O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
"...o MAI foi informado em 21/12/2020 da dissolução da Assembleia da Freguesia de Quiaios, este Ministério dispôs de tempo suficiente para a marcação da eleição, mas não o fez!
Porquê?
O que andou o MAI a fazer entre 21/12/2020 e 21/01/2021? O que fez durante um mês?
A não marcação da eleição traduz-se num prejuízo para a freguesia de Quiaios que não dispõe da possibilidade de voltar à normalidade democrática.
Visto que não existem órgãos da freguesia a funcionar legalmente, como se pode resolver esta situação?
A solução parece residir numa Comissão Administrativa a nomear pelo Governo e que deverá assegurar os assuntos correntes até às eleições gerais autárquicas de 2021.
Esperamos pois que o Sr. Presidente da Câmara requeira com urgência, ao Sr. Ministro da Administração Interna, a nomeação da Comissão Administrativa, porque não existe nenhum órgão de Freguesia.
Lembrar que não é o Partido Socialista que define o que quer para Quiaios é a lei e a população de Quiaios.
Chega de incompetência, de prepotência e na incapacidade de terem um projeto para a Figueira da Foz e para Quiaios.
Não aceitamos estas “manobras” para evitar eleições tentando fazer aparecer um candidato com campanha paga por todos nós.
Temos a intenção de recorrer a todas as instâncias, de anular todas as deliberações tomadas pelo Sr. Ricardo Manuel Rodrigues Santos enquanto hipotético Presidente da Junta bem como as votações em que participou como tal nesta Assembleia Municipal."
«A Junta de São Pedro está a promover um
abaixo-assinado em defesa
da costa.
A moção propõe
a construção de um quebra-mar paralelo à praia
do quinto molhe, na Cova,
para afastar o mar das dunas e fazer crescer o areal.
Ao final da manhã de
ontem (dia 26 de fevereiro de 2021), um dia depois de
ter sido tornado público, o
abaixo-assinado já contava
com mais de 200 assinaturas.
Por outro lado, na
próxima segunda-feira, o
executivo daquela junta
de freguesia da margem
sul da Figueira da Foz avançará com uma petição pública na internet sobre o
mesmo assunto.
Os documentos serão enviados à
tutela do Ambiente e ao
executivo camarário.»
Como andamos para aqui a alertar há quase 15 anos, o problema é sério e não se compadece com politiquices. Venham de onde vierem. Basta de demagogia política, venham soluções.
Deixo uma sugestão, aliás, conhecida dos técnicos, há muito...
Na passada quinta- feira, via Diário de Coimbra, lemos a seguinte notícia:
Espero que isto sejam contributos sérios para a resolução de um problema que já atormenta as populações do sul do concelho da Figueirada Foz, há demasiados anos.
Não quero, sequer, colocar a hipóteses destas movimentações aconteceram em 2021 por ser ano de eleições autárquicas. Para demagogia e propaganda política, chega o que chega. Basta.
Chopin não compunha para violinos: toda a obra do compositor foi escrita para piano.
Santana, "o menino guerreiro", «tem charme e fama de ‘playboy’.» Eterno ‘enfant térrible’ do PPD/PSD, os seus próprios apoiantes admitem que “acelera primeiro e pensa depois”. Mesmo quem não o conhece pessoalmente define-o como um animal político, "age por impulso e não por instinto". E até já aprendeu a tocar piano.
Porque não é possível afastar a incerteza da política, em certos momentos a confiança torna-se necessária. Cautela e caldos de galinha, porém, nunca fizeram mal a ninguém.
"Take it easy."Em vez das certezas partilhadas, o que se exigia era uma espécie de solidão visionária e inspirada. O recato, nas ocasiões certas, muitas vezes está na origem dos mitos.
Foi sem imaginação ou criatividade que esta peça de teatro foi levada à cena. Aborreceu, sobretudo, pela previsibilidade do desfecho final. Todavia, neste caso o importante era mesmo alcançar o fim, e não usufruir da viagem.
E era tão fácil de prever como esta comédia iria acabar. Com mais ou menos variações de pormenor, o que os personagens fizeram para lá chegar também nunca se demarcou das mesmas rotinas. Depois, há jovens políticos que não se cansam de apostar no "cavalo errado". Assim, dificilmente conseguirão chegar lá....
Na Europa, "a cidadania corresponde a um vínculo jurídico entre o indivíduo e o respectivo Estado e traduz-se num conjunto de direitos e deveres. Este conceito expressa uma condição ideal baseada na percepção, quer do indivíduo, quer do coletivo, quanto aos seus direitos e obrigações. Cabe aos Estados determinar quem são os cidadãos a quem é possível atribuir a cidadania em função de dois critérios:
o da filiação ou "jus sanguinis" – vindo da Grécia e de Roma
o do local de nascimento ou "jus soli" – vindo da Idade Média, por influência dos laços feudais."
