quinta-feira, 26 de março de 2020

Da série, "existe coesão territorial no concelho", que o mesmo é dizer, vamos chutando para canto que tudo isto se há-de resolver...(4)

"O nosso país não é apenas centralista, encerra em si variados centralismos e assimetrias sociais a geometrias variáveis. O nosso concelho não foge ao padrão. Por um lado, possui um tecido social e económico urbano e próspero nas freguesias de Tavarede e de Buarcos e São Julião, por outro revela um marasmo económico na generalidade das freguesias rurais, inclusivamente em freguesias industrializadas, como a Marinha das Ondas. Vivi na Alsácia quatro anos e sei que não tem que ser assim, pode haver prosperidade em meio rural. No sul do concelho temos empresas que são campeãs nacionais da exportação, com lucros anuais notáveis, e ali ao lado temos localidades que não passam da cepa torta. Uma população envelhecida, desfasada do dinamismo destas empresas, sem grandes perspetivas de os seus fi lhos poderem um dia ali trabalhar e devolver alguma riqueza à população. As reduções de quadros e o abuso das subcontratações transportam o lucro quase por exclusivo para os acionistas deixando o mínimo para os que realmente trabalham. Nas freguesias a sul e a norte da cidade encontramos um padrão de desleixo em tudo o que é equipamentos e vias da responsabilidade da sede do concelho. Fico chocado com o abandono e o caos nas principais vias de Moinhos da Gândara, Ferreira e Alhadas, a ausência de passeios, os micro-passeios, a sinalização e o estado das próprias vias. Arrepia-me os idosos e as crianças se deslocam a pé através daquelas vias sem passeios ou com passeios onde mal cabe um pé. As armadilhas rodoviárias para os que se deslocam de motorizada ou de carro são imensas. Se por um lado, nós, “os Figueirinhas”, andamos revoltados porque temos muitas obras à porta de casa, naquelas freguesias já só resta a resignação e a impotência para fazer avançar obras essenciais. Por exemplo, no passado verão enquanto se empregaram todos os meios camarários para terminar as obras no centro de Buarcos, a população da Leirosa ficou com as obras do balneário penduradas em plena época balnear. Para mal de todos, nós, os Figueirinhas”, continuamos a ser o umbigo do concelho. Não, não há coesão."
Via Diário as Beiras

Vagos opta por desinfectar...

"Estádio Universitário de Lisboa recebe hospital de campanha"...

"Terá capacidade para mais de 500 camas já a partir do próximo sábado."
Esta, é uma boa ou uma má notícia?
A meu ver, as duas coisas coisas ao mesmo tempo...
Intrigados?... Perguntem-se: porque é que quem tem informação que nós não temos,  está a instalar toda esta resposta ao CONVID-19
Temos de ler nas entrelinhas...
"Pavilhões desportivos ocupados, camas que crescem às centenas e testes diários duplicados. Em Lisboa, no Porto e em Coimbra os hospitais preparam-se para o surto que está quase a chegar."

O COVID-19 e "as lesões humanas para tratar"

Al Berto

"sou um homem privilegiado, ouço o mar ao entardecer. que mais posso desejar?
e no entanto, não estou alegre nem apaixonado. nem me parece que esteja feliz.
escrevo com um único fim: salvar o dia."

Hoje, aquilo que todos sabíamos ser inevitável, a morte, tem nome: chama-se COVID-19.
E aquilo que tem nome e nos causa medo, pode ser adiado. 
E o que tem nome e nos causa medo, também pode ser evitado. 
E se pode ser adiado, para ser ser evitado, podemos chegar à cura e ao salvamento.
Porém, o tratamento para alcançarmos o fim desta mortalidade, não vai evitar que a morte continue a ser inevitável.

Nos últimos dias, os meus contactos têm sido via telefone e via facebook. Mesmo assim, tem dado para verificar que estamos com medo.
A televisão tem sido companhia. Essa permanente ligação à informação não tem sido benéfica. A informação constante, as más notícias, aquilo que se passa na Itália e Espanha, causa ansiedade e medo. 
A mim tem-me valido a RTP/MEMÓRIA.

Mais do que a sobrevivência, o que está em causa é a vida. 
Mais do que a economia, o que está em causa é a vida. 
Quanto tempo vai passar até que eu possa tomar um café na melhor esplanada do mundo?

Andávamos todos entretidos a pensar que a ciência tinha respostas e vencia tudo. 
Agora, caímos na real.
Temos uma vida. Contudo, sem sabermos lá muito bem o que fazer com ela. 
Na Figueira, nem sequer sabemos se havemos, ou não, de lavar e desinfectar as ruas... 
Há figueirenses que ainda se devem andar a rir com as imagens dos chineses a lavar e a desinfectar as ruas.
Citando o professor Daniel Sampaio: "há muita lesão humana para tratar"...

