terça-feira, 9 de outubro de 2018

1.º Programa Dez & 10



Nota de rodapé.
Via Dez & 10.
Para os devidos e legais efeitos, declaro, por minha honra, que tenho "a devida autorização", de quem de direito para colocar no ar o vídeo acima.
Para além disto, não por causa disto, garanto que vou manter, bem vivo, o meu direito à indignação para ajudar a criar as condições para que as coisas possam mudar no meu concelho e na minha cidade! 
A próxima edição do Dez & 10, vai ser amanhã, pelas 21 horas e 30 minutos, como sempre na Dez de Agosto
O convidado desta semana é Miguel Babo.

Brasil...

Em 2011, Bolsonaro deu uma entrevista à revista Playboy.
“Seria incapaz de amar um filho homossexual. Não vou dar uma de hipócrita aqui. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí“.

Ontem, Alexandre Frota, que protagonizou vários filmes de pornografia gay, foi eleito deputado federal pelo PSL, o partido de Bolsonaro que anda há anos a demonizar os homossexuais.  O tal de Bolsonaro que prefere ver o filho gay morto.
Frota vai dar um excelente ministro da Cultura...

 
Que alguém te ajude Brasil...

Na Figueira, até os cães e os gatos vão viver melhor! A notícia está nas BEIRAS...

"Autarquia vai investir 500 mil euros em novo canil e gatil", pode ver-se numa chamada de primeira página do jornal AS BEIRAS.
Na página 9 pode ler-ser que, "inicialmente, foi indicada a Várzea de Tavarede, mas, neste momento, «o local ainda não está definido, ou seja, a autarquia ainda está a analisar opções».
A câmara garante, no entanto, que «não é intenção construir, num único ano, um megacentro de recolha animal, mas antes definir um terreno que, até ao final de 2018, possa começar a receber as infraestruturas básicas para funcionar e que tenha, também, capacidade para aí se poder adicionar boxes e espaços comuns para os animais que venham a estar sob custódia municipal»."
O vereador do «bem-estar animal» é o Miguel Pereira.
Para ler a notícia, compre o jornal...

— Liberdade, que estais em mim... *

"Estiveram presentes na nossa manifestação figuras de diversos quadrantes políticos, Bloco de Esquerda, PCP e PSD. Notou-se a ausência de figuras do PS, minha área política. Infelizmente a minha pessoa não sentiu a solidariedade da minha área política, apenas de uns quantos a nível local, o que é de lamentar.

A ausência da concelhia do PS, enquanto tal, é altamente preocupante e demonstra que está municipalizada. Parece um rebanho onde, como dizia Miguel Torga, é preciso ser-se homem no meio de carneiros. Tenho razões de sobra para estar fulo com muitos camaradas de partido, não me calo.

Existe um certo narcisismo e voyeurismo na mentalidade dessas pessoas.

Bem sei que sou uma carta fora do baralho, que incomoda muita gente, mas não me esquivo nem evito dizer o que penso. Penso pela minha cabeça, não sou “paroquiano” político que diz ámen a tudo, tenho coluna vertebral e tenho a cerviz no sítio.

Sei dizer não, quando o devo fazer. Não alinho nem nunca alinharei no politicamente correcto, dispenso essas grilhetas, sou homem livre. Prefiro o combate de ideias do que a submissão ou subserviência ao poder municipal e político."

A manifestação de domingo foi a prova cabal que, quando queremos, podemos estar fortemente unidos. Ontem estivemos muito bem contra tudo e contra todos, contra todos aqueles que querem lixar a nossa vida!"
Manuel Cintrão

* Liberdade
— Liberdade, que estais no céu... 
Rezava o padre-nosso que sabia, 
A pedir-te, humildemente, 
O pio de cada dia. 
Mas a tua bondade omnipotente 
Nem me ouvia. 

— Liberdade, que estais na terra... 
E a minha voz crescia 
De emoção. 
Mas um silêncio triste sepultava 
A fé que ressumava 
Da oração. 

