Um lutador compulsivo, um homem “inimputável”, extremamente competitivo, com as virtudes que caracterizam os grandes líderes mundiais.
Assim é José Sócrates, retratado no livro "Cercado", lançado pelo jornalista Fernando Esteves a propósito da sua detenção.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Se não fizermos o que tem de ser feito, ninguém o fará por nós...
Os anos disto vão passando.
Com eles, o desânimo, a infelicidade, a amargura acumulam-se como o papel nas paredes, as fotografias da família, a preto e branco, amarelecidas pelo passar do tempo.
E a malta já não é a mesma - os que não morreram, estão a envelhecer.
Mas o rio da Aldeia continua, imponente, a correr...
Um dias destes, alguém me disse que os blogues na Figueira estão em recessão...
Comentei o óbvio: se eu não fizer um blogue, ninguém o fará por mim.
Com eles, o desânimo, a infelicidade, a amargura acumulam-se como o papel nas paredes, as fotografias da família, a preto e branco, amarelecidas pelo passar do tempo.
E a malta já não é a mesma - os que não morreram, estão a envelhecer.
Mas o rio da Aldeia continua, imponente, a correr...
Um dias destes, alguém me disse que os blogues na Figueira estão em recessão...
Comentei o óbvio: se eu não fizer um blogue, ninguém o fará por mim.
Um dia tipicamente figueirense
ALERTA COSTEIRO 14/15 - vídeo IV
("um registo dos efeitos do vento nas novas dunas de São Pedro" - um trabalho de Pedro Agostinho Cruz)
Hoje, está um dia tipicamente figueirense: um dia com sol e vento.
("um registo dos efeitos do vento nas novas dunas de São Pedro" - um trabalho de Pedro Agostinho Cruz)
Hoje, está um dia tipicamente figueirense: um dia com sol e vento.
Convidativo, portanto, para pegar na bicicleta, sair e ir olhar a Aldeia, que já está a sonhar com o verão.
Tem dias em que, apesar de tudo, prefiro ser optimista e ter o progresso no
pensamento.Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz comemorou 180 anos de existência
imagens sacadas daqui |
A sessão arrancou com
a assinatura de um protocolo entre a ACIFF, o Turismo do Centro e a Câmara da
Figueira da Foz para a instalação de painéis de informação turística interactivos
em pontos estratégicos da cidade.
Seguiram-se os discursos.
O presidente da Associação Comercial e Industrial da
Figueira da Foz, João Damasceno, ao usar
da palavra na sessão solene comemorativa
dos 180 anos da Instituição , uma das três mais antigas do país (a seguir às de
Lisboa e Porto), aproveitou para reclamar
mais atenção da Universidade de Coimbra
em relação ao estuário do nosso rio. Segundo AS BEIRAS, João Damasceno sublinhou que “não
se compreende, que durante 725 anos de
existência, ainda não tenha considerado suficientemente a biodiversidade única
do estuário do rio Mondego e a costa da Figueira para criar um pólo marítimo de excelência nesta cidade e se reduza a recolher amostras para colocar em
apresentações de PowerPoint e teses”.
Na oportunidade, João Damasceno defendeu ainda a abertura da
Base Aérea de Monte Real à aviação civil e referiu também a necessidade que a Figueira Foz tem de
se se preparar para responder aos desafios que a região, o país e a Europa lhe
colocam. Um desses repto tem a ver com os refugiados, advogando que a cidade se
posicione para recebê-los, tal como fez durante a II Guerra Mundial.
A cerimónia teve outros oradores: José Couto, presidente do
Conselho Empresarial do Centro, António Tavares, vice-presidente da câmara,
João Vieira Lopes, líder da Confederação do Comércio, e o ministro Poiares
Maduro, que encerrou as comemorações.
Poiares Maduro, que falou num registo descontraído, começou
por dizer que, hoje, os ministros não podem levar uma lista de promessas quando
fazem visitas, muito menos quando sabem que não podem cumpri-las.
Os tempos mudaram e o assunto da ordem dos dias do
governante são os fundos comunitários, que dominaram aliás a sua intervenção. Portugal é dos países mais pobres e desiguais da OCDE (II)
A OCDE identifica neste aumento das desigualdades um entrave ao crescimento económico que há que combater.
Apesar de haver histórias que nunca passam nos telejornais, não é novidade nenhuma. E a procissão ainda agora vai no adro.
Em tempo.
"Nós somos considerados como países ricos no mundo".
