segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Assumo que dou importância ao sentimento...
«“Os meninos à volta da fogueira / Vão aprender coisas de sonho e de verdade / Vão aprender como se ganha uma bandeira / Vão saber o que custou a liberdade”, poema de Manuel Rui Monteiro (autor da letra do hino nacional de Angola) musicado por Rui Mingas, outro homem das artes angolano, mas popularizado nos anos 80 em Portugal por Paulo de Carvalho, procurava anunciar uma Angola livre, justa, solidária, com oportunidades para todos e onde as crianças teriam, finalmente, tudo o que mereciam. Implicitamente, no mesmo texto condenava-se o colonialismo e o neocolonialismo, os colonialistas (neo ou não), opressores, fascistas e supressores das liberdades e do progresso. No infeliz processo de descolonização da terra para onde fui muito novo, onde aprendi a ler, a andar de bicicleta e a gostar de pirão e de muamba, quem sofreu e ainda sofre, antes e depois de 1975, nunca foi verdadeiramente chamado a decidir – ou porque tal não era possível antes de 1974, ou porque, quando já o era, talvez não conviesse aos que quiseram, apressada e desastrosamente, entregá-la a quem a governou depois durante mais anos do que Salazar, sempre em nome do povo, 70% dele condenado a viver, hoje, com menos de 2 dólares por dia, enquanto a até agora família presidencial acumulava uma imensa fortuna, que inclui participações em estratégicas empresas no país e no estrangeiro, também em Portugal. Os recentes desenvolvimentos em Angola são de desfecho incerto, mas parecem indiciar mudanças – espero que não, apenas, de oligarcas…»
Menino do Huambo, um crónica de Teotónio Cavaco, deputado municipal do PSD, publicada no jornal AS BEIRAS.
domingo, 19 de novembro de 2017
É fácil habituarmo-nos ao que é bom...
Um dia destes, durante alguns minutos, sentei-me calma e pachorrentamente nos bancos a sul do desgraçado jardim da Figueira, sem nada de importante ou urgente para fazer, a não ser relembrar um ícone figueirense da minha juventude, que permanece, para quem tem memória, como referência de uma dada época e de uma certa forma de viver: a PRAIA DA SARDINHA, que a fotografia mostra.
Como tinha tempo, disponibilidade e gosto de olhar (simplesmente olhar, apenas olhar...) fui, ao mesmo tempo, notando que iam passando pessoas.
Presumo que devem ter empregos importantes, pois caminhavam cheias de pressa, enquanto iam falando, sem parar, ao telemóvel.
É aqui que está o segredo da minha qualidade de vida.
Estou só aqui sentado a vê-los passar e a pensar na sorte que tenho de não ter um emprego importante.
Melhor ainda: de nem sequer ter emprego...
Como tinha tempo, disponibilidade e gosto de olhar (simplesmente olhar, apenas olhar...) fui, ao mesmo tempo, notando que iam passando pessoas.
Presumo que devem ter empregos importantes, pois caminhavam cheias de pressa, enquanto iam falando, sem parar, ao telemóvel.
É aqui que está o segredo da minha qualidade de vida.
Estou só aqui sentado a vê-los passar e a pensar na sorte que tenho de não ter um emprego importante.
Melhor ainda: de nem sequer ter emprego...
Que arremedo de País...
Os patrões não têm disponibilidade para aceitar a subida do salário mínimo para 600 euros, já em janeiro de 2018.
O aviso foi dado hoje pelo presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, em entrevista conjunta à Antena1 e ao Jornal de Negócios, onde considera que a proposta de aumento do salário mínimo para 600 euros, defendida pelo PCP, é "uma luta partidária" dos comunistas com o Bloco de Esquerda.
"Não é que o salário mínimo não devesse ser - assim o país tivesse condições e as empresas para o suportarem - dessa dimensão”!..
E eu considero que ele devia ser obrigado a viver com 600 € de ordenado mínimo durante 1 ano!..
