quinta-feira, 6 de abril de 2017

Aquela miséria que é a Assembleia Municipal...

A política na Figueira, como se vê sempre que há sessões da Assembleia Municipal,  serve cada vez menos para os políticos locais discutirem soluções para o concelho, para se transformar num palco para "jogadas" de pseudos craques políticos caseiros, onde em vez de se abordarem soluções, procura-se, como se viu, mais uma vez, na passada segunda-feira, tentar ser eficaz, mas a rasteirar o adversário político. 
O melhor "deputado" municipal não é o que apresenta a melhor proposta para o seu concelho dimanada do seu partido, mas sim o que consegue passar a perna a quem também está na AM, mas é de outra  cor política.
Fora da Assembleia, a política figueirinhas é feita para aparecer nos jornais, na rádio e na TV locais...
A política, na Figueira, tal como no País, está reduzida a tiradas previamente encenadas.
Devo ser dos poucos figueirenses que paga para assistir àquele espectáculo degradante que são as Assembleias Muncnipais.
Meus senhores, minhas senhoras, caros e caras "deputados" municipais: começa a ser tempo de discutir os problemas reais dos figueirenses, que não são poucos, e procurar encontrar as soluções que nem sempre são difíceis. 
Felizmente, que na Figueira há mais política para além das sessões da Assembleia Municipal.

Vamos lá então continuar a discutir o PDM... (20)

AS FAMOSAS ZONAS INDUSTRIAIS DE ALBINO ATAÍDE!..
SERÁ QUE NAS VIAGENS DIÁRIAS PARA COIMBRA, VIA A14, AINDA  NÃO TERÁ DADO CONTA QUE DO PONTO DE VISTA DA MORFOLOGIA DO TERRENO, DIFICILMENTE SERÁ VIÁVEL ECONOMICAMENTE...
ALGUÉM JÁ ESTUDOU OS CUSTOS DO NECESSÁRIO DESATERRO?
EM QUANTO ORÇAM AS NECESSÁRIAS INFRAESTRUTURAS?
A ZONA TEM LINHAS DE ÁGUA E O TERRENO É ACIDENDENTADO...
COMO SERÃO FEITOS OS ACESSOS NORTE E SUL?
OU É SÓ PARA A IMAGEM?
ALBINO ATAIDE, SÓ ESTARÁ, NA PIOR DAS HIPÓTESES, MAIS 4 ANOS!
QUEM VIER A SEGUIR QUE FECHE A PORTA.
Nota de rodapé.
Este terreno tem uma história longa.
Já esteve para ser instalada lá, nos anos 90,  a "SIDEN", unidade a carvão e queima de lixo. Também, esteve prevista para lá a construção de uma Universidade.
TUDO, SEMPRE, COMO SE VIU ATÉ AGORA, PROPAGANDA SOCIALISTA!..
Depois, será caso para nos interrogarmo-nos: ZONA INDUSTRIAL NUMA ZONA MONTANHOSA?
QUANTOS MILHÕES SERÃO NECESSÁRIOS PARA TERRAPLANAR E INFRAESTRUTURAR?
Quem ouviu na passada segunda-feira na AM o presidente Albino Ataíde, percebe a que a teoria (o sonho) é uma coisa, e  a prática (a realidade) é outra.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Entrada cidade - zona da estação na estrada de Coimbra...

Os trabalhos eram para ter ficado concluídos a 31 dezembro 2016...
Certo?
Será que a câmara de maioria absoluta do presidente Albino Ataíde vai fazer um ajuste directo para acabar os passeios nesta zona recentemente intervencionada?

Vamos lá então continuar a discutir o PDM... (19)

Mesmo em frente ao Pavilhão do Ginásio Clube Figueirense, mais cedo do que tarde, brotará uma cortina de prédios...
Dado que aquele espaço está inserido no corredor verde das Abadias, que deveria ir até ao Parque de Campismo, não seria mais razoável aproveitar aquele espaço, inserindo na zona verde estacionamento e equipamentos desportivos?

Algumas frases da Assembleia Municipal realizada na passada segunda-feira...

Para ler melhor clicar na imagem. Com o devido agradecimento ao jornalista J´Alves, que nos proporcionou a leitura destas pérolas. É importante não perder a capacidade de continuar a rir, nestes tempo negro que vivemos na Figueira...

