto lutador pela liberdade, um homem livre, honrado e de bons costumes. O seu exemplo persiste e serve de referência ..." [palavras proferidas por José Guedes Correia. Jornal O Figueirense, 27/08/2010, p. 14]

A Figueira é uma terra cruel.
Foi preciso morrer na miséria e na amargura para, postumamente, reconhecerem o devido valor a Manuel Fernandes Tomaz...

E se passássemos ao que interessa: qual é a previsão para a conclusão das obras em curso na baixa?

Vamos andar uns anos para trás. Recuemos a sábado, 26 de maio de 2018.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz ia iniciar a obra relativa à 1.ª Fase do que chamou “Requalificação do Núcleo Antigo da Figueira da Foz”, com o objectivo principal, de acordo com o que publicitou, de “proteger o ambiente e promover a eficiência dos recursos”.
Esta fase do projeto, orçada em €3.721.966,58, teve um apoio financeiro da União Europeia (PEDU) de € 2.615.000,00, sendo a contrapartida municipal de €1.106.966,58, durando no mínimo, até maio de 2019 (dois anos de obras).
No dia anterior, uma sexta-feira de  manhã, a Concelhia da Figueira da Foz do PSD, realizou uma conferência de imprensa na praça general Freire de Andrade.
Imagem via Diário as Beiras
O evento serviu para criticar o projecto de requalificação daquela zona do casco velho da baixa da cidade. Na opinião dos socialdemocratas, a intervenção urbanística que o executivo camarário socialista se preparava para iniciar naquele local, iria prejudicar o comércio tradicional e criar constrangimentos no trânsito. 
Passaram os dias, as semanas, os meses, os anos. A requalificação da Baixa figueirense tem sido um calvário, principalmente para os comerciantes com estabelecimentos na zona. 
Alguns, há muito, que estão desesperados. Já faliu o empreiteiro, já houve mudança de empreiteiro e estamos em pandemia (o covid tem costas larguíssimas). Tudo aconteceu. Até o inaudito:  intervenção foi condicionada pela alegada descoberta de uma nova galeria subterrânea, identificada por arqueólogos, numa zona da cidade em que proliferam antigos ramais e cisternas de águas, referenciados em estudos desde os finais do século XIX.
Quem não teve culpa, seguramente, foi a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Os culpados foram os políticos que lá estão desde 2009. E que podem continuar, se os figueirenses assim o quiserem a partir de 26 de setambro de 2021. E, quem sabe, num dos cenários possíveis, com a ajuda deste PSD de Carlos Machado/Ricardo Silva. O mundo dá tantas voltas. E a política, na Figueira, também...
(Recordo, só por mera curiosidade, os primeiros cinco nomes da lista PSD à Câmara Municipal nas eleições de 26 de setembro próximo: Pedro Machado, Ricardo Silva, Cristina Quadros, Augusto Marques, António Albuquerque). 

Entretanto, recuemos de novo a sábado, 26 de maio de 2018. 
Na opinião da concelhia do PSD da Figueira da Foz,  esta obra era exemplificativa da forma como estava a ser dirigido o concelho: "sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar o nível de vida das populações, sem criar atrativos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho."

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Autárquicas 2021: candidatura do Chega, chegou ao fim?..

 Via Dez & 10

Autárquicas 2021: candidatura de Pedro Machado vai recorrer para o Tribunal Constitucional...

Tribunal da Figueira da Foz rejeita nova reclamação do PSD contra Santana Lopes

Ricardo Silva e Pedro Machado.
Foto via Dez & 10

«O Tribunal da Figueira da Foz julgou esta segunda-feira improcedente a segunda reclamação apresentada pelo PSD contra a candidatura de Santana Lopes às eleições autárquicas e os sociais-democratas vão recorrer para o Tribunal Constitucional.

