sexta-feira, 17 de junho de 2016

O habitual...

Li no Marcha do Vapor, como vem acontecendo anualmente, que a autarquia figueirense vai, no no próximo dia 24, condecorar mais uns quantos... 
E se há nomes que não levantam grandes discussões, a ocasião também vai servir, como vem sendo habitual, para condecorar mais alguns amigos...

Tornar visível...

Foto António Agostinho. Mais fotos aqui.
Olhar, ver e reparar são coisas diferentes. 
Podemos olhar sem estar a ver. Podemos ver sem estarmos a olhar.
Mas, para reparar é preciso ter, antes, olhado e visto com olhos de ver.
Sempre me chamaram a atenção os pormenores.
São os pormenores que fazem a diferença, quando olhamos o conjunto. 
Continuo a ter prazer em reparar... 
Em especial, quando ajudo outros a olhar e ver aquilo que estava passar despercebido!.. 
A natureza tem horror ao vácuo.
Quando o homem se desleixa, a natureza vai paulatinamente retomando o seu lugar, apagando as construções humanas que entraram em conflito com ela...
Temos de alertar, quem de direito, para cuidar e fazer com que continuemos a gostar daquilo de que gostámos toda a vida. 
Esse, é que é, a meu ver, o verdadeiro equilíbrio e não o ser mais um bem comportadinho, que é apenas uma pretensão que outros têm sobre aquilo que gostavam que fossemos...
Por brincadeira, diz-se pela Figueira que já tivemos a carraça das Abadias e a pulga da praia (outrora da Claridade, agora da Calamidade)... 
Pelo que se pode ver na foto, parece que estão, finalmente, a tentar parar o processo de evolução do caruncho do Cabedelo.

Nota de rodapé.
Finalmente, depois de alertas vários, parece que estão a tratar do caruncho do Cabedelo.
Tanto mais,  que o gabinete de agitação e propaganda da nossa autarquia, reconhece há muito que “do rico património natural existente é de realçar os 12 km de praias de “finas areias”, onde pode apreciar a inconstância do rebentar das ondas espumosas e salgadas do Atlântico. Na sua maioria, com águas de “qualidade ouro”, reconhecidas pela chancela europeia da “Bandeira Azul”, estas praias fazem do concelho um destino de praia por excelência e são um convite ao lazer, a longas caminhadas à beira de água, mas também ao repouso ao sol.”
Figueira da Foz  - um concelho e uma cidade - tem um poço de petróleo  – as suas praias.
Não o pode deixar arder por incompetência...

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Carlos Alberto Silva Santos, Agente da Polícia Marítima recebeu prémio de 1.º classificado “Heróis com Farda” do jornal Correio da Manhã

O Agente de 1.ª Classe da PM Carlos Alberto Silva Santos, a prestar serviço no Comando-local da Polícia Marítima da Figueira da Foz, recebeu, no passado dia 7 de junho, o prémio de 1.º Classificado relativo à iniciativa do jornal "Correio da Manhã", “Heróis CM 2016”, na categoria de “Heróis com farda”. Os leitores desse jornal premiaram, assim, o herói que, no dia 6 de outubro de 2015, recorrendo a uma moto de água, salvou dois pescadores da embarcação de pesca "OLIVIA RIBAU", naufragada à entrada da barra do porto da Figueira da Foz.
A medalha de 1.º classificado do evento e um prémio monetário de 1000€, foram entregues ao Agente, no Molhe Sul do Porto da Figueira da Foz, pelo Director-adjunto do Correio da Manhã, Armando Esteves Pereira, acompanhado por uma equipa de reportagem da CMTV.
Durante a entrevista efectuada no mesmo local, o Agente PM Carlos Santos declarou que o prémio monetário será entregue às famílias das vítimas que, nesse dia trágico, perderam os seus entes queridos.
Relembra-se, ainda, que no dia 9 de novembro de 2015, como reconhecimento da sua acção corajosa, o Agente PM Silva Santos foi louvado e condecorado pelo Almirante Autoridade Marítima Nacional, com a medalha de Coragem, Abnegação e Humanidade, grau ouro, pelo importante serviço prestado na salvação de náufragos.

Via Autoridade Marítima Nacional

No País campeão do desperdício...

Um País que meteu na prisão os seus banqueiros, quando estes roubaram, mesmo que tivesse levado uma abada da nossa selecção, no futebol, continuaria a vencer-nos por muitos...

