quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

E na Figueira, onde há carnaval todo o ano (nem que seja virtual), nada?..

O presidente do município de Sesimbra confirma a tolerância de ponto na próxima terça-feira de Carnaval, mas apela "aos munícipes que se mantenham em casa e respeitem o confinamento".
Na Figueira, "o Carnaval deverá ser assinalado apenas com acções online, nas redes sociais do Município e da Associação de Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz
A alegria, a energia e a folia, tão típicas do Carnaval, prometem regressar ao concelho da Figueira da Foz, assim que a situação sanitária o permita."

PS e PSD, mudam lei autárquica o que cria dificuldades às listas de independentes: é assim que querem que a abstenção baixe?..

Autárquicade de 1985: 
São Pedro, concelho concelho da Figueira da Foz. Nas autárquicas desse ano, São Pedro, que acabara de passar a freguesia, foi uma das raras (se não a única) autarquia do nosso concelho onde uma lista de independentes venceu as eleições. 
Sei que há quem não pense da mesma maneira, mas as autárquicas não são eleições com a mesma carga partidária na grande maioria do País real. 
Nas grandes metrópoles é outra coisa. 
Os políticos que temos devem viver e governam para um país virtual. Cada vez mais é difícil ter condições, arrojo e espaço para quem ainda venha a ter coragem para ser diferente na forma de encarar e execer a política.

Na foto sacada daqui, a partir da esquerda, está António Agostinho, Manuel Capote (já falecido) e Domingos Laureano (já falecido) - dos três que formaram o primeiro executivo da Junta de Freguesia de S. Pedro só resta o responsável pelo OUTRA MARGEM. Nas costas do Manuel Capote, está o José Elísio, presidente da Comissão Instaladora da então nova freguesia. Do lado direito está Carlos Lima, que foi o primeiro Presidente da Assembleia de Freguesia de S. Pedro. Esta foto é de 5 de janeiro de 1986.

 AUTÁRQUICAS DE 2021: A nona alteração à lei eleitoral autárquica, aprovada por PS e PSD, coloca os movimentos independentes em risco de “morrerem na praia” a 50 dias das eleições. 
"A Associação Nacional dos Movimentos Independentes (AMAI) alega inconstitucionalidade e apela à Procuradoria-Geral da República (PGR) para pedir a fiscalização sucessiva do diploma. É que, nas vésperas das autárquicas, um movimento pode ser completamente inviabilizado apenas por causa do seu nome ou porque não consegue reconhecer assinaturas. Estará tudo nas mãos de um juiz de turno. 
O primeiro entrave, segundo o presidente da AMAI, é a obrigação de serem constituídos movimentos diferentes para a eleição nas juntas de freguesias, obrigando a recolher mais assinaturas (3% dos eleitores) e não podendo concorrer com o mesmo movimento às câmaras e às freguesias. Os grupos de cidadãos terão de recolher mais assinaturas em período de confinamento: umas para as listas de candidatura à Câmara e à Assembleia Municipal e outras para ir a votos nas juntas. 
“É um constrangimento tremendo. Como vamos chegar às pessoas?”, questiona-se Aurélio Ferreira. 
Mas um dos principais problemas, introduzidos pelo decreto aprovado em julho só pelo bloco central, prende-se com a denominação dos movimentos. 
A lei passou a impedir que um grupo de cidadãos use as palavras “partido” ou “coligação”
A AMAI já pediu à Comissão Nacional de Eleições esclarecimentos quanto a denominações possíveis e não teve resposta. As candidaturas têm de ser entregues em Tribunal até 50 dias antes da data das eleições autárquicas. E basta um juiz de comarca (nessa altura, será de turno, uma vez que a entrega deverá ocorrer em agosto) considerar inválido o nome do movimento, para que todas as assinaturas sejam anuladas, obrigando os independentes a repetir o processo num prazo curto."

Com a experência de quem já participou num processo destes (há 36 anos as dificuldades eram ainda maiores...), considero esta nona alteração à lei eleitoral autárquica, aprovada por PS e PSD, um entrave à participação dos cidadãos na democracia. 
Eu sei que os partidos são fundamentais num regime democrático, mas há mais democracia e mais vida para além dos partidos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Erosão costeira: José Esteves, presidente de Buarcos e São Julião - "quando vemos as barbas do vizinho a arder as nossas têm de estar de molho"...

