quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Já está em exibição nas salas de cinema...

E que grande exemplo disso que é a Figueira...

Morais Sarmento: 

"Às vezes o PSD parece a gaiola das malucas"...

Saudades do comboio

Video filmado, editado e realizado por António Agostinho


Na década de 80 do século passado, durante anos viajei de comboio, entre Figueira da Foz e Coimbra, por razões profissionais...

"História - Portugal-Europa - de 1945 a 2019", um livro de Miguel Mattos Chaves

Esta obra de Miguel Mattos Chaves, será apresentada na Sociedade de Geografia de Lisboa no próximo dia 30 de Outubro pelas 17h30m.
A segunda cerimónia de apresentação pública terá lugar na Cidade da Figueira da Foz.

Este livro, segundo o autor, "é uma contribuição, para se conhecerem melhor alguns aspectos da História, Política e Estratégia da União Europeia e de Portugal, no período de 1945 a 2019.
É, também, uma contribuição para se perceber um pouco da História de como Portugal, enquanto Centro de Decisão, respondeu aos desafios europeus e mundiais, desde a 2ª Guerra Mundial.
Tem ainda como objectivo fazer, sobretudo às novas gerações, a História de como tem evoluído o Continente Europeu, desde a 2ª Guerra Mundial até aos nossos dias."

FINDAGRIM, UM PROBLEMA PARA AS CONTAS DA JUNTA DE FREGUESIA DE MAIORCA

Na Figueira é assim: vamos indo de "êxito" em "êxito" até à derrota final...
Via Diário as Beiras. Para ler melhor, clicar na imagem

Segundo se pode ler na edição de hoje do Diário as Beiras, a Junta de Maiorca sugere que a câmara passe a organizar a FINDAGRIM.
O relatório da edição deste ano da Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Maiorca, elaborado pela autarquia que tem organizado o certame, confirma o que já se sabia: a FINDAGRIM, edição de 2019, registou um saldo negativo de 37,9 mil euros.
A edição de 2018 da feira registou o maior saldo negativo de sempre, ao somar um prejuízo de cerca de 43,8 mil euros.
Este ano, como aconteceu em 2018, os prejuízos serão reduzidos em 10 mil euros, via bolso do contribuinte, através do reforço do apoio financeiro da Câmara da Figueira. 
A Junta de Maiorca terá de cobrir o prejuízo restante.
Mas, afinal o que é a FINDAGRIM?
Cito Fernando Campos: "a pretexto de ser uma feira de actividades económicas da freguesia, não passa, na verdade, de um festival anual de música pimba que faz de Maiorca, uma vez por ano e por meia dúzia de dias, uma meca para todos os labregos da região e seus contornos. Um mau negócio que além de despesa e muito trabalho não-remunerado de fregueses tão voluntariosos como ingénuos, não traz nenhuma vantagem à junta, nem proveito ao comércio local, nem prestígio a Maiorca"...

A guerra das drogas à moda do Porto

Ministério Público português, a grande crise está aí...

Da série "uma postagem de há dez anos..."

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

"Pra pior já basta assim"?..

"Assim fosse o futuro Parque Urbano da minha terra..."

Rogério Rodrigues


Morreu o último jornalista

"Talvez nunca tenham ouvido falar do Rogério, mas com isso não se sintam culpados com tal ignorância, ele fez tudo para nunca se falado, para nunca ser elogiado, para passar sempre ao largo dos holofotes, dos aplausos, das condecorações, dos puxa-saco.

O Rogério foi o melhor, o mais extraordinário jornalista que conheci. A pessoa com quem mais aprendi, a pessoa com quem bebi o primeiro whisky, a pessoa a quem confessei não ser capaz, a pessoa a quem pedi refúgio nos meus divórcios, nas minhas falhas, pecados, tragédias.

Atropelo-me, falo do que não interessa. Desculpe-me. Comecei a lê-lo no Público, no início do Público. Eu adolescente, ávido de conhecimento e sempre de jornal na mão, e ele um grande repórter, porventura o único jornalista capaz de contar uma história de crime com o génio de um Truman Capote. Li o seu livro sobre o assassino Faustino Cavaco antes de o conhecer. Li e disse aos meus amigos: vocês já leram Rogério Rodrigues, já leram a sua prosa?