No meu modesto entender, a economia não serve para nada se estiver desligada das pessoas.
Nunca consegui falar com uma empresa. Mas, mas todos os dias falo com trabalhadores!
Repugnam-me e não entendo dividendos, quando não existe pão suficiente à mesa de quem trabalha!
Repugnam-me e não compreendo os lucros, quando o ordenado mínimo não atinge 600 €!
Repugna-me e não compreendo que se continuem a pedir todos os sacrifícios a quem em nada contribuiu para esta situação!
Eu sei que sou um analfabeto económico, mas deixo uma pergunta...
Porque é que não julgam os ladrões e os corruptos?
AH pois: quando os homens são puros, as leis são desnecessárias!
Quando são corruptos, as leis são inúteis...
O aviso foi dado hoje pelo presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, em entrevista conjunta à Antena1 e ao Jornal de Negócios, onde considera que a proposta de aumento do salário mínimo para 600 euros, defendida pelo PCP, é "uma luta partidária" dos comunistas com o Bloco de Esquerda.
"Não é que o salário mínimo não devesse ser - assim o país tivesse condições e as empresas para o suportarem - dessa dimensão”!..
E eu considero que ele devia ser obrigado a viver com 600 € de ordenado mínimo durante 1 ano!..
No meu modesto entender, a economia não serve para nada se estiver desligada das pessoas.
Nunca consegui falar com uma empresa. Mas, mas todos os dias falo com trabalhadores!
Repugnam-me e não entendo dividendos, quando não existe pão suficiente à mesa de quem trabalha!
Repugnam-me e não compreendo os lucros, quando o ordenado mínimo não atinge 600 €!
Repugna-me e não compreendo que se continuem a pedir todos os sacrifícios a quem em nada contribuiu para esta situação!
Eu sei que sou um analfabeto económico, mas deixo uma pergunta...
Porque é que não julgam os ladrões e os corruptos?
AH pois: quando os homens são puros, as leis são desnecessárias!
Quando são corruptos, as leis são inúteis...
Centro Escolar de S. Pedro
Na reunião de Câmara de 20 de junho de 2016, foi aprovada, por unanimidade a adjudicação da empreitada da construção construção do Centro Escolar de S. Pedro, no valor de 777.097,93€ + IVA, à firma Pascoal & Veneza, Lda.
O Centro Escolar de S. Pedro, cujo concurso público foi lançado em abril desse mesmo ano, tinha a conclusão prevista para antes do início do ano escolar 2017/2018.
Na passada quinta-feira, pela voz do presidente da junta de freguesia, que participou no programa "entre os ventos e as marés", na Foz do Mondego Rádio, ficámos a saber que "as crianças de São Pedro, Cova-Gala mudam para o novo Centro Escolar no Carnaval", pois só nessa altura, ao contrário do que estava previsto, a obra ficará concluída.
O custo final da obra ronda os 900 mil euros.
Registe-se que esta obra é da responsabilidade da Autarquia e comparticipada com fundos europeus.
O Centro Escolar de S. Pedro, cujo concurso público foi lançado em abril desse mesmo ano, tinha a conclusão prevista para antes do início do ano escolar 2017/2018.
Na passada quinta-feira, pela voz do presidente da junta de freguesia, que participou no programa "entre os ventos e as marés", na Foz do Mondego Rádio, ficámos a saber que "as crianças de São Pedro, Cova-Gala mudam para o novo Centro Escolar no Carnaval", pois só nessa altura, ao contrário do que estava previsto, a obra ficará concluída.
O custo final da obra ronda os 900 mil euros.
Registe-se que esta obra é da responsabilidade da Autarquia e comparticipada com fundos europeus.
sábado, 18 de novembro de 2017
O importante é que nos conheçamos, que tenhamos interiorizado aquilo que é verdadeiramente importante para nós
"O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa."
Eduardo Galeano
O corpo é um empréstimo que pagamos com a vida.