A sul, eu, que não sou presidente de junta, também sei apontar... 
O que ando a fazer desde 11 de Dezembro de 2006...

Pedro Machado, é candidato à Figueira, mas (para já...) quer manter-se como líder do Turismo do Centro...

Segundo o Diário de Notícias, "Pedro Machado deverá concorrer à Figueira da Foz pelo PSD, mas não vê razões para suspender ou abandonar o cargo no Turismo do Centro." Mais, tenciona continuar a exercer o cargo em simultâneo, só deixando o lugar vago "se e quando for eleito"
O nome de Pedro Machado foi aprovado pela comissão política concelhia já há mais de um mês, mas faltará ainda acertar algumas agulhas com a estrutura nacional do partido. "É um processo que ainda não está fechado, carece de maturação, mas resulta do apoio de muita gente e de múltiplas manifestações, sobretudo de pessoas da Figueira da Foz e de organizações de todos os quadrantes políticos", adianta Pedro Machado, sublinhando os apoios de Miguel Poiares Maduro, Maló de Abreu e Salvador Malheiro, todos da actual direção nacional do PSD. "São tudo nomes que me têm vindo a desafiar para esta candidatura. Mas será sempre uma candidatura acima de partidos, de acordo com o exemplo que tenho dado nos últimos 15 anos", sustenta o presidente da comissão executiva da Turismo Centro Portugal, apesar de ser militante do PSD e ter sido já dirigente do partido.

Cenas do quotidiano figueirense... (2)

Um requiem pelo Jardim Municipal: «que o Senhor, lhe conceda o eterno descanso.»

Foto IMC. Mais fotos aqui.

«Não deveria ter sido acautelada esta situação, evitando agora “alfinetadas” na comunicação social?»

Via Diário as Beiras


«Uma coisa é certa: A Naval 1893 não pode ter o mesmo destino que teve a velhinha 1º de Maio, por culpa de gestão danosa ao longo de anos. Herdeira da sua história e das “chama e alma navalista”, a Naval 1893 não pode também ficar refém de quezilentas questiúnculas de raiz partidária. 

A importância deste Clube com 128 anos é indiscutível, como indiscutível é o seu papel enquanto parceiro da Câmara Municipal na educação dos jovens fi gueirenses, afastando-os da “rua” e proporcionando-lhes uma saudável forma de ocupação dos seus tempos livres. Tal deveria, possivelmente, ser mais valorizado. É interessante verifi car que concelhos nossos vizinhos, não cobram taxas pela utilização dos equipamentos desportivos camarários, quando usados nos escalões formativos. 

Compreendo o argumento do Presidente da Câmara quando diz que clubes com os seus próprios campos, ficariam “prejudicados” se tal acontecesse com o uso do Bento Pessoa. Mas não. Discriminar positivamente é sempre possível e desejável, desde que com razões para tal. E julgo que seria este o caso. Os clubes com instalações próprias deveriam ser compensados na atribuição de subsídios: assunto fácil de resolver, presumo.»

Cenas do quotidiano figueirense...

Um requiem pelo Jardim Municipal: «que o Senhor, lhe conceda o eterno descanso.»


Autárquicas 2021 na Figueira: momento "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço"...


Enquanto do lado do PSD, é cada vez mais intenso o cheiro do estrugido da caldeirada de quem anda a confeccionar as tácticas que há-de levar Pedro Machado a anuciar, em breve, a candidatura e vir a ser candidato, o actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, via Diário as Beiras, defende que “este não é o momento” para falar sobre a sua candidatura ao cargo que ocupa na sequência da renúncia ao mandato.
Carlos Monteiro: "percebo que os partidos ainda não tenham colocado [as Eleições Autárquicas] na agenda derivado às preocupações com a pandemia. E acho que o povo teria alguma dificuldade em entender que, hoje, esse fosse o ponto número um da agenda, quando temos um processo de vacinação para continuar e a entrega de computadores e acesso à internet para o ensino a distância. Temos estas pressões sociais e, portanto, seria difícil as pessoas entenderem que as questões eleitorais fossem a prioridade da agenda".