No acórdão, a que a agência Lusa teve acesso, o Tribunal da Figueira da Foz decidiu "julgar improcedente, por falta de fundamento", a reclamação apresentada pela lista candidata do PSD, encabeçada por Pedro Machado, à candidatura apresentada pelo Grupo de Cidadãos Eleitores - Figueira à Primeira, liderada por Pedro Santana Lopes, que já presidiu a esta câmara municipal entre 1998 e 2001, então eleito pelo PSD.
O tribunal daquele município do distrito de Coimbra sustentou que "não é em sede de primeira instância, nem em sede de apreciação de reclamações, que cabe aferir da existência ou não da omissão de pronúncia" na decisão judicial proferida no dia 13 de motivos invocados pelo PSD na primeira reclamação, entregue no dia 10.
O PSD recorreu da impugnação por si apresentada, defendendo que o despacho judicial não analisou todas as questões levantadas, nomeadamente a inexistência do nome do candidato à câmara, nem da lista de candidatos do movimento independente nas folhas de recolha de assinaturas junto dos eventuais apoiantes.
O movimento "Figueira à Primeira" contestou haver qualquer irregularidade, depois de todo o processo de candidatura ter sido "escrutinado pelo tribunal".
Apesar de não ser da sua competência, o Tribunal da Figueira da Foz veio confirmar que os nomes dos candidatos foram identificados nas folhas de recolha de candidaturas, concluindo que os apoiantes do movimento "tiveram conhecimento da lista dos candidatos por vir mencionada na declaração de honra que todos assinaram", não existindo por isso qualquer irregularidade.
Em comunicado, a candidatura de Pedro Machado pelo PSD informou esta segunda-feira que vai recorrer para o Tribunal Constitucional, por "persistirem irregularidades" na candidatura de Santana Lopes quando à omissão da lista de candidatos no processo de recolha de assinaturas.
"Em causa estão milhares de assinaturas de cidadãos figueirenses existentes nas folhas de propositura, sem que estes tivessem o conhecimento de quem estavam a propor para se candidatar aos vários órgãos, o que viola de forma gritante os fundamentos das candidaturas de grupos de cidadãos e vicia, a partir daí, todo processo eleitoral", explica o comunicado.
Apesar de satisfeito com recente decisão judicial de concluir pela legalidade da candidatura, questionado pela Lusa, o movimento independente "Figueira à Primeira" "lamentou a postura deste PSD", considerando que o partido "deve tirar ilações" e que o "medo da derrota não pode ser motivo para tudo".
Com o recurso ao Tribunal Constitucional, o PSD "não quer obter qualquer ganho político", mas apenas o cumprimento da lei, defendem os sociais-democratas.
"O PSD pode continuar a seguir o caminho que bem entender, mas que assuma que quer impugnar a nossa candidatura, pois parece mais preocupado em impugnar a candidatura do que em ganhar eleições", reagiu o movimento independente a propósito do recurso para o Tribunal Constitucional.»

Fica a pergunta: e os jovens que não participam querem ouvir?

"Os portugueses deixaram de votar. Não veem utilidade em fazê-lo, não se reveem nos partidos, nas suas propostas ou naqueles que lhes dão voz, não encontram ideias de valor nos programas eleitorais ou simplesmente não entendem que demitir-se de participar na escolha é abrir espaço a que decidam por eles - quantas vezes contra eles

E com essa falta de ação não só viabilizam e precipitam o enfraquecimento da democracia como a pobreza intelectual daqueles que se disponibilizam para a representar. 
O que é mais grave, porém, nem é o comportamento dessa metade dos portugueses que não vai às urnas. É que quem está em posições de liderança pública não veja nesse afastamento da participação política e cívica sinais de alarme, caminhando alegremente em direção ao abismo - por distração, por ignorância ou por preferir empenhar as possibilidades que o país teria se contasse com todos os seus a troco de manter um status quo podre que alimenta a clientela estabelecida

Ter apenas metade dos eleitores a escolher os destinos do país e quem decide sobre o futuro de todos é pior que mau. Sobretudo quando grande parte desses que se abstêm são os mais jovens, aqueles que vão herdar os efeitos das decisões tomadas, que não querem viver de esmolas mas não conseguem emprego com salários que lhes permitam sair de casa dos pais antes dos 35 anos, que acabam por preferir emigrar porque este país é cada vez menos para eles.
Esses que não votam - cujo intervalo se alargou para a faixa dos 18 aos 44 anos - já têm os objetivos de sustentabilidade (económica, ambiental, social) gravados no ADN. Esses que não se reveem neste sistema político são nativos digitais e movem-se pelo sentido de pertença a algo maior do que eles, não pela garantia de empregos para a vida. Esses que não participam não precisariam de quotas para eleger mais mulheres. 
Mas para eles ninguém fala. E não há quem verdadeiramente se preocupe com isso."