Percebi isso muito melhor na passada segunda-feira.
Levantei-me cedo, como todos os dias. Mas, nesse dia havia um compromisso horário a cumprir, o que nesta altura da minha vida é coisa rara: pelas oito horas da manhã tinha de estar no Hospital da Figueira da Foz para um pequeno acto cirúrgico.
Pensava que era ir e voltar...
Contudo, por vezes temos surpresas: apanhei um susto e tive de permanecer no Hospital, onde fui magnificamente tratado, até ontem à tarde.
A Figueira, como é óbvio não tem tudo mal: entre aquilo de que os figueirenses devem ter orgulho, está o seu Hospital. Simplesmente magnífico.
O corpo é um empréstimo que pagamos com a vida.
O que importa, neste momento, é esquecer isso.
O esquecimento reabre a oportunidade de poder continuar sem muitas preocupações.
As preocupações inibem, complicam e atrasam a vida.
Para mim, passou o tempo de antropologia.
Também já não é tempo de ressaca ou porquês.
A recuperação navega em bom ritmo.
O corpo é um empréstimo que pagamos com a vida.
Portanto, o despojamento com que sempre vivi, vai continuar a ser forma única de resistência.
A Liberdade é uma coisa séria.
Na Figueira, há muita incompreensão por quem é diferente e gosta de viver marginalmente.
Os que preferem permanecer no cárcere, mimoseiam quem ousa desobedecer ao politicamente correcto com nomes carinhosos. Por exemplo, bimbos, miseravéis e loucos.
Como dá para verificar, na Figueira, a Liberdade passou a ter outros nomes.
Continuarei como sempre: "Serei tudo o que disserem/ por inveja ou negação:/ cabeçudo dromedário/ fogueira de exibição/ teorema corolário/ poema de mão em mão/ lãzudo publicitário/ malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!"
No fundo, e isso é o que verdadeiramente me interessa, depois deste percalço, vou continuar a tratar bem o corpo, pois só desta maneira é possível que ele me dure uma vida inteira.
Eduardo Galeano
Foto sacada daqui |
Percebi isso muito melhor na passada segunda-feira.
Levantei-me cedo, como todos os dias. Mas, nesse dia havia um compromisso horário a cumprir, o que nesta altura da minha vida é coisa rara: pelas oito horas da manhã tinha de estar no Hospital da Figueira da Foz para um pequeno acto cirúrgico.
Pensava que era ir e voltar...
Contudo, por vezes temos surpresas: apanhei um susto e tive de permanecer no Hospital, onde fui magnificamente tratado, até ontem à tarde.
A Figueira, como é óbvio não tem tudo mal: entre aquilo de que os figueirenses devem ter orgulho, está o seu Hospital. Simplesmente magnífico.
O corpo é um empréstimo que pagamos com a vida.
O que importa, neste momento, é esquecer isso.
O esquecimento reabre a oportunidade de poder continuar sem muitas preocupações.
As preocupações inibem, complicam e atrasam a vida.
Para mim, passou o tempo de antropologia.
Também já não é tempo de ressaca ou porquês.
A recuperação navega em bom ritmo.
O corpo é um empréstimo que pagamos com a vida.
Portanto, o despojamento com que sempre vivi, vai continuar a ser forma única de resistência.
A Liberdade é uma coisa séria.
Na Figueira, há muita incompreensão por quem é diferente e gosta de viver marginalmente.
Os que preferem permanecer no cárcere, mimoseiam quem ousa desobedecer ao politicamente correcto com nomes carinhosos. Por exemplo, bimbos, miseravéis e loucos.
Como dá para verificar, na Figueira, a Liberdade passou a ter outros nomes.
Continuarei como sempre: "Serei tudo o que disserem/ por inveja ou negação:/ cabeçudo dromedário/ fogueira de exibição/ teorema corolário/ poema de mão em mão/ lãzudo publicitário/ malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!"