Daniel Sampaio

... uma voz que deve ser escutada. Clicar aqui.

Temos de sublinhar o que a Figueira tem de positivo: empresa ajuda HDFF no combate ao COVID-19

Via Diário as Beiras

Em tempo de COVID-19 também temos destes portugueses: os que metem merda na ventoinha...

"Aguardavam resultados de testes e foram para o Algarve. Estão infectados


Um casal residente na zona de Lisboa, que aguardava os resultados dos testes à Covid-19 depois de uma viagem de risco a Barcelona, foi para Portimão de autocarro.
Depois de vários dias, as autoridades souberam, esta terça-feira, que o casal estava mesmo infectado, avança a SIC."

A crise económica e social e o papel de uma câmara municipal...



"Iremos isentar integralmente do pagamento de rendas todos os estabelecimentos comerciais em espaços municipais, sejam da Câmara ou de empresas municipais, que se encontrem encerrados. Esta medida vigorará até ao próximo dia 30 de junho e abrange também todos os quiosques e lojas instalados em espaços municipais que permaneçam abertos", adiantou Fernando Medina.
A medida irá abranger também todos os espaços comerciais a operar na área do Porto de Lisboa, "sem prejuízo das particularidades específicas dos contactos geridos por aquela entidade".
As instituições de âmbito social, cultural, desportivo e recreativo que estejam instaladas em espaços municipais também ficarão isentas do pagamento de rendas até 30 de junho.
Além disso, continuou o presidente da Câmara de Lisboa, que falava numa conferência de imprensa transmitida 'online', será suspensa a cobrança de todas as taxas relativas à ocupação do espaço público e publicidade a todos os estabelecimentos comerciais, com exceção de estabelecimentos bancários, instituições de crédito e seguradoras.
Esta medida foi tomada em articulação com as juntas de freguesia e abrange igualmente "todas as taxas de ocupação de espaço público", sejam de âmbito municipal ou de âmbito das juntas, sendo que o período de suspensão da cobrança tem início retroativo em 01 de março de 2020 e terminará em 30 de junho de 2020.
"Os estabelecimentos cuja licença anual caduque durante esse período de suspensão só terão de solicitar essa renovação e efetuar o respetivo pagamento a partir de 30 de junho", explicou Fernando Medina.
A Câmara de Lisboa decidiu também adquirir regulamente os produtos frescos dos produtores que comercializavam nas feiras agora encerradas e entregá-los às associações com trabalho social na área de Lisboa.
Por outro lado, será suspensa até 30 de junho a entrada em vigor da disposição relativa à proibição de uso de plástico não reutilizável, "de forma a não dificultar o fornecimento em regime de 'take-away'".

Cá  pela Figueira também estamos a perder rendimentos. Penso (oxalá esteja enganado), que há o risco de termos casos de fome no concelho muito em breve.
A uma queda brutal do rendimento de muitas famílias, já se começa a verificar o aumento dos preços de produtos essenciais, como as carnes de frango e de porco. Se juntarmos, por exemplo, a isto o  brutal preço da água na nossa terra, bem como o aumento das rendas dos bairros sociais dos últimos anos, o panorama futuro é preocupante. 
Acresce ainda que  muitas das nossas pequenas empresas comerciais, o principal pilar da economia do concelho, estão fechadas e muitas delas correndo um sério risco de falência.
Quem trabalha a recibos verdes (fotógrafos, artistas plásticos, músicos, advogados, etc.) em que a peça principal da máquina são eles próprios, vão enfrentar também grandes dificuldades.
Enfim, o concelho, tal como o País e o Mundo, vai entrar em recessão.
Dentro das possibilidades, o nosso Município poderia fazer alguma coisa de concreto. Por exemplo, a suspensão do pagamento das rendas em todos os fogos municipais até 30 de junho,  isenção de rendas de estabelecimentos comerciais e de instituições em espaços camarários.
Registe-se:
"O Município da Figueira da Foz fornece refeições escolares a crianças/alunos do Escalão A de Ação Social Escolar (ASE) e para as situações excecionais dos filhos dos profissionais de saúde, das forças e serviços de segurança e de socorro e de outros serviços essenciais que estão a frequentar a Escola de referência designada pela DGEstE - Centro Escolar S. Julião Tavarede."
Mas, registe-se também que isso aconteceu "em cumprimento das orientações emanadas pelo Governo - Ministério da Educação" que deu orientações "para aferir da necessidade do fornecimento de refeição escolar no período de 16 de março a 13 de abril."
Sublinhe-se, mas em termos de apoio ao rendimento das pessoas e empresas é pouco... 
Há muito trabalho pela frente senhor presidente e senhores vereadores da câmara municipal da Figueira da Foz.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Desinfecção da via pública: a diretora-geral da Saúde e as câmaras municipais

Via OBSERVADOR
"A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, considera que “não há nenhuma evidência científica” que sustente a eficácia de ações de desinfeção das ruas e espaços públicos no combate ao coronavírus. Porém, há várias câmaras municipais por todo o país que o estão a fazer — e em alguns casos a medida foi mesmo recomendada e validada pelas autoridades locais de saúde."

