quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Mau tempo

foto António Agostinho
A Protecção Civil alerta para um agravamento das condições meteorológicas, especialmente entre a manhã de hoje e as 08h00 de quinta-feira, relacionado com chuva, vento, neve e ondulação.
No mar, a previsão é de ondas de noroeste com altura de 4 a 5 metros, em toda a costa ocidental, a partir da manhã de hoje e até ao final da tarde de quinta-feira, podendo aumentar para os 5 a 6 metros (com a altura máxima a chegar aos 10 metros) durante a tarde de 10 hoje e a manhã de quinta-feira nos distritos a Norte do Cabo Raso (Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa).

Que barracada!..

João Ataíde, assim o assumiu publicamente, não quer o campismo no Cabedelo
Para ele, o parque de campismo do Cabedelo "não é propriamente um projecto estimado pelos figueirenses e pela comunidade local".

Face à notícia de hoje do jornal AS Beiras, que publicamos acima, em que ficamos: no Cabedelo fica o campismo ou sai o campismo? 
Para já, temos uma ganda barracada!..
E se gastassem os milhões (cerca de sete, ao que dizem...) na "requalificação" da erosão costeira a sul do quinto molhe, pois "a Cova tem o mar à porta e cada vez menos praia"...

NOTA DE IMPRENSA DOS VEREADORES DO PSD: REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ REALIZADA À PORTA FECHADA EM 8 DE JANEIRO DE 2018 -

PARA LER OS PONTOS EM DESTAQUE, CLICAR AQUI.

"Nada foi feito de diferente"!..

Nota de rodapé.
Cá está um exemplo mais: na Figueira, o processo democrático é, sobretudo, um processo político.
Não um processo popular. 
Que o mesmo é dizer: o mais que existe na democracia figueirense está relacionado mais com poder e menos com povo.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Foram-se os anéis e até alguns dedos!

Isabel Maranha Cardoso, na sua crónica no jornal AS BEIRAS.

"Em pouco mais de dois anos, desde 2011, encaixou-se quase 7 mil milhões de euros em privatizações (5,5 mil milhões haviam sido comprometidos no resgate) através de um programa alargado de alienações. Depois da EDP, REN, ANA, foi a vez dos CTT… a TAP ainda foi salva deste desfecho...
... foi o caminho trilhado em nome da muito repetida frase “ineficiência do Estado” e por acharem preferível serem os privados a executar as tarefas que pertenciam ao Estado.
Com critérios cegos e uma teimosia ideológica, foi tudo a eito … mas, esqueceram-se que os Correios são um elemento da proximidade do Estado para muitas pessoas, sobretudo para populações mais envelhecidas ou a viverem em zonas isoladas, sobretudo para aqueles a quem já lhes fecharam o Tribunal, o Centro de Saúde e a Agência da CGD… 
É que final não se venderam só os anéis!"

Para além do fim sobra alguma coisa?..

Para além do fim, o que sobra?.. 
O engano?..
Não - esse, não existe  para além do fim. 
Sobra a dor... 

Negócio é negócio... Escusavam é de ser tão descarados!..

A Câmara da Figueira da Foz paga cerca de 650 mil euros de água por ano, ou seja, metade do que, em média, recebe pela renda da concessão (356 mil euros)
Questionado pelo DIÁRIO AS BEIRAS sobre medidas a tomar para corrigir o saldo negativo, o gabinete da presidência esclareceu que “a renda não serve para pagar serviços, tem como objectivo remunerar os activos cedidos e o direito de explorar em regime de concessão”.

Estilo?..

Na postagem, sacada daqui, João Ataíde (ou quem lhe gere a página...), começa por elogiar o concerto...
Porém, uma munícipe publica um comentário a queixar-se e o presidente, de imediato, vira o bico ao prego!..
Como dizia Alfred Hitchcock, estilo é plagiar a si mesmo.
Entretanto, esperam-se naturalmente os resultados da reacção da câmara...

"Conversas em família"...

