quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Rescaldo da reunião de Câmara de ontem: «propostas do vereador Ricardo Silva foram todas “chumbadas»...

Via Diário as Beiras
«As propostas apresentadas pelo vereador do PSD, Ricardo Silva, ontem, na reunião de câmara, com nove medidas de mitigação dos efeitos económicos e sociais provocados pela pandemia no concelho, foram inviabilizadas, com os votos contra da maioria socialista do executivo camarário e a abstenção de Carlos Tenreiro e Miguel Babo (eleitos pelo PSD, que lhes retirou a confiança política). 

O envio do processo da empreitada do troço da Ciclovia do Mondego entre a estação e Vila Verde para o Ministério Público também foi “chumbado”, com os restantes oito vereadores a votarem contra
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, sustentou que o parecer dos serviços jurídicos da autarquia concluiu que não há indícios de dolo por parte dos intervenientes na empreitada. Contudo, o presidente ressalvou que devem ser apuradas responsabilidades sobre as alterações ocorridas durante a execução da obra que levaram a uma derrapagem orçamental superior a 30 por cento. 
Vencido mas não convencido, o vereador da oposição afirmou ao DIÁRIO AS BEIRAS que o PSD vai enviar o processo para o Ministério Público. 

Depois de um longo debate sobre a proposta destinada a suavizar os efeitos da cise pandémica, Ricardo Silva recusou a sugestão de Carlos Monteiro que defendia a retirada daquele assunto da agenda, para ser analisado e incluído numa proposta que juntasse medidas apresentadas pela maioria e pela oposição na próxima reunião de câmara. Ao recusar, Ricardo Silva viu a sua proposta ser inviabilizada, repetindo-se o coro de acusações de estar a propor medidas que já estão a ser aplicadas ou que ainda não têm a respetiva lei habilitante e de não estarem devidamente enquadradas. Carlos Tenreiro e Miguel Babo acusaram-no de só pretender ser notícia

Ricardo Silva viu ainda ser rejeitada a inclusão na agenda da sua proposta para a criação de um fundo municipal de 200 mi euros para apoiar empresas afetadas pela pandemia. 
Esta por ter sido apresentada fora de prazo, mas será votada na próxima reunião de câmara.»

As preocupações da vice-presidente são outras...

Paz interior

Sempre gostei de estar atento ao que se passa à minha volta - evidentemente, o que se passa à vinha volta em termos sociais e políticos. 
Por isso, não fui bem-sucedido em quase nada. Contudo, naquilo que considero o  essencial da vida, considero-me um gajo bem sucedido. 
Ao longo dos anos sempre soube lidar com intrigas, intriguistas e provocações gratuitas, interesseiras, ou imbecis. 
Não suporto a violência, mas sei lidar com ela. Mesmo as tempestades nascidas do vácuo absoluto, jamais me incomodaram. 
Foi sempre assim. Que me lembre, desde a escola primária. 
Importante, foi sempre estar em paz interior. Isso, raramente alguém me roubou. 
E, nas raras vezes que isso me aconteceu, não foi por causa das intrigas, dos intriguistas, ou das provocações interesseiras ou imbecis, de que sou alvo por causa das minhas inquietações sociais e políticas.

 
Zorba, O Grego, é um filme de Michael Cacoyannis (1964) que sublinha o valor da vida. Tem na dança, uma metáfora da vida vivida em toda a sua essência, quando o espírito renasce através da amizade e da confiança e consegue vencer todos os obstáculos.

Hoje há reunião de Assembleia de Freguesia em Quiaios

Via Agostinho Cruz

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

A outra margem

 ... uma crónica de Silvina Queiroz, publicada no Diário as Beiras

Mário Silva: "Um artista grande e uma cidade pequena", de grandes artistas...

«...foi um dos maiores artistas portugueses do século XX e um espírito livre. Um artista excêntrico, obstinado, anárquico e contestatário. Nunca obedeceu a qualquer corrente. Assumiu um estilo independente e, não obstante, “conseguiu vingar” - o que, neste país, é obra! 
Desde novembro de 2002, que na praia do Cabedelo, está perpetuado o nome do falecido Mário Silva, um artista plástico de referência, culturalmente inserido na geração de 1960, que pautou a sua carreira por uma acção cultural, humorística e literária de contestação e crítica à sociedade. 
“Foi uma homenagem que o encheu de orgulho, pois foi na Figueira que aprendeu a amar", afirmou o pintor um dia à comunicação social. E o seu busto em bronze, da autoria do escultor Agustín Casillas, lá continuou até hoje de manhã. Foi uma homenagem feita ainda em vida ao artista – Mário Silva tinha na altura 73 anos - à sua rebeldia e mestria. A propósito: o que vai acontecer à praceta depois de concluídas as chamadas obras de requalificação (mais de destruição...) do Cabedelo?»