Morreu Fausto Godinho, presidente da Junta de Vila Verde, de 1976 a 1986, aos 84 anos, na segunda-feira, à noite, vítima de doença prolongada

Foto via Diário as Beiras

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

«A relação dos clubes com as respectivas Câmaras Municipais tem de envolver a sociedade que servem ...»

Via Diário as Beiras
«O atual, público e infeliz diferendo entre o Presidente da Câmara da Figueira e a novel Naval 1893 não faz sentido, não pode acontecer neste tempo e é de muito fácil resolução. Não faz sentido porque não tem substância – quão bom seria que, em vez de estar preocupado com a necessidade de “perceber as condições que a Naval tem, ou não, para funcionar”, tivéssemos um Presidente de Câmara com uma visão global estratégica para o desporto (de formação e de competição) do concelho na próxima década e a trabalhar para, efectivamente, os jovens atletas, alguns campeões nacionais, não terem de treinar no areal da praia…»

Era tão bonito, não era....

Panorâmica da Rotunda do Pescador, antes das obras que nunca mais acabam...

Ler os outros...

"a ideologia figueirinhas", via o sítio dos desenhos.

Freguesias do concelho da Figueira da Foz com dificuldades de acesso à internet

As deficiências de cobertura da rede de internet, sobretudo em localidades mais distantes da sede do concelho, de harmonia com a edição de hoje das Beiras, "dificulta a vida de quem está em teletrabalho e no ensino a distância. O aparelho (router) que a câmara municipal está a instalar em casa de alunos carenciados resolve o problema, mas os restantes moradores das zonas com sinal fraco continuam a ter dificuldade em ligar-se à rede global."
A norte do concelho, Bom Sucesso, segundo o que o presidente da junta, Carlos Batata, afirmou ao jornal, “a Altice melhorou o serviço”, mas “quem tem outras operadoras tem dificuldade em aceder à internet”
Em Ferreira-a-Nova, segundo a presidente da junta Susana Monteiro, que falou por ela e pelos que são afectados pelo mesmo problema, existem “bastantes casos de pessoas com dificuldade em aceder à internet”. “No primeiro confinamento, tive conhecimento de situações, em casas com mais de um aluno, que tiveram de assistir às aulas à vez, isto é, alternadamente, porque a internet não aguentava mais do que uma pessoa ligada”, contou ainda Susana Monteiro. Naquela altura, disse Susana Monteiro, não conseguiu trabalhar em casa. “Tive de ir para a junta, que tem fibra óptica. Mas, mesmo assim, acedia à internet com alguma dificuldade”
Entretanto, a situação não melhorou. 
A sul do concelho, na Borda do Campo, freguesia do Paião,  também se as difuculdades de aceso à rede de internet. Anabela Gaspar está em teletrabalho e tem duas filhas estudantes, uma no 12.º ano e outra na Universidade de Coimbra. Se a mãe não consegue participar nas reuniões de trabalho on-line, as descendentes não conseguem estudar sem estarem, “constantemente, a reiniciar” a ligação. “Basta haver vento ou chuva para ficarmos logo sem rede”.
Recorde-se que, "a Altice e a Câmara da Figueira da Foz assinaram, em julho último, um protocolo que previa a cobertura de 90 por cento do concelho com fibra ótica, mas a pandemia impediu o cumprimento do objetivo"
Entretanto, foi já rubricado "um novo documento, aumentando o desiderato para os 95 por cento, até ao final do corrente ano."

Que esperar de um candidato autárquico para a Aldeia?


De um candidato autárquico para a Aldeia espero que tenha potencial. 
Concretizando: que tenha competência, experiência, conduta ética e  personalidade.
Se viesse a ser escolhido pelos eleitores, o meu candidato teria, à partida, condições para  vir a ter um desempenho positivo, para benefício da Aldeia.
Este, aliás, foi sempre o critério para mim determinante em qualquer escolha de um candidato a um cargo de dirigente político.
Mal vai a Política, digo eu, quando a escolha é feita apreciando, sobretudo, digamos assim,  o “potencial ganhador” dos candidatos.
Se quiserem um candidato somente com esse “potencial para alcançar uma vitória”, têm por onde escolher...
Em Outubro de 2021, porém, o que a Aldeia precisa menos é de um candidato que prometa resultados, tipo colocá-la no mapa, sem explicar como e à custa de quê.
Quem acompanha a vida política da Aldeia há algumas dezenas de anos, sabe do que "as casas" gastam. Não desconhece os pequenos, mesquinhos  e miseráveis poderes que abundam por muitas capelinhas locais dos vários partidos de poder. É destes pequenos, mesquinhos e miseráveis poderes que se alimentam os interesses do voto.
Na Aldeia, os candidatos a líderes políticos são obrigados a negociar  com essas capelinhas locais, normalmente em posição de inferioridade, pois é fundamental ter o apoio e a força dos que dominam a máquina interna do partido na Aldeia.

