sábado, 5 de outubro de 2019

27 de Outubro de 2017: António Costa: “Tenho os nervos de aço”

Dois anos depois o aço enferrujou?..

Viva a República

Da série postagens inofensivas que não ofendem ninguém...

Imagens via Diário as Beiras

Na Figueira, a primeira reunião camarária à porta fechada, depois do 25 de Abril de 1974, realizou-se no dia 4 de Novembro de 2013.
Recordando... Contas da FINDAGRIM de 2018: receitas ascenderam a cerca de 122 mil euros. Despesa situou-se nos 170,5 mil euros. Défice chegou perto dos 48,3 mil euros.

Da série postagens inofensivas que não ofendem ninguém...


Imagens via Diário as Beiras
Com todo o respeito e consideração pelo Jot´Alves, a meu ver ficou uma pergunta por fazer ao Doutor Nogueira Santos: como é que um movimento independente dos partidos, como eram os 100%, se conseguiu financiar para a campanha autárquica de 2009? 
Isto, porque poderia ser didáctico e útil para perceber a dificuldade que constitui a falta de recursos financeiros para os grupos independentes se aventurarem na política autárquica e as dificuldades e desvantagens que existem em comparação com quem concorre numa lista patrocinada pelos partidos.
Dois pontos.
1. Sei do que estou a falar, pois em 15 de Dezembro 1985 e em 17 de Dezembro de 1989 concorri, como membro de uma Lista de Independentes,  à Junta de Freguesia de S. Pedro.
Neste caso fomos nós próprios, os candidatos, que metemos dinheiro do nosso bolso e confeccionamos, colocámos no terreno e distribuímos os materiais de campanha.
2. No caso dos 100% sei que, porventura, para além de alguns mecenas, houve necessidade de recorrer à banca, com o aval de alguns elementos do Movimento, para a obtenção de um empréstimo, que depois foi pago com o retorno que está previsto na lei e que depende do nível de votação obtida.
Neste caso correu bem. Os 100%, na votação para a Câmara Municipal,  obtiveram 18,39% (6 168 votos), logo tiveram dinheiro para cobrir o empréstimo. Mas, se tal não tem acontecido?

Há dias assim: de reflexão...

A campanha eleitoral terminou ontem. 
Sabemos o que foi. Sabemos como terminou
Hoje, é dia de reflexão.
Como português, sinto-me impotente.
Por muito que deseje (e desejo...) que isto realmente mude, tenho medo que aconteça mais do mesmo: que só seja possível continuar a ser governado por "gente que não sabe estar" na governação do País.
Como sempre, porém, vou fazer o que posso: vou votar.

Hoje é dia de reflexão. Portanto, hoje, para além de ser sábado, é um dia diferente. Talvez por isso,  apetece-me voltar à poesia de O'Neill.
O’Neill tinha um ar natural e irreverente.
Foi um homem e é um poeta transbordante de sonhos e sedento de realidades submersas.
Talvez por isso, foi em vida - e continua - incompreendido e  votado ao esquecimento.
Foi esse o preço que pagou por se ter recusado diluir numa qualquer poesia do populismo fácil.
Ele passou ao lado desse tipo de poesia pobre, decadente e estéril. Rejeitou a fórmula cor-de-rosa de ver a realidade: o lado obscuro do real existe, mas não é poeticamente estético descrevê-lo.

Quem ousa levantar a poeira, paga  um preço alto -  e ele fazia-o.
Fica um poema, para mim de um poeta fora do comum, de que gosto especialmente: Alexandre O'Neill.
Bom sábado e bom dia de reflexão.

Entre a
cortina e a vidraça

Vem o tempo de varejeira
entre a cortina e a vidraça.
O tempo assim à minha beira!
Que é que se passa?

E eu, que estava tão enredado
nos baraços do eternamente,
nos lacetes do já passado,
sou esfregado contra o presente.

A varejeira é nacional.
Terei, assim, de preferi-la?
Ora! É a mosca-jornal
- e já agora vou ouvi-la...

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Morreu Freitas do Amaral, fundador do CDS e antigo deputado e ministro...

