segunda-feira, 19 de junho de 2017

A FLORESTA, SEGUNDO RIBEIRO TELLES

Sabedoria, coerência, visão. Eis, Gonçalo Ribeiro Telles. Um Homem de Serviço, com a obra de arquitecto paisagista mais influente da cultura portuguesa contemporânea. Também na nossa cidade, a sua inflência, apesar de tudo, continua visível. Alguém deveria ter escutado Gonçalo Ribeiro Telles, um verdadeiro Jardineiro de Deus, quando afirmou, faz tanto tempo, que em Portugal não existe floresta, diversidade de espécies, e todos sabemos já que o eucalipto, neste exagero,  é um presente envenenado de acendalhas que, com o vento, são lançadas a longa distância...

Gonçalo Ribeiro Telles concedeu ao semanário «O Diabo», de 17 de Agosto de 2005, uma entrevista. O discurso da verdade fala por si. 
Dado o seu interesse e a sua actualidade, fica o  texto da entrevista dada nessa altura.

«Vamos muito brevemente ser um Estado sem território»
O alarme é dado por Gonçalo Ribeiro Telles, que considera trágico não existir uma política agrícola nacional baseada em matas, sebes e compartimentação do espaço. 
«É urgente fazer o reordenamento do território "a sério," não para a floresta mas para as árvores em todas as suas funções», afirma. Tudo porque o nosso País «não é um País florestal».
«É um abuso inqualificável dizer que está a arder uma floresta em Portugal. Cientificamente, esta afirmação não tem qualquer validade»
Para o fundador do Movimento Partido da Terra, o que está a funcionar como um barril de pólvora são povoamentos mono específicos (de uma só espécie) desprovidos de qualquer variedade biológica. Não se trata de mata ou de floresta, mas sim de mato, que exige a permanente limpeza para a produção de madeira destinada à indústria.
Considerado o primeiro ecologista português, Ribeiro Telles acusa os Governos, os autarcas e as universidades de «ignorância atroz», por terem uma noção completamente errada do território e por defenderem «a floresta inexistente». «É uma anedota absurda», lamenta.
O que deve ser feito, então, urgentemente? O ordenamento do território implica o investimento na mata, que deve funcionar por «zonagem», ao preencher as zonas frágeis em termos de erosão, ou seja, nos grandes declives e nas barreiras. Ao mesmo tempo, é importante construir as sebes para a agricultura, com o objectivo de defender as culturas. «A sebe é o estádio final da mata para permitir a agricultura do homem», explica, e «nada disto está a ser feito».
A terceira aposta, deve ser a recuperação dos montados de sobro ou de azinho (cortiça) ou dos soutos (castanheiros). O montado é uma interface entre a agricultura e a pecuária, uma pastagem «que raramente arde e que regenera facilmente».
Outro aspecto fundamental no ordenamento do território é a ocupação do espaço e a recuperação da aldeia. Para o arquitecto paisagista é necessário valorizar o sistema aldeão, porque corremos o risco de ter o País despovoado e à mercê dos grandes empreendimentos, idêntico à exploração dos madeireiros da floresta Amazónica. 
«Numa escala diferente, estamos também a expulsar os índios, como acontece quando vimos as populações a correr quando há os fogos».
Encara como «embuste», a forma recorrente de se responsabilizar os proprietários por «deixarem os terrenos ao abandono». Diz que os donos das terras vieram para a cidade e perderam a orientação dos marcos, que foram sendo retirados ao longo dos tempos. Hoje é impossível reproduzir o cadastro, porque não sabem quais são os limites da propriedade.

