quinta-feira, 7 de junho de 2018

A propósito do Cabedelo...

Nos tempos que correm, os cidadãos que se deixam envolver na coisa política e aceitam cargos públicos, arriscam-se a destruir o prestígio de uma vida de trabalho construída arduamente ao longo dos anos.
Refiro-me a cidadãos comuns – incluindo os que são filiados em Partidos políticos – e não de políticos que fizerem da política o seu trabalho e que vão buscar a esses cidadãos comuns a mão-de-obra para a sua empresa.
Repare-se nas declarações acima, respigadas do jornal Voz da Figueira,  prestadas pelo presidente da Junta de Freguesia da Aldeia, que neste momento anda em digressão americana à boleia do presidente da Câmara da cidade da Figueira da Foz.

Mais parecem vir da boca de um empregado do  presidente do que seu parceiro de eleição nas últimas autárquicas!..
Sei que os poderes são ambicionados. Sei, também, que a projecção mediática e pública podem ser também motor para que os cidadãos se envolvam.
Mas, também, sei que muitos se envolvem nessas aventuras por motivos de serviço público dispondo-se a oferecer o que de melhor sabem fazer em favor do bem comum.

Aqui é o que se pode ver... 
Este, é mais um caso de sacrifício dum cidadão comum a favor dos cabeças de cartaz, assacando para eles (para os cidadãos comuns) os efeitos e os  males que umas declarações infelizes e despropositadas como estas não deixarão de ter a merecida resposta no local próprio. 
Muita coisa terá de mudar na Aldeia e na cidade, se quisermos ter, no futuro, equipas de competência que zelem pelos nossos interesses e bem-estar. 

Nota de rodapé.
Ainda a propósito do Cabedelo, também via Voz da Figueira, chamo a atenção para a imagem abaixo.


Pormenores que incomodam...

Nem todas as histórias de amor de longa duração precisam de ser estragadas...

O amor, presumo, é determinante nas  vidas de todos nós. 
Para muitos de nós, diria que é  a mola real que nos faz mover. 
E o amor só pode ser entendido em toda a sua dimensão. 
Há dias em que nos apetece uma história bonita e romântica. 
Hoje, no jornal AS BEIRAS, Jot Alves assina uma  prosa que conta uma bonita e comovedora história de amor.
Com a devida vénia, passo a citar.

"Maria Providência Marques está, aos 84 anos, a viver uma segunda vida. Depois de ter passado mais de meio ano entre a cadeira de rodas, o sofá e a cama, vai participar, no próximo domingo, na caminhada da Meia-Maratona da Figueira da Foz. A surpreendente recuperação da octogenária figueirense tem o contributo do marido, António Marques, de 87 anos. Esta é, pois, uma história de amor e superação, protagonizada por dois octogenários que prometeram viver juntos até que a morte os separe, na saúde e na doença. 
De repente, uma enfermidade neurológica retirou a Maria Marques a mobilidade e outras funções motoras - deixou de andar e comer, ficando totalmente dependente. Seguiu-se o tratamento e a institucionalização no Lar de Santo António, da Misericórdia-Obra da Figueira. “Quando decidimos que o melhor era ela ir para o lar [problemas de saúde impedem a filha única, Rosa Marques, de 59 anos, de cuidar dos pais], disse logo que ia com ela. Tive de ir com ela, não podia deixá-la sozinha”, conta António Marques. 
Teve de esperar algum tempo, até haver um quarto de casal livre na instituição. 
Entretanto, passava os dias com ela, a dar-lhe de comer, a incentivá-la para não desistir de tentar recuperar a sua autonomia motora e ajudando-a a caminhar. “Com a ajuda dos funcionários do lar, que têm sido incansáveis”, ressalva.
“Amor à primeira vista” 
A ginástica, a fisioterapia, a ajuda do marido e do pessoal do lar conseguiram que a antiga costureira voltasse a andar, mas, sem a sua força de vontade, o resultado não teria sido o mesmo. “Estou muito melhor, mas pensava que não ia recuperar”, afirma Maria Marques. “Ela é uma lutadora. É o resultado da nossa vida, que nos obrigou a lutar muito para conseguirmos fazer uma casa”, acrescenta o marido, antigo serralheiro mecânico. O casal trabalhou em Lisboa, tendo regressado à Figueira da Foz há 27 anos. Sempre juntos. “Foi amor à primeira vista”, afiança ele. “Pois foi”, corrobora ela. 
Até na caminhada da meia-maratona participam os dois. “Tenho de acompanhá-la, porque precisa da minha ajuda”, ressalva António Marques. Maria Marques não garante que vai fazer o percurso completo, mas promete ir até onde puder, e já deu provas de que pode ir mais longe do que ela própria imaginava."

