sábado, 21 de novembro de 2020
Proposta de Orçamento do Munícipio figueirense para 2021
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Gaia substitui festas natalícias por vouchers a gastar no comércio local
"Não vamos ter praça de Natal, nem roda gigante, nem pista de gelo, mas precisamos de um sinal de esperança. Teremos um «camião parada» a percorrer todas as escolas do concelho com o Pai Natal para dar prendinhas às crianças. Já cada funcionário do Município em vez de receber o tradicional cabaz de Natal terá um voucher de 30 euros para utilização no comércio tradicional de Gaia", revelou esta segunda-feira o presidente da câmara de Gaia.
Eduardo Vítor Rodrigues, que falava numa reunião camarária que decorreu por videoconferência devido à pandemia da covid-19, contou que relativamente ao Natal decidiu manter a iluminação "de forma a dar vida às ruas e ajudar os comerciantes", num investimento de 340 mil euros.
"As luzes serão ligadas no início de dezembro em dia e hora que não será revelada para evitar ajuntamentos", revelou, no final da reunião, Eduardo Vítor Rodrigues que quanto ao valor que "sobra", cerca de 350 mil euros, do orçamento para atividades, disse que será "integramente utilizado no apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)".
"Ao dia de hoje há IPSS que estão com dificuldade em saber como vão pagar o subsídio de natal aos trabalhadores. O Município não vai virar as costas. Esperemos que a Segurança Social também não", referiu o autarca.
Além de apoio financeiro, a autarquia vai financiar os cabazes alimentares que serão distribuídos às famílias pelas IPSS.
Quanto aos vouchers a gastar no comércio local serão distribuídos a mais de dois milhares de funcionários camarários, num total a rondar os 100 mil euros de investimento.
Já o "camião parada" vai passar por 105 escolas básicas, num total de 15 mil alunos."
A culpa da Figueira estar como está, no essencial, é nossa: os políticos, esses, coitados, nem perante os factos admitem o óbvio da realidade...
Comentário do vereador PSD Carlos Tenreiro nesta postagem. |
Todavia, ainda acredito que existe alguma bondade, generosidade e tolerância, em alguns membros desses tais grupos - sejam eles clubísticos, religiosos ou políticos.
Prefiro venerar a beleza da natureza. Por isso, preferia que os políticos figueirenses nas suas intervenções, em vez de andarem a fazer o que estão fazer à cidade - Buarcos, "casco velho", Cabedelo - tivessem estudadado com competência e maturação, antes de executarem obras que chocam com o futuro da cidade e do concelho.
Todavia, respeito as pessoas - sobretudo, aquelas que, do meu ponto de vista, o merecem.
Apesar de já ter tido muito desapontamento ao longo da vida, continuo a achar que é para contribuirmos para que a vida de todos seja melhor que vale a pena viver.
Amo a natureza e a sua beleza natural. Por isso, temos o dever de a preservar e respeitar. Por isso, me indignou o crime ambiental que foi cometido na duna do Cabedelo.
A minha vida é simples tal como as minhas aspirações: gostava que o mundo, o meu país, a minha cidade e a minha Aldeia, caminhassem no sentido do desenvolvimento e do progresso social para todos. Gostava que se tivesse carinho pelo conhecimento e que se percebesse que a vida, sem a cultura, fica ainda mais pobre e sem grande parte do seu sentido.
Por isso, dentro das minhas modestas possibilidades, procurei dar de mim o que pude, na minha actividade profissional, nas Colectividades por onde passei, na Junta de Freguesia de S. Pedro e no Centro Social da Cova e Gala. E, há quase 17 anos, aqui no OUTRA MARGEM.
Não sei se há alguma religião, ou partido político, onde a minha postura pudesse ser encaixada. Não sei nem isso me interessa. Não sinto necessidade de me encaixar. Há muito que não sinto necessidade de me encaixar na religião, em partidos políticos ou clubes de futebol.
Sempre gostei de caminhar por carreiros estreitos e difíceis. São os meus caminhos. Isso não quer dizer que, ao longo dos anos, não tivesse necessidade de ajustar as minhas opiniões, ou que não tenha estado sempre disponível para a aprendizagem e a experimentação.
Vivemos em democracia representativa. Contudo, o Estado «somos nós». São vocês (e se calhar mais vocês do que alguns dos actuais membros do executivo figueirense).
Chegámos onde estamos por duas razões fundamentais.
1. O problema e a causa somos nós figueirenses e os nossos comportamentos.
2. A consequência, são os defeitos do sistema político.
Os políticos apenas nos representam. Repito: os políticos REPRESENTAM. Não substituem. Se os políticos falham, é porque nós falhamos. Enquanto não percebermos isto, nunca perceberemos nada.
O sistema partidário é mau? É.
Porquê? Porque os interesse privados perverteram o bem público. Porque as clientela se substituiram ao recrutamento meritocrático. Porque as decisões são afectadas por grupos obscuros.
Tudo isto acontece porque os partidos nasceram assim? Não.
Acontece porque os figueirenses, na sua maioria absoluta, são exactamente o mesmo que os partidos que os representam: clientes, obscuros, interesseiros, bajuladores e sem coluna vertebral.