«DESASTRE» COM ORIGEM NOS ANOS 30
Gonçalo Ribeiro Telles enuncia três etapas que contribuíram para «a destruição do País». Os erros começaram no século XIX com plantação de pinhal bravo, que existia apenas nas areias do litoral. O País, que era um carvalhal compartimentado por culturas, passou a ter uma percentagem excessiva de pinheiro bravo. Mais tarde, por volta de 1930, assistiu-se à arborização de 400 mil hectares de baldios, no Gerês, com pseudo-tesugas, pinheiros, cedros, faias e carvalhos-americanos, que acabou por «expulsar» as comunidades de agropecuária do Norte. 
Recorda que a política da época está retratada no livro «Quando os Lobos Uivam» de Aquilino Ribeiro.
A seguir, apareceram os eucaliptos, e novamente os pinheiros, para satisfazerem as indústrias de celulose e de madeiras para a construção civil. «Assim desapareceu a agricultura no fundo dos vales, a cabra que dava leite e cabrito, o leite que dava queijo, ou os matos que davam o mel e a aguardente de medronho. Um cenário muito diferente daquele que existe, onde se vê crescer o pau com destino para a celulose».
«Estas produções podiam não ter grande peso para o Produto Interno Bruto (PIB) mas contribuíam para a fixação de população no local», sublinha. 
«Hoje somos um País sem população no interior - entregue às grandes extensões de povoamentos para a indústria - com taxas de emprego altíssimas no litoral. Portugal está transformado num deserto».
O ex-ministro de Estado e da Qualidade de Vida culpa ainda as autarquias por «não entregarem» as aldeias aos emigrantes que regressam à terra de origem e responsabiliza-as por disponibilizarem loteamentos, ao longo das estradas, sem um sistema de planeamento, equipamento e de concentração. 
«Depois vê-se as pobres populações aflitas, metidas em casas no meio da chamada "floresta", quando os culpados são as autarquias que deviam ter incrementado o desenvolvimentos das aldeias»
«A política florestal tem sido desastrosa», e nenhum Governo, desde a década 30, conseguiu ter consciência das necessidades do País. 
«É preciso iniciar imediatamente um verdadeiro ordenamento do território, o que demoraria menos de uma geração».
«A árvore está a ser perdida todos os dias. Se a árvore deixa de estar na mata, na sebe, nos pomares, no montado, na cidade, o que temos é uma cultura artificial que pode dar muito dinheiro durante um curto intervalo de tempo a alguns mas que pode acabar com o País», conclui, ao lamentar ainda a inexistência do Programa Nacional de Ordenamento do Território.

domingo, 18 de junho de 2017

A hora é de prosseguir o combate em curso, por Portugal e pelos portugueses

Da desgraça que todos os anos (este ano começou cedo...) se abate sobre as pessoas e as nossas florestas, pouco tenho para acrescentar. 
Direi que a última noite foi terrível.
Senti-me completamente esmagado perante as tremendas imagens e o indizível desespero dos que não morreram, mas perderam em minutos os, tantas vezes, míseros proventos de uma arrastada e penosa vida de trabalho.

Pouco há para acrescentar, repito.
Cuntudo, há que reconhecer que, em dias de tal calor,  é inevitável que aconteçam os incêndios. 
Já sobre a intensidade, extensão e gravidade deste incêndio, começa a ser insuportável ouvir falar da falta de prevenção, cuidados na limpeza das florestas, etc., como todos os anos, invariavelmente, ouvimos falar, sem que entretanto alguma coisa tenha sido feita para minimizar a sempre anunciada tragédia.

A maioria dos incêndios e da destruição  dá-se nas florestas.
Florestas, essas, de proprietários desconhecidos, portanto, tecnicamente, florestas abandonadas, ou em pequenas propriedades de pobres, ou mesmo de remediados que até cuidam dos seus pinhais ou eucaliptais, mas que, dada a vizinhança com as leiras dos pobres, vêem o que é seu ser igualmente destruído. 
Já as florestas dos muito ricos, como as grandes empresas de pasta de papel, só por grande acidente são beliscadas, pois as grandes áreas das explorações permitem investir nos cuidados continuados de limpeza, abertura de caminhos, construção de corta-fogos, vigilância, meios privados de combate a focos de incêndio, etc.

No meio de toda a  tragédia que ainda está a decorrer, uma coisa é indiscutível: a coragem interminável e a entrega admirável dos corpos de bombeiros, que quando não estão a lutar contra os incêndios, estão a lutar contra a falta de meios que lhes são proporcionados pelo Estado para combater esses mesmos incêndios.
Meios, isto é o tal material que está sempre quase a chegar, ou em períodos eleitorais, ou nos flashes de entrevistas a autoridades oficiais, durante os fogos e para as câmaras de televisão.

Entretanto, a catadupa de notícias sobre incêndio  e perdas materiais e humanas entope os telejornais.
Foi o Secretário de Estado a ter de dar cara pelo maior desastre de que tenho memória
Ontem ao chegar a casa, próximo da meia-noite, ao ouvi-lo, comovi-me: fiquei mesmo lavado em lágrimas.
Vi pessoas idosas, que vivem sozinhas a mostrar resistência, até ao último momento, para abandonar as suas casas.