Pedro Passos Coelho, em 15 de Maio de 2015
Portugal é dos países mais pobres e desiguais da OCDE
Alvin Toffler |
Os dados são de ontem e tornam visível a relação causal entre os
desequilíbrios nas relações laborais que foram sendo progressivamente
introduzidos pelos sucessivos Governos que tivemos, a estagnação económica que
marcou todo o período e a degradação progressiva das nossas contas públicas:
mais de metade dos empregos criados nos últimos 18 anos são a tempo parcial,
contratos a termo ou trabalho independente, conclui um estudo que analisa as
desigualdades nos países da OCDE e em várias economias emergentes.
"Entre 1995 e 2013, mais de metade de todos os empregos
criados nos países da OCDE eram de uma destas categorias.”
O estudo ontem
apresentado pela OCDE complementa a informação constatando que os “trabalhadores
pouco qualificados com contratos temporários, em particular, têm rendimentos
muito mais baixos e mais instáveis que os trabalhadores permanentes”, confirma
o aumento das desigualdades em quase todo o mundo e coloca Portugal na
parte desse mundo onde – transferência/concentração de riqueza – o
empobrecimento dos que menos têm corresponde ao aumento da fortuna dos mais
ricos.
A OCDE identifica neste aumento das desigualdades um entrave
ao crescimento económico que há que combater.
Apesar de haver histórias que nunca passam nos telejornais, não é novidade nenhuma. E a procissão ainda agora vai no adro.
quinta-feira, 21 de maio de 2015
O que era antes um sossego, porque não existia, é agora montra do nosso descontentamento…
“A divulgação do triste vídeo
das agressões ao jovem
figueirense revelou-nos
que este tipo de violência se
torna inaceitável quando a
comunidade é confrontada
com as imagens.
Porque no antigamente não existia youtube isso não implica que os jovens de hoje sejam piores.”
Rui Curado da Silva, no jornal AS BEIRAS
Porque no antigamente não existia youtube isso não implica que os jovens de hoje sejam piores.”
Rui Curado da Silva, no jornal AS BEIRAS
Quem se agarra à puridade?..
De vez em quando apetece relembrar isto…
Desde Outubro de 2013, pela primeira vez, depois do 25 de Abril de 1974, um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, votou, para passar a vigorar daí para a frente, que os jornalistas e o público só podem estar presentes na segunda reunião de câmara do mês.
Em Fevereiro passado, foi votada uma proposta dos vereadores do PSD que defendia o fim das reuniões de câmara à porta fechada...
Mais uma vez, a maioria absoluta PS, votou pela manutenção de uma reunião mensal realizada à porta fechada.
Como defendemos desde que tal acontece – Outubro de 2013 - foi um erro, que o PS vai acabar por pagar…
Sabem quem se agarra à puridade?
Os camaleões, quando lhes interessa.
Pode-se gostar do que não se entende. Porém, nunca se gosta do que não se conhece…
Desde Outubro de 2013, pela primeira vez, depois do 25 de Abril de 1974, um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, votou, para passar a vigorar daí para a frente, que os jornalistas e o público só podem estar presentes na segunda reunião de câmara do mês.
Em Fevereiro passado, foi votada uma proposta dos vereadores do PSD que defendia o fim das reuniões de câmara à porta fechada...
Mais uma vez, a maioria absoluta PS, votou pela manutenção de uma reunião mensal realizada à porta fechada.
Como defendemos desde que tal acontece – Outubro de 2013 - foi um erro, que o PS vai acabar por pagar…
Sabem quem se agarra à puridade?
Os camaleões, quando lhes interessa.
Pode-se gostar do que não se entende. Porém, nunca se gosta do que não se conhece…
“Custe o que custar”, o pobre é para passar fome e o rico é para comer lagosta - e tudo o mais que quiser...
Já há operários da Camac a passar fome.
São perto de 140. Vão fintando o desalento assim; uma ou outra laracha lançada para desanuviar. Para arrancar sorrisos de rostos consumidos pela preocupação. Para aquietar o desespero de não ter como honrar compromissos. Para esquecer, por instantes, que ali já há quem esteja a passar fome. Ou para não lembrar o episódio de sexta-feira, quando, de novo ultrapassado o prazo assumido pela administração para pagar o salário de abril, viram um colega ir de urgência para o hospital com um ataque de ansiedade seguido de outro de epilepsia.
Em tempo:
"Trabalhes ou estejas desempregado, serás pobre. É esta a mensagem subjacente às transformações que estão a ser feitas, em simultâneo, no mundo do trabalho e na protecção social no desemprego. É esta a sociedade de pobreza, com mais pobres e maior intensidade de pobreza, que está a ser construída de forma estrutural, porque o que se passa ao nível das remunerações salariais e da protecção social tem efeitos sobre todo o edifício económico, social e político. Uma sociedade que era já das mais desiguais antes da crise está a tornar-se mais desigual ainda."
