Já há operários da Camac a passar fome.
São perto de 140. Vão fintando o desalento assim; uma ou outra laracha lançada para desanuviar. Para arrancar sorrisos de rostos consumidos pela preocupação. Para aquietar o desespero de não ter como honrar compromissos. Para esquecer, por instantes, que ali já há quem esteja a passar fome. Ou para não lembrar o episódio de sexta-feira, quando, de novo ultrapassado o prazo assumido pela administração para pagar o salário de abril, viram um colega ir de urgência para o hospital com um ataque de ansiedade seguido de outro de epilepsia.
Em tempo:
"Trabalhes ou estejas desempregado, serás pobre. É esta a mensagem subjacente às transformações que estão a ser feitas, em simultâneo, no mundo do trabalho e na protecção social no desemprego. É esta a sociedade de pobreza, com mais pobres e maior intensidade de pobreza, que está a ser construída de forma estrutural, porque o que se passa ao nível das remunerações salariais e da protecção social tem efeitos sobre todo o edifício económico, social e político. Uma sociedade que era já das mais desiguais antes da crise está a tornar-se mais desigual ainda."
Daqui
quinta-feira, 21 de maio de 2015
"Há coisas que não se aprendem na escola..."
Primeira página do jornal "i" de ontem e respectivo artigo. |
Passam os dias e ninguém consegue entender aquilo...
O assunto continua a estar no pensamento e a alimentar as conversas de café da malta da Aldeia.
O que pode ter motivado esta estranha agressão da polícia a cidadãos pacíficos?
Isto é estranho: revela mais insegurança do que segurança, mais arrogância do que preocupação com a ordem pública, mais cobardia do que força.
Isto é estranho...
Todos, ou quase todos, queremos acreditar que o acto deste polícia não é representativo da acção da maioria do corpo policial que serve a Instituição.
Para que isso continue a ser assim, tem de haver clareza.
O que parece que não está a acontecer...
O que é estranho.
Alerta costeiro e cívico
“O vento, só por si, tem- se revelado um inimigo e uma forte ameaça para as novas dunas de S. Pedro. Hoje, ao final da tarde andava um jipe a passear no novo cordão dunar da praia do 5º molhe...”
Esta foto e esta legenda falam por si.
O amor pelo ambiente e pelo colectivo, é um sentimento pessoal e alimenta-se de atitudes correctas e do respeito.
Isso, tem um nome: civismo.
Andamos há mais de dois mil anos a dizer que é importante respeitar-mo-nos uns aos outros.
A Aldeia está melhor? Serviu de alguma coisa? A fotografia e a legenda falam por si…
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Em Portugal, a educação do ser humano está um assombro...
A vida em total comunhão com a natureza, com todas as alegrias e agruras que isso implica, histórias de animais e de certa gente, narrativa humana, mas dramática, que ilustra a luta do homem contra as leis que o aprisionam - divinas e terrestres.
António José Silva e Cláudia Simões escreveram o novo manual de Físico-Química para o 9º ano intitulado Zoom, publicado pela Areal Editores.
É isto que andamos a semear.
Depois, quem se admira com a categoria da colheita?..
António José Silva e Cláudia Simões escreveram o novo manual de Físico-Química para o 9º ano intitulado Zoom, publicado pela Areal Editores.
É isto que andamos a semear.
Depois, quem se admira com a categoria da colheita?..
Cuidado que o calor pode afectar irremediavelmente o cérebro...
Porém, dada a delicadeza do seu conteúdo, que começa logo pela
cobardia, deixo-vos apenas um exemplo:
“O Sr. Bloguista é mais um dos que confunde vegetação com
lixo. É triste que assim seja. Inclui-se no gangue dos que só gostam da
natureza quando encaixada no meio urbano em formato "clean", para
servir de diversão aos homens e não aos próprios fins da natureza em si mesma.