E ninguém escrevia sobre política como o Rogério. Nem sobre o Partido Comunista. Ou Álvaro Cunhal – no dia em que o conheci, na redacção do semanário O Jornal, acabara de publicar um perfil sobre o histórico líder comunista, levei o jornal para casa e adormeci a sonhar com o dia em que escreveria como ele.

A sua cultura era lendária. Sabia tudo. Conhecia todos. Viajava pela língua como poucos, manobrava-a como ninguém. Até o José Cardoso Pires, com quem bebia copos nas pausas das notícias ou da escrita, gostava de dizer que ele é que era. Eu ficava em silêncio a ouvi-los, tinha 19 anos e era um miúdo cheio de complexos, borrado de medo de estar ali com aqueles gigantes que fumavam como Bogart e bebiam com estilo, lentamente, deixando que as palavras se espalhassem à sua volta como o fumo dos cigarros. Havia também o Fernando Assis Pacheco, claro. O Afonso Praça, transmontano como ele. O Vítor Bandarra, que só conheci uns anos mais tarde, não naqueles primeiros anos, o puto como era chamado pelos velhos mestres.

Embarcou comigo na aventura de A Capital. Fiz-lhe o convite com alguma vergonha: queres ser director adjunto, meu director adjunto? Não pediu para pensar, vamos Luís. E foi. durante um ano e meio virámos do avesso o que podia ser virado do avesso. Naquele ano e meio afundei-me em trabalho e ele esteve sempre na primeira linha. A trabalhar mais de 12 horas por dia. A “sacar” notícias como só ele sacava. Estranha coincidência: foi ele quem, no princípio de novembro de 2004, deu a notícia em quem ninguém acreditou, o operário Jerónimo de Sousa seria o novo secretário geral do PCP. Nos dias em que se especula acerca da saída de Jerónimo volto à notícia em que ninguém acreditou, a sua notícia. O PCP era ainda mais inexpugnável do que hoje, muito mais. Mas o Rogério conseguia tudo. E não queria nada para ele, deixava-me brilhar – vai tu, Luís, vai às televisões e defende a nossa manchete.

“Vai tu, Luís. Eu fico, estou bem, não preciso de nada, o que importa é a notícia”.

Depois estivemos em programas de televisão. E ajudou-me a lançar o Rádio Clube onde passámos dificuldades. A meio do processo, quando o projecto tinha apenas um ano e meio ou dois anos, a administração pressionou muito, o Grupo Prisa estava em grandes dificuldades e eu tinha de prescindir dos colaboradores, os que estavam a recibos verdes. Seriam os primeiros a ir e era inegociável. O Rogério, que era o meu consultor, adiantou-se: Luís, eu vou. Não é preciso falarmos mais nisso, sei o que está a acontecer e amigo não empata amigo. E foi.

E eu fiquei. Estúpido de merda fiquei. E deixei-o ir. Sem replica. Sem dizer à administração que o Rogério era a minha linha vermelha, inegociável para mim. Quando saiu daquela porta, quando deixei que saísse, o jornalismo morreu para mim. O jornalismo por quem me apaixonara em jovem. E nunca mais deixei de pensar que na vida há valores muito mais importantes do que a sobrevivência. Serviu-me para a vida.

Transmontano de Moncorvo, o Rogério. Com ele comi lampreia pela primeira vez. Com ele conheci poetas, escritores, livros, polícias e ladrões, sítios de informadores e o parlamento. Nunca elogiava da maneira como se elogia. Nunca abraçava da maneira como se abraça. Nunca festejava da forma como se festeja. Ou chorava da maneira como se chora, nunca o vi chorar.