Até que um dia, corajosamente, 
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado, 
Saborear, enfim, 
O pão da minha fome. 
— Liberdade, que estais em mim, 
Santificado seja o vosso nome.    

Eu sei que é triste, mas fartei-me de rir...

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

O declínio e a respeitabilidade...

"A Figueira não tem Arte Nova nem ovos moles, como Aveiro; nem Arte Urbana e o Grão Vasco como Viseu; Nem biblioteca joanina e Machado de Castro, como Coimbra; nem castelos, como Montemor e Leiria; nem Woolfest como a Covilhã; nem expofacic como Cantanhede; nem palheiros como a Costa Nova; nem jardins como o do Paço Episcopal de Castelo Branco, o Botânico de Coimbra ou o Budha Eden do Bombarral; nem bicicletas como Águeda; nem vinhos como a Beira Interior, a Bairrada e o Dão; nem cerejas como o Fundão; nem queijo como a Serra de Estrela, nem chanfana e leitão como a Bairrada.
A bem dizer, a Figueira não tem porra nenhuma..."
Nem praia.

Ninguém reparou que esta foto reflecte uma ruína? Apesar do  luxo asiático da zona envolvente. Esta imagem é bem a metáfora perfeita de uma cidadania de merda. Ou melhor, o retrato fiel de uma figueirinha loira. Uma figueirinha decadente e loira que se mira ao espelho e nem sequer vê o triste e baço despojo que ele reflecte, hipnotizada com o brilho fátuo da moldura dourada.

Quanto mais consigo entrar no pequeno mundo da cidade que é a Figueira, mais sinto a sua decadência e a sua pequenez. 
Ter a noção da migalha que o nosso concelho é, neste momento, em Portugal, a partir daí, é um exercício fácil. 

Contemplar uma cidade como a Figueira, continua a ser agradável, apesar da vulgaridade em que estamos inseridos. 
A Figueira continua a ser uma cidade em construção no espaço. Os seus efeitos, porém, vão notar-se e vão ser perceptíveis só nos próximos anos.  

Todos nós, cidadãos, temos relações com algumas partes da Figueira. 
A cidade e a sua imagem está impregnada de memórias e significações para cada um de nós.
As pessoas e as suas actividades, são tão importantes como os espaços públicos e os imóveis. 

Nós os figueirenses, não somos apenas observadores deste espectáculo patrocinado pela Câmara Municipal, mas, também, tomamos parte activa nele.
Na maior parte das vezes, a nossa percepção da cidade não é isenta nem íntegra, mas sim bastante parcial e fragmentária. 
Acontece ao cidadão normal. E acontece ao político.

"A Figueira não tem nada que realmente atraia o turismo ou a simples curiosidade. Ninguém se desloca de propósito à Figueira para ver a torre do Relógio ou o penico do Jordão, ou a rotunda do farolito, ou qualquer uma das suas rutilantes urbazinações ou das gandes supefíces licenciadas recentemente pela autarquia. Mas tem figuras realmente bizarras. Podia montar um circo."
A Figueira, para quem a conheceu há 50 anos, tem a noção que é uma cidade em declínio.
Espero, contudo, que o declínio, não lhe venha ainda a  beliscar a respeitabilidade. 

Um problema do tempo que passa: a Liberdade de expressão...

Via Manuel Cintrão
A liberdade de expressão assume uma importância crucial numa sociedade democrática.
Os jornalistas portugueses viveram momentos únicos no dia 25 de Abril de 1974. 
Pela primeira vez, em muitos anos, tiveram oportunidade de noticiar em Liberdade, ouvir e publicar, sem censura, comentários da população. 
Entretanto, em 2018, a informação, com Liberdade de expressão, deixou de ser um problema de direito constitucional? 
Será que a informação passou a ser um problema de direito comercial à distribuição de dividendos?

O tamanho...