8 de Janeirode 1969, foi o dia em que se realizou 
a primeira «Conversa em Família» de Marcelo Caetano
Não é nostalgia, mas sem se conhecer o passado, é muito difícil entender o presente e imaginar o futuro
Quem, como eu,  anda por cá já há muito tempo, recorda-se das célebres «Conversas em Família» (foram 16) que Marcelo Caetano dirigiu ao país, entre 8 de Janeiro de 1969 e 28 de Março de 1974.
Estão agora todas online nos arquivos da RTP e quem as quiser ver e ouvir, pode começar pela primeira, que teve lugar fez exactamente ontem 49 anos. Para isso, basta clicar aqui.
Fica como «recordação» um excerto da última, de 28 de Março de 1974, já depois do golpe falhado das Caldas. 

Caetano, na altura, não sabia – e nós também não – que nunca mais teríamos aqueles cinzentos e sinistros serões na sua companhia. 
Ficaram, agora, a perceber porque detesto reuniões de câmara à porta fechada e máquinas de agitação e propaganda!..

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Erosão costeira a sul da barra da Figueira da Foz: "a Cova tem o mar à porta"...

Recorde-se, pois todos temos passado... 
Recuemos a 24 de Novembro de 2014.

João Ataíde, conforme se pode ler, manifestou, na reunião do executivo, a sua preocupação em relação ao relatório efectuado pelo grupo de trabalho (composto por peritos em erosão costeira), que analisou a situação da costa portuguesa depois das intempéries do início desse ano de 2014, que causaram prejuízos elevados em várias regiões, nomeadamente no concelho da Figueira, especialmente a sul desta nossa barra, «por poder colocar em causa a viabilidade do porto comercial».
Registe-se a preocupação do presidente Ataíde de 24 de Novembro de 2014. Vocês vão ver, que um dia, a preocupação ainda vão ser as pessoas...

Incensaram-no, agora aturem-no...

Para lerem a conversa cliquem aqui.
Somos um concelho pequeno, sem  muitos acontecimentos relevantes. 
A solução é inventá-los.
Como Presidente de Câmara, Ataíde está a outro nível e não se contenta, via aparelho de agitação e propaganda, com inventar factos ou simples notícias. 
Quer ir mais longe e mais além: quer inventar um concelho!.. 

IMI que começa a ser pago em abril vai baixar em 52 concelhos...

Via DN. Ler aqui.

domingo, 7 de janeiro de 2018

"A Cova tem o mar à porta e cada vez menos praia"...

Uma reportagem do jornal PÚBLICO. Para ler clicar aqui..

Figueira, uma cidade entalada pela ficção que esconde a realidade... (II)

Recordo "Discutir a cidade - O PEDU", uma crónica de João Vaz, publicada no jornal  AS BEIRAS em 14 de janeiro de 2017. Passo a citar.
"Nos próximos dois anos anunciam-se obras de elevado valor para a Figueira. 
A discussão quanto às prioridades, e visão para a cidade, foi reduzida. O envolvimento dos cidadãos é quase nulo na apropriação dos projetos que vão mudar zonas históricas da cidade. 
“Prometem-nos” a regeneração das Praças 8 de Maio e “Velha”; a rua dos Combatentes, Bombeiros, Santos Rocha e vias adjacentes. No Cabedelo há a intenção de retirar a “carga automóvel das zonas mais próximas dos sistemas dunares” e “ainda a construção de um cais de acostagem para servir um barco que ligue as margens norte e sul”. Em Buarcos estão previstas obras na frente do largo Caras Direitas, privilegiar os circuitos pedonais (incluirá o alargar dos passeios?), mais esplanadas e estacionamento. Há ainda a construção de uma ciclovia entre a estação e Vila Verde e um sistema de bicicletas partilhadas. 
Tudo isto no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). O dinheiro vem da União Europeia, financiado a 85%, e os projetos técnicos são da responsabilidade da Câmara Municipal. 
Um investimento desta natureza, 7,6 milhões de euros, merecia debate público. As obras anunciadas deveriam ser apresentadas em detalhe, com rigor e transparência. Nada disto foi feito, apesar do envolvimento dos cidadãos neste tipo de decisões ser prioritário. 
Assim, não admira que aumente a desconfiança perante as instituições."
Na altura, escrevi que diga o que disser, João Ataíde, nunca será o personagem de ficção da minha preferência. Deus, continuará a ser, penso eu,  o personagem de ficção que eu mais gosto!
E, com isto, que ninguém tire a conclusão simplista que estou a afirmar que o presidente está a mentir. Nada disso. Para mim, o presidente tem, isso sim, uma capacidade de fazer ficção com a boca digna de registo.
Só que a vida é a realidade. Não a parte que interessa da realidade. Uma parte da realidade é sempre uma outra realidade. Quando a história não está toda contada, é uma outra história.  A realidade para o senhor presidente é, apenas, aquilo que lhe dá jeito ou consegue aperceber-se.
Mas, a realidade da Figueira tem outra dimensão e não fica pelo limite visto pelo presidente da câmara.
Imagem sacada daqui. Para ler melhor, clicar na imagem.

