sábado, 28 de março de 2015

Porque também é acima da minha capacidade de entendimento...

...faço também minhas, com a devida vénia, as palavras do Fernando Campos:
"O jornalista e activista dos direitos humanos Rafael Marques (sobre quem já me pronunciei aqui) está a ser julgado em Angola. Acusado, pelos generais, de “denúncia caluniosa”. Exigem-lhe novecentos mil euros de indemnização.
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No decorrer do processo, foi chamado a prestar declarações sem um mandato judicial, não teve direito à presença de um advogado durante o interrogatório e não teve acesso atempado ao teor da acusação, o que viola os mais elementares princípios internacionais que caracterizam um processo legal justo e a própria letra de lei angolana.
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O Bloco de Esquerda apresentou no parlamento um voto de protesto contra o julgamento manifestando solidariedade ao jornalista angolano Rafael Marques. 
O documento teve os votos favoráveis do Bloco, de 5 deputados do PS e a abstenção de um deputado do PS, mas foi chumbado pelos votos de PSD, CDS, PS, PCP e Verdes.
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Eu até compreendo o sentido de voto do pêpêdê, do cêdêésse e da maior parte dos deputadinhos do pêésse.
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Bem sei que tudo tem explicação, até o absurdo e a estupidez. Agradeço por isso que alguém mo explique como se eu fosse muito estúpido.
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Gostaria que me explicassem com que parte deste voto de protesto e de solidariedade com Rafael Marques não concordam, e porquê.


Podem, se quiserem tornar a coisa pública e o esclarecimento mais universal, usar a caixa de comentários deste blogue. Se não, podem sempre usar o meu endereço de e-mail, que está na barra lateral. Estou em pulgas."

Utopia

Ela está no horizonte – disse Fernando Birri. 
Aproximo-me dois passos, ela afasta-se dois passos. 
Ando dez passos e o horizonte foge para dez passos mais longe. 
Por muito que eu caminhe, nunca a alcançarei. 
Para que serve a utopia? 
Serve para isso mesmo: para caminhar. 

 Eduardo Galeano

Musical...

sexta-feira, 27 de março de 2015

Obviamente... Se controlasse, alguma vez seria possível a "lista VIP" vir a público?..

"Ministra diz que Governo não controla tudo o que se passa na Administração Pública".

Viva o Teatro

Para o autor mensagem da SPA deste ano, o encenador português Nuno Carinhas, o teatro é um lugar de fúrias, onde se exibe "a beleza e a fealdade, o humano e o inumano, o luxo e a pobreza, o autoritarismo dos déspotas e a rebelião dos povos".
Neste Dia Mundial do Teatro, fica a foto e a homenagem a uma grande figura da ribalta figueirense: António Tavares.
Durante muitos anos o teatro foi um espaço que utilizou para reciclar o que a vida lhe ia dando. 
Trilogia da Arte de Matar, Gémeos 6 e O Menino Rei, são algumas das suas criações teatrais, que também encenou.
A viagem, como protagonista, pela política autárquica veio depois de tudo isto. 
O teatro, como arte milenar e como meio de divulgação da cultura de diferentes povos, continua a ser uma das paixões do político António Tavares.
Desde a antiguidade, que o teatro é usado pelo homem como forma de expressão.

Democratização do uso da bicicleta na Figueira, já!..

Foto:  Pedro Agostinho Cruz, em Amesterdão

Um documento para a compreensão do jornalismo em Portugal...

... a ler aqui.

Cuidado com o nervoso miudinho...

Pode alguém aspirar a um cargo político sem saber sequer fazer passar uma mensagem?
António Costa, interrogado sobre a candidatura presidencial de Henrique Neto, limitou-se a dizer: «É-me indiferente.»
O actual líder do PS, devera saber que a indiferença vem do laxismo inspirado por essa perigosa noção de que tudo é disfarçável e remediável, de que o erro, afinal, o prejudicará pouco porque António Costa nem sequer se acha próximo de ser por ele atingido.
Mas está...
Mesmo que não o queira, está mesmo no meio do palco e bem no centro do circo e aquela maneira pretensamente superior e acintosa como se referiu à candidatura de Henrique Neto, não é aconselhável que seja para continuar por parte do PS...