Não há consenso sobre a definição da noção de cidadania. Contudo, o sentido moderno da palavra exprime uma relação entre o indivíduo e a comunidade política. Outras formas de integração no sistema político existem, mas o cidadão tem deveres e direitos, responsabilidades e privilégios que o não-cidadão não partilha ou partilha em grau menor. Num sentido amplo, a cidadania é reconhecida como o «direito a ter direitos». Por isso, há quem a entenda como um estatuto que confere um leque de direitos constitucionalmente previstos. Cidadania, a meu ver, é o direito a ter direitos e deveres.
Costuma dizer-se: quem anda à chuva está sujeito a molhar-se.
Quem escreve, seja nos jornais, num blogue ou no facebook, ou emite opinião na rádio ou televisão, não escreve por escrever, nem fala por falar. Quer transmitir algo. Por isso, sujeita-se a ser envolvido em polémicas.
A escrita e a fala, quando transmitem crítica social, cívica ou política, geram azedume e um saborzinho desagradável no criticado, semeiam odiozinhos de estimação, quer seja ela justa, quer seja ela injusta.
Numa sociedade inserida num espaço democrático há mais de 45 anos, a participação cívica ou política envolve, muitas vezes, uma posição crítica e de discordância. Por mim respondo: a intervenção é feita sem acinte, mas com alguma contundência.
Numa sociedade democrática a crítica deveria ser encarada como algo natural, feita por alguém que vê de forma diferente os problemas, os desafios que, em certo momento histórico, são colocados à polis pelas políticas executadas por pessoas concretas.
É aqui que a tensão sobe: no momento em que certa personalidade, certo político concreto é objecto de crítica. Instala-se a polémica. Na defesa de divergentes pontos de vista, uma palavra a mais, uma frase menos feliz, uma referência mais picante, é tida como ofensa.
Cidadania é respeitar os outros para que nos respeitem e cumprir os nossos deveres com consciência para podermos usufruir dos nossos direitos. Não ficar calado perante injustiças. Contudo, faz sentido tentar participar no debate público por mero exercício de cidadania, quando a maior parte dos actores o faz por interesse ou por revanchismo?
Possivelmente, em anos de autárquicas considera-se normal que as pessoas ligadas à política se comportem de forma ainda mais rasteira. O que, a meu ver, é lamentável. Pessoalmente, até gosto da política, em geral. E de política autárquica em particular. Mas, pelo andar da carruagem suspeito que há muito caminho a percorrer pelos políticos quanto à aceitação dos que pretendem apenas exercer cidadania...
Ser da Aldeia é ser cordato, de brandos e bons costumes. Arranjar uma boa discussão por causa de futebol. É eleger sempre os mesmos. É ser revoltado. É ter um copo de tinto cheio na mão e já estar a fazer contas de cabeça para ver se tem trocos que cheguem para mais uma rodada. É sentir orgulho em ser da Aldeia, apesar de viver com um nó na garganta por causa dos problemas que continuam por resolver. É viver uma vida a apertar o cinto, mas quando se senta não ter problemas em poder ficar com o rego à mostra. É criticar o que se passa na Aldeia, mas ai de quem diga mal da Aldeia e não seja Aldeão.
Ser da Aldeia é não ser bairrista por ambição, calculismo ou conveniência, mas sentir os olhos aguados ao ver e ouvir os videos como os que estão publicados acima. É torcer pelo Cova-Gala. Gritar, mesmo que este grupo desportivo, sendo o Clube da Aldeia, nunca consiga ganhar muito. É gritar pelo Grupo Desportivo Cova-Gala, só pelo orgulho de se ser da Aldeia.
Ser da Aldeia, é ir pedir um ovo ao vizinho e ficar lá uma hora a palrar. É falar alto onde estiver sem dar conta. É ter o melhor blogguer do concelho, não gostar muito dele, até ele ser alvo de alguma malfeitora feita por alguém de fora. É ter sangue quente na guelra, mas ainda continuar arrefecido pelos medos vindos da ditadura. É comer uma sardinha assada no quintal, em cima de um pedaço de broa e beber um tinto por um copo cheio directamente do garrafão, com mais gosto e satisfação do que ir ao restaurante.
Ser da Aldeia, é ter orgulho em sê-lo, mesmo quando se diz o contrário. É ter saudades, quando se está fora, do rio, do mar, da praia, do sol, da comida da avó, da conversa no café e do convívio na esplanada com os amigos. É ter saudades e esquecer. É ser-se nostálgico e ter-se a amnésia selectiva suficiente para, de 4 em 4 anos, esquecer-se que está tudo na mesma, ou pior.
Ser da Aldeia, é ter capacidade de se desenrascar. É estar disponível para ajudar quem vem de fora. É saber que os melhores tiveram de sair, porque é lá fora que se valoriza quem faz melhor. É ter o mar no horizonte e descobrir, sonhar e inventar. É dar valor ao advogado e ao doutor, porque acha que são mais importantes do que ser cozinheiro ou pescador, embora aprecie mais uma caldeirada feita com um bom peixe, do que os tribunais e hospitais.
Ser da Aldeia, é ser pessimista quando as coisas estão mais ou menos, mas optimista quando estão a descambar. É ser humano e por isso ser incoerente. É ser analfabeto, mas ter a experiência de vida suficiente para saber mais que doutores e engenheiros. É tudo valer a pena porque a nossa alma não é pequena. É ter uma alma grande mas não ter posses para a manter. É acreditar nos políticos. É duvidar de tudo o que se lê...