Eleições locais...

Estamos a entrar na recta final. É uma "eleição de pessoas", dizem...
Deve ser por isso que a cidade e as freguesias estão transformadas em estúdios fotográficos pimbas. "Pessoas" e caretas por todo o lado, especialmente nas rotundas.
Aqui está a prova que não é uma eleição de pessoas. 
Isso é o que interessa a alguns que gostariam e quereriam que assim pensássemos...

Autárquicas 2021 na Figueira: porque apoio e vou votar em Bernardo Reis e na CDU

O concelho da Figueira nunca teve uma gestão CDU numa autarquia.
Em muitas autarquias de gestão comunista a obra feita é inquestionável. Claro que nem tudo é perfeito. 
Por isso, é que pugno na Figueira, ou em qualquer outro lado, por mais cidadania, mais iniciativa e mais democracia participativa (exercida em liberdade e em pluralismo, e não sob a tutela de ninguém) sem as quais o progresso, o desenvolvimento e a justiça social não têm sentido.
Seja qual for a cor política de quem está ou venha a estar no poder local figueirense, a minha postura será sempre a mesma.

Antes do mais, antes que venham com o papão comunista.
A etapa mais avançada de socialismo, a sociedade comunista ou sociedade sem classes é uma utopia maravilhosa. Concebida por Karl Marx, o ser humano poderia então dar largas à sua plena realização e criatividade, ao serviço da sociedade. Em teoria, a liberdade e a igualdade numa harmonia perfeita em que a comunidade se auto-organizava, livre de poderes, sem instituições e sem Estado seria uma realidade. 
Um sonho fantástico? Claro que sim. As teorias marxistas, mesmo a própria utopia comunista, além de serem dotadas de um grande sentido humanista e emancipatório, tiveram uma influência decisiva nas sociedades do mundo inteiro ao longo dos últimos quase duzentos anos. Mesmo hoje, o marxismo continua em larga medida actual, enquanto teoria crítica e referência na busca de caminhos alternativos ao actual capitalismo selvagem e global. 
Foto Pedro Cruz. Dez & 10

Posto isto, vamos ao que interessa. 
A importância de haver um vereador CDU no executivo camarário municipal figueirense, o que já não acontece há 32 anos.
Na Figueira, nas primeiras eleições autárquicas (1976/1979) a então FEPU elegeu o eng. Viana Moço; no executivo cujo mandato decorreu entre 1979 e 1981, já como APU, foi eleito o médico António José Costa Serrão; esta coligação democrática, já como CDU, elegeu António Augusto Menano nos mandatos 1981/1985 e 1985/1989.
A partir do mandato de 1989/1993, apesar de várias vezes ter ficado à beira de atingir esse objectivo, a Figueira deixou de eleger um vereador CDU.

Isso foi positivo para a Figueira? A realidade existente em 2021 é a resposta mais elucidativa e esclarecedora que poderia  ser dada. 
A maioria da minoria que vota no concelho da Figueira, tem optado por votar de maneira igual há cerca de 30 anos a esta parte.
As mudanças que a Figueira precisa, só serão possíveis se na Câmara Municipal acabar o monolitismo do Executivo.
Esta situação só será possível com novos protagonistas no Executivo camarário e  por vereadores que façam a diferença – nomeadamente eleitos da CDU.
A CDU na vereação da Câmara Municipal da Figueira da Foz fará toda a diferença. Em primeiro lugar por não estar comprometida com os interesses dos chamados “donos da Figueira da Foz”. Aqueles que apenas pretendem a vantagem do seu grupo em desfavor do interesse colectivo. Em segundo lugar pela sua linha orientadora de trabalho, honestidade e competência, marcas distintivas da CDU. A que acrescem também  a coragem de denunciar tudo o que configurar oportunismo, compadrio ou favorecimento. Sempre que esteja em causa o interesse colectivo das populações eles estarão atentos e intervenientes. Alguma dúvida sobre estas considerações? Fácil de resolver: basta uma curta reflexão sobre o trabalho e intervenção da CDU nas Autarquias onde tem poder.
 
