quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

É obra, ou andam a espalhar outdoors no Cabedelo?

Foto Pedro Agostinho Cruz
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
Sophia de Mello Breyner Andresen
* outdoor, é um painel de divulgação publicitária colocado no exterior de grandes dimensões, sobretudo em placas modulares, disposto em locais de grande visibilidade.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

"Mais vale um mau dia de pescaria do que um bom dia de trabalho!"

Hoje, não me apetece falar de privatização de solos. Hoje, não me apetece falar de Câmaras que perceberam que deixar esses solos na esfera do município tem mais vantagens para o povo. Hoje, não me apetece falar de cidades onde existe protecção aos moradores e comerciantes e o incentivo à utilização de modos mais suaves e de veículos menos poluentes nas cidades. Hoje, não me apetece falar de cidades onde existe a gratuidade para motociclos, ciclomotores e bicicletas, nos lugares devidamente assinalados. Hoje, não me apetece falar, de cidades que têm pagamento de apenas 85% do valor, consoante o tipo de avença, para veículos eléctricos.
Hoje, apetece-me passar um bom dia. E um bom dia a fazer o quê? A encontrar amigos, a dar uma caminhada ou a ter o gozo de uma boa refeição. Nada de muito complicado ou elaborado. Apenas algo que me seja genuinamente agradável.
Hoje, apetece-me passar um dia como o Marcelo, que  festeja 70 primaveras. Para assinalar a data, o Chefe de Estado "limpou" a agenda por um dia: não há cerimónia oficial, não há encontros, não há presenças. Parabéns presidente. Até aos 100 anos. Passe um bom dia.

Pedro Silva

"Há mais um hipermercado a caminho da Figueira da Foz e já ninguém me tira da cabeça que esta proliferação ininterrupta de hipermercados pela cidade não é mais que uma experiência-piloto, um reality show para uma audiência global capitalista ávida de melhor compreender o comportamento consumista da nossa sociedade. Se assim for, caro concidadão, são boas notícias. Se perdemos o título de rainha das praias, que sejamos reconhecidos no mapa como primeira cidade anfitriã do Hipermercados sem Fronteiras. Como compreender esta avalanche de hipermercados? Do ponto de vista do investidor significa mais posicionamento, mais faturação, mais património. Para o consumidor haverá maior leque de escolha, mais variedade, melhor preço - por cada hipermercado que nasce, há um milhar de figueirenses a celebrar a queda do preço do fiambre. Do lado do decisor político prevê-se mais receita, mais emprego, mais rotunda. Na minha opinião, trata-se de política de desenvolvimento local assente em escassa criação de riqueza, emprego de baixa qualificação e a caminho da extinção e descaracterização urbanística permanente. É um caminho, com outro qualquer. Mas de sustentabilidade duvidosa. E a descarbonização? Calma. Sejamos justos. A descarbonização também se combate com a reprodução de hipermercados. Para quê pegar no carro para ir às compras se, a este ritmo, cada um de nós terá um hipermercado à porta?"

Via DIÁRIO AS BEIRAS

Segundo o DIÁRIO AS BEIRAS, "obras do Cabedelo começam dentro de dias"

 
foto Isabel Maria Coimbra
"A infraestruturação do Cabedelo começa dentro de dias. 

Os estaleiros começam a ser instalados em breve, dando-se assim início à empreitada que vai mudar a paisagem naquela zona de mar e rio da margem sul da cidade da Figueira da Foz. 
A intervenção custa 2,6 milhões de euros, cofinanciados em 85 por cento por fundos europeus ao abrigo do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), no âmbito de uma candidatura apresentada pela autarquia. Esta é a primeira fase do “novo” Cabedelo. 
A empreitada destina-se a criar infraestruturas para os privados poderem ali desenvolver atividades económicas ligadas ao turismo e ao surf dentro do que é permitido pelo plano de ordenamento da orla costeira. 
Entretanto, serão construídos uma nova via rodoviária, uma praça e espaços de estacionamento. A área ocupada pela actual estrada será destinada a zona dunar. 
O parque de campismo deverá sobreviver a esta empreitada, apesar de estar prevista a ocupação de uma zona do equipamento turístico, mas a decisão de demolição mantém-se. 
A empreitada deverá incluir ainda a iluminação da Praia do Cabedelo, para tornar possível a prática nocturna de surf, uma novidade nacional." 
Via DIÁRIO AS BEIRAS