No fundo, e isso é o que verdadeiramente me interessa, depois deste percalço, vou continuar a tratar bem o corpo, pois só desta maneira é possível que ele me dure uma vida inteira.
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
Errar, é dar uma prova de vida...
Cada vez dou mais importância às pequenas coisas!
Sabia que a Figueira tem quase tudo?
Até tem "uns comentadores de lupanar"!..
Nota de rodapé.
Citando Woody Allen.
"É curioso que se chame de sexo oral uma prática que o que menos se pode fazer é falar."
Sabia que a Figueira tem quase tudo?
Até tem "uns comentadores de lupanar"!..
Nota de rodapé.
Citando Woody Allen.
"É curioso que se chame de sexo oral uma prática que o que menos se pode fazer é falar."
No País do faz de conta, fazem-se jornais para quem não gosta de ler!..
Há muito tempo que não lia jornais em papel.
Esta semana, porém, devido a uma hospitalização, para estar informado, li quase todos.
A saber: Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias e, até, passei os olhos pelo Correio da Manhã.
Via Aventar, fiquei a saber que "Marcelo falou na crise dos jornais como se não soubesse o que se passa."
E a explicação bem podem ser esta, que constatei esta semana.
"Mistério? Não. É que, dado o perfil das pessoas que ainda compram jornais, é natural que os compradores-leitores, sejam quais forem as suas opções políticas, tenham critérios de exigência de qualidade que nenhum – rigorosamente nenhum – jornal português minimamente satisfaz. Os poucos colaboradores de qualidade que ainda por eles andam são cada vez mais insuficientes para legitimar/compensar os desmandos. É que a maioria dos jornais, hoje, pretende dirigir-se a leitores que…não lêem. Nem jornais nem outras letras."
Esta semana, porém, devido a uma hospitalização, para estar informado, li quase todos.
A saber: Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias e, até, passei os olhos pelo Correio da Manhã.
Via Aventar, fiquei a saber que "Marcelo falou na crise dos jornais como se não soubesse o que se passa."
E a explicação bem podem ser esta, que constatei esta semana.
"Mistério? Não. É que, dado o perfil das pessoas que ainda compram jornais, é natural que os compradores-leitores, sejam quais forem as suas opções políticas, tenham critérios de exigência de qualidade que nenhum – rigorosamente nenhum – jornal português minimamente satisfaz. Os poucos colaboradores de qualidade que ainda por eles andam são cada vez mais insuficientes para legitimar/compensar os desmandos. É que a maioria dos jornais, hoje, pretende dirigir-se a leitores que…não lêem. Nem jornais nem outras letras."
Mesmo um anjinho, como eu, percebe que quem governa o concelho é João Ataíde e que a oposição é uma miséria...
Depois de dois mandatos a ignorar a importância que a autarquia poderia ter na promoção do desenvolvimento concelhio, quem gere a câmara figueirense tem agora um desafio para enfrentar.
Seria interessante que o senhor presidente da autarquia, em vez de andar a cercear o debate político, com reuniões à porta fechada, por exemplo, explicasse aos cidadãos figueirenses, como encara o futuro da cidade cujo desenvolvimento lhe cabe promover.
Que ideias tem, com que recursos conta, o que pretende fazer?
Mas é também tempo para a oposição reflectir: como é possível que uma equipa tão incompetente consiga, oito anos depois de nada ter para apresentar de relevante e estrutural, além da bandeira da dívida, cuja história verdadeira, aliás, há-de um dia ser contada, ganhar as eleições com uma maioria absolutíssima?
Os abusos, os almoços, os jantares e a manipulação eleitoral da miséria económica e cultural não dá para explicar tudo.
A oposição perdeu, porque também não foi suficientemente competente e os partidos devem reflectir sobre se escolheram bem os candidatos, se a forma como funcionam internamente é entendida pelos eleitores, se os seus modelos se adequam aos desejos da população.
É bom e urgente que o façam, sob pena de dentro de quatro anos voltarem a perder...