E chegamos a Bernardo Reis, o candidato à Câmara. Faz parte do colectivo CDU que se apresenta em todos os órgãos autárquicos do concelho da Figueira da Foz, como um projecto distintivo, inseparável dos valores da grande conquista de Abril, que é o Poder Local Democrático.
Bernardo Reis traz a esperança CDU. Se for eleito vereador vai projectar a luta dos que combatendo no dia a dia contraraiam as desesperanças que os tempos difíceis que vivemos tendem a alanvacar. Nestes tempos difíceis, também na Figueira, se os figueirenses assim o entenderem votando na CDU, teremos no executivo camarário alguém que vai estar  com as populações e os trabalhadores a responder aos grandes desafios que temos pela frente: a epidemia, o combate ao medo, a protecção da saúde e dos direitos.
Resumindo: em 2021, votar CDU nas autárquicas é promover o gosto de viver.

Em democracia é assim: temos a opção de apoiar - e dizer porquê. E temos a opção de não apoiar - e dizer porquê.
Quem não percebe isto, não percebe nada de nada, no que à política numa democracia diz respeito.

A matéria humana maioritariamente disponível que temos na Figueira

Somos cada vez menos. Nos últimos 10 anos ficámos reduzidos em cerca de 5 000?
Ficámos...

Porquê? Por razões que têm a ver com as políticas adoptadas na governança da Figueira?
Mas, isso interessa a alguém? A muito poucos, como veremos no dia 26 de Setemro próximo...

Temos uma espinha especial treinada para se curvar mais do que o que devia?
Temos...

A cunha é uma actividade importante?
É...
Somos especialistas na arte de dar graxa ao ponto de alguns conseguirem fazer dela profissão?
Sim...

A busca de tachos, que incluem cargos políticos, na câmara, no estado, na segurança social, é um desiderato figueirense?
É. A mediocridade de alguns serviços é a melhor prova... 
Se, por hipotética hipótese, fossem destituídos de funções todos os que ascenderam aos lugares sem concurso nem mérito, mas apenas por amiguismos de vária ordem, a Figueira nesta segunda-feira acordaria no caos. Não haveria hipótese de assegurar a mediocridade instalada nos serviços públicos.

Gostamos da pequena maledicência gratuita e pelas costas? 
Pelamos... Vivemos na mediocridade, mas é o que temos.
E isto tem que continuar a rolar...

Transpondo isto para a política, porque é que os figueirenses deveriam votar em gente diferente deles?
Votam em gente muito diferente de mim: que não se expõe, esperta, com sentido da oportunidade, comedida, sensata, aplaudida e bem sucedida.

Para que serve a ética na política?
Continuem a deixar estes políticos prosseguir o que têm estado a fazer à Figueira.
Deixem esta gente trabalhar.
Não é para me gabar, mas gajos como eu, "controversos", na política não interessam a ninguém.
Portanto, continuemos... Deixem estes políticos ganhar a vidinha...
A Figueira que se "lixe". Tudo vai continuar a ser fixe...
Exemplos de cidadania, como Manuel Fernandes Tomaz ou Cristina Torres, foram apenas a excepção à regra...

domingo, 22 de agosto de 2021

Porque é que a política na Figueira é tão opaca?

Imagem daqui
...se fosse transparente não se via um boy!..

Uma grande inrepretação de um clássico


Autárquicas 2021: porque não apoio nem voto em Rui Curado da Silva


Tal como em 2017, em  2021, Rui Curado da Silva é o candidato do BE à Câmara da Figueira da Foz. 
A decisão foi tomada pela estrutura local do “Bloco”. 
Rui Miguel Curado da Silva, nascido em 1971, foi aluno nas escolas secundárias Bernardino Machado e Joaquim de Carvalho, foi atleta de basquetebol no Ginásio e na Naval 1° de Maio. Em 1994, concluiu a licenciatura em engenharia física, na Universidade de Coimbra, e, em 2002, doutorou-se em física, na Universidade Louis Pasteur, em Estrasburgo, França.
Em 2021, Rui Curado da Silva, que conheço há vários anos, apresenta como número dois da lista à Câmara Municipal da Figueira da Foz, que lidera, Rui Beja.

