sexta-feira, 6 de novembro de 2020
Na Figueira vai acabar tudo bem!.. ("Socorro"...)
No jornal Diário as Beiras, edição de hoje, pode ler-se «um pedido de socorro dos armadores figueirenses ao ministro do mar».
Só fica admirado quem anda desatento aos problemas do concelho.
Aqui, pelo OUTRA MARGEM, há muito que tudo foi alertado. Tudo o que previmos, infelizmente, se cumpriu.
O assoreamento da barra da Figueira vem de longe.
E de projecto em projecto, de obra em obra, de erro sobre erro, chegámos ao prolongamento do molhe norte em 400 metros.
Registe-se, a propósito do sinistro do Olívia Ribau, que o presidente da Câmara da Figueira na altura, além de sublinhar "que falharam as medidas de prevenção" e "a estação salva-vidas fechar às 18 horas e uma embarcação de socorro estar avariada" (mais do mesmo: o salva-vidas, neste momento está avariado...), lembrou que há mais de três anos que a autarquia vinha fazendo "insistentemente" apelos para a dragagem da barra, a última vez em abril de 2014, dando nota das dificuldades das embarcações dos pescadores para entrarem no porto, após as obras de prolongamento do molhe norte em 2010."
Como sabemos, é mais do mesmo: a única solução que os responsáveis encontram para manter a cota da nossa barra, passa pelas constantes dragagens. Isso, como dizia o saudoso covagalense Manuel Luís Pata, "é cómodo para quem é responsável e a extracção das areias tem constituído «uma mina de ouro». Se não fosse esta »mina», estariam hoje construídos aqueles palácios («aqueles monstros») junto ao rio?"
O aumento do molhe em 400 metros, como a realidade já provou e como quem tinha o saber da experiência feita previu - e preveniu em devido tempo -, nunca evitará que as areias se depositem na enseada e fechem a barra.
Além do mais, uma barra nunca se estrangula.
Quem promoveu e apoiou tão aberrante obra, não tem o mínimo conhecimento do que é o mar.
Por outro lado, mesmo que essa obra trouxesse algum benefício à barra da Figueira - e não trouxe, trouxe dor e luto (vários acidentes e 14 vítimas mortais em menos de meia dúzia de anos aí estão infelizmente para o provar) - isso seria sempre um acto egoísta e irresponsável de quem tem mandado na Figueira, dado o conhecido estado crítico da orla costeira a sul da barra da nossa barra.
Os figueirenses vão continuar a viver como sempre viveram: em passividade.
Se não for olhado com urgência o problema da barra da Figueira da Foz, a Figueira poderá sofrer, mesmo a nível do negócio, uma crise com prejuízos irreparáveis.
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
A caminho do Estado de Emergência
O texto do decreto enviado pelo presidente da República para aprovação pela Assembleia da República (amanhã, 06.11.2020) pode ser lido AQUI.
PRIORIDADES
Não é segredo: na Freguesia de S. Pedro estamos a gastar em vão fundos nacionais e da União Europeia. Sim: estou a falar do Cabedelo.
"Que
conceito de REABILITAÇÃO URBANA é este que afasta a comunidade que ao longo das
últimas décadas tem construído aquele lugar?"
Os chouriços estão nus. Foto de António Agostinho, desta manhã |
«São conhecidas
as tradicionais faltas de verbas do INAG (Instituto da Água).
Pelo menos, para algumas coisas...
Mas existem prioridades. Ou, antes, deveriam existir!...
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira
ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa
percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado
“Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a
oportunidade de resolver o essencial...
Pode haver falta de verba, mas existem prioridades...»
(OUTRA MARGEM,
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006)
Não quero ser, muito menos parecer, pretensioso e cair na tentação fácil de me sentir diferente dos demais. Contudo, o modo como a maioria dos políticos organiza e define as nossas vidas, com uma inversão total de prioridades, leva-me a esboçar um leve sorriso!
Não gostaria, porém, de continuar a sorrir por este motivo.
O momento não está para politiquices: a erosão costeira a sul da barra do Mondego é um assunto muito sério...
O que tem feito a Câmara Municipal pelas populações sofridas e desesperadas do sul do concelho, vítimas deste flagelo que é a erosão costeira?
Alguém consegue perceber as prioridades dos políticos?..
E não foi por falta de avisos...
Câmara mantém feiras e altera horários no CAE
Era só o que faltava neste momento para compor o ramalhete: suspeitas no Governo
Aquele que já é considerado o negócio do século dará origem a novas rendas na área da energia para as empresas vencedoras.
Ou seja, o Estado vai pagar - e muito - a introdução desta nova energia tal como já aconteceu com a solar e a eólica.
Com interesses a movimentarem-se nos bastidores,» a Revista Sábado «revela que a Polícia Judiciária e o Ministério Público estão a investigar o assunto, estando o inquérito centrado no Governo de António Costa.»
Quiaios, mais um episódio: nova sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia no próximo dia 7...
quarta-feira, 4 de novembro de 2020
No próximo ano vai descer IMI para ajudar as famílias...