E, mais uma vez, mostra a sua faceta de reacionário que só vai a reuniões e só
defende os laranjinhas da terra. Só o Miguel Alpeida, seus acólitos e suas
politicas liberais e insustentáveis é que são defensáveis e de louvar. Você é
de facto o mais louco dos loucos. Alimenta-o uma raiva tão insane que em nome
dela é capaz de venerar o próprio Hitler se vier outra vez á terra”.
Ora aqui está um comentário divertido, que me deixou bem disposto (o que agradeço, pois o calor, entre outras coisas que se passam neste momento na minha vida, tem-me arrasado com a paciência...), onde tudo é apontado num estilo literário leve e sóbrio.
O enredo, como convém, é simples e linear. Não é analítico. Há nele concentração de acção, tempo, espaço e julgamento.
O enredo, como convém, é simples e linear. Não é analítico. Há nele concentração de acção, tempo, espaço e julgamento.
Na Figueira, como sabemos, há grandes escritores desconhecidos e com
visões, que, ao que aprece, se realizam também como comentaristas anónimos.
Por mim, apenas tenho a sugerir a quem parece tanto sofrer com este perigoso, por doentio, excesso de visões, que as conserve bem acondicionadas no frigorífico.
De preferência em tupperwares completamente estanques...
Por mim, apenas tenho a sugerir a quem parece tanto sofrer com este perigoso, por doentio, excesso de visões, que as conserve bem acondicionadas no frigorífico.
De preferência em tupperwares completamente estanques...
Este é um tempo de coisas simples
Este, é um tempo de nos
contentarmos com coisas simples.
Hoje é um dia de sublinhar coisas simples.
Hoje é um dia de sublinhar coisas simples.
Coisas simples, como ler no jornal que trabalhadores
figueirenses receberam salários em atraso.
“Os Estaleiros Navais do Mondego pagaram ontem os salários
em atraso, alguns com dois meses, informou Joaquim Peres, da administração. A
regularização salarial foi feita após a conversão de dólares em euros da
primeira prestação do ferry que vai ser construído para Timor-Leste.”
Porque "não pode nem deve haver julgamentos na praça pública"*, a PSP tem muito que averiguar...
Tinha e continuo a ter boa opinião sobre a PSP.
Mas a ideia de viver num País onde todos teríamos de gostar
de tudo chateia-me.
Eu não gosto do Oliveira e Costa, do Ricardo Salgado, do
Sócrates, do Cavaco, do Dias Loureiro, do Proença, do Portas, do Passos, do Costa, e de todos aqueles, que em minha opinião,
contribuíram para a situação actual do meu País, do meu concelho e da minha
Aldeia.
Quando se olha para a PSP, uma Instituição que devia merecer
o apoio da maioria dos Portugueses, deveríamos vê-la sempre a funcionar com valores que
unissem quem se revê nesses valores.
Hoje, mais que nunca, sabemos muito bem quem quer que o País
se desenvolva através da educação e da cultura e de quem quer transformar o
País numa selva.
Li no jornal, que o principal protagonista do último fim de semana, em Portugal e não só, é visto como um durão ao estilo Rambo por alguns dos homens
que comanda. O subcomissário de apenas 30 anos é, também, uma "referência de
liderança" no anterior posto que teve, há quase um ano, como comandante da
Esquadra de Investigação e Intervenção Policial de Braga. Foram vários os
polícias dessa esquadra que quiseram testemunhar ao DN sobre as qualidades de
Filipe Silva como líder, um oficial jovem que granjeou o respeito dos
subordinados mais velhos. "É exigente com ele e com os outros. Para o
Filipe Silva a lei é para cumprir", contou um desses agentes.
O Ministério da Administração Interna vai abrir um inquérito
ao caso da família de adeptos corrida à bastonada, após o jogo do título do
Benfica, junto ao Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
Não podia ser de outra maneira: está filmado.
A mesma CMTV, que
filmou e colocou no ar as bastonadas dadas pelo “tal durão ao estilo Rambo”,
emitiu ontem uma excelente reportagem sobre agentes da PSP que enfrentaram
perigo de vida para garantir a segurança de cidadãos.