Nota de rodapé.
Segundo A BOLA, "Heimir Hallgrímsson, selecionador adjunto da Islândia, foi parco em palavras sobre a alegada recusa de Cristiano Ronaldo em cumprimentar os jogadores adversários no final do encontro, preferindo, antes, enaltecer a exibição e o ponto conquistado frente a Portugal.
Sobre Cristiano Ronaldo, ficou a observação:
«Ele é livre de fazer o que quiser no final dos jogos.»"

Outdoor´s 2009 - 1...

Basta de realidade. Venham mais sonhos! 
Durante sete dias, sete, vamos publicar, sete cartazes de propaganda política, sete, de um político que usou sonhos caros, sem saber realmente quanto custavam...

Na democracia figueirense, ao longo dos últimos 40 anos, tem valido tudo - até compromissos - para os políticos alcançarem o poder.
Depois de lá estarem, renegam as promessas feitas...
E não é que continuam a merecer o apoio dos eleitores?..

Anos atrás, houve um presidente de câmara local, que deixou uma frase que ficou célebre e que retratava a forma como os figueirenses sempre gostaram de ser tratados. 
"Um pão numa mão. Um pau na outra. Dar a cheirar o pão na mão e, com a outra, dar porrada com o pau..."
Este presidente deu-se bem com a teoria: fez 3 mandatos, três...
"Os figueirenses nem de porrada são fartos..."
Só se perderam as que caíram no chão!..

Ao contrário do que muitos julgam, é fácil perceber os resultados eleitorais que se verificaram nas eleições autárquicas na Figueira nos últimos 40 anos.
Os eleitores figueirenses são mais facilmente seduzidos por sonhos do que por mensagens baseadas em promessas exequíveis ou em obra feita.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Futebol soporífero do melhor que há.....

As selecções de futebol de Portugal e da Islândia acabam de se defrontar no Estádio Geoffroy-Guichard, em Saint-Étienne, com o resultado final a ser o de empate a um golo
Ao intervalo, Portugal ganhava 1-0. 
Nani marcou o primeiro golo do jogo aos 31 minutos, colocando Portugal em vantagem. 
Porém, aos 51 minutos, a Islândia igualou o marcador, com um golo de Birkir Bjarnason.
O triste fado lusitano repetiu-se e a vitória não chegou.
Nas estreias em fases finais de Campeonatos da Europa, Portugal só ganhara duas vezes.
Nas outras 4 anteriores participações tinham-se registado dois empates e duas derrotas.

É só para registar esta vocação para bombeiro, numa cidade de aselhas na condução...

ACIFF pede tolerância aos comerciantes!..
"Neste momento, decorrem obras no areal urbano, na entrada da cidade (EN111) e na Serra da Boa Viagem. Todas elas são aplaudidas pelos figueirenses. Todavia, os comerciantes começam a manifestar ansiedade, receando que a época balnear seja afectada.
Depois de um longo e chuvoso inverno, que também marcou o ritmo das empreitadas, os dias de calor já levam pessoas à praia, mas os concessionários da zona em obras queixam-se da falta de banhistas. Para eles, enquanto os trabalhos decorrerem, a solução que a Câmara da Figueira da Foz encontrou para tentar “aproximar” a cidade do mar está a revelar-se um problema.

Televisão: a maior maravilha da ciência ao serviço da imbecibilidade humana...

... e as pessoas gostam de imitar a televisão.
Hoje, por exemplo, é dia de "horas e horas de reportagens em directo e relambórios patrioteiros."
Caberia aos media, em especial aos pagos com o dinheiro de todos nós, colocar o futebol no seu lugar - um jogo, um hobby, um negócio, uma rede de interesses secretos que deve ser fiscalizada e não um projecto nacional, nem uma actividade estratégica para um Povo ou um País.
Caberia aos media, em especial aos pagos com o dinheiro de todos nós, ajudar a devolver, ao desporto o que é do desporto, à cultura o que é da cultura e, muito especialmente, à cidadania o que é cidadania.

Nota de rodapé.
Que pena que eu tenho de não ter sido futebolista.
O futebolista, é o único profissional que só  começa a trabalhar depois de reformado.

As causas da direita a que temos direito...

Que coisa tão estranha, os amarelinhos desapareceram!
"Para a história ficou um bom exemplo de como se faz política em Portugal, de como as grandes causas podem não valer nada se não renderem votos, de como a coerência e os valores dão facilmente lugar ao puro oportunismo político. Se a sondagem da Aximage tivesse dado um apoio à causa por parte de 50% dos eleitores a Cristas não teria calado, o Passos tudo faria para chamar a si a liderança desta gloriosa luta e o cardeal já teria dedicado a homilia da cerimónia do casamento das noivas de Santo António ao tema, ainda que na sua diocese a questão nem se coloque.
Mas como a causa não rende nem almas nem votos os colégios ficaram a falar sozinhos..."