Neste momento, estou a ouvir Rebelo de Sousa em directo na televisão: a hora é de dor, mas também de combate e resistência, de reconstrução.
Passadas horas continuo com um nó na garganta. 
Confesso que ainda estou completamente quebrado, angustiado, revoltado.
Marcelo Rebelo de Sousa considera ser normal que se sinta “injustiça”, já que a tragédia atingiu um “país rural, isolado, com pessoas mais idosas, mais difíceis de contactar de proteger e de salvar”
Esta tragédia atingiu os portugueses de quem menos se fala: os idosos, os esquecidos, os abandonados e isolados.
"A nossa dor não tem medida".

Isto é importante, portanto, não pode ser esquecido: será que na Figueira vão conseguir "meter o Rossio na Betesga"?..

Segundo o que a vereadora executiva Ana Carvalho revelou em reunião da
 Câmara de Figueira da Foz, realizada a 19 de Abril de 2017, a ampliação do Foz
Plaza para o horto municipal pode gerar dois mil  postos de trabalho!..
Se o MarShopping Algarve, em Loulé, segundo o Expresso, o maior projecto de retalho na área dos centros comerciais a concluir-se este ano, está já com 90% da sua área comercializada,  com data de inauguração marcada para 27 de setembro, e o ‘designer outlet Algarve’ com a abertura prevista para o mês seguinte, vai criar 3000 postos de trabalho, estando neste momento os lojistas no processo de recrutamento, como é possível garantir a criação de 2000 postos de trabalho, com a venda do  Horto Municipal?

(*) Nota explicativa do título desta postagem.
Independentemente da origem precisa e correcta, o significado da expressão ainda hoje se pode comprovar in loco.
Querer meter o Rossio, grande praça lisboeta (durante muito tempo a maior da cidade), na rua que hoje liga esta mesma praça à Praça da Figueira, seria algo muito difícil ou, mesmo, impossível.  
Seria o mesmo que conseguir fazer passar um camelo pelo buraco de uma agulha.
Isto, para citar a Bíblia...

Autárquicas 2017

O respeito e admiração profunda que nutro por todos os que lutaram por um Portugal livre e independente, sem outro qualquer interesse que não fosse exclusivamente o bem do povo, com sacrifício, por vezes, da própria vida, gente que eu gosto de ver representada na figura, para mim memorável de Álvaro Cunhal, e tantos outros que o acompanharam ou antecederam...
Sobre democracia, eleições e assuntos afins, tenho, obviamente, as minhas opiniões.
Não tenho por hábito andar por aqui a divulgá-las, já que o meu conhecimento da realidade política portuguesa, no concreto, não é suficiente para tal atrevimento... 
E sobre problemas  sérios, não contem comigo para “conversas de café”.
Sobre a Figueira e a minha Aldeia, a história é outra.
Já perdemos tanto tempo na Figueira! 
E que grande cidade que a Figueira já foi...
Ainda poderá vir a ser? Talvez...
Assim o povo figueirense acerte o seu passo com o futuro e os trilhos que o podem conduzir para lá.

E o número de mortos desta tragédia não pára de aumentar...

"O secretário de Estado da da Administração Interna Jorge Gomes atualizou, às 8.30 horas deste domingo, o número de vítimas mortais no incêndio de Pedrógão Grande elevando o balanço para 43 mortos, todos civis"...
O presidente da República deixou esta noite uma palavra de ânimo e conforto aos que continuam a combater o incêndio de Pedrógão Grande e disse que "o que se fez foi o máximo que se podia fazer".

Perante isto, deixo um pedido, ao mesmo tempo um grito de impotência e de revolta.
Não brinquem com fogo...
E a razão é simples: ele não sabe brincar!

Liberdade, Liberdade

O caminho, que é a minha vida, vai ficando mais curto.
E, cada vez mais, está a estreitar-se. 
Com o decorrer do tempo, ao longo das bermas, fui largando o supérfluo. 
A leveza e a tranquilidade, entretanto, adquirida, faz bem à pele e o sorriso tem-me servido para tentar desarmar o tempo que se vai escoando inexoravelmente...
Liberdade, Liberdade, mesmo, é viver no remanso dos dias, sem a pressão de provar algo a alguém e, muito menos, lutar por qualquer lugar na fila de qualquer coisa ou sentimento.
Liberdade, Liberdade,  é quando cativar deixa de ser um propósito, com determinado fim, seja ele qual for, e passa a essência do ser simples.
A simplicidade é desarmante. 
Preenche, sem ser ostensiva. Embeleza, sem ostentação. Cativa, sem ser importuna. 
E, sobretudo, cria empatia, permitindo que continuemos a ser nós. 
Faz-me sentir bem de uma forma natural. 
Está decidido: quero a vida assim...