Dez & 10: hoje é com Ana Machado


Isabel João Brites, a presidente demissionária da Figueira com Sabor Mar lamentou, no ciclo de entrevistas Dez&10, que não se tivesse realizado a edição deste ano da Feira de Sabores Terra e Mar, por falta de adesão de restaurantes. “Estava tudo preparado para se fazer um evento com a dignidade que a associação e a Figueira da Foz merecem. (…) Esse foi um desencanto”.  
A empresária de restauração afirmou que a demissão da direcção em bloco deveu-se a uma “causa natural de sucessão”. Por outro lado, reiterou que não fazia sentido serem os actuais dirigentes a elaborar um plano de actividades que outros teriam de cumprir. Entretanto, até às eleições, os dirigentes demissionários da Figueira com Sabor a Mar mantêm-se em funções. 
O ciclo de entrevistas ao vivo Dez&10 realiza-se à quarta-feira, pelas 21H30, na Sociedade Filarmónica Dez de Agosto. A empresária e dirigente associativa Ana Machado é a convidada de hoje.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

"Faz parte do sonho!": Figueira, uma cidade de faz-de-conta endinheirada...

1- NATAL NA FIGUEIRA DA FOZ.
2- HASTA PÚBLICA DE TERRENO SITUADO NA AVª D. JOÃO ALVES – VÁRZEA – TAVAREDE – FIGUEIRA DA FOZ.
3- O FIM DE ANO COMEÇA NA FIGUEIRA DA FOZ- 2019.
4- RFM SOMNII 2018 - O MAIOR SUNSET DE SEMPRE (AFTERMOVIE OFICIAL).

É cada vez mais difícil escrever o que quer que seja sobre a nossa cidade e o nosso concelho. 
Estou do outro lado da verdade oficial que sustenta a actual Figueira, a cidade do faz-de-conta.
Contudo, sou o primeiro a  reconhecer o direito aos figueirenses  a serem felizes, como neste momento devem estar.
E, neste momento,  não sei se deva continuar a ser uma espécie de “desmancha-prazeres”, pondo o que penso à frente do que a esmagadora maioria dos figueirenses deveras sente.

"É preciso acreditar"... Eu acredito: na falta de vergonha dos políticos...

Dois extractos de uma crónica hoje publicada por Isabel Maranha Cardoso, no DIÁRIO AS BEIRAS:
1. "Desacreditamos da política ou dos políticos? Não é exactamente o mesmo, mas sobrepõe-se. Há muito que a credibilidade dos políticos tem níveis de notoriedade indesejáveis. Aliás, os políticos tornaram-se o símbolo do incumprimento, da falta de palavra, da mentira e do descrédito." 

2. "...não é só o comportamento dos políticos que descredibiliza a política. É também o modelo eleitoral que persistem em manter. Essa é quanto a mim a razão mais significativa do afastamento, pois ninguém se sente representado, pois ninguém sabe quem o representa. Sabemos, nós figueirenses, quem elegemos?"

Nota de rodapé.
Este estado de coisas conduziu-nos a um descalabro sem precedentes que, todavia, ameaça agravar-se.
Esta gente não tem vergonha. A impunidade que eles sentem vem daí: da falta de vergonha e dignidade pessoal, social e política.
Hoje em dia é banal haver notícias sobre os crimes cometidos por políticos sem pudor. 
Não queria chegar a tanto, mas dá a sensação que as pessoas que prestam não têm lugar na política…
Mas o problema não está só na política: já chegou à Justiça.
Isto é democracia?
Os políticos afirmam nada ter que ver com a “Crise da Justiça”, devido à separação de poderes. 
Nada de mais falso: os políticos são eleitos. Mas, os juízes não são: são nomeados e mantidos pelos políticos…
A desculpa é a de que não há meios. Não concordo. Os meios existem. São é gastos para pagar ordenados mordomias obscenas  e escandalosas a alguns. 
Como escrevi acima, esta gente não tem vergonha. A crise, não é de todos nem para todos. Os problemas existem, o descontentamento popular também e  a economia mexe, mas pouco.
Os partidos e os políticos deveriam ter vergonha: se o povo vive com dificuldades, se o povo não tem dinheiro, se as pessoas  não têm empregos nem ordenados dignos, a classe política deveria ter vergonha, pois as mordomias que têm são pagas  pelo dinheiro dos cidadãos, todos - eu e qualquer um de vocês, que vivemos com dificuldades.
Senhores políticos: tenham mas é vergonha.