Seria interessante que o senhor presidente da autarquia, em vez de andar a cercear o debate político, com reuniões à porta fechada, por exemplo, explicasse aos cidadãos figueirenses, como encara o futuro da cidade cujo desenvolvimento lhe cabe promover.
Que ideias tem, com que recursos conta, o que pretende fazer?
Mas é também tempo para a oposição reflectir: como é possível que uma equipa tão incompetente consiga, oito anos depois de nada ter para apresentar de relevante e estrutural, além da bandeira da dívida, cuja história verdadeira, aliás, há-de um dia ser contada, ganhar as eleições com uma maioria absolutíssima?
Os abusos, os almoços, os jantares e a manipulação eleitoral da miséria económica e cultural não dá para explicar tudo.
A oposição perdeu, porque também não foi suficientemente competente e os partidos devem reflectir sobre se escolheram bem os candidatos, se a forma como funcionam internamente é entendida pelos eleitores, se os seus modelos se adequam aos desejos da população.
É bom e urgente que o façam, sob pena de dentro de quatro anos voltarem a perder...
Recordando Andreas Ding, um Pastor Evangélico que fez muito pela juventude da Cova e Gala
Para ler melhor clicar na imagem |
O Pastor Andreas Ding dirigiu a comunidade da Igreja Evangélica Figueirense durante 12 anos.
Fez parte da Direcção do Centro Social da Cova e Gala, no princípio do século XXI, onde o conheci e fui seu colega de duas Direcções que tinham o Pastor João Neto como Presidente.
A partir de 2008, juntou-se à Fliedner Foundation como capelão da escola, mas em agosto de 2009, entrou numa comunidade monástica luterana chamada Christusbrudershaft (Irmandade de Cristo), onde serviu até ao dia da sua morte, que ocorreu em 16 de Agosto de 2014.
Era um Homem de uma cultura enorme, mas também de acção, como o demonstra este "Projecto Esperança", de que foi o principal obreiro.
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
Pedro Cruz: “Detesto o politicamente correto, não tenho feitio para isso e falo dos assuntos sem pinças”.
Há pessoas que gostam de uma certa exposição...
Outras, como é o caso do Pedro Agostinho Cruz, nem por isso.
Quem o conhece bem sabe que prefere observar.
Não por simples curiosidade, mas para tentar perceber como as pessoas agem, sem as tentar julgar.
Observar... Apenas! Com discrição e reserva.
Deu uma interessante entrevista ao Figueira na Hora (eu sei que sou suspeito...) que pode ser lida clicando aqui.
Com a devida vénia respigo a pergunta final de Jorge Lemos: "que diferença existe do Pedro de há 10 anos e o Pedro de hoje?"
A resposta foi esta.
"Bem, aos 19 anos já andava com uma máquina fotográfica na mão. Já conhecia e lidava com o stress diário dos jornais e redacções.
Eu sei que é parvo, mas passados 10 anos continuo a achar que posso mudar o mundo com as minhas fotografias.
Continuo a fazer o que gosto, como gosto e tenho a sorte de algumas pessoas gostarem.
Continuo a acreditar que posso fazer coisas boas a partir da minha cidade. Hoje, vejo que há gente que caminha também nessa estrada e isso deixa-me satisfeito.
Para concluir, continuo a dormir descansado e isso nos dias de hoje é um privilégio."
Depois de ler a entrevista do Pedro Agostinho Cruz, um jovem de 29 anos de idade, interroguei-me...
Que tipo de vida levamos?
Quem nos leva a levar este tipo de vida?
A quem aproveita?
Passamos a vida a trabalhar: trabalhamos, trabalhamos, trabalhamos para que possamos ultrapassar as necessidades que nos criam.