Em democracia é assim: temos a opção de apoiar - e dizer porquê. E temos a opção de não apoiar - e dizer porquê.
Quem não percebe isto, não percebe nada de nada, no que à política numa democracia diz respeito.

sábado, 21 de agosto de 2021

A ÓBVIA, edição zero já está nas bancas...

A ÓBVIA já está disponível nas bancas desde a manhã de hoje, sábado, 21 de Agosto, de Norte a Sul do Concelho.

Para quem gosta de informação de qualidade, é uma nova proposta mediática, corporizada numa Revista, produzida na Figueira da Foz, sobre a Figueira da Foz e o que a rodeia, para a Região Centro e pelo mundo em que vivemos

Com esta nova oferta informativa, os seus responsáveis pretendem enriquecer o panorama informaitivo local, com uma publicação com temas nem sempre óbvios, com abordagens originais, escrita e imagens cuidadas. 

Terá também um naipe de cronistas diversificado e variado.

As evoluções fazem-se de pequenos nadas

Não sei se ainda estão recordados. Já passaram 53 anos. Nos Jogos Olímpicos de 1968, Dick Fosbury revolucionou o salto em altura, obtendo a medalha de ouro com o "Fosbury flop". Saltou 2,24 m.
No essencial, mostrou algo que, na altura, por ser tão jovem - tinha 14 anos - não liguei. Contudo, agora, com a idade tem-me sido de uma utilidade extrema: ao contrário dos pássaros, o homem voa melhor e consegue ir mais longe, em certas actividades, de barriga para cima.

Autárquicas 2021: CDS-PP, o «problema» de Miguel Mattos Chaves

Miguel Mattos Chaves é um cavalheiro. E para além disso, o que não é despiciendo, um político educado, democrata, combativo, nacionalista, conservador e frontal. 
É um homem que não se inibe no discurso.
É dele este desabafo: "há dias em que me apetece mandar, na política, tudo "à fava", por verificar que as pessoas afinal o que querem é apenas ouvir:
- frases bonitas;
- promessas que nunca se realizarão;
- criticas, de quem não sabe fazer mais nada!
Quando se apresenta uma Alternativa séria, não querem saber!"

Não é um político profissional. Como qualquer um de nós tem estados de alma:
"ESTOU FARTO !!!
CHEGUEI ao LIMITE da PACIÊNCIA!!!
Estou farto de Melo's, Mesquita's, Almeida's e Cª Ltdª.
Nunca os ouvi quando o CDS de Portas e Cristas deitaram para o LIXO os nossos Princípios e Valores; 
Nunca os ouvi, quando esses dirigentes renegaram o Partido dos Contribuintes, o Partido dos Reformados, etc... causando a nossa Derrota dos 4,5%. 
Nunca os li, nem ouvi, então criticarem o mau caminho que estávamos a seguir!"
Não poupa na linguagem: "bem vos percebo.
Para vós a Política são empregos!
Para mim não e nunca foi.
A Política é um SERVIÇO, meus amigos. Sabiam? Parece bem que não!"

Miguel Mattos, é um homem que não se esconde: dá a cara pelo que acredita. E por quem acredita.
"Dou a cara pelo Presidente Rodrigues dos Santos, pelo CDS-Partido Popular.
Tenham juízo e mostrem lá o que valem no Terreno. 
Deem a Cara nas Eleições Autárquicas, deem o corpo ao manifesto, trabalhem! 
É o desafio que vos lanço.
Mas façam-no, não refugiando-se a concorrer a lugares pouco importantes, mas sim, (já que são tão bons) concorrendo a Presidentes de Câmara."

Repito: a palavra que, para mim, melhor define Miguel Mattos Chaves, que conheço e considero Amigo: um cavalheiro.
Em Maio de 2019, sabendo da distância ideológica que nos separa, que nenhum de nós esconde ou disfarça, convidou-me para ser orador nas “TERTÚLIAS FIGUEIRENSES”. 
Fui convidado e aceitei. Gosto deste e de todos os debates livres, de preferência com vozes dissonantes. É a falar que a gente se entende. Aceitei porque  sou do tempo em que os debates eram proibidos na Figueira. Haja debates e,  já agora, que deles saiam algumas ideias.
Lá estive, numa sessão moderada por Pedro Vieira, com o Dr. Joaquim de Sous e a Drª. Isabel João Brites.