Saudade da solidão do meu silêncio

Dezembro é o mês em que me falta a solidão do meu silêncio.
Pode ser um silêncio infeliz, mas a tristeza enche-me.
É uma carência de que gosto. Passa sem deixar vestígios, como um ataque de ansiedade no meio da praia deserta.
Estou num daqueles dias de Dezembro em que penso que nunca mais é Janeiro.

Onde é que tu estavas no 25 de Abril de 1974?..

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

A privatização da Figueira Parques está a dar que falar...

"O presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) acusou hoje a autarquia local de querer combater os carros no centro da cidade e que a privatização da empresa municipal de estacionamento segue essa estratégia".
Para continuar a ler clicar aqui.

"Comerciantes da Figueira da Foz querem desconto igual à Câmara no estacionamento".
Para continuar a ler clicar aqui.

Uma pergunta inocente, na sequência do princípio, tão em voga, para alguns, do utilizador pagador...

Imagem sacada daqui
Privatizou-se, em tempos, o serviço de  águas e saneamento na Figueira...
Agora, vão privatizar o estacionamento na Figueira e no Hospital da Gala...
Agora expliquem-me porque não privatizam o CAE?

Mário Soares

Foto José Santos, via Figueira na Hora
"Cerca de 20 anos depois do início do processo de inscrição do nome de Mário Soares na toponímia da cidade, foi descerrada a respectiva placa na rodovia urbana entre Tavarede e Buarcos, junto à rotunda do Limonete, no sábado. A espera deveu-se ao facto do estadista português, falecido em janeiro de 2017, não aceitar homenagens daquelas em vida." - Via DIÁRIO AS BEIRAS

Já muita coisa foi dita sobre Mário Soares. Muito estará por contar. Até hoje não faltaram elogios e críticas. Não é de agora. Soares nunca foi consensual. A história vai-se escrevendo.
Soares, por talvez ter vivido em tempos em que a política era uma arte nobre reservada aos grandes homens, nunca foi dado  ao politicamente correto. 
Soares nunca se escondeu e afirmou-se como político. Tomou decisões e defendeu opções. Fez escolhas difíceis e assumiu-as. Escolheu lutar contra o fascismo e os saudosistas nunca lhe perdoaram. Escolheu a democracia liberal e a CEE e os comunistas nunca o suportaram. Escolheu a descolonização e os "retornados" sempre o odiaram. 
Foram essas escolhas que definiram o país  que somos hoje.

domingo, 9 de dezembro de 2018

... todos fazemos nossas as canções que nos tocam!

O problema de MONTEIRO não é ter deixado de existir. O problema é os outros já terem aceite que ele não existe...

Muitas vezes em política, não é necessário lutar contra os adversários. É preciso apenas esperar que eles bebam a sua própria cicuta. 
De partido político, o PS Figueira transformou-se num clube de amigos... 
Daqueles que vão ao domingo à missa e depois limitam-se a falar do tempo e de futebol.
O PS Figueira está morto. Pouco a pouco o municipalismo de Ataíde foi afastando os valores que o partido político PS tinha na Figueira. 
Afastaram-se o Alves, a Maranha, o Pedrosa, o Tavares, o Iglésias, a Raquel, o Paredes, e tantas outras pessoas que se fartaram.
Simplesmente acharam que para aquele peditório já tinham dado.
Por muito vazia que seja a política dos dias de hoje, ela tem que ter conteúdo, ideias e valores. 
E isso é algo que o PS Figueira deixou de ter.  O PS Figueira hoje não é nada. 
Primeiro foi projecto socialista, depois socialista democrático (para outros social democrata). Neste momento, está transformado num veículo ideológico conveniente aos interesses individuais de quem por lá passa. 
E isso, não é política: é interesse. 
RIP PS Figueira.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Mais um com o meu problema...