Política figueirense: a silly season fora da época... (X)

Via AS BEIRAS, de hoje:
 "O autarca socialista Rui Duarte (número dois do executivo da Junta de Buarcos e São Julião, presidido pelo recandidato José Esteves) mantém a determinação de se apresentar, hoje, à noite, na assembleia de militantes das secções de Buarcos e da Figueira da Foz como candidato a candidato do partido à presidência daquela freguesia urbana. A sessão realiza-se na Assembleia Figueirense. Isto não obstante a conversa que teve, ao final da tarde de domingo, com dirigentes nacionais do PS, que se deslocaram à Figueira da Foz para uma ação de formação para candidatos às eleições autárquicas. Ao que o Diário As Beiras apurou, foi transmitido a Rui Duarte que o candidato à Junta de Buarcos e São Julião é José Esteves, como ficara, aliás, determinado no congresso nacional do partido. Portanto, o PS determinou que os autarcas que manifestem disponibilidade para se recandidatarem serão os candidatos naturais, e José Esteves já disse ao PS que é recandidato. No entanto, o jovem político não desarma, e até já foram criadas, no Facebook, duas páginas de apoio, sob o lema “Uma cidade para o futuro”
Os estatutos do PS permitem que qualquer militante que reúna as condições para o efeito possa apresentar-se como candidato nos respetivos órgãos, numa espécie de eleições primárias internas. O resultado da votação, contudo, não é vinculativo, uma vez que as instâncias superiores do partido (as direções distrital e nacional) podem avocar a escolha do candidato indicado pelas estruturas locais. Por sua vez, a Concelhia pode validar ou rejeitar o resultado da votação nas secções. Contactado pelo Diário As Beiras, Rui Duarte não quis prestar declarações. J.A."

Via OUTRA MARGEM, de  23 de fevereiro de 2017
O segundo round entre José Esteves, o presidente da junta de freguesia de Buarcos/S. Julião, que pretende recandidatar-se,  e Rui Duarte, que lhe quer ocupar o lugar, vai realizar-se em breve...
João  Portugal e João Galamba são os elementos que mais pressão fazem em Lisboa para reconduzir José Esteves a um terceiro mandato à frente da maior freguesia do concelho da Figueira da Foz.
Tudo isto ainda está no segredo dos deuses do PS local, para evitar fugas de informação e alarme nas hostes do PS local.

NOTA.
Não se admirem com a minha intuição. 
Não pensem, porém,  que tenho mais um sentido que o comum dos normais - seria o sexto! 
Tudo isto é simples de explicar: a minha intuição resume-se apenas à expressão de um cálculo de probabilidades que a experiência, e alguma informação privilegiada a que temos acesso por fontes credíveis,  nos fornece.
O segredo, é que, alguns, apuram o resultado da equação mais rápido que outros. 
Esta, é a minha intuição!
O futuro disse de sua justiça. Não há nada como aguardar serenamente.
Mais cedo do que tarde, a verdade, tal como o azeite, vem acima. 
Mais uma vez: dever cumprido e consciência tranquila.
A terminar: compreendi, como compreendo sempre, a estratégia política dos actores políticos, como foi neste caso, a intervenção do Luís Ribeiro.

O jogo também fez parte da minha aprendizagem. É ele que nos permite um avaliar das situações para idealizarmos a estratégia adequada para o que pretendemos que se concretize. 
É aí que também reside o campo de testes, que  permitirão adquirir o lastro para voos maiores. Como é caso, espero, do Luís Ribeiro, pois a Figueira não tem assim tantos valores que possa dispensar o seu contributo.

terça-feira, 4 de abril de 2017

Se são todos iguais, porque é que escolhem, maioritariamente, sempre os mesmos?..

"Apenas os deputados da CDU se pronunciaram sobre o conteúdo do documento de forma mais pormenorizada, demonstrando que tinham feito o trabalho de casa."

Via AS BEIRAS

Eu sei que não dá para se ser otimista com o nível geral desta Assembleia Municipal. Mas, aquela intervenção, quase no início, do "velho comunista laranja" não pode ser esquecida...