Vídeo sacado daqui

Para mim, as manifestações não se medem pelo comprimento, mas sim pela força interior, motivação, intenção e sinceridade dos manifestantes. 
Assim sendo, mesmo pensando que estiveram mais de 500 pessoas, na manifestação que o vídeo mostra, não vou discutir “tamanhos”... 
Para mim, que lá estive, o que conta é a questão da justeza dos motivos que levaram um razoável número de pessoas a sair à rua, ontem no lugar conhecido como Canto das Rosas, na localidade de Sampaio, Marinha das Ondas, no limite sul do concelho, a escassas dezenas de metros do terreno onde está prevista a instalação da unidade industrial, empunhando cartazes contra a poluição e exigindo outra localização.
“Em três dias conseguimos mobilizar este povo e é esta luta que vamos levar. Eu penso que vai acabar aqui, quem tem responsabilidade política, quem tem responsabilidade neste país, quem tem responsabilidade concelhia, vai olhar para esta manifestação e vai-nos dar razão”, disse aos jornalistas José Susana, do autodenominado movimento “Marinha Mais Saudável”, promotor do protesto.
“Esta é a nossa primeira manifestação, tivemos pouco tempo para a preparar. Mas como os senhores veem, podem dar a grandeza desta manifestação, podem mostrar ao país a quantidade de pessoas que está aqui”

Em tempo.

Vídeo sacada daqui

Figueira, outubro de 2018

"Ainda a propósito de árvores...
Contrastes chocantes...
Umas, com sentença de morte anunciada, regam-se em excesso, outras que imploravam água há meses, morrem à míngua desse bem precioso (na Rua Cidade Rodrigo), próximo do ex-Pinhal Sotto Mayor."
Via Luís Pena
E é também por estes pormenores que, pouco a pouco, a Figueira se está a tornar, cada vez mais, numa cidade fria e insensível! 
Neste momento, só pensa no faz de conta e nos números e não nas necessidades das pessoas que cá moram, ou que possam vir para cá  morar. 
Esta cidade tem os seus valores completamente adulterados... 
Como não gosto de viver nela, procuro lutar todos os dias para a tentar mudar...

Foi há um ano, mas está mais actual do que nunca...

domingo, 7 de outubro de 2018

"SANITA DO CONCELHO", NÃO! POR UMA FREGUESIA DE MARINHAS DAS ONDAS E ALHAIS LIMPA E SAUDÁVEL!


Foi, talvez, a maior manifestação do século no concelho da Figueira da Foz.
A multidão.  Imagem sacada daqui

A logística veio de Pombal
Imagens da multidão
A deputada Ana Oliveira no uso da palavra

Ainda a multidão
Para ver vídeo clicar aqui.

"Empresa de resíduos diz que protesto de hoje na Figueira da Foz é causado por desinformação"...

"A projetada instalação de um Centro Integrado de Valorização de Resíduos (CIVR) a cerca de 15 quilómetros a sul da cidade da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, tem a oposição da população de mais de uma dezena de aldeias e lugares das freguesias da Marinha das Ondas e de Carriço (Pombal, Leiria), que agendou para as 15:00 de hoje uma manifestação no local.
“A nossa ideia será reduzir também essa pegada ecológica, porque os camiões em vez de andarem 100 ou 120 km como agora, vão andar 10 ou 15”, enfatizou Nuno Gabriel,do grupo Nov (ex-grupo Lena).
Após a eventual atribuição da licença ambiental, segue-se a licença de obra e projetos de especialidade, da responsabilidade do município da Figueira da Foz. A Bionergias espera poder começar os trabalhos de instalação em março de 2019 para começar a laborar em 2020, indicou Nuno Gabriel administrador da BioEnergias."

Via Notícias de Coimbra

Estou fartinho destas notícias putativamente "independentes", na defesa do presuntivo "interesse local", apenas para colorir os interesses profundos de quem as produz: como "desinformado" que sou, como forma de demonstrar a minha solidariedade com a causticada população do sul do concelho, lá estarei a protestar...
Estamos juntos. Até às 15, portanto...

Por vezes, o que nos causa a maior dor, é o que nos salva de mais dor...