Daqui
São perto de 140. Vão fintando o desalento assim; uma ou outra laracha lançada para desanuviar. Para arrancar sorrisos de rostos consumidos pela preocupação. Para aquietar o desespero de não ter como honrar compromissos. Para esquecer, por instantes, que ali já há quem esteja a passar fome. Ou para não lembrar o episódio de sexta-feira, quando, de novo ultrapassado o prazo assumido pela administração para pagar o salário de abril, viram um colega ir de urgência para o hospital com um ataque de ansiedade seguido de outro de epilepsia.
Em tempo:
"Trabalhes ou estejas desempregado, serás pobre. É esta a mensagem subjacente às transformações que estão a ser feitas, em simultâneo, no mundo do trabalho e na protecção social no desemprego. É esta a sociedade de pobreza, com mais pobres e maior intensidade de pobreza, que está a ser construída de forma estrutural, porque o que se passa ao nível das remunerações salariais e da protecção social tem efeitos sobre todo o edifício económico, social e político. Uma sociedade que era já das mais desiguais antes da crise está a tornar-se mais desigual ainda."
Daqui
"Há coisas que não se aprendem na escola..."
Primeira página do jornal "i" de ontem e respectivo artigo. |
Passam os dias e ninguém consegue entender aquilo...
O assunto continua a estar no pensamento e a alimentar as conversas de café da malta da Aldeia.
O que pode ter motivado esta estranha agressão da polícia a cidadãos pacíficos?
Isto é estranho: revela mais insegurança do que segurança, mais arrogância do que preocupação com a ordem pública, mais cobardia do que força.
Isto é estranho...
Todos, ou quase todos, queremos acreditar que o acto deste polícia não é representativo da acção da maioria do corpo policial que serve a Instituição.
Para que isso continue a ser assim, tem de haver clareza.
O que parece que não está a acontecer...
O que é estranho.
Alerta costeiro e cívico
“O vento, só por si, tem- se revelado um inimigo e uma forte ameaça para as novas dunas de S. Pedro. Hoje, ao final da tarde andava um jipe a passear no novo cordão dunar da praia do 5º molhe...”
Esta foto e esta legenda falam por si.
O amor pelo ambiente e pelo colectivo, é um sentimento pessoal e alimenta-se de atitudes correctas e do respeito.
Isso, tem um nome: civismo.
Andamos há mais de dois mil anos a dizer que é importante respeitar-mo-nos uns aos outros.
A Aldeia está melhor? Serviu de alguma coisa? A fotografia e a legenda falam por si…
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Em Portugal, a educação do ser humano está um assombro...
A vida em total comunhão com a natureza, com todas as alegrias e agruras que isso implica, histórias de animais e de certa gente, narrativa humana, mas dramática, que ilustra a luta do homem contra as leis que o aprisionam - divinas e terrestres.
António José Silva e Cláudia Simões escreveram o novo manual de Físico-Química para o 9º ano intitulado Zoom, publicado pela Areal Editores.
É isto que andamos a semear.
Depois, quem se admira com a categoria da colheita?..
António José Silva e Cláudia Simões escreveram o novo manual de Físico-Química para o 9º ano intitulado Zoom, publicado pela Areal Editores.
É isto que andamos a semear.
Depois, quem se admira com a categoria da colheita?..
Cuidado que o calor pode afectar irremediavelmente o cérebro...
Porém, dada a delicadeza do seu conteúdo, que começa logo pela
cobardia, deixo-vos apenas um exemplo:
“O Sr. Bloguista é mais um dos que confunde vegetação com
lixo. É triste que assim seja. Inclui-se no gangue dos que só gostam da
natureza quando encaixada no meio urbano em formato "clean", para
servir de diversão aos homens e não aos próprios fins da natureza em si mesma.
E, mais uma vez, mostra a sua faceta de reacionário que só vai a reuniões e só
defende os laranjinhas da terra. Só o Miguel Alpeida, seus acólitos e suas
politicas liberais e insustentáveis é que são defensáveis e de louvar. Você é
de facto o mais louco dos loucos. Alimenta-o uma raiva tão insane que em nome
dela é capaz de venerar o próprio Hitler se vier outra vez á terra”.
Ora aqui está um comentário divertido, que me deixou bem disposto (o que agradeço, pois o calor, entre outras coisas que se passam neste momento na minha vida, tem-me arrasado com a paciência...), onde tudo é apontado num estilo literário leve e sóbrio.
O enredo, como convém, é simples e linear. Não é analítico. Há nele concentração de acção, tempo, espaço e julgamento.
O enredo, como convém, é simples e linear. Não é analítico. Há nele concentração de acção, tempo, espaço e julgamento.