Ser da Aldeia, é não consentir viver amordaçado, mas de cara limpa e de peito levantado.
Agora, "o colapso das comportas de Maria da Mata e do Alvo, perto da estação de bombagem das celuloses, no Alqueidão, representa um problema cada vez mais grave. Quem o diz é a Associação de Beneficiários da Obra de Fomento Hidroagrícola do Baixo Mondego, que alerta para a necessidade de uma atenção urgente à situação, uma vez que se correm sérios riscos de os terrenos ficarem impraticáveis para a actividade agrícola."
No meu tempo de jovem perguntaria: "óh Elsa, vais presa?".
Ninguém, nem que tivesse a imaginação mais fértil, conseguiria prever que viveríamos os meses do pesadelo porque ainda (e não se sabe até quando...) estamos a passar. O certo, porém, é que estes meses recentes, fazem parte da nossa história de vida. O presente, não pode ser vivido sem que nos recordemos deste passado recente que continua actual: esta epidemia pode ser comparada a uma “maré cheia”, como a que a brutal e espectacular foto do Pedro Agostinho Cruz, tirada a sul do Quinto Molhe há uns anos, mostra.
As ondas estão estragar e a inundar espaços que deveriam estar a salvo.
Quando a onda recuou, deixou as mazelas ainda mais visíveis na duna da praia. Para conseguir olhar os destroços que restam, precisaremos de apelar à sabedoria e a toda a resiliência, pois, para muitos, continua a existir a tentação de fingir que nada está a acontecer, não só nos últimos meses, mas há muitos anos. Não podemos encarar o futuro sem preocupações. A ideia do “regresso à normalidade”, contudo, é uma aspiração legítima. Porém, não podemos ser ingénuos, tanto a enfrentar a "pandemia", como a situação que a foto mostra.
Diz o povo: a esperança é a última coisa a morrer.
Sendo a assim, é uma grande responsabilidade para a esperança: é ela que tem de manter viva a chama de tudo o resto.
Recordo uma notícia do Campeão das Províncias, de 12 de Dezembro de 2019. «Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, defendeu a electrificação da Linha do Oeste, que liga Figueira da Foz a Lisboa, indo ao encontro de uma reivindicação de Carlos Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. No decorrer da sessão de tomada de posse dos novos órgão sociais da Associação Comercial e Industrial (ACIFF), o presidente da autarquia pediu o “apoio” de Ana Abrunhosa para desenvolver vários projectos que considera “determinantes” para o concelho, incluindo a electrificação da Linha do Oeste até à Figueira da Foz. Outros projectos são a ampliação da zona industrial da Gala, localizada a Sul do rio Mondego, a criação de um aeroporto na região Centro, “se possível em Monte Real”, e melhoramentos nos portos comerciais e de pesca locais. Ana Abrunhosa afirmou rever-se em todos os projectos indicados, assumindo que “a electrificação da Linha do Oeste é absolutamente vital para a competitividade das empresas”. “Tenho a certeza absoluta que é um projecto prioritário” para o ministro Pedro Nuno Santos, que tutela os investimentos nas infraestruturas ferroviárias.»
Nesta altura, Dezembro de 2019, já se sabia que a Linha do Oeste ia ser modernizada... Mas, entre Sintra e Torres Vedras...A empreitada ia desenvolver-se ao longo de 43 quilómetros da via no troço entre as estações de Mira Sintra/Meleças (Sintra) e Torres Vedras, no distrito de Lisboa.
O assunto, por iniciativa do PSD, vai ser abordado na próxima Assembleia Municipal que se realiza na sexta-feira. A Câmara Municipal da Figueira da Foz, não pode alegar que foi apanhada desprevenida.
Na passada quarta-feira, dia 20 de janeiro de 2021, o Diário as Beiras trazia mais uma promessa da APA.
Hoje, o mesmo jornal informa que "a Agência Portuguesa
do Ambiente (APA), a Câmara
da Figueira da Foz e a administração portuária vão assinar um
protocolo para a projeção direta
de areias para a praia situada a
sul do quinto molhe, na Cova."
Como se pode ler na imagem acima, em Janeiro o Diário as Beiras já tinha adiantado que "este sistema consiste num tubo com um quilómetro de comprimento e 60
centímetros de diâmetro ligado
à embarcação que faz dragagens
na barra e no canal de navegação
do porto comercial."
Segundo Carlos Monteiro, também via Diário as Beiras, ficámos a saber que "a APA entra
com 700 mil euros e a autarquia
com 150 mil. A empresa Administração do Porto da Figueira da
Foz, por seu lado, fornece a areia
das dragagens."
Como igualmente também já tinha
dito em Janeiro, o autarca afiançou que "se o sistema funcionar
como preveem os técnicos será
utilizado noutras zonas do concelho com problemas de erosão
costeira, ou seja, na Leirosa, Costa
de Lavos e outras praias de São
Pedro."
Carlos Monteiro disse ainda, "que o sistema
de projeção de areias para a
referida praia deverá começar
a funcionar antes de junho".