Aqueles óculos fantásticos; aquele relógio magnífico que dá horas certas como outro qualquer; aquela T-Shirt capaz de nos fazer sentirmo-nos nós; o popó dos nossos sonhos que nos leva rapidamente ao engarrafamento; aquela casa que será nossa ao fim de 30 anos e que nessa altura não valerá um centavo, tendo pago por ela, em suaves prestações, mais do dobro do seu preço; aquele telemóvel, descartável dentro de 6 meses, que até fala para as estrelas; aquelas férias paradisíacas que acabam em tormento, mas que sempre se podem contar aos amigos; aqueles sapatos com um design atraente que não duram mais que uma estação; um PC com múltiplas funções, continuando a usar as que já dominávamos; e a net sem fios, em que se pode navegar até no café...
Tudo isto, nos dias de hoje, é o que nos distingue uns dos outros.
E, nós, não só os jovens, vaidosos, desfrutamos de todas estas vantagens, que não são mais que necessidades artificiais criadas, para que uma vez consumidas, não possamos abdicar delas.
O sistema funciona na perfeição.
O dinheiro não chega? Qual o problema? Recorre-se à banca, que são uns estabelecimentos muito simples, que vendem dinheiro, com garantias reais como é de bom tom, e nos ajudam a colmatar o deficit para que o status se mantenha.
Corre tudo sobre rodas porque somos números que se podem introduzir num sistema informático, com os devidos alertas, quando a luz vermelha se acende.
E viver? Alguém pensa em viver? E sentimentos? Que valor têm eles na nossa sociedade avançada?
Foi essa a diferença de visão que mais me chamou a atenção nesta entrevista do Pedro Agostinho Cruz.
"Não tenho medo de estar exposto, ser criticado, ou seja lá o que for. A minha forma de estar é assim.
Detesto o politicamente correto, não tenho feitio para isso e falo dos assuntos sem pinças.
Eu sei que tenho uma relação muito especial com os fotógrafos da cidade, mas ainda não percebi porquê, confesso.
Faz-me confusão a passividade e a falta do olhar deles sobre temas que exigem de nós, que nos fazem crescer a todos os níveis. Temos de assumir posições, responsabilidades, etc.
Claro que é mais fácil e cómodo alimentar a nossa quintinha da comunidade virtual com fotografias bonitas que possam ser traduzidas em likes ou seguidores. Opções!.."
É isso mesmo: opções.
É preciso saber o que queremos para nós e para os outros. As opções são cada vez mais claras e necessárias! Não nos podemos refugiar na impotência...
Outras, como é o caso do Pedro Agostinho Cruz, nem por isso.
Quem o conhece bem sabe que prefere observar.
Não por simples curiosidade, mas para tentar perceber como as pessoas agem, sem as tentar julgar.
Observar... Apenas! Com discrição e reserva.
Deu uma interessante entrevista ao Figueira na Hora (eu sei que sou suspeito...) que pode ser lida clicando aqui.
Com a devida vénia respigo a pergunta final de Jorge Lemos: "que diferença existe do Pedro de há 10 anos e o Pedro de hoje?"
A resposta foi esta.
"Bem, aos 19 anos já andava com uma máquina fotográfica na mão. Já conhecia e lidava com o stress diário dos jornais e redacções.
Eu sei que é parvo, mas passados 10 anos continuo a achar que posso mudar o mundo com as minhas fotografias.
Continuo a fazer o que gosto, como gosto e tenho a sorte de algumas pessoas gostarem.
Continuo a acreditar que posso fazer coisas boas a partir da minha cidade. Hoje, vejo que há gente que caminha também nessa estrada e isso deixa-me satisfeito.
Para concluir, continuo a dormir descansado e isso nos dias de hoje é um privilégio."
Depois de ler a entrevista do Pedro Agostinho Cruz, um jovem de 29 anos de idade, interroguei-me...
Que tipo de vida levamos?
Quem nos leva a levar este tipo de vida?
A quem aproveita?
Passamos a vida a trabalhar: trabalhamos, trabalhamos, trabalhamos para que possamos ultrapassar as necessidades que nos criam.