Num tempo com tantas sombras, tanto bota-abaixo, tanta gente de mal com a vida, não podemos desperdiçar nunca a possibilidade de apontar uma pessoa a sério, um farol que podemos fixar para nos reencontrarmos com o caminho certo e nos libertarmos das pedras do caminho. 
Miguel Mattos Chaves, de quem tenho a honra de Ser Amigo, está no grupo das pessoas que ao termos o privilégio de com elas privrar contribuem para nos fazer melhores. Sublinho a forma educada e a gentileza com que trata as pessoas.
 
Miguel Mattos Chaves, é o candidato do CDS-PP à Figueira da Foz.
Uma candidatura personalizada e com ideias muito concretas para os próximos 4 anos numa cidade que tem dramaticamente perdido população. Como convencer as empresas a criar mais emprego, como fixar pessoas, como seduzir quem partiu a voltar, como criar novas casas e como revolucionar a oferta cultural e a educação. A todos esses temas, Miguel Mattos Chaves tem a sua resposta.  
A Figueira precisa de um novo rumo, de uma estratégia. Não é que as pessoas não tenham feito até agora o possível, mas o possível tornou-se insuficiente. Numa altura em que o mundo se globalizou, os desafios são cada vez maiores para um concelho do litotal que vive um inverno demográfico. É importante por isso ter uma nova ambição, um novo objetivo e uma estratégia de futuro. 

Se for eleito vereador, segundo disse ao Dez & 10 na passada terça-feira, vai propor medidas que permitam à Figueira da Foz recuperar o prestígio que já teve. 
Captação de investimentos e eventos, nacionais e internacionais, que estimulem um modelo de turismo de qualidade.
Miguel Mattos Chaves, frontal como sempre, admitiu que  não gosta de turismo de massas, preferindo turistas com "massa".
Realista, baseando-se nas sondagens e no passado autárquico do partido na Figueira da Foz, de que é líder concelhio, considera como bom resultado eleitoral ser eleito vereador. 

O fim do estacionamento pago à superfície, actualmente concessionado a um privado, é outro dos seus mais significatios desideratos. 
Reconheço a Miguel Mattos Chaves, caso seja eleito vereador no próximo dia 26 de Setembro, capacidade combativa para se bater por estes objectivos.
Se precisasse de comprar um carro em segunda mão, Miguel Matos seria dos poucos políticos com quem faria esse negócio.


Contudo, por razões ideológicas, não apoio nem vou votar no meu Amigo Miguel Mattos Chaves.
Miguel Mattos Chaves foi o candidato do CDS nas eleições municipais de 2017 na Figueira da Foz. Não foi eleito vereador.
Contudo, mesmo à distância (reside e trabalha em Lisboa) continuou atento ao que se passava na Figueira da Foz, com mais atenção e muito menos condescendência do que alguma da oposição que reside na Figueira representada na Câmara.
Como figueirense, embora a residir fora, em Maio de 2018, sentiu-se incomodado com patrocínio municipal a um comboio de bêbados oriundos de outro concelho. 
Escreveu uma carta aberta, onde confrontou publicamente  o poder executivo.

Reconheço que, em termos ideológicos e políticos, estou muito distante de Miguel Mattos Chaves. Todavia, tal facto não me impede de reconhecer que o que fez chama-se saber fazer oposição.
Custar-me-ia muito viver num país onde não existisse o CDS. O país precisa, mais do que nunca, da existência do CDS e de que as suas posições possam suster muito disparate da extrema-direita.
Contudo, ainda não é desta vez que o Dr. Miguel Matts Chaves leva o meu voto. 
Só tenho um voto. Em democracia é assim...