Na Figueira, como sabemos, há grandes escritores desconhecidos e com
visões, que, ao que aprece, se realizam também como comentaristas anónimos.
Por mim, apenas tenho a sugerir a quem parece tanto sofrer com este perigoso, por doentio, excesso de visões, que as conserve bem acondicionadas no frigorífico.
De preferência em tupperwares completamente estanques...
Por mim, apenas tenho a sugerir a quem parece tanto sofrer com este perigoso, por doentio, excesso de visões, que as conserve bem acondicionadas no frigorífico.
De preferência em tupperwares completamente estanques...
Este é um tempo de coisas simples
Este, é um tempo de nos
contentarmos com coisas simples.
Hoje é um dia de sublinhar coisas simples.
Hoje é um dia de sublinhar coisas simples.
Coisas simples, como ler no jornal que trabalhadores
figueirenses receberam salários em atraso.
“Os Estaleiros Navais do Mondego pagaram ontem os salários
em atraso, alguns com dois meses, informou Joaquim Peres, da administração. A
regularização salarial foi feita após a conversão de dólares em euros da
primeira prestação do ferry que vai ser construído para Timor-Leste.”
Porque "não pode nem deve haver julgamentos na praça pública"*, a PSP tem muito que averiguar...
Tinha e continuo a ter boa opinião sobre a PSP.
Mas a ideia de viver num País onde todos teríamos de gostar
de tudo chateia-me.
Eu não gosto do Oliveira e Costa, do Ricardo Salgado, do
Sócrates, do Cavaco, do Dias Loureiro, do Proença, do Portas, do Passos, do Costa, e de todos aqueles, que em minha opinião,
contribuíram para a situação actual do meu País, do meu concelho e da minha
Aldeia.
Quando se olha para a PSP, uma Instituição que devia merecer
o apoio da maioria dos Portugueses, deveríamos vê-la sempre a funcionar com valores que
unissem quem se revê nesses valores.
Hoje, mais que nunca, sabemos muito bem quem quer que o País
se desenvolva através da educação e da cultura e de quem quer transformar o
País numa selva.
Li no jornal, que o principal protagonista do último fim de semana, em Portugal e não só, é visto como um durão ao estilo Rambo por alguns dos homens
que comanda. O subcomissário de apenas 30 anos é, também, uma "referência de
liderança" no anterior posto que teve, há quase um ano, como comandante da
Esquadra de Investigação e Intervenção Policial de Braga. Foram vários os
polícias dessa esquadra que quiseram testemunhar ao DN sobre as qualidades de
Filipe Silva como líder, um oficial jovem que granjeou o respeito dos
subordinados mais velhos. "É exigente com ele e com os outros. Para o
Filipe Silva a lei é para cumprir", contou um desses agentes.
O Ministério da Administração Interna vai abrir um inquérito
ao caso da família de adeptos corrida à bastonada, após o jogo do título do
Benfica, junto ao Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
Não podia ser de outra maneira: está filmado.
A mesma CMTV, que
filmou e colocou no ar as bastonadas dadas pelo “tal durão ao estilo Rambo”,
emitiu ontem uma excelente reportagem sobre agentes da PSP que enfrentaram
perigo de vida para garantir a segurança de cidadãos.
Felizmente que a regra, entre os homens e mulheres que
compõem a PSP, é o profissionalismo, a honestidade, a coragem e a ponderação. Na sua esmagadora maioria, são pessoas de valores, em quem se pode confiar.
Felizmente que a regra, entre os homens e mulheres que compõem a PSP,
não é quem entende que a lei se cumpre com abuso de poder e violência gratuita.
Continuo a ter boa opinião sobre a PSP. Mas, a ideia de ter de viver
num País onde todos temos de gostar de tudo chateia-me.
Espero que o dia 17 de maio de 2015 não venha ser esquecido tão cedo por Filipe Silva, subcomissário da PSP de Guimarães.
Além de ter sido filmado e fotografado a agredir uma família à frente dos filhos menores, era o responsável pela segurança na bancada Norte do Estádio D. Afonso Henriques onde ocorreu o saque ao armazém do Vitória.
*Em tempo. Anabela Rodrigues só disse e repetiu que ordenou a abertura de dois inquéritos relativamente aos incidentes de domingo com adeptos do Benfica. E não disse mais nada. |
A meu ver, o que vi em Guimarães, foi um julgamento na praça pública.
Um senhor subcomissário da PSP ouviu, julgou e condenou o arguido a vergastadas humilhantes e ele próprio as executou sem qualquer direito a defesa.
Presumo que a senhora ministra e ilustre catedrática se estava a referir a este, quando afirmou:
"Não pode nem deve haver julgamentos na praça pública".
terça-feira, 19 de maio de 2015
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