Desinfecção da via pública: Cascais

Desinfecção da via pública: a voz do município figueirenses e do ministro do ambiente

"Desinfeção da via pública, via Município da Figueira da Foz
O Município da Figueira da Foz comunica que, com base na informação transmitida ontem, terça-feira, dia 24 de março, pelo Delegado de Saúde Regional do Centro à Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM), não irá proceder à desinfeção da via pública, uma vez que, segundo esta entidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera "não existir evidência da efetividade".
Deste modo, a autarquia não irá implementar uma medida que para a OMS não tem eficácia comprovada e a que acresce o contra de poder criar uma falsa ideia de segurança.
Não obstante, é de clarificar que o Município se encontra preparado para proceder a qualquer desinfeção que venha a ser recomendada."



Subiu para sete o número de infectados no concelho de Pombal

"O centro municipal de exposições Expocentro, em Pombal, vai acolher um centro de rastreio para a despistagem da Covid-19, anunciou hoje o presidente da Câmara Municipal de Pombal, em conferência de imprensa.
Diogo Mateus explicou que a medida foi tomada, ontem à tarde, no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria e visa a população do norte do distrito, nomeadamente os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Pombal, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra e Pedrogão Grande, que usará o “canal do IC8” para a deslocação até aquele centro instalado no Parque Industrial Manuel da Mota." 

Haja esperança... O Senhor Presidente Carlos Moto Serra Monteiro ainda um dia vai acabar por perceber que o seu inimigo não são as árvores da Figueira: é o COVID-19....

PORTUGUESES: ISTO É VERDADEIRAMENTE IMPORTANTE

Da série, "existe coesão territorial no concelho", que o mesmo é dizer, vamos chutando para canto que tudo isto se há-de resolver...(3)

"O conceito, tal como o formulamos é relativamente jovem, uma criação do século XXI. O objectivo, que deve nortear todas as políticas públicas, está longe de ser conseguido no todo nacional – com poucas e muito honrosas excepções – e no nosso concelho também distante da concretização. Uma autêntica coesão do território pressupõe o desaparecimento de assimetrias e por aqui vemos que a distância até à meta é um percurso longo. Os orçamentos municipais têm privilegiado a zona eminentemente urbana, “esquecendo” freguesias rurais. (Saúda-se o facto do Orçamento 2020 dar sinais de inversão da tendência, de modo ainda muito débil). A luta contra as assimetrias, contra as desigualdades sociais, o desenvolvimento das localidades, alcançando a almejada coesão, exigem uma visão e estratégia integradas, onde ganham relevo por igual a implementação de empregos com respeito pelos direitos dos trabalhadores, serviços públicos de proximidade, acessibilidades viáveis e condignas condições de mobilidade para todos os cidadãos, independentemente da sua situação social, das suas maiores ou menores disponibilidades financeiras, no combate à segregação e exclusão sociais. Transformar locais em guetos não ajuda. Apenas contribui para maior conflitualidade e desesperança. Ressalta neste ponto a absoluta urgência de reversão do processo que “abateu” freguesias, ao abrigo de interesses obscuros, acabando por deixar nas populações afectadas um sentimento de orfandade e abandono. Contribuirá também para sanar os problemas a sempre adiada Regionalização, um imperativo constitucional, temido por uns tantos por medo da perda de mordomias, interesses, clientelas. Serviços públicos em todas as freguesias contrariando a “lógica” dos encerramentos, uma rede de transportes rodoviários, acessíveis a todos, a defesa intransigente da ferrovia, surgem como elementos imprescindíveis. Apoios fortes às associações que desenvolvem cultura, não serão despiciendos."
Via Diário as Beiras

Esta malta não brinca em serviço

As concessionárias e subconcessionárias das autoestradas já estão a notificar o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e a Infraestruturas de Portugal (IP), para que não seja alegado incumprimento por verem dificultada ou impedida a resposta a algumas das suas obrigações. Após esta comunicação, será altura de exigir ao Estado a tal compensação."

Preocupante...