Solução? Mais atenção, mais leitura, mais debate, mais participação na coisa pública.
É pouco original.? É. Porém, existe outro caminho?
A constante presença dos políticos nos jornais locais chega a roçar a obscenidade, não é senhores vereadores Babo e Tenreiro!...
Beiras de 11 de Novembro de 2020: o vereador Miguel Babo, eleito pelo PSD, em reunião de câmara, sustentou que "não há falta de de médicos" no concelho.
Beiras de 19 de Novembro de 2020: Doutor José Luís Biscaia, director executivo do ACES Baixo Mondego - "Devido à falta de médicos nas unidades de cuidados de saúde primário (ver gráfico), cerca de 4500 utentes do concelho da Figueira da Foz estão temporariamente sem médico de família".
E, depois, "o autor do blog é que tem por hábito dizer mal de tudo e de todos"!..
A verdade é como o azeite...
Director da PJM falava com chefe da casa militar do Presidente sobre Tancos, garante major.
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Valha-nos os factores hiperbólicos só alcançáveis pelos eleitos...
«Para o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, a participação da cidade em Terra Brava, “é fundamental para, através de um canal nacional e internacional, fazer chegar paisagens e vivências do nosso concelho a milhares de pessoas, em Portugal e no estrangeiro. Estamos no centro do País, temos mar, rio, floresta, serra, gastronomia, cultura, entretenimento e pessoas que sabem receber com simplicidade, criando laços com quem os visita“ salienta o autarca figueirense que acrescenta, que acredita “que com esta divulgação, se pode afirmar o concelho enquanto território com valências e ofertas de exceção, capazes de atrair famílias para se fixarem na Figueira da Foz." Carlos Monteiro, mostra-se convicto que, quer técnicos, quer actores “ficaram marcados pela nossa cidade e a vão incluir no seu roteiro de viagem”.
Depois admiram-se...
Na Figueira, continuamos no tempo dos jornais vergados ao peso da (nova) censura?
É cometido um atentado ambiental e na informação figueirense, que eu tenha conhecimento, o silêncio é total.
Sei que o assunto já chegou ao Ministério do Ambiente.
Há um vereador que concorda que é "inadmissível" e "houve um atentado ambiental" e continuou o silêncio.
Podemos não gostar da realidade, mas é o que temos.
Depois admiram-se porque há cada vez menos leitores de jornais!
Querem saber para onde foram?
Desapareceram.
Os jornais deixaram de ter interesse ou utilidade para eles.
Quem é que está disposto a pagar caro por aquilo que tem apenas uma utilidade marginal?
E, neste contexto, foram ganhando espaço e credibilidade projectos como o Outra Margem...
Neste país até já se esqueceram quem foi Salgueiro Maia?
Lido aqui.
Citando um Amigo: "
"Devido à falta de médicos nas unidades de cuidados de saúde primário (ver gráfico), cerca de 4500 utentes do concelho da Figueira da Foz estão temporariamente sem médico de família"
Segundo o presidente, «os custos com as iluminações são de 94.035,90€ + iva, assumidos pela CMFF”. Em 2019 o custo foi de 55.000€ + IVA.»..
Via Figueira na Hora
"Este ano foram acrescentadas iluminações nas freguesias, na fachada do Mercado Eng. Silva, na Rua das Tamargueiras e rotundas adjacentes e na fachada da Câmara Municipal. Desta forma, as localizações previstas para as iluminações decorativas de natal são:Quando, na noite, o dedo aponta para a lua, a malta só vê o dedo?..
"Um deputado eleito por um partido com meses de vida, numa campanha eleitoral milionária, com o dinheiro saído ninguém sabe de onde, e sem que ninguém se tenha preocupado em investigar a sua origem, num partido pejado de nazis, skins e fascistas, antes envergonhados e agora às claras, transfugados de grupelhos nazis, legalizado com assinaturas falsificadas, irregulares e duplicadas, perante o encolher de ombros do Tribunal Constitucional, é multado por discriminar ciganos, no seguimento insulta uma deputada eleita, e o assunto nas "redes sociais", ou o caralho que lhe queiram chamar, é o valor da multa. E depois, seus palermas, queixam-se exactamente do quê?"
Lido aqui.
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
OUTRA MARGEM, DE BLOGUE A LIVRO?..
Em Abril próximo o blogue OUTRA MARGEM completa 17 anos de vida.
De vez em quando, sou abordado por leitores deste meu espaço, que me perguntam porque é que não publico um livro com uma antologia de textos aqui dados à estampa.
Como pesssoa livre e de bons costumes, que pautou toda a sua vida em defesa da liberdade de não ficar a dever favores a ninguém, sou um teso do caraças.
Lembro que Carlos Santos Silva só há um: o amigo de Sócrates e mais nenhum...
Mesmo que haja por aí alguém que tenha o número do amigo do Sócrates escusa de mo tentar dar, pois seria perder tempo.
Vão lendo o OUTRA MARGEM na blogoesfera, que está cada vez mais forte na irritação e na azia que causa nos podres poderes figueirenses dos arranjinhos e dos tachinhos para pagar favores.