Para ler melhor clicar na imagem

Política figueirense: a silly season fora da época... (IX)

Admito que já estou um pouco nostálgico. 
A partir de certa altura da vida, todos nos tornamos, em maior ou menor grau, algo nostálgicos. 
Há sempre algo que se recorda, há sempre algo que se quer (e não vai acontecer ...) vivenciar de novo! 
No entanto, aquelas imagens do passado dão-nos força para prosseguir a caminhada.
Ao passarmos pelos mesmos sítios, vimo-los de uma outra forma, muitas vezes sem disso darmos sequer conta: eles têm sempre algo de novo para nos oferecerem. 
Uma pequena diferença de perspectiva, pode transformar o olhar monótono de todos os dias, numa novidade agradável.
Mas, cada um, valoriza aquilo que quer...
Por isso, é que existe gente importante na política figueirinhas, que diz que não lê jornais e não vai à internet...
Gosto de gente assim, como eu, que gosta de se divertir... 
Por isso, é que vou continuar a rir. E a minha forma de me continuar a divertir e a rir disto tudo, continua a ser através da verdade
Acreditem: é a brincadeira mais  divertida.

Vamos lá então continuar a discutir o PDM... (18)

O Parque Urbano foi esquecido?
Querem transformar a Rodovia Urbana, que vem do tempo do Arquitecto Pessoa e que foi construida para fazer fluir o trânsito, numa Alameda de "mercearias"...
O dinheiro das contrapartidas não deveria ser investido no Ex-FUTUROI PARQUE URBANO?..

Na política figueirense, nunca há Assembleia Municipal tão fraquinha que não possa piorar!..


A Assembleia Municipal da Figueira da Foz reuniu-se ontem, em sessão extraordinária, por iniciativa da oposição.
PSD, CDS/ PP, CDU e BE, formaram uma "geringonça local" pontual e tentaram que a maioria absoluta socialista discutisse publicamente a revisão do Plano Director Municipal (PDM).
Diga-se, desde já, que tal não foi conseguido. É verdade que foram apresentadas propostas por social-democratas e comunistas. Mas, o que marcou a sessão extraordinária de ontem da AM, foram alguns  momentos de grande crispação política, chegando-se ao ponto da bancada "Somos Figueira" ameaçar abandonar os trabalhos.
A presidência da mesa da AM também deixou muito a desejar. A CDU acusou a mesa da assembleia de não ter preparado devidamente a condução da sessão. 
Foi uma sessão azarada para todos os que lá estivémos, em especial para o presidente Ataíde: quando tentava saír do lugar onde se encontrava, a bancada destinada ao executivo, deu uma queda aparatosa. 
Na altura, estava no uso da palavra a deputada Silvina Queiroz. A sessão foi interrompida, cerca de um quarto de hora. Felizmente, apesar da espetacularidade e do aparato do trambolhão do presidente Ataíde, o autarca não sofreu ferimentos, a não ser, ao que deu para perceber, num joelho. 
No mais, pouco há a dizer. No essencial, a oposição reclamou mais debate público. Os socialistas, defenderam que a sessão não se justificava, uma vez que o prazo de discussão pública, de 30 dias úteis, só ontem se iniciou. 
A oposição, sublinhou  que a revisão do PDM deve ser amplamente debatida pela população. A melhor intervenção da tarde pertenceu ao "velho comunista laranja", Nelson Fernandes, que voltou pontualmente à AM para mostrar que quem sabe nunca esquece.  Dissertou sobre o documento de forma conhecedora e  pormenorizada, demonstrando que tinha feito o trabalho de casa. 
Já o PSD, por sua vez, teve outra postura. A certa altura o líder da bancada social democrata, Pereira da Costa, disse que não estava ali para debater o documento, mas sim para defender a necessidade dele ser debatido junto dos figueirenses. “Nós não queremos que nos expliquem o PDM, nós queremos que o expliquem aos munícipes. Pedimos esta assembleia para alertar as pessoas sobre o que se está a passar”.
Em defesa desta revisão falou João Ataíde. Mostrou-se disponível para participar em sessões de esclarecimento públicas, mas rejeitou que a oposição lhe imponha uma agenda. E deixou o grande argumento:.
“Este documento vai resolver a vida a muita gente; a centenas, a milhares”. 
No final, a maioria absoluta socialista "chumbou" as três propostas apresentadas pela oposição: duas do PSD e uma da CDU.
Nota de rodapé.
"Nunca mais, nesta assembleia, ninguém terá roda livre para falar!" 
José Duarte, presidente da mesa da Assembleia Municipal da Figueira da Foz.
"Estou envergonhada com o serviço que estamos a prestar à população da Figueira da Foz, porque ainda não fizemos nada nesta Assembleia".
Mafalda Azenha, secretára da mesa da Assembleia Municipal da Figueira da Foz.