A crise figueirense revela-se das mais diversas formas...

"Santos da casa", uma crónica de João Armando Gonçalves publicada no jornal AS BEIRAS.

"Inaugurou-se recentemente a 16ª Bienal de Arquitetura de Veneza. A representação portuguesa é feita por 12 projetos que procuram mostrar edifícios públicos construídos durante os anos agudos da crise económica (quando o investimento público teve de ser refreado). Álvaro Siza, Eduardo Souto Moura, Manuel e Francisco Aires Mateus estão entre os autores dos projetos escolhidos. Assim como o arquiteto figueirense Miguel Figueira, com o seu projeto do Centro Náutico de… Montemor-o-Velho.

Para além da falta de destaque deste acontecimento no contexto figueirense, esta notícia fez-me recordar outros companheiros de juventude que hoje “dão cartas” nas artes e na cultura, com reconhecimento nacional ou internacional: o arquiteto e professor Pedro Maurício Borges; o seu irmão, o ator Miguel Borges; o escritor Nuno Camarneiro (vencedor do prémio Leya e que acaba de lançar mais uma obra); o viajante-escritor Gonçalo Cadilhe; o ilustrador e artista plástico Marco Mendes (que agora podemos acompanhar diariamente no Jornal de Notícias)… Muitos outros haverá e de outras gerações. Estes singraram sobretudo pelo talento e esforço pessoais, já que não se pode dizer que estivessem estado expostos, naqueles tempos de adolescência, a um “ecosistema cultural” particularmente dinâmico. Será que as atuais jovens gerações não mereciam que fizéssemos melhor agora?

Por outro lado, será que a Figueira não podia beneficiar mais dos seus talentos e dar-lhes mais destaque? É que quando se fala de “utilização de recursos endógenos” talvez se devesse começar pelas pessoas."

Conferência/debate | “Alterações climáticas e erosão costeira”

 

A Delegação da Figueira da Foz da Ordem dos Advogados vai promover uma conferência/debate sobre o tema “Alterações climáticas e erosão costeira”
Os oradores serão o Sr. Eng. João Vaz e o Sr. Prof. Pedro Bingre. 
 O evento terá lugar no próximo dia 8 de Junho, pelas 17.00h, na Assembleia Figueirense. 
O evento dirige-se a todos os cidadãos em geral. 
A entrada é gratuita.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Grande Miguel: a falar é que a gente se entende...



No passado dia 20.04.218 fomos convidados a assistir à apresentação do ESTUDO DOS CENÁRIOS DE DRAGAGENS encomendado pelo Porto da Figueira da Foz à Universidade de Aveiro, com base no qual o Porto da Figueira da Foz, a Autarquia e a Agência Portuguesa do Ambiente tencionam avançar para a execução de uma transferência de três milhões de metros cúbicos recurso a dragagem móvel a norte, transporte e deposição a sul da barra, à revelia da NG6 do Programa da Orla Costeira Ovar - Marinha Grande, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 112/2017. 
Salvo melhor opinião, só após a análise detalhada nos termos da alínea f) da NG6 - Gestão Sedimentar - que terá que incluir a avaliação da solução de transferência com dragagem fixa (BYPASS), poderá o Governo decidir sobre os processos ou sistemas de transposição a adotar. 