É que aquela reacçãozinha pareceu-me a demonstração do nervoso miudinho que se apoderou das hostes socialistas depois do conhecimento da candidatura de Henrique Neto...

quinta-feira, 26 de março de 2015

Até os ditados populares já correm riscos....

Vivemos dias surpreendentes e difíceis.
Todos conhecem o velho ditado: “Não há dinheiro, não há palhaços”!..
Pois, o País não tem dinheiro, a câmara não tem dinheiro, as famílias não têm dinheiro, mas há palhaços todos os dias...
Nem os ditados Portugueses estão a conseguir sobreviver...  

CDS na intimidade...

João José Cardoso, no blogue Aventar: "Confirma-se"

“Sempre achei que, aquando da distribuição universal de inteligência, Diogo Feio não foi muito favorecido. Houve ali uma falha, um deslize, uma desigualdade, qualquer coisa que correu mal.
Agora afundou-se, emergindo a prova, qual submarino."

Em tempo.
Quanto a mim, o início do vídeo mostra o que pensa o CDS na intimidade, se tivesse verdadeiro poder...

País de músicos...


HINO: Obrigado José Sócrates

A propósito do BES

Toda a gente sabia, desde o início do caso BES, que qualquer solução tinha custos.
Para quê então a mentira, se cerca de um ano depois o óbvio é mais do que evidente: «BES: "Não há maneira de evitar custos" da falência».
É esta falta de verdade dos políticos que os portugueses elegeram e passaram pelo poder nos últimos 30 anos, que me custa mais...
E a falta de seriedade vai continuar.
Uns, já andam para aí a dizer que o desemprego está a diminuir!..
Outros, já andam para ai a dizer que se se forem governo, vão pagar a toda a gente!..

No PSD "é tudo à grande"...

Além dos cofres, também tem sondagens "cheias"...
Marco António Costa e Maria Luís Albuquerque juntaram-se com 40 personalidades numa sala à porta fechada, ouviram opiniões e "venderam" que, sozinho, o PSD estará taco a taco com o PS. 
A organização foi de uma consultora francesa. 
Segundo o Expresso foi na segunda-feira, entre as 17h00 e as 20h00, no Hotel Sana, em Lisboa. Marco António Costa, coordenador da direcção do PSD, passou a correr pela reunião da Comissão Política do partido, saiu e foi ter com Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, a uma reunião à porta fechada com mais de 40 personalidades, maioritariamente do mundo empresarial, de quem ouviram opiniões e a quem transmitiram a ideia de que vão às legislativas aptos a ganhar. Marco António informou os presentes de uma megassondagem (3700 entrevistas) que o PSD encomendou e cujos resultados deixaram alguns dos presentes espantados. "Ele falou de uma sondagem que dá menos de 29% ao PS, 26% ao PSD e 4% ao CDS e explicou que o PSD sozinho está próximo do Partido Socialista porque a diferença fica na margem de erro", relatou ao Expresso um dos empresários que participou no encontro, onde estiveram, entre outros, nomes como António Mexia, da EDP, Vasco de Melo, da Brisa, Diogo da Silveira, da Portucel, António Melo Pires, da Auto Europa, João Vieira de Almeida, da Vieira de Almeida Advogados, e José de Matos, da Caixa Geral de Depósitos. "O tom foi que isto está taco a taco e que o PSD, que está tecnicamente colado ao PS, vai lutar pela vitória", confirma outro dos presentes.

Na edição de hoje a Visão confirma "lista VIP"

Segundo o Diário de Notícias, só tinha 4 nomes: Cavaco, Passos, Portas e Núncio. 
Preto no branco: a VISÃO revela o relatório da direcção de auditoria do Fisco que confirma a criação da "lista VIP". A ideia, atesta o documento, surgiu na sequência de notícias sobre dados fiscais do Primeiro-Ministro e o caso Tecnoforma.
Duas demissões, vários desmentidos e meias verdades depois, a criação, no âmbito do Fisco, da bolsa de contribuintes famosos, da área política e outras, para alegadamente prevenir acessos indevidos dos funcionários, está plasmada num relatório da direcção de serviços de auditoria interna de novembro de 2014 a que VISÃO teve acesso e que divulga, nas suas partes mais importantes, na edição que vai para as bancas esta semana.


