domingo, 13 de agosto de 2017

O livro aberto que eu sou...

Gosto da distância. 
Deixo aproximar de mim muita pouca gente.
Os intrusos incomodam-me. Os curiosos também. Tenho a mania da discrição, provavelmente por, na essência, ser pouco amistoso e bruto. 
Não tenho segredos. Costumo dizer que sou um livro aberto, apenas com uma ou outra página colada... 
Sou responsável pelo que sou, não pelo que os outros, quem quer que eles sejam, julgam que eu sou. 
De mim, que me considero ser um "liberal old fashion", alguns dizem que sou "comunistoide"!..
Às vezes é tramado, para não escrever outra coisa que me estava a apetecer, mas que evito, por saber que iria ofender alguma "virgem"
Considero o "Estado a que isto chegou", uma merda. 
Sei - e é com amargura que o reconheço - que a democracia não existe. 
Sei que a existência de democracia pressupunha a existência de povo. 
Sei, também, que o povo quase já não existe. Longe vão os tempos, mas eu tenho alguma memória, em que as palavras de Abraham Lincoln, "a democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo", tinham algum significado! 
Sei, ainda, que o povo que ainda  existe, como existe, individualizado em gentios, deixa muito a desejar, tal como o "Estado a que isto chegou"
Ele, esse povo que ainda exite, não está para se incomodar muito com pormenores - estes ou outros. 
Raramente se interroga e não tem paciência para dar respostas sobre si. 
Eu, que sou povo - até gosto de fado... -  sou assim: desejo distância e latitude... 
Momentos de cumplicidade, só com pessoas especiais, porque é no meu estar, normalmente silencioso, que asssenta o primeiro fundamento da minha Liberdade. 

Superfícies comerciais...

Não sei se isto aconteceu tão intensamente no resto do País, como está a acontecer na Figueira, onde estes dois mandatos de Joaão Ataíde, em termos de desenvolvimento industrial, foram 8 anos perdidos para a cidade e o seu concelho...
A actual zona industrial, sita na Gala, está saturada...
A futura zona industrial do Pincho, continua sem projecto (e assim será para a próxima década!..)
Todavia, no que à "mercearia figueirense" diz respeito houve outro tratamento!..
Neste momento, curiosamente, na Figueira, se há sector económico onde se verifica uma concorrência feroz, é na mercearia...

A necessidade motiva qualquer mortal a frequentar as chamadas superfícies comerciais. 
Até eu, embora muito raramente, lá vou.
Aconteceu-se ontem.
Em tese, tais superfícies deveriam ser evitadas por qualquer criatura com um minímo de juízo. 
Tais espaços deveriam ser deixados à fauna típica: as rapariguinhas do shopping, as senhoras da limpeza, as rapazes da empresa de segurança com walkie talkies, os prezados clientes e as adolescentes vestidas e calçadas de modo provocatório, a mascar pastilha elástica e de mão dada com adolescentes vestidos e calçados de modo que, por decoro dos parentes sobreviventes, ninguém é sepultado. 
Um centro comercial, confirmei ontem mais uma vez, é aquio que está  mais próximo que de uma galeria de horrores. 
É o lugar onde o capitalismo celebra a miséria, tranfigurando-a não em consumo ou em consumíveis, mas em consumidores.

Contos largos...

daqui

sábado, 12 de agosto de 2017

Para mais tarde recordar: o verão de 2017 na Figueira...