Felizmente que a regra, entre os homens e mulheres que
compõem a PSP, é o profissionalismo, a honestidade, a coragem e a ponderação. Na sua esmagadora maioria, são pessoas de valores, em quem se pode confiar.
Felizmente que a regra, entre os homens e mulheres que compõem a PSP,
não é quem entende que a lei se cumpre com abuso de poder e violência gratuita.
Continuo a ter boa opinião sobre a PSP. Mas, a ideia de ter de viver
num País onde todos temos de gostar de tudo chateia-me.
Espero que o dia 17 de maio de 2015 não venha ser esquecido tão cedo por Filipe Silva, subcomissário da PSP de Guimarães.
Além de ter sido filmado e fotografado a agredir uma família à frente dos filhos menores, era o responsável pela segurança na bancada Norte do Estádio D. Afonso Henriques onde ocorreu o saque ao armazém do Vitória.
*Em tempo. Anabela Rodrigues só disse e repetiu que ordenou a abertura de dois inquéritos relativamente aos incidentes de domingo com adeptos do Benfica. E não disse mais nada. |
A meu ver, o que vi em Guimarães, foi um julgamento na praça pública.
Um senhor subcomissário da PSP ouviu, julgou e condenou o arguido a vergastadas humilhantes e ele próprio as executou sem qualquer direito a defesa.
Presumo que a senhora ministra e ilustre catedrática se estava a referir a este, quando afirmou:
"Não pode nem deve haver julgamentos na praça pública".
terça-feira, 19 de maio de 2015
Um jardim à beira mar plantado de dívidas, com um Plano de Saneamento Financeiro com visto do Tribunal de Contas
Em nota de imprensa a autarquia informou ontem, que "o Município da Figueira da Foz obteve o
visto do Tribunal de Contas, que se
encontrava pendente, relativo a um empréstimo destinado à substituição de um
outro, contraído no âmbito do Plano de Saneamento Financeiro (PSF)."
Com a obtenção deste visto do Tribunal de Contas, o
Município da Figueira da Foz “completa, por agora, o processo de renegociação
dos empréstimos contraídos no contexto do PSF”.
A nota de imprensa, recorda que relativamente a duas das entidades
bancárias (CGD e BPI) “foi possível estabelecer um acordo de redução da taxa de
juro (menos 2,25 pontos percentuais em ambos os casos) ao passo que,
relativamente à terceira (Novo Banco) um tal acordo não foi possível”, pelo que
“o Município partiu para a substituição deste empréstimo tendo obtido junto do
Crédito Agrícola-Baixo Mondego um crédito com redução da taxa de juro de 3,35
pontos percentuais face ao anterior, operação que se viu agora confirmada pelo
Tribunal de Contas”.
Segundo o documento da autarquia, "a estimativa da redução dos gastos com juros da dívida
bancária cifra-se, para o ano de 2015, em cerca de 300 000 euros e, para o ano
de 2016, em cerca de 500 000 euros."
Do resultado deste processo de renegociação/substituição da
dívida resulta, na opinião da autarquia figueirense, “com muita clareza um abaixamento sensível do
dispêndio com juros, ficando assim o Município numa posição de maior capacidade
financeira para aumentar e melhorar a dotação de serviços públicos que presta
aos cidadãos, às empresas e às instituições do concelho”.
Depois de lida a nota informativa e dissecado o seu conteúdo, verifica-se que a Figueira continua com o fantasma da dívida nos olhos.
Entretanto, conseguiu borrifá-los com água da torneira.
Contudo, a realidade é que município da nossa cidade, continua a ser um jardim à beira mar plantado de dívidas.
Entretanto, conseguiu borrifá-los com água da torneira.
Contudo, a realidade é que município da nossa cidade, continua a ser um jardim à beira mar plantado de dívidas.