Sou um sortudo...
Só fiz más escolhas.
Não repetiria uma só delas.
Estou-lhes grato.
Devo-lhes, pelo menos, isso.
Na realidade, muito mais...

Bom domingo: para lembrar a quem já esqueceu; para ensinar a quem nunca aprendeu...


sábado, 6 de outubro de 2018

Piscina do Ginásio foi inauguradas sem a presença de representantes da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Foto sacada daqui
O evento teve lugar na manhã de hoje. 
Da maioria absolutíssima que ocupa o poder na Câmara Municipal da Figueira da Foz, há 9 anos, não esteve presente ninguém!...
Joaquim Barros de Sousa, sócio nº. 8, presidente da Assembleia Geral do Ginásio Clube Figueirense, na oportunidade, proferiu um discurso de que destacamos o seguinte.
Actualização, via Figueira na Hora:  

A ponta do iceberg à vista!..

"A Figueira Domus, Empresa Municipal, tem por objecto a promoção e gestão da habitação social do Concelho da Figueira da Foz. É uma empresa municipal, dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e com património próprio.
A 26 de Julho de 2000, a Câmara Municipal da Figueira da Foz criou a Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz – Figueira Domus, com o objectivo de proceder a uma adequada política de habitação social no concelho. 
Em 2000, foi assinado um Protocolo entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Figueira Domus, E.M., onde foram delegadas, a esta empresa, as seguintes competências:
Proceder a obras de conservação nos fogos municipais, bem como à manutenção dos espaços exteriores dos bairros;
Dinamizar, gerir e administrar todos os assuntos e matérias relativas aos empreendimentos que se encontravam em curso à data da assinatura deste protocolo;
Dinamizar, gerir, administrar e resolver todos os assuntos e matérias relativas aos empreendimentos em fase de projeto." - Via Município da Figueira da Foz

Ora, se a habitação social, no concelho da Figueira da Foz, por falta de "obras  de conservação nos fogos municipais", está em mau estado, bem como a "manutenção dos espaços exteriores dos bairros", deixa muito a desejar, fica a pergunta: para que serve a Figueira Domus, E.M.?

Para colocar em exibição, em local perto de nós, como tem acontecido nos últimos anos, a dança dos jobs for the boys,  bem ensaiada, afinada e executada, pelos partidos do arco da governação local?

Orbán, Trump, Bolsonaro: como chegámos até aqui?

"O fascismo nunca triunfa só com fascistas. Os que lhes emprestam credibilidade (e lhes dão o voto) é que são o problema. Um dia acordamos com eles no governo. A criar raízes."
MANUEL LOFF

O PARQUE MUNICIPAL DE CAMPISMO...



Vídeo Município da Figueira da Foz 

"O Parque Municipal de Campismo estava necessitado de uma série de beneficiações, as quais foram sendo levadas a efeito ao longo dos três anos de mandato, como o alargamento da via de acesso, construção de novo edifício para a recepção, reabilitação da vedação, beneficiação dos campos desportivos e da piscina, e instalação dum sistema de detecção de incêndios.
Era (é) um equipamento essencial para o turismo figueirense, cujos utentes oscilavam à época entre os 15 e os 18 mil - mais concretamente 18 113, com 130 064 dormidas, em 1982 - número reduzido presentemente a pouco mais de metade, com 9 492 utentes em 2017.
Toda a actuação relativamente ao Parque  foi no sentido de preservar ao máximo a privacidade e tranquilidade dos seus utentes, evitando visitantes estranhos - um parque de campismo não é nenhum "jardim zoológico"... - com excepção dos convidados dos próprios campistas, que os vinham buscar à recepção.
Muito recentemente, um responsável autárquico demonstrou a sua ignorância ao anunciar a intenção de o transformar num equipamento misto aberto à população da cidade.
Façam um Parque da Cidade - o anunciado Parque Urbano lá se encontra em pousio há anos e anos - mas não o misturem com o Campismo."
Joaquim de Sousa, no livro FIGUEIRA DA FOZ, Memória de um mandato e os anos perdidos, páginas 90 e 91.