Aqueles óculos fantásticos; aquele relógio magnífico que dá horas certas como outro qualquer; aquela T-Shirt capaz de nos fazer sentirmo-nos nós; o popó dos nossos sonhos que nos leva rapidamente ao engarrafamento; aquela casa que será nossa ao fim de 30 anos e que nessa altura não valerá um centavo, tendo pago por ela, em suaves prestações, mais do dobro do seu preço; aquele telemóvel, descartável dentro de 6 meses, que até fala para as estrelas; aquelas férias paradisíacas que acabam em tormento, mas que sempre se podem contar aos amigos; aqueles sapatos com um design atraente que não duram mais que uma estação; um PC com múltiplas funções, continuando a usar as que já dominávamos; e a net sem fios, em que se pode navegar até no café...
Tudo isto, nos dias de hoje, é o que nos distingue uns dos outros.
E, nós, não só os jovens, vaidosos, desfrutamos de todas estas vantagens, que não são mais que necessidades artificiais criadas, para que uma vez consumidas, não possamos abdicar delas.
O sistema funciona na perfeição.
O dinheiro não chega? Qual o problema? Recorre-se à banca, que são uns estabelecimentos muito simples, que vendem dinheiro, com garantias reais como é de bom tom, e nos ajudam a colmatar o deficit para que o status se mantenha.
Corre tudo sobre rodas porque somos números que se podem introduzir num sistema informático, com os devidos alertas, quando a luz vermelha se acende.
E viver? Alguém pensa em viver? E sentimentos? Que valor têm eles na nossa sociedade avançada?
Foi essa a diferença de visão que mais me chamou a atenção nesta entrevista do Pedro Agostinho Cruz.
"Não tenho medo de estar exposto, ser criticado, ou seja lá o que for. A minha forma de estar é assim.
Detesto o politicamente correto, não tenho feitio para isso e falo dos assuntos sem pinças.
Eu sei que tenho uma relação muito especial com os fotógrafos da cidade, mas ainda não percebi porquê, confesso.
Faz-me confusão a passividade e a falta do olhar deles sobre temas que exigem de nós, que nos fazem crescer a todos os níveis. Temos de assumir posições, responsabilidades, etc.
Claro que é mais fácil e cómodo alimentar a nossa quintinha da comunidade virtual com fotografias bonitas que possam ser traduzidas em likes ou seguidores. Opções!.."
É isso mesmo: opções.
É preciso saber o que queremos para nós e para os outros. As opções são cada vez mais claras e necessárias! Não nos podemos refugiar na impotência...
A tradição, na Figueira, continua a ser o que sempre foi: há vivos que estão mortos...
"Foi empossada a nova administração da Figueira Domus."
Nota de rodapé
Resta desejar bom trabalho.
A necessidade e o engenho conseguem, por vezes, autênticos milagres.
Nota de rodapé
Resta desejar bom trabalho.
A necessidade e o engenho conseguem, por vezes, autênticos milagres.
O outono continua bonito na minha terra. Logo que possa, vou voltar a apreciar este "sol"...
O vinho licoroso “Sol engarrafado”, que entre as décadas de 50 e 70 do século passado pôs o nome da Figueira da Foz nas bocas do mundo, está de volta, através do armazenista e distribuir de bebidas local Dapaval.
O regresso tem hora, dia e local: 17H00 do próximo sábado no Casino Figueira e insere-se na segunda edição do evento Figueira Doce Figueira, organizado pela Associação Figueira com Sabor a Mar.
Via AS BEIRAS
O regresso tem hora, dia e local: 17H00 do próximo sábado no Casino Figueira e insere-se na segunda edição do evento Figueira Doce Figueira, organizado pela Associação Figueira com Sabor a Mar.
Via AS BEIRAS
Deputada Ana Oliveira questiona Ministro da Saúde...
Intervenção no debate, na especialidade, das propostas de Orçamento do Estado e Grandes Opções do Plano para 2018 da deputada figueirense eleita por Coimbra na lista do PSD.
Para ver e ouvir, clicar aqui.
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