Via SOS CABEDELO

Com a autarquia figueirense transformada numa empresa organizadora de eventos de entretenimento...

«A Autarquia está a fazer tudo o que está ao seu alcance pela prevenção contra incêndios e protecção de pessoas e bens».



Ontem, os vereadores Miguel Pereira e Carlos Monteiro, que tutelam, respectivamente, o Gabinete Técnico Florestal e o pelouro de Ambiente e Espaços Verdes, visitaram a Serra da Boa Viagem, para acompanhar, in loco, conforme pode ser visto no vídeo, os trabalhos de limpeza das faixas de gestão de combustíveis florestais. 
No terreno, estão já a operar os dois equipamentos adquiridos pela autarquia da Figueira da Foz, num investimento que ronda os 140.000€ de fundos próprios: um tractor com destroçador traseiro descentrável e uma mini pá carregadora equipada com destroçador de elevada capacidade para destroçar elementos até 20cm de diâmetro, provavelmente equipamento único no país
Recorde-se que, com a alteração do quadro legislativo, o Governo aumentou a responsabilidade dos municípios no que respeita à limpeza das faixas de Gestão de combustível.
Registe-se este esforço da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Todavia, a Figueira tem zonas como a que a foto mostra (para ver mais fotos, clicar aqui). ... alô, alô, New Bedford, contribuam para umas roçadoras... Ou para umas cabras, daquelas que andaram pelas Abadias...

Há dias em que sentimos a impotência de mudarmos o rumo das coisas... E há os outros dias

No passado domingo, dia 3 do corrente, conforme pode ser comprovado clicando aqui, publiquei uma carta  de um munícipe figueirense, que tinha sido enviada, há meses. Até então, não tinha havido qualquer resposta. Nem sequer uma simples nota a acusar a recepção.
Ontem, porém, dia 5, chegou a resposta, conforme se pode comprovar pela imagem abaixo.
Para ver melhor, clicar na imagem
Nota de rodapé.
Ando há mais de 40 anos a escrever uns textos. Isso nada tem especial. É apenas algo que faço, como, por exemplo, faço caminhadas e há uns anitos atrás fazia umas corriditas de 10 ou 20 quilómetros.
Gosto, porque é um desafio e porque é possível. Há alturas em que caminhar, tal como escrever, é necessário, como se uma força interior incontrolável me empurrasse nalguma direcção e nada pudesse impedir o avanço. 
Tem de ser. Não se questiona. Faz-se.
Tal como para mim não se questiona, ou explica, a importância de respirar,  olhar o céu, ouvir o mar, comer um petisco regado com um tinto.
Escrevo (e vou continuar...) porque sim. 
Não é para para ser reconhecido, nem  para salvar a ALDEIA.
É porque sim. 
Escrevo tão naturalmente, como quando entro numa sala cheia de gente e digo "bom dia"
Se alguém respode vê-se o que pode vir a partir  daí. 
A  maior parte das vezes, não vem nada de especial.
Contudo, foi criada a possibilidade. Existiu uma oportunidade. 
Afinal, escrever nada tem especial: juntam-se palavras e, por vezes, chegamos a algum lado. 
Vou continuar. 
Como sempre. Simplesmente, como gosto de respirar, de olhar o céu, de ouvir o mar, ou de comer um petisco regado com um tinto...