Nota de rodapé.
A direita neoliberal deveria saber, melhor do que eu, que os mercados - há vários - funcionam com base na iniciativa privada.
É  a lei da oferta e da procura que estabelece a ligação entre produtores e consumidores. 
A iniciativa privada tem como objectivo principal o lucro.
Porém,  pode não o conseguir (concorrência, qualidade do produto ou serviço, preço, escassez de procura, etc.).
Esse,  é um dos riscos inerentes ao funcionamento dos mercados.
Isto, sabe qualquer aluno do Ensino Secundário. 
Como compreender, então, a instrumentalização e o barulho feito pelos donos dos colégios particulares? 
Apenas porque queriam continuar a  ser subsidiados, todos os anos e para sempre, pelo Estado.
Ao contrário daquilo que reclamam que continuasse - a subsidio-dependência - como liberais que dizem ser, deveriam perceber o óbvio: se o Estado tem necessidade de completar a sua rede de ensino, é ao Estado que compete fazer parcerias com privados e modificá-las quando entender.
O Estado, neste caso, é o cliente. 
Que eu saiba, é o cliente que decide se precisa do produto e tem necessidade de comprá-lo ou não.
Se os donos dos colégios privados conseguissem, como disseram, organizar manifestações de protesto com 30 ou 40 mil pessoas, isso só teria uma explicação: viveríamos num País do terceiro mundo, com um enorme atraso cultural.

Se a ferradura desse sorte, os burros não continuavam a puxar a carroça...

CGD: Seremos TODOS burros?
"A CGD – Caixa Geral de Depósitos, foi vítima de saques organizados desde o início deste século:
1) Financiamento de operações com critério político em vez de critério empresarial;
2) Financiamento de investidores sem qualquer critério que não fosse a sua proximidade ao poder instituído em cada instante;
3) Financiamento de empresários sem qualquer critério que não fosse o dos “benefícios correlativos para os decisores” (a receber pelos próprios ou pelas “famílias”, de sangue, de política, de ordem ou de loja);
4) Gastos sumptuosos de funcionamento, de aparência, de imagem, SEM qualquer critério Institucional que não fosse o bem-estar das Administrações (e dos seus companheiros de viagem).
O resultado de tudo isto:
a) Um buraco INICIAL de mais de 3 mil milhões de euros (que já “emprestámos” à CGD durante o Governo PSD/CDS);
b) Um buraco ADICIONAL de quase 4 mil milhões de euros (que vamos “DAR” – estes são MESMO dados – à CGD no Governo PS/BE/CDU)."

Para continuar a ler este texto do "louro" Carlos Paz, clicar aqui.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Quando é que as pessoas, na Figueira, vão acordar mesmo?..

Pergunta de J´Alves, do jornal AS BEIRAS
"Que balanço faz do trabalho de João Ataíde?"
Resposta de Daniel Santos
"O presidente da câmara ufana-se do sucesso financeiro, mas todos os outros tinham obrigatoriamente de fazer esse trabalho, a não ser que fossem incompetentes."

Nota de rodapé.
A entrevista, feita a Daniel Santos pelo jornalista do diário AS BEIRAS, pode ser vista e ouvida, na íntegra, clicando aqui.

Desleixo...

Fotos António Agostinho.Mais fotos aqui.
À atenção de quem de direito:
Câmara Municipal da Figueira da Foz e Junta de Freguesia de S. Pedro.

Há uma frase feita que diz que a natureza tem horror ao vácuo.
O mesmo é escrever, que quando o homem se desleixa, a natureza vai paulatinamente retomando o seu lugar, apagando as construções humanas que entraram em conflito com ela... 
A estrada que liga a Gala ao Cabedelo, a partir do Campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala, é um dos bons exemplos do desleixo dos poderes públicos acima mencionados... 
A via foi invadida pela areia em grande parte do seu percurso. 
Num dia normal, já não é fácil circular de carro, motoreta ou bicicleta por aquela via.
Num dia de enchente nas praias da margem esquerda do Mondego, como foi o caso de ontem, é o caos completo...

Felizmente, temos dias: "Marcelo decide sempre atendendo às sondagens de popularidade."