“Pára-me de repente o pensamento”, quinta-feira de novo no CAE
Depois da primeira exibição ter esgotado, o Centro de Artes e Espectáculos repete a projecção do filme realizado por Jorge Pelicano “Pára-me de repente o pensamento” , quinta-feira, pelas 21H30.
Carlos Cidade, antigo sindicalista coordenador e agora vereador em Coimbra
Carlos Cidade fez comigo parte de uma direcção do então Sindicato
dos Empregados de Escritório de Coimbra, nos idos anos da década de 80 do século passado.
Li aqui, que foi
“condenado” a pagar 1.500 euros ao Estado, por ter substituído trabalhadores da
recolha do lixo durante uma greve, segundo o sindicato do sector.
Carlos Cidade, nos idos da década de 80 do século passado, era dirigente sindical, coordenador da União dos Sindicatos de Coimbra, a estrutura regional da CGTP e militante do Partido Comunista. Agora, é militante do PS, vereador no município de Coimbra e tem o pelouro do Ambiente e Qualidade de
Vida, que abrange a recolha de resíduos sólidos urbanos.
Por isso, foi acusado
de um crime de prevaricação, por ter recorrido a trabalhadores da empresa
multimunicipal ERSUC para substituir os trabalhadores da Câmara de Coimbra, que aderiram a uma greve
de quatro dias, há um ano, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
A denúncia “por conduta criminosa” tinha sido apresentada pelo coordenador regional do STAL, Aníbal Martins, contra Carlos Cidade e o presidente da Câmara Municipal, Manuel Machado.
A denúncia “por conduta criminosa” tinha sido apresentada pelo coordenador regional do STAL, Aníbal Martins, contra Carlos Cidade e o presidente da Câmara Municipal, Manuel Machado.
Sublinhe-se que o arguido conhecia a proibição de substituir
trabalhadores em greve (então proibida
por lei) – como escrevi acima, tinha exercido funções de dirigente sindical.
Mesmo admitindo, que
a preocupação primeira do antigo sindicalista e agora vereador dr. Carlos Cidade, foi “assegurar um interesse comunitário”, como a
salubridade pública, e admitindo também
que “cumpriu a sua obrigação ao pagar os 1500 euros e a cidade, nos quatro
dias da greve, esteve limpa”, o que quer
dizer que o lixo, nesses dias, saiu de casa e repousou no aterro onde foi tratado e transformado, ninguém se preocupou
com os homens que o recolheram e transportaram.
Esses, foram tratados pelo antigo
sindicalista e agora vereador do ambiente na Câmara de Coimbra, dr. Carlos Cidade, como lixo residual - que é aquele se agarra às mão e que faz a diferença entre o lixo que
produzimos e o que tratamos.segunda-feira, 18 de maio de 2015
30 anos de "normalidade"...
Em 1985, um dos compradores duma máquina destas, então muito na moda, foi Cavaco Silva que decidiu fazer a rodagem do bólide, realizando uma viagem de Lisboa até à Figueira da Foz.
Precisamente há 30 anos e dois dias, Cavaco Silva chegou à Figueira da Foz para falar "olhos nos olhos" aos congressistas. No dia seguinte foi eleito presidente do PSD, numa inesperada reviravolta que continua a garantir não ter sido planeada.
Ficou aberto, a partir daí, o caminho para a desgraça a que chegámos. Poucos meses depois, a 6.10. de 1985, com a vitória do PSD nas eleições legislativas realizadas nesse dia, tornou-se DDT…
Teve aí início um longo reinado que ainda dura: 10 anos de PM e 10 de PR.
E tudo começou desta forma exemplar: “Cavaco ganhou o congresso, depois de chegar atrasado aos trabalhos e de ter entregue a lista fora de horas com assinaturas forjadas por Alberto João Jardim.”
Passados 30 anos sobra uma interrogação: as nossas forças, já muito desgastadas, aguentarão ainda os futuros problemas?...
Festa ou violência?...