«PROPOSTA APRESENTADA PELO VEREADOR ELEITO PELO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA, RICARDO SILVA – APOIOS À ATIVIDADE ECONÓMICA NO ÂMBITO DA PANDEMIA “COVID 19” »


Depois de uma discussão inefável e inenarrável acabei de desistir.
Na Figueira, reconheça-se, na política as coisas mudaram. 
Esta nova classe politica é assinalavelmente diferente (inferior/superior? Escolham vocês...)  das anteriores. 
Tudo o que aconteceu, até ao momento na reunião em curso, tem sido fabuloso, mas não justifica o meu sacrifício pessoal. 
Hoje, fico por aqui. 
Desisto.

"PROPOSTA APRESENTADA PELO VEREADOR ELEITO PELO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA, RICARDO SILVA – ENVIO DO PROCESSO DA EMPREITADA “CICLOVIA DO MONDEGO” PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO PARA APURAMENTO DE RESPONSABILIDADES"

A proposta apresentada pelo vereador Ricardo Silva, na reunião que está a decorrer neste momento, depois de muita conversa que não esclareceu nada a quem ainda consegue acompanhar estas reuniões, foi chumbada pela bancada do PS.
Ricardo Silva foi o único voto a favor.
Carlos Tenreiro (por considerar que Ricardo Silva não lhe respondeu a uma questão) e Miguel Babo (por solidariedade com Carlos Tenreiro) ausentaram-se no decorrer da votação.

HINO À IGNORÂNCIA!..

Em Março de 2019, quase há dois anos, o blogue OUTRA MARGEM (e não só), já tinha alertado.
Ver aqui.
Hoje no Diário as Beiras.
«Os vereadores eleitos pelo PSD, Carlos Tenreiro e Miguel Babo (o partido retirou-lhes a confiança política), apresentaram, na reunião de câmara do dia 2 deste mês, uma proposta para a criação de um corpo de Polícia Municipal.
Não estava a par de que já tinha sido aprovado. Já foi há 20 anos, mas a nossa proposta justifica-se, porque já passaram 20 anos e a realidade é outra”, justificou Miguel Babo.
Não acompanhei o processo [de 2000]. Infelizmente, é a evidência de que as coisas não passavam do papel, ou seja, havia aprovação e ficavam no papel. Hoje, devido à situação financeira da câmara, não será possível avançar com a Polícia Municipal, mas é uma hipótese a equacionar, que terá de ser articulada com o fim da concessão da Figueira Parques”, frisou Carlos Monteiro.»

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Maldito tempo, este o que temos na Figueira...

Que relação pode existir entre um bloguer e o poder? Com o poder nenhuma...

«A independência tem um preço, 
sempre o soube, 
e nunca me recusei a pagá-lo.»

 Eugénio de Andrade

A ponte Edgar Cardoso não é para peões...

E a (nova) Ponte dos Arcos?


Via Diário as Beiras

Reconheça-se o mérito a quem o tem...


Segundo o que pode ser lido na notícia publicada no Diário as Beiras, a "Câmara da Figueira da Foz recuou no abate de árvores na Baixa, na sequência da reacção de munícipes e do movimento cívico Parque Verde". 
Deste modo, foram poupadas  várias dezenas de exemplares, alguns com problemas fitossanitários. A empreitada para a requalificação do parque arbóreo daquela zona da cidade incidia de forma relevante na rua Afonso Albuquerque.
Se não fosse a atenção cívica de cidadãos que residem ali e que nos chamaram para intervir, teria sido cometido mais um atropelo”, afirmou Luís Pena, um dos fundadores do movimento Parque Verde.
Para o activista, a requalificação do parque arbóreo da cidade “resolve-se de uma forma muito simples: auscultar os grupos que se interessam por determinadas áreas sem interesses associados, ouvir as pessoas”.
Grande vitória da cidadania: venceu contra a oposição da falta de sensibilidade ecologista da Câmara. Venceu a oposição das elites da Figueira. Venceu a comunicação social manhosa. Venceu o pessimismo e o comodismo dos tugas figueirenses. Venceu as vozes do apocalipse. Venceu a direita, a esquerda e o centro.
Só não conseguiu ir a tempo de vencer a postura e a forma de actuar de quem está no poder, que fez o que fez em Buarcos, ao freixo centenário e vai continuar a fazer. 
Falta convencer o eleitorado. Mas é só aí. 
De resto esmagou tudo e todos.
O programa segue dentro de momentos.