A Figueira, infelizmente, não é excepção. O que se passa na Figueira é a regra. E é desta regra que Portugal tem vindo a ser construído até chegarmos ao momento presente. Foi isto que o 25 de Abril construiu.
E o futuro próximo - que é o que me resta viver - não vai ser melhor.
A Figueira convive mal com os desafios colocados pelo rigor e pelo trabalho.
Convive perfeitamente com o desenrascanço, que passa pelo percurso mais directo e mais fácil. Há sempre um atalho, uma cunha, uma facilidade, quiçá um envelope...
Parece que não há problemas nem dificuldades. E os que porventura teimarem em aparecer são “empurrados com a barriga”. Há sempre um milagre para encontrar a solução.
Estamos sob o mando dos “chico-espertos” e dos dotados de imunidade aos valores, o que lhes permite estarem por cima neste desgraçado lodaçal que é a Figueira em Novembro de 2020.
Muitos dos que os elegeram vêm nestes lideres a sua própria imagem. Revêem-se neles. Não vêm nada de censurável na sua conduta. Se lá estivessem fariam como os que lá estão. Safavam-se.
Somos um povo que se está a especializar na arte do “desenrascanço”.
Pela minha parte, se querem continuar a ler o OUTRA MARGEM, tem de ser mesmo na blogoesfera.
Fica uma sugestão: e que tal a isenção do pagamento de estacionamento em determinadas horas e zonas da cidade durante a quadra natalícia?..
Que cabeça a minha: agora o estacionamento pago já não é explorado pela Figueira Parque, como acontecia em 2017, por acaso ano de eleições autárquicas...
Entretanto, aconteceu a privatização...
Quem tem amigos "pretos" não pode ser racista?
«A maneira mais fácil e, ao mesmo tempo, mais pateta de tentar apresentar credenciais antirracistas é dizer ao interlocutor, peito inchado a simular brio, cara frontal a dramatizar orgulho, esta banalidade disparatada: "eu até tenho amigos pretos!".
Não passa pela cabeça de um branco português dizer "eu até tenho amigos brancos", pois não encontra nesse facto nada de "anormal" a registar, não encontra qualquer diferenciação entre si próprio e os outros brancos que justifique assinalar publicamente tal ocorrência.
Quando um branco começa a dizer que até (e esta palavra "até" sublinha a singularidade do facto) tem amigos de outras raças está a discriminar, está a separar um agregado em particular da unidade grupal que constituem todos os seus amigos, está a diferenciar esse conjunto de indivíduos não por serem melhores ou piores amigos, não por serem constantes ou ausentes do quotidiano desse círculo de camaradagem, não por serem de maior ou menor confiança. Eles são catalogados e separados do grupo de amigos do branco português apenas por terem uma cor de pele diferente. Isto é puro racismo.
Esta discriminação também abrange outros tipos de preconceitos étnicos bem como atitudes homofóbicas, xenófobas e, mesmo, políticas.
A declaração "eu até tenho amigos gays" é frequentemente ouvida sair da boca de homofóbicos. "Eu dou-me bem com ciganos" ou "nada tenho contra os judeus" são braços da mesma raiz de ódio e preconceito.
Até antirracistas e antixenófobos alimentam-se da mesma planta moral dos racistas para resolver debates políticos anticomunistas quando disparam o fatal "eu até tenho amigos comunistas", "tu és um comunista diferente dos outros" ou, pior, "o meu pai até foi comunista, mas...". Farto-me de ouvir isto...
Há neste tipo de frases um inevitável tom condescendente e paternalista, uma assunção de superioridade assassina do equilíbrio da relação entre os interlocutores destes diálogos.
Esta é a mesma caridade classista das senhoras de sociedade que dizem às outras que se dão com "gente do povo", que frisam o gosto em lidar com "pessoas simples" e que concluem encontrar ali a "autenticidade" em falta nos círculos da alta burguesia.
Esta é a parte mais horrível do racismo, pois está diretamente ligada ao alimento geracional da estratificação social em exploradores e explorados, é um dos pilares do edifício da injustiça social.
Este racismo do branco português é aliás ridículo e um tiro no pé. Se for para os Estados Unidos da América, o branco português deixa de ser branco, passa a ser classificado como hispânico ou latino e está sujeito a ouvir da boca de um americano branco a frase assassina: "eu até tenho amigos latinos." De condição de explorador passa, num instante, à condição de explorado.
Finalmente, o racismo escondido atrás da frase "eu até tenho amigos pretos" é perigoso porque tenta ilibar o racista do seu racismo: mais do que desculpabilizar, procura-se justificar, racionalizar, defender. O autor desta frase, subliminarmente, afirma nada ter contra as pessoas com a pele de cor negra e, por nada ter contra elas, a sua argumentação e os insultos que profere não podem ser racistas e, por isso, são racionalizações, análises e pensamentos razoáveis, justos e objetivos.
A frase "eu até tenho amigos pretos" é um instrumento de propaganda racista construída para convencer pessoas não racistas a apoiar ideias racistas. Isto é perigoso.»
Via Pedro Tadeu