Até sempre Senhor Nicolau

O associativismo do Concelho da Figueira da Foz ficou mais pobre. 
Faleceu o Senhor Nicolau, o músico filarmónico mais antigo em Portugal e quiçá na Europa. 
Faleceu com 93 anos. Foi músico ininterruptamente durante 74 anos, até ao dia da sua partida. Esteve sempre de forma abnegada ao serviço da Sociedade Boa União Alhadense.
Que exemplo de cidadania, de entrega, de união e solidariedade. Hoje os anjos estão em festa, pois, onde quer que esteja o Senhor Nicolau, não há tristeza mas sim amor. 
Até sempre!
“Acho que comecei em 1940. Ou talvez em 1945…”, disse um dia o músico ao jornal AS BEIRAS.
A pandeireta foi o seu primeiro instrumento, que tocou no Ateneu Alhadense. Depois, trocou o instrumento de percussão por um de sopros, o clarinete. Mais tarde viria a substituir este por outro da mesma família, o saxofone alto. 
Mas, o Senhor Nicolau não foi só músico. Ele também foi proprietário de uma das últimas e mais antigas tabernas da Figueira da Foz, onde passou os seus dias, atrás do balcão.
Pois, foi precisamente aí, na sua taberna,  que eu conheci o senhor Nicolau.
Foi no já longínquo ano de 1972, ano em que comecei a trabalhar como empregado de escritório na já extinta firma Rodrigues,  Pais & Cª..
Tinha 19 anos. Uma das minhas tarefas semanais,  era percorrer a pé todos os clientes da cidade  para realizar as cobranças… E o senhor Nicolau, que era um deles,  teve  uma particularidade de que nunca mais me esqueci, apesar de já terem passado 46 anos!
Ao olhar para mim, muito jovem e então “estilo copo de leite”, certamente com a malícia de um Homem já vivido e traquejado pela vida, disse-me, logo na primeira vez que me viu, depois de eu dizer ao que ia: “então o  menino quer receber,  não é?.. Pois só recebe, se comer um carapauzito frito e beber um tinto…”
Envergonhado e atrapalhado, comecei por recusar, mas depois acabei por achar graça e entrei no esquema… 
E o senhor Nicolau começou  a ser visitado à hora do lanche …
Entretanto, mudei de patrão e de vida, e há muitos anos que não visito a taberna do Senhor Nicolau…
Até sempre Senhor Nicolau.

terça-feira, 5 de junho de 2018

SERVIÇO PÚBLICO

"O PREC acaba de obter uma vitória, ainda que póstuma, e na secretaria. O Sr. Carlucci já está a fazer tijolo."...

Dia Mundial do Ambiente, devia ser todos os dias...

Bom dia. 

Todos os dias, quando acordamos, devíamos lembrar-nos, por ordem de prioridade, daquilo que precisamos para viver:

1º- oxigénio
2º- água
3º- alimento
4º- tudo o resto

Sem árvores e plantas não há oxigénio.
Poluindo e desperdiçando, deixaremos de ter água.
Sem oxigénio e sem água não haverá alimento.

É tão simples e tão fácil de entender.

Todos os dias quando nos deitamos devíamos perguntar-nos, egoisticamente, o que é que fizémos hoje, para melhorar a nossa própria hipótese de sobrevivência. 
Já nem falo dos nossos filhos, das nossas famílias, das outras pessoas, dos animais, dos ecossistemas ou do planeta. 
Se, ao menos, conseguíssimos perceber  o que precisamos de fazer para manter a nossa própria e egoísta sobrevivência, era já um grande avanço civilizacional.
Bom dia.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Paz!.. O amor, é o sonho mais belo... Sem ele, a vida não passaria de um mar morto...

Alô, alô, New Bedford

Para ler melhor, clicar em cima da imagem
Os blogues são mesmo assim: vai-se fotografando e escrevendo e o que se escreveu e fotografou vai ficando lá para baixo - esquecido.
Claro que grande parte das postagens é o que merece. Contudo, há outras que deviam estar sempre à vista. Uma das que eu gostava que ficasse aqui sempre bem visível para ver se a gente não se esquece delas, são as que focam a erosão costeira a sul do quinto molhe da Praia da Cova.
Não é por nada de especial, mas por uma simples razão: a situação a sul do quinto molhe na orla costeira da freguesia de S. Pedro continua a ser branqueada e mal avaliada por quem de direito...
Mas os blogues são mesmo assim, os textos vão-se sucedendo, as ideias vão-se misturando e, aos poucos, a realidade vai sendo esquecida: o mar está a invadir a freguesia de S. Pedro.