O mar do Cabedelo

Foto Clara Gil

Desolação

Tragédia em Pedrógão Grande: 19 mortos e 21 feridos.
Perante isto, o que se pode escrever?
Que estamos espantados, comovidos e com a noção exacta de quanto são frágeis as nossas vidas...

Momento Aqui Portugal...


Não avisaram os militantes?

Música na abertura da época balnear

Para assinalar o início da época balnear, ontem, sábado, as oito filarmónicas do concelho levaram música ao areal urbano, a partir das 18H00, entre a Ponte do Galante e a Praia do Relógio, sob o genérico “Unidos musicamos”
Mais pormenores, aqui.

sábado, 17 de junho de 2017

Onde está o campo de futebol sintético prometido a Hugo Almeida em 2009?...Nem em ano de altíssimo patrocínio da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas!..

Hugo Almeida, como bem se devem recordar,  foi mandatário para a juventude da candidatura de João Ataide nas eleições autárquicas de 2009
O então candidato,  e actual edil, assumiu publicamente, perante câmaras de televisão e imprensa nacional, o compromisso de fazer um campo de futebol em Buarcos e baptizá-lo com o nome do jogador internacional, oriundo daquela freguesia, onde iniciou a sua carreira futebolística, ao serviço do extinto Grupo Desportivo de Buarcos. 
Passados oito anos, a promessa está  por cumprir e a freguesia continua sem qualquer campo de futebol, pois o único que existia, o alegado "proprietário" - a Cimpor,  vendeu o terreno para dar lugar à "bela" urbanização Foz Village. 
A ANC-Caralhete News apurou que Ataide, José Esteves e Carlos Monteiro pensaram em atribuir o nome do Hugo Almeida ao pseudo centro de alto rendimento na praia!.. 
Chegaram a abordar o jogador sobre esta possibilidade e este foi pronto na resposta: 
- Não! Façam o campo sintético  de futebol para os jovens, como prometeram, com ou sem o meu nome
O jogador, mostrou a sua indignação, e não é para menos. 
Haja decência!  
A arte da política criativa e montar bem qualquer ilusão, é capaz de tudo!..
Sobretudo, em ano da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Popular



A meu ver, para entender a cultura popular é preciso estar na rua.
É na rua que desponta e é lá que ela acaba por desaguar.
Há sempre um momento em que alguém faz confluir numa tendência, inicialmente marginal, um conjunto de vontades onde se aglutinam valores éticos e estéticos que se manifestam desde a moda à música, passando pela forma de relação pessoal, inter-pessoal, e relação com a cultura pré-existente, enfim, o que nos rodeia. 
Simplificando: de repente, algo que não estava presente no colectivo passa a estar. E cresce.
Quim Barreiros, de quem nem sequer sou fã, é um bom exemplo: cresceu. Hoje, é gigante, vê-se ao longe. Dia após dia, mês após mês, ano após ano, em passinhos pequeninos foi-se entranhando, ganhou visibilidade e dimensão popular. Já chegou onde queria: ao elogio dos vivos que gostam da vidinha do quotidiano do cidadão comum, isto é, da rua. 
Esta vida vivida pelo cidadão que  sabe o que falta e está atento. Esta vida feita de gente porosa, permeável, que faz o que nunca se fez antes, pelo menos, nunca daquela forma. Da forma que responde à necessidade daquele momento. Parte da cultura popular é o momento. Numa palavra: pulsação.
Para quem, como eu, sempre teve relação apaixonada com o fado, hoje, é quase preferível nem o ouvir, para não ter que escutar o que se fez desde que ganhou estatuto e, socialmente falando, foi revalorizado - isto é, reabilitado. 
Há muito fado dentro do fado. 
O meu fado é o transgressor. É o fado das frases longas inventadas por Alain Oulman para os poetas que Amália cantou. 
A Camané, que pena, ao excelente Camané, falta-lhe um Oulman...

"As tasquinhas" merecem uma localização condigna...

A Feira das Freguesias é um  evento sempre  aguardado com expectativa pelos figueirenses.
Durante vários anos realizou-se na Praça da Europa. Entretanto, fecharam-no no Multiusus e ficou a perder: a nível de som é a desgraça completa e quando coincide com dias quentes, torna-se insuportável.
Como faz parte das Festas da Cidade da Figueira da Foz, que celebram o S. João e duram um mês, "as tasquinhas", como era conhecido este evento gastronómico, merecem um local apropriado. Ei-lo. Mesas já há. Bancos também. O resto compõe-se...