Marcelo e a História, uma crónica de OCTÁVIO RIBEIRO, Director do Correio da Manhã.
"10 de Junho, Marcelo fez desfilar tropas e agraciou gente comum de exemplar coragem. Este novo modelo de cerimónia merece elogio pelo seu verdadeiro espírito republicano. Garante ainda que os novos comendadores não serão manchete nos meses seguintes em laivos de escândalo com colarinhos brancos. Autor de excelentes discursos, Marcelo sacudiu a naftalina habitual nestas cerimónias e devolveu o Dia de Portugal aos portugueses. Alguns agentes da esquerda irão vociferar contra a militarização das cerimónias. Para estes, os falcões só são bonitos se voarem nos céus de Moscovo ou de Pequim. Os nossos, mesmo demasiado escassos, só atrapalham estes agentes do internacionalismo proletário e outros falsos pacifistas de pacotilha. Com decisões como a da formatação deste 10 de Junho, Marcelo age a pensar no português médio e na imagem do dia em directo. Esta vertigem de agradar ao cidadão comum no dia que passa é uma das essências da democracia representativa. Marcelo decide sempre atendendo às sondagens de popularidade. Depois, o acaso e as circunstâncias ditarão qual o seu lugar na História."

Nota de rodapé.
Temos dias, como sabemos.
Podem ser límpidos, turvos, azuis, cinzentos...
A inquietar-nos temos a tristeza, o desalento que nos atormenta o corpo e a alma, a indignação que nos tolda o pensamento e, por vezes, nos faz errar. 
Contra nós, essa é a realidade.

E a nosso favor o que temos? 
Apenas nós mesmos e a criatura mítica que produzimos: a palavra, essa impossibilidade linda. 
Porém, a palavra não salva ninguém. 
Contudo, ajuda, galvaniza, transmite confiança. 
Faz lutar e acreditar na perseverança.

Em tempo.
Não sei se deram conta que evitei a palavra esperança...

domingo, 12 de junho de 2016

A partida real da 3ª e última etapa do 37º. Prémio Abimota em ciclismo aconteceu à pouco, junto ao restaurante O TACHO, na Gala

Uma foto do pelotão, obtida por telemóvel, cerca de 400 metros depois da partida real, ao passar frente à minha casa. A prova vai terminar, mais logo, em Águeda. Mais imagens aqui.

Com o devido respeito... (nada como o português pequenino e gabarolas para se vangloriar...)

O candidato das últimas eleições presidenciais Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, vai formar um novo partido, pois quer “retirar o monopólio aos partidos”!..

Já o presidente Marcelo, por sua vez, disse na manhã de ontem, sábado, durante uma cerimónia em Champigny, nos arredores de Paris, no local onde existia um bidonville nos anos 60.: “A França é excepcional, mas nós somos muito melhores, nós somos os melhores”!..

Nota de rodapé.
Podem existir rodas quadradas?..
Claro.
E pobres de espírito?..
Igualmente...
E ainda bem...
Não que deles venha a ser o Reino dos Céus...
Mas, servem para podermos ter alguém a quem explicar que as rodas quadradas existem, mas não são funcionais... 
Os pobres de espírito, acabam por ter sempre alguma utilidade...

"O Zé Povinho olha para um lado e para o outro e... fica como sempre... na mesma".

12 de Junho de 1875 – «Nasce» o Zé Povinho

O «Zé Povinho», uma das mais conhecidas personagens criadas por Rafael Bordalo Pinheiro, é apresentado ao público nas páginas de A Lanterna Mágica, a publicação crítico-satírica que Bordalo dirigiu com Guilherme de Azevedo e Guerra Junqueiro. A melhor definição desta personagem foi dada por Ramalho Ortigão no Álbum das Glórias: «...Crescido, Zé Povinho correspondeu perfeitamente às esperanças que nele depositaram os solícitos poderes do reino. Como desenvolvimento de cabeça ele está mais ou menos como se o tivessem desmamado ontem. De músculos, porém, de epiderme e de coiro, endureceu e calejou como se quer, e, cumprindo com brio a missão que lhe cabe, ele paga e sua satisfatoriamente. De resto, dorme, reza e dá os vivas que são precisos. Um dia virá talvez em que ele mude de figura e mude também de nome para, em vez de se chamar Zé Povinho, se chamar simplesmente Povo. Mas muitos impostos novos, novos empréstimos, novos tratados e novos discursos correrão na ampulheta constitucional do tempo antes que chegue esse dia tempestuoso»
De calças remendadas e botas rotas, primeiro, fazendo um manguito, depois, o «Zé» continua presente na vida nacional.