"Diogo Freitas do Amaral, 78 anos, morreu esta quinta-feira, 3 de outubro, avançam a SIC Notícias e o Expresso. Nascido na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941, fundou o CDS, foi deputado e ministro dos Negócios Estrangeiros. O político estava internado desde 16 de setembro num hospital em Cascais."

Escrevi isto sobre Diogo Freitas do Amaral em 23 de outubro de 2012, e vou copiar.
"Neste País, a seguir ao 25 de Abril de 1974, tirando Diogo Freitas do Amaral, então Presidente do CDS, a quem ouvi dizer, aí pelos idos de 1976,  que era de direita, nunca mais ouvi nenhum político afirmar que é de direita.
Isso, marca a diferença  entre a esquerda e a direita.
Conheço muita  gente, incluindo Mário Soares, que diz  que tem «orgulho em ser de esquerda»!..
Todavia,  excluindo o caso acima citado, nunca ouvi ninguém a dizer que tem «orgulho em ser de direita»."

Da série postagens inofensivas que não ofendem ninguém...


Via Diário as Beiras

Vamos ao que é realmente importante...

... para lá da fumaça...

"Daqui a três dias, todos poderemos votar (sem que nos possamos candidatar) para eleger alguns que, maioritariamente, nem sequer conhecemos. Chamamos a esta liturgia, de certa menoridade política, eleições legislativas.

A análise dos programas eleitorais e o decurso da campanha que os promove mostra que a Educação não é tema que preocupe prioritariamente os partidos políticos. Mais do que a pobreza e inadequação de muitas propostas, é preocupante sabermos que o vencedor fará delas doutrina, sem qualquer sentido de urgência para resolver os problemas do sistema de ensino. Porque os políticos continuam a não entender que o que se passa é um problema deles e não dos professores já que, por mais variáveis que a Escola possa controlar, boa parte do que nela acontece é corolário das condições sociais e emocionais em que os seus alunos vivem. Com efeito, seria imperioso que os políticos entendessem a natureza holística da educação dos jovens, juntando ao currículo académico apoios sociais, médicos e psicológicos, para que a Educação se tornasse o factor mais poderoso de promoção da qualidade de vida de cada ser. Mas os problemas têm passado de governo em governo sem que o maior, qual seja o separar o interesse da criança, enquanto indivíduo, do interesse e das solicitações da sociedade, enquanto forma de organização colectiva, seja considerado resolutamente e financiado adequadamente."

A capacidade de valorização deve ser isso mesmo: sublinhar o que há de mais insignificante em cada um de nós e promovê-lo a factor único e distintivo da personalidade... Obrigado: isto não é fraude, é marketing. E do melhor...


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Bom dia "a quem ainda resiste"...

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Uma antologia sumária de frases proferidas no debate da televisão pública, segunda-feira à noite, pelos líderes dos partidos sem representação parlamentar que concorrem à Assembleia da República...

Fora da Caixa

Fernando Loureiro (Partido Unido dos Reformados e Pensionistas):
«Eu estava lá, com um grupo de quatro pessoas. Não temos mais, infelizmente. Os outros estão todos doentes.»
Gonçalo Câmara Pereira (Partido Popular Monárquico):
«Ontem foi domingo, foi dia de eu ir à missa, estive com a família, que é a minha primeira preocupação. Como sou católico apostólico romano, fui à missa e passei o dia todo com a família. Fiz 45 anos de casado com a mesma mulher. Foi a minha campanha eleitoral: convencer a família a votar.»
Manuel Ramos (MPT - Partido da Terra):
«O aeroporto de Beja tem apenas um voo por semana actualmente. E tem as moscas, que vão lá também.»
Mendo Castro Henriques (Nós, Cidadãos):
«A nossa campanha não é dizer o que nós pensamos: é escutar o que nos dizem.»
 Pedro Santana Lopes (Aliança):
«Criou-se em Portugal, depois da tróica, esta obsessão: mesmo quadros qualificados saem das universidades, vão ao primeiro emprego - 650, 700 euros, seja o que for... E as pessoas vão-se embora.»
 Vitorino Silva (Reagir-Incluir-Reciclar):
«O homem é apenas uma espécie. O homem tem de se humildar. O homem pensa que é o dono disto tudo, mas não é. Temos de respeitar as outras espécies.»
Joacine Katar Moreira (Livre):
«Não é necessário nós estarmos no Executivo para nós identificarmos o que é útil e o que é urgente.»
 José Pinto Coelho (Partido Nacional Renovador):
«Se não nascerem portugueses, Portugal acaba por morrer.»