Para quem não consiga perceber a importância de um executivo, de maioria absoluta socialista, quase há oito anos no poder na Figueira da Foz, aqui está um bom exemplo da criação e manutenção de espaços públicos ao serviço das populações. Um parque de merendas, instalado em plena Praia outrora da Claridade, agora transformada em praia da calamidade. Assim, sempre ficava desobrigado de cumprir a promessa de um dia levar  uma bucha e um garrafão de 5 litros para fazer ali um piquenique.

O certame que junta a gastronomia, as colectividades e a animação que elas levam ao pavilhão do parque das Gaivotas começou no passado dia 14. 
No primeiro turno, que se prolonga até domingo, participam Alqueidão, Bom Sucesso, Ferreira-a-Nova, Lavos, Paião, Quiaios e São Pedro.
Na segunda parte, de 28 de junho a 2 de julho, marcam presença Alhadas, Buarcos e São Julião, Maiorca, Marinha das Ondas, Moinhos da Gândara, Tavarede e Vila Verde. As iguarias e a animação de cada freguesia têm lugar reservado das 19H00 à 01H00, com entrada livre.

Na Figueira é sempre carnaval: a poluição está a dar cabo da nossa qualidade de vida...

Imagem sacada daqui

Nota de rodapé. 
Pensava que quem manda na Figueira, ao menos, soubesse o que é bom senso!..

As crises são para enfrentar...

"Podemos estar enfrentando uma crise de ideologias, mas nunca de ideais, de lutar por justiça social. Povos oprimidos, pessoas perseguidas, todos os géneros de ditadura são terríveis, de direita ou de esquerda." (Ernesto Sabato)
Porém,
"Tenho uma riqueza que não pode ser roubada, que nunca poderei gastar toda, que não pode ser afectada pelas crises económicas e quedas de títulos: essa riqueza é a minha alegria de viver." (Napoleon Hill)


quinta-feira, 15 de junho de 2017

Segundo o PSD/Figueira, o Presidente da Câmara da Figueira não gosta de festas fora da cidade...

O Partido Social Democrata da Figueira da Foz, em nota de imprensa,  acusa o presidente da Câmara Municipal local de aniquilar os eventos promovidos por outras entidades fora da sede do concelho.
No mesmo documento, a que tivemos acesso, o PSD lembra que “ao contrário do que tem acontecido desde o seu início, este ano a Feira das Freguesias decorre com 1ª fase antes do S. João, e outra depois”.
Com a 1ª fase a iniciar-se no dia 14, há uma sobreposição de datas e incompatibilidade com outro evento que tem ganho grande relevância no concelho, o Street Food Fest, que decorre na Praia de Quiaios a partir do dia 16 de junho. O Street Food Fest, que vai para a sua 3ª edição, tem levado milhares de pessoas à Praia de Quiaios no fim de semana em que decorre, lamentam os sociais democratas.
Ainda de harmonia com o comunicado do PSD, acresce a esta incompatibilidade de datas a participação da Freguesia de Quiaios na Feira das Freguesias durante a 1ª fase, logo, durante o evento na sua própria freguesia.
Já no ano passado, houve uma sobreposição de datas com o concerto de Anselmo Ralph na Praça do Forte e com Os Azeitonas na Findagrim, em Maiorca, o que acabou por correr muito mal para o evento promovido pela Câmara e para todos os Figueirenses, pois todos acabamos por suportar um concerto promovido por um privado em milhares de euros, recorda o PSD.
Por tudo isto, “a Comissão Política do PSD repudia aquilo que parece ser uma tentativa por parte do Presidente da Câmara Municipal de aniquilar todos os eventos que tenham relevância fora da cidade, mais uma vez demonstrando o seu desprezo pelas freguesias e por aqueles que com o seu voluntarismo dão o seu melhor pela Figueira da Foz”.

O poder político figueirense e os jornalistas

Todos sabemos das debilidades que existem em Portugal para exercer a nobre profissão de jornalista.
Se no País, em geral, é assim, na Figueira, em particular, as dificuldades acrescem.
Todos sabemos do enfado com que, certos políticos figueirenses, respondem (quando respondem...) aos jornalistas.
Chegam mesmo a considerar algumas perguntas ofensivas.
Claro que não é assim... 
As coisas são simples: jornalista pergunta. Político responde. 
É assim numa cidade civilizada. 
Qualquer político que não aceite esta regra, tão simples e elementar, jamais deveria sair do gabinete...

Se isto não é ir descaradamente ao nosso bolso?..

"Governo desconhece acordo entre executivo anterior e EDP"...