Em tempo: "Três ideias bárbaras sobre a lista VIP"

Henrique Neto: uma candidatura pela “revolta”

Henrique Neto, o primeiro candidato às Presidenciais de 2016, admite que corre para Belém após o apelo popular e justifica a antecipação da candidatura, com a necessidade de se conhecer as suas propostas.
O lobo solitário que ontem apresentou a sua candidatura à Presidência da República nasceu nos anos 30, num país longínquo onde não havia adolescentes.
Essa categoria não existia quando aos 14 anos se começava a trabalhar. 
Foi o que aconteceu com Henrique Neto numa fábrica da Marinha Grande, a mesma cidade onde muitos anos mais tarde se transformaria num empresário de sucesso, o que também quer dizer muito rico. 
Aos 14 Henrique Neto era aprendiz de serralheiro numa fábrica de moldes. 
Depois chegou a director da fábrica e mais tarde a proprietário.
O meio operário onde cresceu convocou-o imediatamente para a aproximação ao Partido Comunista. 
Porque foi Henrique Neto para o PCP? 
Respondeu assim em Janeiro ao i.
 “Quem lutava contra o regime era o PCP! Os outros falavam, o PCP agia! 
As pessoas da oposição gostavam de falar, mas depois executar fosse o que fosse «tá quieto».  Os únicos que realmente executavam eram os do PCP.”

quarta-feira, 25 de março de 2015

Os cidadãos não se afastam da política por acaso...

Para que não exista qualquer tipo de confusão, escrevo, desde já, que Portugal é um Estado de Direito. 
Por isso, nunca, em circunstância alguma, podemos abrir excepções no que respeita aos direitos de um cidadão - seja ele Sócrates ou outro qualquer.

Escrito isto, recordo a entrevista de Sócrates, dada a Clara Ferreira Alves e publicada na Revista Expresso em outubro de 2013, apenas por ser um exemplo claro de um ex-jotinha.
Não tem nada a ver com a actual situação de preso preventivo do ex-primeiro-ministro. Até ser julgado em Tribunal, continua a beneficiar da presunção de inocência. 
Recordo dois momentos da entrevista de Sócrates.
A determinada altura, afirma:
«Aqueles gajos que se achavam a aristocracia pensavam que eu tinha que ir lá pedir, pedir se podia, pedir autorizações. E eu pensei, raios vos partam, vou vencer-vos a todos! E foi o que fiz!».
E, lá para para diante, diz:
Para ler a crónica do eng. Daniel Santos,
publicada hoje nas Beiras, clicar na imagem.
«Se voltei ao comentário político é porque me quis defender. Estava a ser atacado sem defesa.»

Se eu tivesse confiança nos jotinhas, Sócrates – ele próprio um ex-jotinha - com estas afirmações tinha esvaziado qualquer possibilidade de eu a continuar a ter.
Isto revela muito de José Sócrates, enquanto homem sujeito às contingências da condição humana. Porém, o que fica transcrito, em momento algum, revela uma vontade de intervir na sociedade com vista a contribuir para o bem comum.
Sendo a Política a intervenção na vida da polis, é de esperar que a razão fundamental que guia quem a ela se dedica seja o bem da comunidade. José Sócrates - ex-jotinha - deixou claro que não foi esse o objectivo que motivou o seu regresso, desta vez através do comentário político.

Os jotinhas, enquanto intervenientes políticos, costumam pensar em tudo, menos no bem da comunidade...
Sócrates, é só um exemplo. Passos Coelho, António Costa, Paulo Portas, por exemplo, são outros “modelos em ponto pequeno".
Na Figueira também temos bons e conhecidos exemplos - no PS e no PSD, como não poderia deixar de ser...

Um dia destes em Berlim, "o amor não esteve no ar, mas Merkel e Tsipras esforçaram-se"...

Venha o dia das eleições...

Passos Coelho, um verdadeiro artista.
"Temos hoje cada vez mais jovens que encontram oportunidades cá e que entendem que Portugal pode ser um bom destino até para jovens de outras nacionalidades." 

Poderia ter-lhe "ocorrido dissertar sobre a educação e a excelência da formação na escola pública, do ensino superior como indústria exportadora, uma das apostas de sucesso do seu consulado..."