Campanha que apela a que se repense o dinheiro investido nas decorações de Natal: Georgina Rodríguez apoia iniciativa
«Recentemente surgiu uma campanha nas redes sociais onde os seus apoiantes pedem que este ano o governo espanhol repense no dinheiro que irá investir nas tradicionais decorações de Natal.
Senhora deputada, aquilo que considera ser uma "resposta positiva do senhor ministro", no concreto traduz-se em quê?
A quanto está o PSD?
É assim tão difícil de perceber?
Ontem, Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP, afirmou que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lhe garantiu na audiência de segunda-feira que "não está equacionada uma requisição civil" na saúde no âmbito do estado de emergência.
"Foi dada a garantia ao CDS, por parte do senhor Presidente da República, de que no quadro do próximo estado de emergência não está equacionada uma requisição civil dos serviços de saúde" do setor privado e social. De acordo com o líder do CDS, "pelo contrário, está em causa uma utilização destes meios de saúde através de contratualização, que é precisamente a estratégia que o CDS propôs hoje".
Francisco Rodrigues dos Santos falava, em conferência de imprensa, na sede nacional do partido, em Lisboa, durante a qual foi questionado sobre a hipótese de o decreto de declaração do estado de emergência contemplar a requisição civil de cuidados de saúde do setor privado e social. O CDS anunciou esta terça-feira que vai propor, no âmbito na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, "uma via verde para a saúde". O CDS quer que "sempre que seja ultrapassado o tempo máximo previsto para uma consulta de especialidade, para um exame ou para uma cirurgia, o doente tenha o direito de optar por uma assistência médica no setor social e particular que seja paga pelo Estado", e também que seja criado "um corredor de emergência para recuperar as consultar nos centros e saúde, mas também todas as consultas de especialidade, exames e cirurgias que se atrasaram por causa da covid-19".
terça-feira, 3 de novembro de 2020
Isto não tem nada que saber: quem quer bons serviços, arranja-os...
Imagem sacada daqui |
No passado dia 19 de Outubro, logo de manhã, porque entendo que devem ser evitados ajuntamentos de pessoas nos centros de saúde, tentei ligar ao posto da Cova e Gala. O objectivo era simples: tentar marcar uma data e hora para me ser injectada a vacina da gripe. Cheguei às 11 da manhã e, como o telefone estava sempre ocupado, desisti e dirigi-me ao posto médico. Deparei-me com uma fila de pessoas de idade avançada, algumas com dificuldades motoras, no exterior à mercê das condições atmosféricas que faziam nesse dia - chuva, frio e algum vento.
Perante o cenário, oermaneci dentro do carro largos minutos à espera que a fila diminuísse. Quando estavam apenas duas pessoas avancei em direcção do edifício do centro de saúde. Devo ter estado mais de 25 minutos no exterior, à espera que fossem atendidas as duas senhoras que estavam à minha frente.
Quando chegou a minha vez, ao ser atendido pela funcionária administrativa, que veio até à entrada do edifício, disse ao que ia: pretendia, dado que não consegui via telefone, que me fosse marcada a data e a hora para tomar a vacina. Considerando que não são aconselháveis ajuntamentos de pessoas, era assim que pensava que as coisas funcionariam...
Que ingénuo que eu sou!..
Disse-me, com toda a amabilidade deste mundo e arredores a funcionária: "tem de vir amanhã, a partir das 8 e meia, pois hoje já terminou o números de doses da vacina que podiam ser aplicadas".
Ingénuo como sou, ainda tentei argumentar: "minha senhora, não é possível marcar um dia e uma hora. Assim evitavam-se ajuntamentos de pessoas como recomenda o Governo?..".
A resposta deixou-me sem argumentos: "isso não está previsto: tem de vir amanhã a partir das 8 e 30 a ver se consegue ser atendido".
Os médicos do posto médico estão fechados nos gabinetes há largos meses. Os funcionários estão protegidos dentro do gabinete. Os enfermeiros idem...
Os utentes, têm de ficar cá fora, ao sol, ao vento ou à chuva, ainda por cima sem terem a certeza se serão atendidos...
Chegado a casa, enviei um mail ao posto médico da Cova e Gala.
Até hoje estou à espera de resposta.
Passados 4 dias, no dia 23 de Outubro passado, fui de novo ao posto médico da Cova Gala, cerca do meio dia. Cheguei à fala com uma funcionária, que me disse que não era com ela, mas com a colega que estava lá dentro. Como não é possível entrar no Posto Médico, sem autrização, e como a senhora me virou as costas, fiquei se resposta. Como estavam umas 7 ou 8 pessoas de pé, sujeitas ao tempo, entendi vir embora.
Como tenho conhecimento que em outros Centros de Saúde do concelho estão a fazer o que deve ser feito, isto é, estão a vacinar por marcação, enviei um mail para a ARS Centro que o reeviou para Exmo. Senhor Dr. José Luis Biscaia, Director Executivo do ACES Baixo Mondego, "por se tratar de assunto da responsabilidade do ACES".
Até ao momento, contínuo sem resposta...