Ontem, ao fim da tarde, o Benfica sagrou-se bicampeão
nacional e a equipa juntou-se, noite dentro, a milhares de adeptos na rotunda do
Marquês de Pombal, em Lisboa, para comemorar.
Os festejos acabaram com garrafas a voarem e intervenção
policial.
Todo o país teve oportunidade de assistir, em directo, via
televisão, a algo que transcende tudo o
que é aceitável, para quem goste de viver em sociedade.
Confesso que por ter adormecido no sofá frente ao televisor,
só hoje de manhã tive a dimensão desta tragédia que ninguém merece – nem sequer
o futebol…
Por isso, as responsabilidades têm de ser apuradas – e rapidamente.
Num país moderno e civilizado nada disto deveria acontecer.
Contudo, como estes desvios comportamentais e degradantes
foram uma triste e lamentável realidade, que os responsáveis por toda esta violência,
completamente desnecessária e estúpida, sejam responsabilizados como não poderá
deixar de acontecer.
Para que saiba, sublinhe-se que estamos em Portugal, um país europeu e democrático - segundo
o que nos andam a prometer os políticos, desde 25 de Novembro de 1975.
Quando a pátria que temos não a temos/ Perdida por silêncio e por renúncia/ Até a voz do mar se torna exílio/ E a luz que nos rodeia é como grades
Isto, nunca deveria ser possível acontecer num País que teve
"a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio"...
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
O homem que foi espancado por um agente da PSP em frente aos dois filhos – crianças que ainda tiveram de ver o avô a ser também agredido –, após o jogo Benfica-Vitória de Guimarães, foi interrogado esta segunda-feira de manhã pelo Ministério Público. À saída do Tribunal de Guimarães, José Magalhães negou ter insultado os agentes da PSP. "Algum dia eu imaginei que ia ser agredido? Algum dia eu ia faltar ao respeito a um agente da autoridade?", questionou. "O meu pânico foi pelos meus miúdos estarem a ver o que se estava a passar."
"a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio"...
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
O homem que foi espancado por um agente da PSP em frente aos dois filhos – crianças que ainda tiveram de ver o avô a ser também agredido –, após o jogo Benfica-Vitória de Guimarães, foi interrogado esta segunda-feira de manhã pelo Ministério Público. À saída do Tribunal de Guimarães, José Magalhães negou ter insultado os agentes da PSP. "Algum dia eu imaginei que ia ser agredido? Algum dia eu ia faltar ao respeito a um agente da autoridade?", questionou. "O meu pânico foi pelos meus miúdos estarem a ver o que se estava a passar."
Antes que o vácuo tome conta de todos e nos imobilize...
Nem um gesto, nem uma palavra e nem a mínima sugestão de violência, se pressente nas palavras do jovem que foi um dos alvos desta gente.
A calma e as palavras deste jovem, para mim, só é comparável ao peso da multidão portuguesa, de braços para baixo, encurralada nas portadas institucionais.
Nem uma palavra mais dura sequer na entrevista dada à SIC "por este jovem agredido que diz que publicação do vídeo foi acto de vingança"!...
A calma e as palavras deste jovem, para mim, só é comparável ao peso da multidão portuguesa, de braços para baixo, encurralada nas portadas institucionais.
Nem uma palavra mais dura sequer na entrevista dada à SIC "por este jovem agredido que diz que publicação do vídeo foi acto de vingança"!...
A Figueira continua a esconder as verdadeiras feridas com a mentira astuta...
“No mandato anterior deste executivo camarário, foi lançado
um concurso de ideias para o areal da praia. No início dos anos 90, Aguiar de
Carvalho já tinha encomendado um estudo para o areal que veio a servir de
suporte ao plano de pormenor que no mandato de Santana Lopes se iniciou.