Por cá, a protecção da Orla Costeira Portuguesa continua a ser uma necessidade de primeira ordem... 
Por isso tem de continuar a olhar-se, ao estado a que chegou a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova. 
Por vezes, como tenho vindo a alertar desde 2006, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, vai-se perdendo a oportunidade de resolver o essencial para a vida quotidiana dos covagalenses...

Sofremos - continuamos a ser apelidados de tudo e mais alguma coisa... - ataques de personagens que vão passando pelo poder local aldeão e  figueirense... 
Infelizmente, porém, o que muito lamento, pois adorava ter sido eu a estar completamente enganado e fora da razão, a realidade é a que todos conhecemos: neste momento, a duna a  Sul do 5º. Molhe da praia da Cova está devastada  e o mar está a entrar pelo pinhal dentro...

Muita gente, que deveria ser responsável, por omissão, contribuiu para o estado a que chegámos.
Nós, aqui no Outra Margem, continuaremos a fazer aquilo que é possível: contribuir para sensibilizar a opinião pública da nossa freguesia, do nosso concelho, do nosso País e dos inúmeros covagalenses espalhados pela diáspora, para um problema gravíssimo que, em última análise, pode colocar em causa a sobrevivência dos covagalenses e dos seus bens.

Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.

A pesca está a definhar, o turismo já faliu - tudo nos está a ser levado...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...
O que nos vale é que temos uma política bem definida para a orla costeira...

Recordar palavras de Saramago: " se puderes ver... repara!"

Vamos a isso vereador Miguel Pereira

"O estudo que vai determinar que tipo de intervenção será feita na Lagoa da Vela já foi adjudicado, por ajusto direto, à Associação Portuguesa de Vida Selvagem, no valor de 17 mil euros. “O ajuste direto justifica-se com o facto de se tratar de uma equipa científica de renome nacional e internacional”, afiançou ao DIÁRIO AS BEIRAS o vereador Miguel Pereira. Os cientistas têm seis meses para concluir o trabalho. O autarca afi rmou, ainda, que “o compromisso verbal que existe entre todas as  entidades é que, qualquer que seja o resultado do estudo técnico, ele será aplicado”. A revitalização do lago natural, na freguesia do Bom Sucesso, será candidatada a fundos comunitários."

Apesar do optimismo do vereador Miguel Pereira, creio que quem não tiver algum pulmão, para aguentar a caminhada, vai desistir....
Falta percorrer muito, mas é claro que vale a pena! 

Em Aveiro é assim:

Petição Pública
Salvar o Jardim do Rossio em Aveiro 
1. Terreno largo, fruído em comum pelo povo. 
Vimos por este meio repudiar o projecto vencedor do concurso de ideias para o Rossio de Aveiro. Pedimos ao presidente da Câmara Municipal de Aveiro e a todos os aveirenses que façam tudo o que estiver ao seu alcance para que se evite que este erro urbanístico seja executado. 
Queremos um Rossio que seja um espaço fruído em comum por todos e por isso se rejeita que se faça uma obra cujo propósito é sustentar o "crescimento fortíssimo" do turismo. Queremos um Rossio que seja para os habitantes e não apenas para os turistas. 
Queremos um Rossio com mais espaço verde e sombras ao invés do espaço desolado e inóspito que o querem tornar. 
Não deixamos que matem este espaço nobre da cidade de Aveiro.

Nota de rodapé.

Em Aveiro, ainda há quem lute!
Cá, pela Aldeia, o povo aceita tudo...
E ainda se sente agradecido, venerando e obrigado!
Bem aventurados os pobres de espírito, que deles será o reino dos céus!

domingo, 3 de junho de 2018

Há dias em que sentimos a impotência de mudarmos o rumo das coisas...

Exmo. Senhor Vice - Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz
Dr. Carlos Monteiro

Os meus cumprimentos.