Amava profundamente a mulher da sua vida. Contou-me num dia especial: a Arlete é a pessoa da minha vida, não saberei viver sem ela, mas não lhe quero dar esse peso, o peso dessa dependência, é apenas um problema meu.
E amava profundamente os seus dois filhos. Quando o Tiago começou a ter sucesso, falava do mais novo. Queria equilibrar as coisas. Mas quando o mais velho foi convidado para o lugar mais importante do teatro português perguntei-lhe: estás feliz, Rogério? Fumou um cigarro sem dizer uma única palavra. E no final tinha as lágrimas presas nos olhos. O Tiago era a sua prenda para o mundo. Sua e da Arlete.

Estou ainda no escritório. Precisei de ficar mais um pouco. Os meus filhos mais novos estão a dormir em casa. Os mais velhos ainda não sabem que morreu o Rogério, o último jornalista. O último jornalista que conheci entre todos os que viviam em função de uma ideia que foi morrendo no tempo.

Fui ao supermercado em frente comprar uma garrafa de Famous Grouse. Bebo à sua memória, à sua vida. E quis o destino que amanhã, sexta, sábado e domingo, esteja a moderar quatro debates sobre “Fake News”, no teatro Nacional Dona Maria II, dirigido pelo seu filho, Tiago Rodrigues.

E na quinta-feira, apresento um livro de entrevistas em que a última é com o seu filho, a pessoa que considero há muito como o mais talentoso entre todos os criadores portugueses.

Não há palavras, Rogério. Tinhas mesmo de abalar hoje? Bebes um copo comigo? Vem, estou aqui. A garrafa dá para os dois."


Luís Osório

"Helena Teodósio demitiu-se da Distrital de Coimbra do PSD"

Via Campeão das Províncias

"A presidente da Câmara de Cantanhede demitiu-se do cargo de vice-presidente da Comissão Política Distrital de Coimbra do PSD.

A decisão, segundo a própria, “está tomada desde o encerramento do processo de constituição da lista candidata às eleições legislativas do passado dia 06 de Outubro e que só não foi entretanto tornada pública para não prejudicar a campanha e o resultado eleitoral do partido”.

A até agora número dois do órgão presidido por Paulo Leitão refere que não avançou antes com a demissão porque não quis “causar o mínimo sobressalto ao trabalho de mobilização que era necessário fazer para que o PSD-Coimbra viesse a alcançar uma expressão eleitoral condizente com a história da sua forte implantação a nível distrital”. E sublinha: “fiz questão de cumprir escrupulosamente o meu compromisso de lealdade para com a Comissão Política Distrital”, sendo “precisamente esse compromisso de lealdade que me leva a formalizar agora a demissão, invocando para o efeito as razões inerentes às críticas que formulei, em sede própria, ao modo como estava a ser constituída a lista de candidatos”.

Na carta enviada ao presidente da Mesa da Assembleia Distrital, a presidente da Câmara de Cantanhede admite que tenha havido “circunstâncias conjunturais que concorreram para que resultado eleitoral do PSD no distrito de Coimbra tivesse sido bastante mais penalizador do que o registado a nível nacional”, mas considera que o processo de constituição da lista “não pode deixar de ser incluída no inventário dos factores que conduziram ao desfecho que se conhece”.

Helena Teodósio afirma-se “de consciência absolutamente tranquila, não só porque fiz o que estava ao meu alcance para que tivesse sido estabelecida uma estratégia conducente a uma votação expressiva, mas também porque me empenhei, conjuntamente com a Comissão Política Concelhia, em fazer passar a mensagem do PSD no contacto directo com as pessoas, o que, creio, muito contribuiu para a vitória em Cantanhede, um dos dois únicos concelhos do distrito em que isso aconteceu”.

Por essa razão, diz que defendeu no âmbito da Distrital, “que uma estratégia ganhadora teria de passar por escolhas mobilizadoras para voltar a ganhar a confiança dos eleitores e não por uma lógica de preenchimento de lugares em função de certo tipo de influências, quando não mesmo de imposições”. No seu entender “antes de se decidirem os nomes, deveria ter sido definido um perfil ideal dos candidatos a submeter a sufrágio, no pressuposto de que com esta nova abordagem, seria possível corresponder melhor às expectativas dos eleitores”.