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Autárquicas 2021: porque não apoio nem voto em Pedro Machado

Neste momento, propício a estados de espírito complicados, enervamentos estéreis e paixões assolapadas, alguns leitores irritaram-se com as postagens que, ontem e anteontem, publiquei neste OUTRA MARGEM a tentar explicar porque não apoio nem voto em Carlos Monteiro, nem em Santana Lopes.
Hoje, não é preciso ser bruxo, vai acontecer o mesmo com esta postagem sobre a candidatura de Pedro Machado- Figueira do Futuro.
A esses, apenas digo que é falta de hábito e cultura democrática. Num concelho  em que as elites dependem do poder autárquico e em que a comunicação social mantém relações com os políticos, é natural que as raras vozes críticas que chegam ao espaço público sejam vistas como um corpo estranho. 
Mas, como com tudo o resto o que nos acontece na vida, não é nada de grave: é apenas uma questão de abrir caminho à criação de hábitos democráticos, que um dia hão-de ser a normalidade na Figueira da Foz.
É preciso ter calma, muita calma mesmo, pois o caminho vai ser longo e difícil e faz-se caminhando.

Recordo.
O que é que eu exijo a um presidente de câmara que governa o meu concelho?
Que tenha estratégia.
Que essa estratégia vise melhorar e consolidar a qualidade de vida dos munícipes.
Tal desiderato, tem de passar pelo Desenvolvimento Económico e Natural, Desenvolvimento Social, Educação, Desenvolvimento Comunitário, Saúde e Bem-estar, Regeneração e Requalificação Urbana e arte e engenho para governar a polis.

Curiosamente, penso que o Dr. Pedro Machado tem potencial para dar a resposta que a Figueira precisava a estas questões.
Fui olhando para o decorrer da campanha com atenção. Até certa altura, limpinha, bem feita, bem rasgada, bem trabalhada e a abordar algumas questões essenciais para o futuro da Figueira. 
Parecia ir tudo no sentido certo. De repente, porém, algo aconteceu. 
Mudou a estratégia!

Sobre a candidatura de Pedro Machado - Figueira do Futuro, poderia escrever muita coisa.
Seria desnecessário, porém, pois tudo ficou resumido nas listas apresentadas para as póximas autárquicas... 

Ao contrário das esperanças que alguns chegaram a ter com esta candidatura, mesmo que fosse a vencedora, não se começava uma  vida nova, nem se rasgava o véu que encobre uma realidade local insuportável. Seria a evolução na continuidade: a intolerância, a arrogância e a falta de diálogo, continuariam a ser a imagem de marca da gestão autárquica figueirense.
Continuaria a atitude política de quem não é por mim é contra mim.

Foi sempre contra isto a minha postura. Gostaria de viver numa sociedade figueirense tolerante e abrangente. 
As dificuldades presentes, vão agravar-se no futuro próximo para os figueirenses em geral. Merecemo-las.
Pedro Machado, ou é um grande cínico, ou tinha potencial para fazer algo de diferente. Porém, mesmo que ganhe, o que francamente não acredito, pela teia que permitiu que se tecesse em seu redor, ficou prisioneiro e atado de pés e mãos.
Este é o resumo: o principal partido da oposição, escolheu listas à altura  do líder do principal partido da situação.
Repito: Pedro Machado ou é um grande cínico, ou tinha potencial. Porém, vá lá saber-se porquê, deixou-se enredar por muita coisa que anda a gravitar em volta dos políticos quando sopra uma brisa, neste caso ténue, que cheire a poder... 
Portanto, numa altura em que ainda pairam muitas interrogações e indecisões sobre quem vai a votos, creio que a candidatura de Pedro Machado - Figueira do Futuro, tem o destino traçado: a derrota - dele e dos figueirenses...

Em democracia é assim: temos a opção de apoiar - e dizer porquê. E temos a opção de não apoiar - e dizer porquê.
Quem não percebe isto, não percebe nada de nada, no que à política numa democracia diz respeito.