Tal como o eng. João Vaz, pessoa que admiro, mas com quem, por vezes estou em desacordo, gostaria de poder  louvor o presidente da câmara da minha cidade, enaltecendo a qualidade da sua prestação à frente da edilidade figueirense.
Para quem não sabe, considero-me bom rapaz e uma pessoa de bem.
Fui habituado a apelar  ao bom senso e a cultivar o diálogo. Fui habituado a ter comportamentos cordatos e a ter hábitos de vida humanizados. Fui habituado a ser um menino educado e bem comportado. 
Que pena que eu tenho que a minha saudosa professora primária, a Dona Graciete, não esteja viva para poder confirmar o que acabei de escrever.
Porém, fui crescendo e os tratos de polé que enfrentei ao longo da vida, fizeram-me abrir a pestana.
Eu, que queria ir para padre, mas a minha saudosa Mãe não deixou, deixei de ser crente... 
Tudo piorou, à medida que fui tomando consciência do meu ateísmo! 
Isto para dizer que não dou a outra face, simplesmente porque não sou parvo e não tenho apetência pelo martírio que, na opinião de alguns nos salva, ou que nos pode levar à salvação! 
Até nisto a religião é miserabilista! 
Tudo isto para dizer que é necessária uma desumanização, rápida e incisiva. 
Quem é desumano com os figueirenses já deveria ter levado um coice bem assente dos figueirenses... Não nos dentes, mas nas urnas...
Aí, na mesa de voto sempre serei coerentemente desumano a dar coices... 
E com prazer! Simplesmente porque não sou parvo.

Arrufos? Ou algo mais?..

Via DIÁRIO AS BEIRAS. PARA LER MELHOR, CLICAR NA IMAGEM.

ARY, O POETA DAS CANÇÕES – TRIBUTO A JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS, emocionou ontem o CAE

"O José Carlos Ary dos Santos era uma força da Natureza, uma espécie de vendaval que levava tudo à sua frente, uma mão que “pousava” nas nossas costas deixando-as prontas para a ortopedia, um imenso amigo, um vozeirão que incomodava meio mundo... «porém morrendo aos poucos de ternura»." 


Ontem, como já havia acontecido em 8 de NOVEMBRO de 2013, o Auditório do CAE  recebeu o espetáculo “Ary, O Poeta das Canções” – Tributo a José Carlos Ary dos Santos.
José Carlos Ary dos Santos é provavelmente o maior poeta da música portuguesa e é extraordinária a actualidade de uma obra escrita há mais de 4 décadas.
No ano em que se celebram os 80 anos do Poeta, “Ary, O Poeta das Canções” continua uma digressão que começou em 2009. Canções históricas como “Desfolhada”, “Canção de Madrugar”, “Cavalo à Solta”, “Tourada”, “Estrela da Tarde”, “Lisboa Menina e Moça” ou “Os Putos”, entre outras, foram interpretadas de forma inovadora com recurso à linguagem da música clássica e contemporânea, do jazz, da world music e do novo teatro musical.
Ontem à noite, Joaquim Lourenço trouxe à Figueira as canções que mostraram – e continuam a mostrar - ao grande público alguns dos melhores poemas cantados em português, escritos por Ary dos Santos.
Do espectáculo, que teve momentos emocionantes, pode dizer-se que foi um trabalho muito digno e de grande qualidade. O Ary, se fosse vivo, teria gostado muito desta homenagem.
Voz: Joaquim Lourenço | Piano e Fender Rhodes: João Guerra Madeira | Contrabaixo: João Ricardo Almeida | Bateria e Cajón: Bruno Monteiro | Violino: António Barbosa | Saxofones e Flauta: Nanã Sousa Dias | Acordeon: Pedro Santos | Guitarra Portuguesa: Pedro Amendoeira | Bailarina: Catarina Gonçalves | Multimédia: Renato Grilo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Gostam de pornografia? Tomem...

"Parece que, oh espanto, repor pensões e prestações sociais reduz a pobreza e cortar pensões e prestações sociais aumenta a pobreza. Estou chocado, juro.

Sem Estado Social teríamos muito mais pobres, muito menos capacidade de distribuir rendimentos, criar riqueza e empregos, e tão pouco poderíamos esperar viver na relativa paz social que nos habituámos a ter por garantida.

Sem Estado Social teríamos não quase 2 milhões de portugueses em risco de pobreza, mas quase 5 milhões de portugueses em risco de pobreza permanente.

Quer ajudar a reduzir a pobreza? Pague os seus impostos. Contribua para o contrato social com a sua parte. Bate qualquer outro método.

Incluindo a caridadezinha de que tantos vivem. Sim, o Banco Alimentar gasta 300.000 euros ano em ordenados, para não falar noutras despesas que pouco têm a ver com o apoio a famílias necessitadas, e eu por mim tenho dificuldade em compreender isso."