A degradação da classe política figueirense, a mediocratização das elites e o abandalhamento dos diversos poderes, são factos indesmentíveis na Figueira nos últimos 40 anos.
Contudo, o pior é que a saúde mental, moral, cultural, cívica e social, do chamado povo, também anda de rastos. Isso, de todo, não permite alimentar o optimismo e a esperança de renovação na política figueirense.
O homem comum que eu sou, o homem da rua que eu sou, o homem que eu sou no dia a dia, corre o risco de se tornar incivilizado, amoral, inculto, boçal. 
O homem comum que eu sou, o homem da rua que eu sou, o homem que eu sou no dia a dia, corre o risco de perder o ideal, o projecto e o sentido para a vida em comunidade. 
O homem comum que eu sou, o homem da rua que eu sou, o homem que eu sou no dia a dia, porém, tem de resistir, tem de se recusar a apostar tudo no efémero e não promover o cultivo do superficial, ir pelo mais fácil, destacar o mais vistoso e explorar o sensacionalismo. 
Eu sei que quem luta, nem sempre ganha. Mas quem não luta já perdeu tudo.

Conheci há muitos anos (já sou velho..) grandes jornalistas, em Lisboa e na Figueira. Tive grande proximidade com alguns. 
Falámos de tudo, sobretudo do jornalismo. 
Lembro-me de me terem dito que estava a aproximar-se o tempo em que não interessava propriamente a notícia, mas antes o empolgamento que o jornalista conseguia transmitir. 
Se um presidente de câmara, por exemplo, der uma queda aparatosa no decorrer de uma sessão pública, o interessante não era a queda e as eventuais consequências nefastas, mas o modo como o jornal conseguia fazer chegar isso aos leitores. 
O que interessava aprofundar era a  exploração da situação da vítima... 
Sem isso os jornais não se vendem... 
Nos dias que correm, isto é o pão nosso de cada dia. Nos jornais e nas televisões. Basta abrir um jornal, ligar um telejornal, logo se encontra o senscionalismo, a focagem do acessório, o empolgamento dos factos, os títulos que nada têm a dizer com o texto desenvolvido no interior. 
O presidente da câmara da Figueira, na sua imensa sabedoria, diria que são as regras do mercado. 
O leitor mudou. Foi educado para comprar a demagogia. 
Como sabemos, na sociedade figueirense, para se ser ouvido por muitos, a regra básica é não incomodar ninguém... 
Isso, acabou por nivelar tudo por baixo. Isto é, chegámos ao nível inferior do sensacionalismo na política, como ficou ontem demonstrado no decorrer da AM. 
Lembrem-se os nossos detractores que, hoje, por aqui está a ser o dia do bloguismo vocacionado para a paz. 

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Vamos então discutir o PDM!.. (17)

A tentativa de destruição do Horto Municipal já vem de longe. Esta, é, apenas, mais uma. Não há executivo municipal, desde 1997, que não o tenha tentado.
Este executivo, também aqui, é mais do mesmo. Nada de novo, portanto.
Era um segredo que a actual maioria absoluta socialista queria que tivesse ficado bem guardado nesta Revisão do PDM/2017 à la carte!..