2017, está a ser um verão “cinzento” na cidade que já foi considerada a “Rainha das praias em Portugal”
A falta de turistas nas ruas é notória e preocupante para as áreas da hotelaria e da restauração. 
Quem o escreve, não é a ANC-Caralhete News, é  o jornal AS BEIRAS, que cita Isabel João Brites, presidente da Associação Figueira com Sabor a Mar, referindo que “as pessoas destas áreas vivem disto. É o seu ganha-pão. Por exemplo, no Picadeiro os bares são essencialmente noturnos e muitos deles só abrem à sexta e ao sábado. Nesta vertente ainda é mais notória a descida. Vai-se sentir uma grande diferença comparativamente a anos anteriores quando for feita uma avaliação referente a este verão”
Isabel João Brites afirma que neste momento na Figueira “há menos turistas em permanência”. “Durante o dia não se consegue encontrar um lugar de estacionamento onde colocar o carro, mas de noite a cidade está devoluta. Aquilo que nós concluímos é que as pessoas vêm de manhã à praia e regressam a casa ao final da tarde”
No início de agosto chegou a admitir-se que tudo não passava de uma altura de transição, mas rapidamente se concluiu que não. “Estamos a ter, definitivamente, o verão mais baixo dos últimos anos”
Segundo o que o jornal As Beiras conseguiu apurar, são vários os hotéis na cidade que estão lotados para este fim-de-semana prolongado. 
Mas nem esse dado trás boas perspetivas relativamente à movimentação de turistas pela cidade. 
“Aquilo que esperamos deste fim-de-semana é o reflexo daquilo que tem sido o verão”, refere Isabel João Brites. 
Um dos principais motivos da falta de pessoas nas ruas é o tempo. 
“Hoje em dia, as pessoas têm acesso à meteorologia muito rapidamente. Não precisam que a televisão lhe diga as previsões”
Segundo Isabel João Brites, “a solução passa por arranjar outras formas de captar pessoas para que elas venham e fiquem durante uma ou duas semanas”
“A cidade precisa disso”, acrescenta a terminar a entrevista Maria João Brites

Sábado de sol


Há dias em que chove ou faz sol, mais do que noutros.
Também há dias que sangram mais.
E como nem toda a chuva que cai, é com o propósito de nos molhar, nem todo o sol que nos abrasa, é com o propósito de nos queimar, também nem tudo aquilo que sangra é com o intuito de fazer doer.
Da mesma forma que aprendemos a fugir dos pingos da chuva e a protegermo-nos da inclemêmcia do sol,  também aprendemos a lidar com tudo o que nos faz sangrar.
Hoje, até podia ser um daqueles dias que sangram, mas afinal nem chove.
Apenas faz sol.
Bom sábado.

Autárquicas 2017 - AS CANDIDATURAS, UM DOS PROBLEMAS...

Elas, as candidaturas às Autárquicas 2017, fazem parte da minha vida... 
Mas, não são a minha vida! 
Tenho uma vida que vivo com entusiasmo e alegria. 
O resto... 
Ou consego resolver, ou deixo andar! 
E sem anti depressivos...
Contudo, em 2017, no dia 1 de outubro, estou a contar ter um problema...
Fazer o que está certo, para mim nunca foi o problema. 
O problema, para mim, por enquanto, é saber, no dia 1 de outubro, o que é o certo!..

Autárquicas 2017 - UM DOS PROBLEMAS...

Até ao momento, Carlos Tenreiro, candidato pelo PSD, é um político de ficção, que acredita mais no cenário do que no conteúdo. 
Poderia dizer isto, também, de Joaão Ataíde, o actual senhor presidente, novamente candidato pelo PS. 
O problema de ambos, não são os problemas...
O problema, é esperarem outras coisas e pensarem que ter problemas, é um problema.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Bem disse Mário Soares que o guarda chuva do PS era grande demais...

foto sacada daqui
Isto, não faz lembrar uma espécie de apocalipse em directo?..

Senhor bastonário, ai, ai, senhor bastonário, porque não se cala?

Os homens têm muita dificuldade em simular. Nenhum homem pode fazer uma cara destas de propósito...
O actual bastonário da ordem dos médicos defende que o exercício da medicina configura uma profissão de desgaste rápido, o que justificaria a reivindicação de querer a reforma dos médicos antes dos sessenta anos.
Provavelmente o bastonário refere-se apenas à reforma do SNS. Imagine-se a reação se os obrigassem a fechar os consultórios quando se reformam...
Desgaste rápido, senhor bastonário?.. 
Então, e o desgaste psicológico, para não dizer autêntica tortura, a que está sujeito o povinho para conseguir pagar o valor das consultas aos senhores doutores no privado!.. 