Entendeu o actual executivo fazer tábua rasa de todo esse trabalho e na senda
do que já havia feito com o logótipo que se tornou marca do concelho, resolveu
que tinha que ter o seu próprio projecto. Desse concurso de ideias resultou um projecto
vencedor que foi dado à estampa em plena campanha eleitoral em outdoors
colocados na avenida marginal. Um investimento de 110 Milhões de euros era o
necessário para o cumprimento dos sonhos do executivo camarário. Após os 60 mil
euros gastos no prémio do concurso de ideias, seguiu-se uma adjudicação à
equipe vencedora, de mais 50 mil euros, para que desenvolvesse o projecto que
justificaria a intenção da câmara de municipalizar parte do areal. Recorde-se
que foi com base nesta ideia que se deixou de limpar a praia para justificar
junto da tutela que aquela enorme extensão de areal, não deveria ser
considerada como praia. Afinal, sabemos agora, que o projecto que se vai
desenvolver é um projecto minimalista que nada tem haver com o que foi
apregoado. O executivo camarário sabia bem da impossibilidade de desenvolver
este plano, mas enfim, funcionou bem na campanha eleitoral e é mais uma
promessa a juntar a tantas outras, que de reais só mesmo os outdoors que as
anunciaram.”
Em tempo.
Em tempo.
Na nossa cidade, como aconteceu desde que tenho memória, os responsáveis políticos optaram sempre por esconder as verdadeiras feridas com a mentira astuta ("o embuste", como escreve hoje na sua habitual crónica no jornal AS BEIRAS, Miguel Almeida).
Dois exemplos, apenas, da mania das grandezas da elite local, para não nos alongarmos muito.
Todos nos lembramos certamente ainda do projecto megalómano da ligação entre a Figueira e Fátima, em TGV monocarril, no tempo do falecido Aguiar de Carvalho ou do Estádio de Lavos, do tempo do mediático Santana Lopes.
João Ataíde, também aqui, não quereria fazer diferente e lá anunciou a "bagatela" de 110 Milhões de euros para o projecto para transformar, uma vez por todas, a outrora Praia da Claridade na futura Praia da Calamidade.
Até agora, porém, a vegetação na Praia da Calamidade, é a única testemunha viva e pujante do megalómano projecto...
Como sabemos, estas coisas, agora (apesar do actual executivo camarário ter no seu seio um competente vereador e, ao mesmo tempo, também um talentoso especialista em Teatro, tanto na escrita de peças como na encenação...) são mais difíceis de credibilizar...
As curvas do destino amedrontam os bichos e também deviam servir para colocar juízo na cabecinha dos homens.
As garras da mentira podem ser apenas a face do desespero que se tornou visível...
E aquilo que podia ser, simplesmente, uma jogada política pode transformar-se num aterro para cadáveres políticos.
Areia e lixo não faltam na Praia da Calamidade.
Dois exemplos, apenas, da mania das grandezas da elite local, para não nos alongarmos muito.
Todos nos lembramos certamente ainda do projecto megalómano da ligação entre a Figueira e Fátima, em TGV monocarril, no tempo do falecido Aguiar de Carvalho ou do Estádio de Lavos, do tempo do mediático Santana Lopes.
João Ataíde, também aqui, não quereria fazer diferente e lá anunciou a "bagatela" de 110 Milhões de euros para o projecto para transformar, uma vez por todas, a outrora Praia da Claridade na futura Praia da Calamidade.
Até agora, porém, a vegetação na Praia da Calamidade, é a única testemunha viva e pujante do megalómano projecto...
Como sabemos, estas coisas, agora (apesar do actual executivo camarário ter no seu seio um competente vereador e, ao mesmo tempo, também um talentoso especialista em Teatro, tanto na escrita de peças como na encenação...) são mais difíceis de credibilizar...
As curvas do destino amedrontam os bichos e também deviam servir para colocar juízo na cabecinha dos homens.
As garras da mentira podem ser apenas a face do desespero que se tornou visível...
E aquilo que podia ser, simplesmente, uma jogada política pode transformar-se num aterro para cadáveres políticos.
Areia e lixo não faltam na Praia da Calamidade.
Subscrever:
Mensagens (Atom)