Amanhã há reunião de Câmara

 A Ordem de Trabalhos pode ser consultada clicando aqui

Imagem via Diário as Beiras

Isto, sim, é uma medida definida e concreta para ajudar o pequeno comércio figueirense

Imagem via Diário as Beiras

Se a Figueira vai de mal a pior, o comércio tradicional atravessa tempos difíceis. Atrevo-me mesmo a prever que já faltou mais para a extinção.
A "catástrofe" está anunciada há muito. O negócio para o pequeno comércio está péssimo. Sobrevivem alguns resistentes, mas os pequenos comerciantes estão a perder nitidamente terreno para as médias e grandes superfícies comerciais.
Os pequenos comerciantes, lamento dizê-lo, têm a batalha perdida. É um sector envelhecido, gasto, desmotivado, sem perspectivas de futuro. Precisava de se modernizar, para sobreviver, pois o consumidor está cada vez exigente.
Existem problemas de fundo que têm a ver com o atendimento e a apresentação dos produtos. Contudo, numa sociedade cada vez mais egoísta e desumanizada existem factores positivos, que têm de ser valorizados - simpatia, proximidade e atenção, para com o cliente.
Saúde-se este balão de oxigénio.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Tudo na paz do regime de ficção...


Marcelo Rebelo de Sousa anuncia daqui a pouco a recandidatura à Presidência - às 18:00, apurou a 
TVI
declaração ao país será feita em Belém, na Versailles.
«Após meses e meses de farsa política, ora insinuando indisponibilidade, ora deixando transparecer vontade, Marcelo Rebelo de Sousa anuncia a recandidatura a Belém. O palco está montado para tentar garantir mais quatro anos de uma presidência inconsequente que lá vai mantendo os privilégios e garantindo umas manchetes e umas chapas».

Ary dos Santos: no dia em comemoraria 83 anos, fica a sua lembrança em jeito de homenagem

A ponte Edgar Cardoso não é para peões... E a (nova) Ponte dos Arcos?


João Vaz
, publica na edição de hoje do Diário as Beiras, uma crónica que vale a pena ler. 

Aborda um tema interessante.

"Quem já atravessou a ponte Edgar Cardoso a pé ou de bicicleta?" 

 Creio que poucos. E, eu, que já o fiz algumas vezes, a pé  concordo com João Vaz.

E pelas mesmas razões. 

"Porque simplesmente não há acessos para peões nem bicicletas dignos. Não há segurança até chegar à ponte, o investimento foi todo colocado ao serviço dos carros e dos camiões. É este o nosso atraso em relação ao resto da Europa, um desprezo pelo peão." 

A Ponte Edgar Cardoso foi inaugurada no início dos anos 80 do século passado, mais precisamente em 1982. 

Em 30 e tal anos muita coisa mudou. Também na engenharia e na filosofia da construção de pontes.

Contudo, muitos anos depois, a nova Ponte dos Arcos, no essencial, limitou-se a facilitar a vida ao trânsito motorizado. 

A nova Ponte dos Arcos não foi pensada, planeada, projectada e construída para peões e ciclistas. 

É, por conseguinte, uma via perigosa para os “mais vulneráveis”

E as coisas poderiam ter sido diferentes. Algo poderia ter sido rectificado, melhorado ou resolvido. 

Assim os políticos o tivessem querido. 


Por exemplo, na reunião da Câmara Municipal da Figueira da Foz, realizada no dia 9 de 2008, a questão foi abordada por iniciativa do então vereador da oposição João Vaz, do PS. 

Contudo, o assunto já era abordado em blogues e nos jornais. 

O OUTRA MARGEM foi disso exemplo.

No Diário de Coimbra do dia 9 de 2008, em caixa, na edição papel, o jornal alertava que a nova Ponte dos Arcos é perigosa para os peões

Mas, para além das deficiências e perigos enfrentadas pelos peões, outras lacunas existem que, talvez, ao tempo, ainda pudessem ter sido rectificadas.

Uma ponte construída de raiz, em 2006, deveria ter sido pensada e planeada para se inserir naturalmente no meio envolvente, e não ser colocada no local a martelo...

A Ponte dos Arcos (a nova) foi inaugurada no dia 27 de Outubro de 2008.

“Será que ainda não repararam que os passeios da nova ponte vão dar a lado nenhum? 

Quem vem a pé da ponte Edgar Cardoso, como pode aceder aos passeios, sem ter de andar pela berma da faixa até perto do tabuleiro e saltar as protecções metálicas? "

Foto João Pita

Adiante, pois falar agora do atribulado e acidentado processo de gestação desta obra, seria chover no molhado. 

Este senhor apresenta todos os dias o telejornal na televisão pública...

O holocausto por motivos humanitários

"Afinal quando o Reinhard Heydrich propôs a "Endlösung der Judenfrage" na conferência de Wannsee foi tipo a Madre Teresa a discursar na ONU pelos famélicos da terra."