É uma aspiração antiga do poder autárquico figueirense, só que agora esta maioria absoluta até permite que a ousadia, depois de desmascarada, seja admitida "às claras"...
Vereadora Ana Caravalho, hoje no jornal AS BEIRAS
Passo a citar.
«O centro comercial Foz Plaza poderá ser ampliado para os terrenos do horto municipal. A administração, adiantou a vereadora Ana Carvalho, “manifestou vontade de ampliar as instalações, porque, para poder ter (determinadas) lojas-âncora, necessita de mais espaço”
Contudo, diz a vereadora  "isso não quer dizer que o terreno lhe vá ser vendido directamente”.» 
Era o que faltava, admitir isso publicamente, interrogo-me eu!...
Segundo o mesmo jornal, «o interesse inicial do promotor do centro comercial era ampliar as instalações para o parque municipal de campismo, mas a autarquia não autorizou. Agora, no entanto, surge a oportunidade de alargar o Foz Plaza para uma parcela do horto municipal, sabendo-se que a câmara pretende transferi-lo para a várzea de Tavarede, junto ao quartel dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz. A autarquia vai ainda mudar para a aquela zona da cidade as oficinas, o departamento de higiene e limpeza e outros serviços municipais e o pavilhão do parque das Gaivotas (construído para albergar o Mercado Municipal Engenheiro Silva, durante o tempo em que o imóvel esteve em obras).»
Por outro lado, continuando a citar o mesmo jornal, «a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) contempla construção no horto municipal, uma zona apetecível para o setores comercial e imobiliário, devido à localização, às acessibilidades rodoviárias e por ser uma zona urbana. “Quanto mais se valorizarem os terrenos, melhor para a câmara”, defendeu a vereadora com o pelouro do urbanismo, departamento que elaborou aquele documento. Ana Carvalho, afirma que «foi um lapso a urbanização da zona adjacente ao parque municipal de campismo. “Está na revisão do PDM como zona de construção, mas foi um lapso, que vai ser corrigido. Naquela área vão ser construídos equipamentos sociais”, garantiu a autarca. De resto, lembrou, "é ali onde vai ser construído o centro de formação para ciclistas, um dos projetos vencedores do Orçamento Participativo da Câmara da Figueira da Foz."»

Hoje, a partir das 15 horas, realiza-se  uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal, tendo como tema únicio "a discussão do PDM".
A iniciativa ficou a dever-se a uma proposta  conjunta dos deputados municipais do PSD, CDU e BE e, por ironia do destino, coincide com o dia em que se inicia o período de discussão pública do documento proposto pel executivo camarário de maioria absoluta socialista. 
O PSD já veio defender que o prazo é curto, preconizando a sua dilatação, mas os socialistas, em maioria absoluta na câmara e na assembleia, não deverão alinhar com a proposta, sustentado que, enquanto o processo não ficar concluído, todos os outros planos de ordenamento do território mantêm-se sem efeito, com as respectivas consequências para os munícipes e as atividades económicas. 
Depois de 30 anos de espera, mais 30 dias ou 60 dias, por exempolo, deveria constituir cá um atraso significativo para o desenvolvimento do concelho figueirense!
O problema é político. O ponto de vista desta maioria absoluta de Albino Ataíde é que quanto "mais longo for o período de discussão pública, melhor para a oposição, tendo em conta a controvérsia que envolve a revisão de um PDM e o desgaste político que provoca ao executivo camarário. Em ano de eleições autárquicas, marcadas para 1 de outubro, em termos políticos, para o executivo camarário, esta é a pior altura para se apresentar um documento que vai definir o tipo de ocupação dos solos, ou seja, das propriedades, sejam elas públicas ou privadas, durante, no mínimo, uma década".
Vamos lá então continuar a discutir o PDM!..

OUTRA MARGEM, mais uma vez, cumprindo o seu papel de serviço de utilidade pública, deu o pontapé de saída...
Segundo o que se pode ler aqui, já em 2007 o meu Amigo Dr. Luís Pena, advogado, e primeiro subscritor da petição então dirigida ao presidente da autarquia, Duarte Silva, em defesa do horto e parque de campismo municipal, disse o seguinte:
"Acho estranho que os dois maiores partidos da cidade [PS e PSD] não tenham manifestado uma posição pública, a favor ou contra, a questão do horto e parque de campismo municipal. O silêncio, nesta e noutras questões, é inimigo da transparência".
O Doutor ainda continua a achar estranho?...
Eu não.
Nós - o doutor e eu - vamos continuar a sentirmo-nos bem com a pele que temos, ao contrário de outros, que por terem ido para o poder mudaram de atitude e de postura.
Sentir-me bem comigo próprio, é um dever que, espero, me vai acompanhar sempre. 
Eu sei que a finitude faz parte das nossas vidas. 
A uns, surpreende-nos cedo. A outros, descobre-os mais tarde. 
Entretanto, vai-se vivendo o dia a dia, o que é, além de extremamente agradável, imenso... 