Interpelo-o na sua posição de Vice-Presidente da C.M.F.F., para, na minha qualidade de nado e criado em Buarcos há mais de 54 anos, colocar ênfase em duas situações que, cabendo nos pelouros atribuídos a Vª. Exª., deveriam ser abordadas e para elas encontrada uma solução.

Primeiro, a curva do cemitério de Buarcos:

Para quem tenha idade para se lembrar ( ambos temos ), a curva do cemitério sempre foi problemática e fértil em acidentes, com algumas vidas perdidas naquele local, antes e depois da construção da marginal.
A colocação de material anti-derrapante e as lombas de regulação de velocidade ( algures nos anos 90 ou 2000 ), introduziram um grau de segurança que, tanto quanto me lembre, permitiu que desde então até à substituição operada recentemente naquele piso, o número de acidentes ( essencialmente despistes )  baixasse drasticamente, e o número de fatalidades, tanto quanto a memória me serve, fosse nulo.
Substituido que foi o piso, já no decorrer de 2017, verifiquei já e pelo menos, dois violentos acidentes ( despistes ), que resultaram em postes de iluminação colapsados, e alguns metros de muro danificados e/ou destruídos.
Não querendo nem tendo suficiente conhecimento para avançar com conclusões acerca do piso aplicado ( de todo o modo aconselho-o a experimentar travar nele, com alguma chuva ou humidade, quer na curva referida quer na rotunda do E. Leclerc ), e mesmo concedendo que em tese, o mesmo é apto ao final a que se destina, penso que é absolutamente curial que Vª. Exª. se debruce sobre a circunstância daquele passeio ser utlizado por centenas ( se não, milhares, presente remetente e destinatário incluídos ) de pessoas por dia, essencialmente numa vertente de lazer, aproveitando um dos melhores cenários de caminhada urbana que conheço em todo o mundo ( a nossa marginal oceânica ), e na tragédia que pode representar, um despiste automóvel naquela zona.
A solução, permita-me sugerir, passa por instalar um rail de protecção, segregando o passeio da faixa de rodagem, o que, podendo em tese não evitar todas as possibilidades de alguém ser atingido, mitigará grandemente a probabilidade de tal.
Não conhecendo os preços de mercado para tal obra, sabemos que tal é comportável por uma Câmara que tem quase finalizado o plano de saneamento financeiro e, mesmo que dificuldades orçamentais fossem impeditivas, parece-me que sendo a primeira missão de qualquer autarca, o bem estar e segurança dos munícipes, Vª. Exª. encontraria seguramente forma de efectivar aquele objectivo primordial.

O segundo aspecto, contende com aquilo que na opinião de muitos munícipes e também de quem nos visita regularmente, se trata de uma obra boa mas inacabada. Falo da ligação do Teimoso ao Abrigo da Montanha e ao Farol do Cabo Mondego.
Asfaltar cerca de 9.200 metros de ligações dentro da belíssima Serra da Boa Viagem, e deixar uma "nódoa" de cerca de 1.500 metros nos troços que ligam o cruzamento da Casa do Guarda ao Abrigo, e daquele local ao Farol do Cabo Mondego, é sem dúvida não ser consistente com as loas e os anúncios que a C.M.F.F. tece e concede, àquele que é, repito, um dos ex-libris da Figueira da Foz.
Faça ou lute por isso sr. Vice-Presidente. Talvez os que no elenco camarário não são da Figueira, não percebam a alma daquele local, mas eu sei que Vº. Exª., retirado o elemento político, é um Figueirense que sente a Figueira e partilha desta posição. E acredite que serão estas posições que tome agora, que as pessoas recordarão mais à frente, quando, como parece, se alcandorar a outro lugar.

Nota de rodapé.
Carta de um munícipe enviada, há meses, que não teve qualquer resposta. 
Nem sequer uma simples nota a acusar a recepção.  
Decididamente, quem está no poder na Figueira, há quase 9 anos, trata-nos como se fossemos parvos e não existisimos... 
Lá terão as suas razões, pois as votações dão-lhes razão!