Segundo Helena Teodósio, o processo acabou por ser “muito condicionado pela falta de critérios que permitissem ultrapassar as «dinâmicas de capelinha» que têm marcado a constituição das listas concorrentes às eleições legislativas,  dinâmicas essas que de resto ajudam a explicar o declínio da implantação do PSD no distrito de Coimbra, conforme se tem visto nos últimos actos eleitorais”.

A terminar, a autarca de Cantanhede refere que esteve “sempre muito consciente das dificuldades em inverter essa tendência”, mas que foi para isso mesmo que aceitou ser vice-presidente da Comissão Política Distrital, “confiando que estava a participar no início de um novo ciclo que haveria de levar o PSD à expressão eleitoral que já teve no distrito”. Manifestando-se desiludida, diz que vai continuar a sua intervenção política a nível partidário, “de acordo com os valores do PSD em que se revê e que sempre defendeu”.

A demissão de Helena Teodósio da vice-presidência da Distrital do PSD mereceu já o apoio incondicional da Concelhia de Cantanhede, que alega para o efeito a sua total concordância com os argumentos aduzidos, em sintonia com as posições tomadas conjuntamente sobre o processo de constituição da lista candidata às eleições legislativas pelo distrito de Coimbra."

Grandes notícias figueirenses...


Imagem via Diário as Beiras

Como é que a Figueira pode avançar, se ninguém se quer chatear?..

Uma síntese que foi todo um programa para quem governou nos últimos 30 anos em Portugal

A culpa é da falta de "liberdade económica". A sério?

"Desde a década de noventa privatizaram quase tudo o que havia para privatizar - empresas industriais, bancos, seguradoras, empresas de transportes e de energia, até o tratamento de resíduos.

Liberalizaram o sistema financeiro e a circulação de capitais, resultando no aumento explosivo do endividamento privado.

Desregulamentaram por três vezes as leis do trabalho, facilitando os despedimentos, os horários flexíveis e os contratos atípicos.

Escancararam as portas aos privados na saúde e na educação.

Abdicaram de uma moeda própria, deixando o financiamento do Estado nas mãos de especuladores internacionais.

Agora vêm dizer que o mau desempenho da economia portuguesa nas últimas décadas se deve a falta de "liberdade económica" e ao excesso de intervenção do Estado. A sério?"


Via  

Porque ganha o PS na Figueira?

Na Figueira, de 2009 para cá, o PS, tendo como cabeça de lista João Ataíde, ganhou e reforçou a votação nas autárquicas.
Assim aconteceu em 2013 e em 2017.
Agora que João Ataíde abandonou definitivamente a Figueira da Foz (está eleito como deputado), fica a pergunta: porque ganha o PS?
Ganhou em 2017, por maioria absolutíssima, porque fez um trabalho de excelência nos mandatos anteriores? 
Ganhou porque João Ataíde, nos mandatos anteriores, se rodeou de equipas de grande qualidade a acompanhá-lo?
Ganhou porque os eleitores do concelho da Figueira, conhecendo o seu trabalho, reconheceram em João Ataíde e na sua equipa, autarcas competentes e capazes?
Ganhou porque os partidos da oposição não apresentaram candidatos convincentes, em quem o eleitorado acreditasse ao ponto de neles votar?
Ou foi reforçando a sua votação, de 2013 para cá, porque os figueirenses entenderam que só com maioria absoluta, também na Assembleia Municipal, se acabariam os poucos obstáculos levantados, entre 2009 e 2013, pela oposição, que poderiam entravar o trabalho que se tem desenvolvido no município da Figueira nesta nova era socialista, que dura desde 2009?
Ou João Ataíde ganhou, de 2009, para cá, porque sim?..
Se assim for e assim sendo, Monteiro em 2021, não vai ter problemas. 
O que poderá ser um problema para a Figueira e para os Figueirenses...

Animação

“Variações” anima noite de fim-de-ano na Figueira da Foz


«A banda sonora do filme “Variações”, sobre a vida de António Variações, realizado por João Maia e protagonizado por Sérgio Praia, vai ser a “estrela” a animar a noite de fim-de-ano da Figueira. Na “bagagem”, trazem temas do disco “Variações - Banda Sonora” com canções do artista, que morreu aos 39 anos, em Junho de 1984.»