O senhor presidente, tem toda a legitimidade para sonhar governar uma cidade, onde todos os seus habitantes lhe são fiés e obedientes. Só não deve é viver na ficção e  transformar o sonho em realidade.
Na Figueira, há quem pense no futuro. 
Há sempre tempo para pensar no futuro, mesmo quando já não temos muito futuro em que pensar.
A sul do 5º molhe, no que à erosão costeira diz respeito, chegámos onde estamos: no caos.
Para que serviu, a nós os que vivemos a sul do estuário do Mondego,  toda esta agitação e propagandado do orgão presidido por sua excelência o senhor presidente da câmara municipal da Figueira da Foz?

Há quem lhe chame progresso!..

FOTO PEDRO CRUZ
Esta foto mostra o que a avidez humana pode fazer...
O meu Amigo Manuel Luís Pata, fartava-se de dizer o seguinte: "há muita gente que fala e escreve sobre o mar, sem nunca ter pisado o convés de um navio".
Em 2003, lembro-me bem da sua indignação por um deputado figueirense - no caso o Dr. Pereira da Costa - haver defendido o que não tinha conhecimentos para defender: "uma obra aberrante, o prolongamento do molhe norte".
Na altura, Manuel Luís Pata escreveu e publicou em jornais, que o Dr. Pereira da Costa prestaria um bom serviço à Figueira se na Assembleia da República tivesse dito apenas: "é urgente que seja feito um estudo de fundo sobre o Porto da Figueira da Foz".
Como se optou por defender o acrescento do molhe norte, passados 15 anos, estamos precisamente como o meu velho Amigo Manuel Luís Pata previu: "as areias depositam-se na enseada de Buarcos, o que reduz a profundidade naquela zona, o que origina que o mar se enrole a partir do Cabo Mondego, tornando mais difícil a navegação na abordagem à nossa barra". 
Por outro lado, o aumento do molhe levou, como Manuel Luís Pata também previu, "ao aumento do areal da praia, o que está a levar ao afastamento do mar da vida da Figueira". Porém, e espero que isso seja tido em conta no disparate que é a projectada obra a levar a cabo pela Câmara Municipal da nossa cidade, "essa área de areia será  sempre propriedade do mar, que este quando assim o entender, virá buscar o que lhe pertence".


Como previmos, por isso o escrevemos para alertar quem de direito, já em 11 de dezembro de 2006, o processo de erosão costeira da orla costeira da nossa freguesia, a sul do quinto molhe,  era já então uma prioridade
Continua a ser... Até porque, entretanto, pouco se fez.
Nessa época, tinha este blogue cerca de 6 meses de existência e a erosão da orla costeira da nossa freguesia assumia já – como continua a assumir cada vez mais ... - aspectos preocupantes para o responsável deste espaço. Especialmente, uma zona a que, na altura, ninguém ligava: a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova...
Tal como agora, entendíamos que, por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Durante todos estes anos – o histórico de postagens publicadas prova-o -, a erosão costeira tem sido a maior preocupação do autor deste blogue.

Sofremos - continuamos a ser apelidados de tudo e mais alguma coisa... - ataques de personagens que vão passando pelo poder local aldeão e  figueirense... 
Infelizmente, porém, o que muito lamento, pois adorava ter sido eu a estar completamente enganado e fora da razão, a realidade é a que todos conhecemos: neste momento, a duna a  Sul do 5º. Molhe da praia da Cova está devastada  e o mar está a entrar pelo pinhal dentro...