Farmacêuticos debatem antibióticos

Via Diário as Beiras

Finalmente, uma postagem inofensiva e que não ofende ninguém:

FOTO DB/JOT’ALVES

... o presidente da câmara defendeu que, para a autarquia, “as questões da saúde são uma preocupação”.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

"A cidade, ao contrário de alguma mentalidade ultrapassada, não é propriedade de ninguém, ela é sobretudo propriedade dos cidadãos."

Não podia estar mais de acordo com Luís Pena
"O desenvolvimento sustentável implica que os cidadãos adquiram conhecimentos, valores e competências necessárias a uma participação nas decisões acerca da forma como actuam local e globalmente para melhorar a qualidade de vida de hoje, sem pôr em risco o futuro do planeta."
Portanto, vou continuar a rir dos "inteligentes" que procuram passar a ideia que o silêncio é uma demonstração de inteligência. 
Muitas vezes, talvez a maior parte das vezes, alguém que se cala é só alguém que não sabe o que dizer... 
Ou, pior ainda, tem medo de dizer. 
Por ser oportunista, hipócrita, calculista, ou, simplesmente "merdoso".
"O cidadão, pessoa, como primeiro responsável pela cidade onde vive tem direito de agir de forma autónoma e influenciar na organização do espaço urbano na condição de sujeito activo, seja pela sua condição humana ou pela responsabilidade que possui em relação aos demais, à natureza e às futuras gerações."

"Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada", Edmund Burke.

Morte de pescadores na Justiça há 12 anos e meio

«"É uma vergonha, já andam nisto há 12 anos e meio", protesta a viúva Maria Elisabete Imaginário, contra a lentidão do sistema de Justiça na resolução do processo-crime destinado a apurar as responsabilidades de sete arguidos e três entidades demandadas pelo naufrágio que matou dois pescadores, em 19 de março de 2007, junto da Ponte dos Arcos, na Figueira da Foz.

Maria Elisabete Imaginário é viúva de uma das vítimas do naufrágio, associado a obras naquela ponte que complicaram a navegabilidade do braço sul do Mondego. A mulher queixou-se da morosidade da justiça, em declarações ao JN, após o encerramento da sessão de julgamento, na sexta-feira à tarde, onde o Tribunal de Coimbra deveria ter ditado a sentença, mas decidiu adiá-la, para data incerta.»

Nota OUTRA MARGEM.
A primeira sessão do julgamento da morte de dois pescadores, em 2007, no Rio Mondego, na freguesia de S. Pedro, aconteceu no dia 23 de Setembrro de 2013, foi suspensa, para ser retomada no dia 27 de janeiro de 2014. 
O adiamento deveu-se a questões levantadas pela seguradora da empresa pública Estradas de Portugal, dono da obra de substituição da Ponte dos Arcos.

A morte dos dois pescadores alegadamente provocadas pelas obras de construção da nova Ponte dos Arcos, aconteceu  na manhã de 19 de março de 2007.
Porém, muito antes, mais de um mês antes, os pescadores da pesca artesanal da Cova-Gala já andavam preocupados e  descontentes com as obras que então estavam  em curso na zona da Ponte dos Arcos.
Segundo quem se dedica a este tipo de pesca, o canal de navegação tinha ficado demasiado estreito, o que pôs em risco a segurança das embarcações e dos homens no decorrer da navegação naquele troço do rio.
“canal da morte” deveria ter sido encerrado à navegação, como, aliás, aconteceu logo a seguir ao acidente
Isso, sabe-se hoje, teria evitado a morte dos dois pescadores.

Recordação da Aldeia

Imagem via Manuel Mesquita
Se houvesse conhecimento e memória, por parte dos que se julgam donos disto tudo, "esta poderia ser a arquitectura das escolas de surf, hotéis e restaurantes do imaginado futuro troiadelo" que está na mente dos autarcas de topo a que temos direito por escolha democrática de uma minoria do povo...