Hotelaria: “falta de mão de obra” deve-se aos “baixos salários” e aos “horários desregulados”

«Trabalhadores do sector de hotelaria e restauração desfilaram ontem, em frente a restaurantes e hotéis pela Avenida 25 de abril, na Figueira da Foz, e exigiram aumentos salariais e a reposição dos direitos laborais. 
“Estamos a sair à rua, tendo em conta que consideramos necessário transmitir um sinal de confiança e ao mesmo tempo de esclarecimento, aos trabalhadores, sobre as situações que estão a passar no período de pandemia”, disse António Baião, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro. 
O dirigente sindical, que falava junto à Torre do Relógio, onde os trabalhadores se concentraram a exigir os “aumentos salariais”, referiu que muitos destes profissionais em período de pandemia “foram logo os primeiros a serem prejudicados, muito deles com contratos a prazo, inclusive funcionários em situação de clandestinidade do seu vínculo laboral”
“O que aconteceu é que muitas destas empresas, porque já tinham dificuldades antes da pandemia, não foram elegíveis sequer para meter os trabalhadores em ‘lay-off’, porque tinham dívidas às finanças e segurança social”, referiu.
Estes trabalhadores foram duplamente penalizados. Não conseguiram ir para ‘lay-off’, a sua maioria, e ao mesmo tempo ficaram sem salário para fazer face às suas despesas”, sublinhou. António Baião falava aos jornalistas sobre o motivo pelo qual se queixam os empresários, a “falta de mão de obra”, que se deve aos “baixos salários” e aos “horários desregulados”. “Não se valoriza os trabalhadores deste sector e ao mesmo tempo o que se faz é pagar baixos salários e fazer exploração máxima em termos de ritmos de trabalho”, concluiu.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Autárquicas 2021: porque não apoio nem voto em Santana Lopes

As contas da passagem de Santana Lopes pela Figueira entre 1998 e 2001.

Porque em política o rigor é essencial, podemos facilmente, via blog QUINTOPODER, recordar a história por quem a viveu. 

Como escreveu o Eng. Saraiva Santos no QUINTO PODER, EM 22 DE jULHO DE 2004"o crédito a dar a uma promessa, ou a uma mera afirmação, depende, acima de tudo , da credibilidade do promitente. A avaliação desta última tem de ser necessariamente baseada na análise do seu currículo e do seu desempenho passado. Não há nisto nenhuma má vontade ou nenhum preconceito. É assim que as coisas se passam, no quadro do mais elementar senso comum .

Quando avaliamos alguém, seja um vendedor imobiliário, seja um vendedor de um carro em segunda mão... olhamos para o que fez no passado." 
Já o escrevi há meses. O dr. Santana Lopes nunca foi verdadeiramente um político: é mais, digamos assim, uma "pop star".
Sem o Sporting, sem a televisão, sem a imprensa dos «famosos», sem as santanetes, o dr. Santana Lopes não teria sido a personagem que foi (ainda é?..) junto da plebe.
Santana é um produto da era do marketing, do soundbyte e do reality show. 
Aliás, a sua carreira política não chegou a passar de um reality show. No PSD, por exemplo, era o «animador» dos Congressos, dava-lhes «audiência», o que sempre lhe agradeceram. 
Mesmo quando estava em forma e na ribalta, não se conseguia distinguir a substância do espectáculo. A meu ver, aliás, não havia diferença. 
Por causa disso, com Cavaco não conseguiu chegar a ministro. Igualmente por causa disso, muita malta considerava-o um «gajo como nós», daqueles capazes de concorrer ao Big Brother português. Por causa disso, passou brevemente pela Figueira como presidente da câmara. 
Só que uma "pop star" tem necessidade de protagonismo como do pão para a boca. Um Santana Lopes calado e em sossego não teria existido. Para existir, o Santana Lopes genuíno precisa de estar continuamente em cena e, de certa maneira, em sobressalto. 
Precisa de ter sempre no horizonte uma candidatura, que surpreenda, confunda, irrite, crie polémica, suspense ou inimigos. 
Pode ser a uma câmara ou à Presidência da República. 
"pop star" Santana, neste momento, pretende refulgir em grande. 
Santana Lopes jura agora, a pés juntos, que vai governar seguindo o rumo da seriedade e do rigor .
No seu mandato como Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, não revelou nenhum rigor, como é público e notório. Entre outras, estas são algumas das razões porque não apoio, nem voto em Santana Lopes. Em democracia é assim: temos a opção de apoiar - e dizer porquê. E temos a opção de não apoiar - e dizer porquê.