Muita gente, que deveria ser responsável, por omissão, contribuiu para o estado a que chegámos.
Nós, aqui no Outra Margem, continuaremos a fazer aquilo que é possível: contribuir para sensibilizar a opinião pública da nossa freguesia, do nosso concelho, do nosso País e dos inúmeros covagalenses espalhados pela diáspora, para um problema gravíssimo que, em última análise, pode colocar em causa a sobrevivência dos covagalenses e dos seus bens.

Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.

A pesca está a definhar, o turismo já faliu - tudo nos está a ser levado...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...
O que nos vale é que temos uma política bem definida para a orla costeira...

A estratégia é simples, inovadora e empreendedora: façam filhos...

Mesmo num concelho de excelência, há sempre algo que falha, que esquece, que ficou por fazer... 
Contudo, para alguns, isso não constitui problema: resolve-se com um telefonema ou com uma ida à loja de conveniência mais próxima... 
Falta, porventura, relizar uma  conferência sobre o tema  "porque se não nasce na Figueira", para "abrir janelas e pontes ao confronto e ao diálogo" sobre demografia, fecundidade e natalidade, marcando o início de um novo ciclo nos roteiros de Carlos Moita sobre um concelho de qualidade e excelência como a Figueira.
Ao trabalho, rumo à felicidade, figueirenses, ao trabalho...

Inspecções automóveis

«Questionando o modelo em si, será importante afirmar que o Estado entregou este serviço a entidades privadas, cujo objetivo é o lucro. Para tal, as empresas que fazem inspeções precisam do maior número de clientes possível. Reprovar “clientes”, ser rigoroso, implica potencialmente perder clientes. Logo, os inspetores mais zelosos, e quiçá os mais competentes, têm menos lucros, e em última análise perdem para o “mercado livre”. Os que “relaxam” têm a vida facilitada.
A privatização da inspeção é um convite ao “nacional porreirismo”.»

João Vaz. Via AS BEIRAS

sábado, 6 de janeiro de 2018

Alerta laranja

Como se poderá comprovar, clicando aqui, na RTP, o debate entre os candidatos à liderança do PSD foi tão fraquinho que deixou uma boa parte do país político em estado de alerta laranja...

“São quase siameses, o Dupond e Dupont és tu e o doutor António Costa”, atirou Santana.
“O teu problema é que passas o tempo a dizer mal de mim”, carregaria, antes de questionar o adversário: “Porque não dizes isso do doutor António Costa?”.

“Porque o PS”, respondeu Rui Rio, “teve a maioria absoluta” nas eleições legislativas que se seguiram à dissolução da Assembleia da República pela mão de Jorge Sampaio. Ou seja, continuou, “legitimaram a decisão” do então Chefe de Estado.

Santana Lopes chamaria ao debate o conteúdo de uma entrevista de Paulo Morais na qual o antigo vice de Rio no Porto considerou que o candidato “já não tira o sono aos interesses instalados”. Insistiu em seguida na pergunta sobre a postura do adversário face ao atual primeiro-ministro: “Combinaste com o António Costa?”.

“Eu nunca combinei nada com o António Costa. Ele é que confiou em ti e te nomeou”, retorquiu Rui Rio, referindo-se ao cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia. 


“Eu sei que tens dificuldade em reconhecer a qualidade de trabalho de pessoas do PSD”, acentuaria Santana. “Assinas cartas com António Costa, mais uma vez para bateres em Passos Coelho“.

Sempre a mergulhar no passado, o debate recuou a 1996, quando O Independente noticiou a saída de Santana Lopes do PSD, então liderado por Marcelo Rebelo de Sousa, por alegadamente entender que não havia possibilidade de “regenerar, renovar ou refundar” o partido.
“Quiseste fazer um Partido Social Liberal”, acusou Rui Rio.


Na resposta, Santana desvalorizou a questão, lembrando que também Jorge Moreira da Silva encabeçou um movimento.