Eu sei que estamos na silly season, mas o tema é importante...

A mulher mais importante na vida de um homem não é a primeira. 
É aquela, que não deixa que venha a existir próxima...

Quando é que neste País se dão cursos de formação com aulas de ética para protecção de pulhas?.. Fiquem de braços cruzados, fiquem!..


Via Expresso 

Óh diabo, estas escadas são perigosas e não há elevador...

Estas escadas ficam em frente ao Pingo Doce de Buarcos. Por aqui, todos os dias,  passa muita gente, principalmente pessoas idosas e com problemas de locomoção. Todos dias acontecem quedas...

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A Figueira, antes dos "eventos insustentáveis de animação turística"...

foto sacada daqui
... o Povo (como diz uma Amiga minha, de que muito gosto e prezo, sou tão Povo, tão Povo, tão Povo, que até gosto de fado...), tinha a sua vida genuína e os fotógrafos tinham oportunidade de fazer fotografias maravilhosas!
A recolha de sal, por métodos artesanais, um trabalho duro e pesado,  faz parte das minhas memórias de infância, pois durante muitos anos, lá pelos idos anos 60 do século passado, acompanhei muitas vezes a minha mãe e a minha avó Rosa Maia, tiradeiras de sal - elas iam trabalhar no duro e eu, criança, ia brincar aos marnotos.
Recorde-se que, na altura, as salinas constituíam uma actividade económica relevante na Figueira da Foz.

Não se preocupem: num verdadeiro conto de fadas, a bruxa morre e o Príncipe acaba por casar com a Princesa...

Deixemo-nos de brincadeiras...

Cito o meu Amigo Fernando Campos, possuidor de uma veia artística conhecida, de uma escrita acutilante e de um humor crítico, a meu ver, fora de série...


"O humor em Portugal, pelo menos o que se publica, é uma coisa triste.
 A verdade é que “os portugueses não sabemos rir com espírito; gargalhamos com os queixos”, como dizia Camilo.
Falta-nos o espírito.
Ter espírito, como presumo que o entendia Camilo, é ter mundo, referências e, em simultâneo, um certo distanciamento de si próprio e do seu tempo que muitas vezes convoca o desconforto ou a incomodidade.
O espírito abomina o óbvio, mas aproveita-se do acaso e deleita-se com o invulgar, o imprevisto, até com o incongruente. Para isto é necessário uma certa sofisticação que lhe vem do cepticismo. É impossível achar este desprendimento entre crentes ou prosélitos; neste campo, como se sabe e enunciou José Alberto Braga, “o espírito sopra ao contrário”.

No humor publicado em Portugal já não há Camilo, nem Júlio César Machado, nem Bordalo, nem Celso Hermínio, nem Eça, nem Ramalho, nem Almada, nem Carvalhais, nem sequer Vilhena ou José Alberto Braga ou Santos Fernando. Deduzo que não haja público, ou mercado, para eles.

Para o que há público, ou mercado, em Portugal é para um engraçadismo sem substância que não seja o gargalhar com os queixos ignóbil, acéfalo, redundante e imbecil. Ocupa a última página dos jornais. Por exemplo, com o desinfeliz da padaria portugueza no correiodamanha e com João Miguel Tavares, no Público. 
E estamos nisto."

Depois disto que acrescentar?
Pouco: apenas, que o humor é uma das melhores defesas  que alguém pode usar para se manter e sobreviver minimamente  lúcido, saudável e feliz nesta sociedade.
Já agora, uma provocação bem humorada, inspirada nalgumas peripécias que, ultimamente, me têm vindo a acontecer com mulheres: será que Deus, ao fazer as mulheres, lhes retirou o senso de humor, para que amassem os homens, em vez de se rirem deles?..