As campanhas eleitorais na Aldeia resumem-se praticamente a isto: na falta de discussão de programas e de ideias, a política é uma actividade surpéflua e  folclórica. 
O sentido de serviço público no exercício de um cargo público  está desacreditado na Aldeia e é visto como um mero "tacho"
As campanhas eleitorais também não ajudam: não passam de uma completa inutilidade e de uma total extravagância e deperdício de meios financeiros. 
Ideias acrescentadas em campanhas eleitorais para o desenvolvimento e planeamento sustentado da Aldeia: zero, ou muito perto disso.
Como todos na Aldeia estamos a ver, se não acontecer uma verdadeira mudança, a consolidação democrática da vida política ficará, em Outubro próximo, mais uma vez adiada. 
Perguntarão vocês: como mudar o que se passa na Aldeia?
Como aldeão parolo, ingénuo e pouco inteligente, a minha resposta, que é a de quem sempre viveu estas coisas com desprendimento e paixão, é simples e um pouco lírica: regressar à pureza da política.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Dinheiros públicos, vacinas privadas: as razões da produção a conta-gotas

 "Hoje, a Comissão encontra-se na humilhante posição de mendigar as vacinas encomendadas junto das empresas que financiou. Os cidadãos pagaram mas não mandam, num negócio em que se misturam fanatismo liberal, captura das instituições e incompetência pura.

A pandemia da covid-19 testou a capacidade de todas as instituições internacionais para uma resposta global. Os Estados pagaram, a ciência cumpriu. Mas a solidariedade que fez aparecer a vacina desapareceu logo a seguir."

Para lr mais, clicar aqui.

"A Associação Naval 1893 tem atividade, são 250 atletas em atividade, 15 equipas de futebol, e é credenciada na área da formação pela Federação Portuguesa de Futebol..."

"Há assuntos que devem ser tratados com cordialidade e bom senso. Expor a recém-formada Associação Naval 1893 em reunião de Câmara por uma pequena dívida, e implicitamente colocar em causa as contas da Associação é a negação do que se espera da política, a arte do compromisso e o respeito pela dignidade das pessoas e instituições. Haverá ainda que ter mais empatia pelas associações e coletividades do concelho.

A dezena de milhares de Euros que origina esta situação de conflito com a Associação Naval 1893 é uma gota no oceano do desperdício camarário, só no Jardim Municipal estão a ser gastos 1,4 milhões de Euros sem que ninguém encontre uma justifi cação plausível para tamanho dislate. Lamenta-se ainda que a Câmara tenha progressivamente uma postura cada vez mais belicosa, apontando o dedo a quem a critica e não sabendo gerir o associativismo."

Via Diário as Beiras

Finalmente, alguém teve culpa de alguma coisa...

Uma notícia desta manhâ.

Especialidade: conversa da treta...

 

A Figueira tem especialistas em várias especialidades. A conversa da treta é uma delas.  

Uma conversa da treta é mais que proferir afirmações falsas. Uma mentira descarada pode não ser uma treta. O que caracteriza a treta é a argumentação manhosa, com a qual se tenta racionalizar uma tese que se percebe não ter fundamento. O recurso a estratagemas argumentativos para disfarçar o disparate, tem a ver com falta de crácter e desonestidade intelectual. É esta aldrabice, porém, que torna a treta muito mais interessante que a mera falsidade, pois ela diz muito do seu autor. 

Em geral, a motivação para conceber uma treta é a necessidade de justificar algo que não deveria ser dito, pois não é sustentável. O divulgador de uma conversa da treta, pode aldrabar deliberadamente. Contudo, também pode ser ele próprio vítima da treta que lhe pregaram...

Quem é que ainda não foi vítima de uma conversa da treta?