Para quem tem pressa, a espera cansa...

"Realizar-se-á, hoje à tarde, uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, requerida pelo PSD, para conhecer a proposta do Presidente da Câmara Municipal de revisão do PDM do concelho. Até hoje, nada se sabe, vindo da boca do seu Autor, acerca da estratégia e dos objectivos que nortearam esta sua proposta, não sabemos tão pouco qual é a Ideia que lhe dá coerência, mas constatamos que, apesar de intuindo que o Presidente da Câmara da Figueira está consciente da importância estratégica que esta Revisão do PDM tem para o futuro do concelho, teria sido preferível que tivesse tido a iniciativa de dialogar previamente com as Forças políticas, socioeconómicas, culturais, desportivas, ambientais, religiosas representativas. Não o fez, mas esta revisão do PDM não pode ser tratada apenas em gabinetes técnicos sem o conhecimento das Pessoas, não só para que não fique a sensação que o seu Autor não tem consciência da importância deste processo ou que acha que a opinião dos Figueirenses e das suas Forças representativas são dispensáveis porque ignorantes, mas para que entendamos qual é a estratégia, os objetivos e os instrumentos para a consumar, dando-lhe credibilidade. Temos até agora documentos não completos e muito pouco explícitos, omissos quanto aos efeitos sectoriais expectáveis da aplicação desta proposta de acordo com o famigerado “Plano Estratégico” – será que a definição de um Desígnio para a Figueira vai continuar à espera?"
"Como de Godot?", uma crónica de Teotónio Cavaco, deputado municipal do PSD, publicada hoje no jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
O anzol foi iscado. A linha foi lançada. Agora, é esperar  que o peixe morda e fique preso ao anzol!
Este, quem é pescador sabe bem disso, é o tempo daquela espera aparentemente calma, mas cheia de adrenalina.
Malandra, mas malandra mesmo, é a pulga: espera a comida na cama...

Será que vai conseguir repetir o mandato?.. Não se esqueçam que quem o vai aturar somos nós: os figueirenses...

Via João Traveira

domingo, 2 de abril de 2017

2ª Edição das Jornadas de Ciências da Comunicação na Covilhã


Vamos então discutir o PDM!.. (16)

Reflexão sobre o PDM...
... quanto à proposta que ataca o corredor verde,  em especial a que propícia a destruição do Horto, pelo que me apercebi, os interesses do FozPlaza ficaram bem defendidos!..

Em tempos que já lá vão juntava-se a a política com os negócios. Hoje junta-se o negócio com a política. 
É uma diferença bem assinalável que os tempos novos impõem. Não há como regressar ao passado! 
É um passado bem presente.

As minhas origens

"As peixeiras portuguesas, com as velhas canastras ou com o latão à cabeça foram um símbolo das mulheres do país.
Os homens trabalhavam no mar. Elas em terra, vendendo o peixe e cuidando da casa.
Durante a actividade das “Artes” era vê-las, um exército de mulheres, a aguardar a chegada da rede com o peixe fresquinho, ainda vivo a saltar.
Depois de canastras ou de latão à cabeça, a correr ou de passada lesta iam vender o peixe pelos lugarejos distantes, garbosas, alegres e muita genica.
Com os seus pregões alegres, voz cantante e bem vincada, chamavam pelas freguesas: «Olh’ó peixe fresquinho… Venha freguesa que é do nosso mar… Quem quer sardinha, fresquinha do nosso mar! Quem quer?»"
(Acabei de citar o meu Amigo Manuel Cintrão)

Esta foto e o texto escrito por um velho camarada de luta e Amigo, fez-me lembrar o ambiente familiar em que vivi a minha meninice e, sobretudo, a minha Mãe...
Cresci numa sociedade sem classes e tenho o maior orgulho nisso.
Para quem não saiba o que era uma sociedade sem classes na minha Aldeia, nos anos sessenta/setenta do século passado, a explicação é simples: ninguém na mesa sabia usar um talher de peixe.

"... a construção de um muro na frente do estacionamento da praia do Cabedelo"!..

"Resistir"... 
Para ler clicar aqui.