Quando um homem se põe a pensar!

Há dias em que me ponho a pensar...
Há dias que é o pensamento quem me diz:
qual é a paz que que queres descartar, 
para tentares ser feliz?...

As coisas, na minha vida,  costumam chegar com calma. 
Pelo caminho, entretanto, foi-se abafando o ruído sentimental da instabilidade e recuperando a sanidade da razão. 
Pelo caminho, travou-se uma guerra surda e turbulenta, eivada de alguns perigos, até atingir a serenidade e a paz. 

Não a serenidade e a paz cómoda da indiferença, mas aquela que é a única que nos pode confortar à noite quando  fechamos as portas e as janelas e dormimos o sono descansado dos justos. 
E, se por um acaso, essa dor não cessar e a cama onde nos deitamos já não for aquela que por nós foi feita,  é porque chegou, sem avisar, a hora de gritar que estamos aqui, para os outros e para nós.
É a hora de gritarmos - e sem medo!

Ao olhar, em Agosto de 2017, para as listas que concorrem às autárquicas na Figueira, verifiquei que a sociedade moderna em que estamos inseridos, foi incapaz de produzir uma elite política dotada, simultaneamente, de imaginação, de inteligência e de coragem. 
Eleição após eleição, a democracia tem dotado o País de governantes que mostram bem a diminuição do calibre intelectual e moral daqueles a quem cabe a responsabilização da direcção dos assuntos políticos, económicos e sociais. 
A Figueira não foi excepção. 
Nas últimas 2 décadas aconteceram alterações políticas e sociais com grande rapidez. 

Neste momento, há quem pense que não vale a pena sequer votar, pois já está tudo decidido.
Isto, mais do que preocupante, é grave: põe em causa o valor do regime político em que vivemos desde Abril de 1974. 
A  democracia, na nossa cidade,  enfrenta problemas temíveis que colocam em causa a sua própria existência. 

Apesar das grandes esperanças que a humanidade depositou na civilização moderna, esta sociedade não foi capaz de desenvolver homens suficientemente inteligentes, lúcidos e audaciosos, para a dirigirem na via perigosa por onde enveredou.
Os seres humanos não cresceram tanto como as instituições criadas pelo seu cérebro. 
É, sobretudo, a ganância individual, a fraqueza intelectual e moral desta classe política formada em democracia e, também, a sua ignorância e estupidez, que estão a colocar em perigo a sobrevivência do regime democrático.

Uma foto que vai ficar para a eternidade e mostra algo importante que já não existe na Aldeia...

foto sacada daqui
A beleza da Aldeia, patente nesta fotografia já com uns anitos, fala por si mesma, e dispensa  palavras que a possam descrever. 
É preciso mesmo olhar a foto para poder apreciar a Aldeia daquele tempo, tal como ela merece. 
A saudade do passado mostrado nesta fotografia, continua presente e é permanente para quem o viveu.
Ao olhar para esta foto e vendo o que naquele local está agora, não me venham falar de progresso.
Para mim, o que foi feito, foi sim um desrespeito pela natureza cujas consequências ainda não estão completamente determinadas nem quantificadas.
Na altura em que foi tirada a foto, tudo  puxava  ao descanso, à brincadeira e à contemplação.
O local mostrado na fotografia, leva-me ao tempo em que era miúdo e passava as férias grandes na Aldeia.
Um dos divertimentos, era a banhoca diária no rio, no velho trapiche onde atracavam os barcos de passageiros  "Gala" e "Luís Elvira".
E, recorda-me, sobretudo, o quanto eramos putos felizes e bem imaginativos nesse tempo!

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

LISTAS PARTIDÁRIAS FIGUEIRENSES...

Depois de me ter dado ao trabalho de ir consultar a composição das listas partidárias concorrentes às eleições autárquicas 2017, algumas fizeram-me lembrar a tropa: a antiguidade é um posto
E não é só na CDU!..