quinta-feira, 5 de março de 2015

Mais uma vez, falhou-se: desta vez foi no BES...

A administração do BES liderada por Ricardo Salgado "desobedeceu ao Banco de Portugal 21 vezes entre Dezembro de 2013 e Julho de 2014" e "praticou actos dolosos de gestão ruinosa", conclui a auditoria pedida pelo supervisor à Delloite.

“No total são identificadas 30 possíveis infracções, apenas num dos cinco blocos que compõem a auditoria forense e que diz respeito à violação das determinações que o Banco de Portugal impôs ao BES e ao ESFG a partir de Dezembro e até ao final de Julho".

Via Jornal de Negócios

A porta de entrada na cidade...

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O pórtico de entrada é uma herança -  a par de outras... - que o doutor Santana Lopes deixou à cidade da Figueira da Foz, após uma passagem de quatro anos como presidente de câmara.
Em Lisboa, onde também foi presidente de câmara, fez melhor: tal como o visconde que um dia abençoou a divina providência por fazer passar os rios pelo meio das cidades - e a Figueira e Lisboa mereceram essa benção -, Santana abençoou o túnel pelo meio da cidade que, sonhou - será que ainda continua a sonhar?.. - o haveria de o conduzir, um dia, a Belém...
Entretanto, o problema da Figueira continua - e é tão simples como isto: tapar os buracos; o financeiro e os outros... 

Sócrates, Passos e Portas...

José Sócrates, essa triste figura que nunca deveria ter sido Primeiro-Ministro.
Mas foi e está à vista o que fez ao País.
Portugal está hoje pior conforme todos os indicadores o comprovam. Mas, pior que isso, pior do que o drama da dívida, pior do que o colapso da economia, pior do que o desemprego elevado, pior do que a preocupante emigração, é a devastação na esperança, na moral, na honra dos portugueses.

Passos Coelho, essa triste figura que nunca deveria ter sido Primeiro-Ministro.
Mas foi e está à vista o que fez ao País.
Portugal está hoje pior conforme todos os indicadores o comprovam. Mas, pior que isso, pior do que o drama da dívida, pior do que o colapso da economia, pior do que o desemprego elevado, pior do que a preocupante emigração, é a devastação na esperança, na moral, na honra dos portugueses.

Paulo Portas, essa triste, lastimável, imperdoável e miserável figura que, num momento em que Portugal enfrenta uma crise política, social, económica e financeira grave, tem conseguido ser um artista exímio desta nossa política, possuidor do engenho e arte de passar através dos pingos da chuva sem se molhar, apesar de serem sempre de Pirro as suas pequenas vitórias.  
Portugal está hoje pior conforme todos os indicadores o comprovam. Mas, pior que isso, pior do que o drama da dívida, pior do que o colapso da economia, pior do que o desemprego elevado, pior do que a preocupante emigração, é a devastação na esperança, na moral, na honra dos portugueses.

Em tempo.
Sócrates, "Passos, Portas e Costa: o regime faliu"...

P. S. 
"Aníbal Cavaco Silva remeteu-se ao silêncio, mesmo no momento em que as os dois principais responsáveis governamentais e o líder do maior partido da oposição parlamentar andam na lama. Seria possível esperar pior da parte do presidente da República?"

quarta-feira, 4 de março de 2015

Pornografia é isto... (ataca e fere o pudor, a moral e os considerados bons costumes...)

"Finanças penhoram alimentos da associação portuense Coração da Cidade, doados por supermercados, para cobrar dívidas de portagens." 
Os responsáveis da associação Coração da Cidade estão indignados com a acção de penhora que as finanças do Porto estão a executar sobre esta IPSS. 
Admitem que têm uma dívida relativa a coimas mas acham incompreensível que se penhorem as sobras alimentares que recebem de hipermercados que deveriam ser entregues a pessoas com dificuldades na região do Porto. 
A associação Coração da Cidade distribui por dia, 2 mil e quinhentos quilos de alimentos, a mais de duas mil pessoas carenciadas.

"Especulação em torno da palavra homem" ( Poema de Carlos Drummond de Andrade dito por Sandra Corveloni)

As desculpas não se pedem, evitam-se...

Santana Lopes: Passos “deve pedir desculpa” aos portugueses...

Vivemos no ABSURDISTÃO

Um alto quadro das Polícias Secretas, confirma publicamente que fez escutas a cidadãos, SEM QUALQUER COBERTURA LEGAL. Agiu segundo ordens superiores, com intuitos políticos e com intuitos pessoais (casos de infidelidade).
Um antigo alto quadro das Polícias de Investigação Criminal, montou uma REDE ORGANIZADA DE ROUBOS, utilizando rufias de uma claque de futebol e fardamentos da polícia. Especializaram-se em ROUBAR IDOSOS SOLITÁRIOS.

Um Comandante de Polícia (SEF) e vários outros altos quadros do Governo Central criaram uma REDE DE CORRUPÇÃO E EXTORSÃO no sistema de atribuição dos chamados “Vistos Gold”.
Um grupo de Altos Dirigentes da Segurança Social montaram um ESQUEMA DE CORRUPÇÃO para a emissão de declarações falsas (lesando diretamente o Estado e as contas públicas).
Um grupo de Médicos, Farmacêuticos e quadros superiores de empresas farmacêuticas e do Governo Central, montaram uma REDE DE FALSIFICAÇÃO de receitas por forma a roubar o Estado.
Um primeiro ministro NÃO PAGOU AS SUAS CONTRIBUIÇÕES e um ministro do seu governo apressou-se a culpar os serviços do seu próprio ministério sobre o tema.
Um antigo primeiro ministro é acusado de estar envolvido numa REDE DE CORRUPÇÃO E CONSPIRAÇÃO, digna das melhores séries de televisão sobre a podridão no mundo dos negócios e da política.
Um Banqueiro e TODOS os Gestores que o acompanharam ao longo dos anos montou um esquema FRAUDULENTO, com a conivência do regulador (Banco de Portugal), que arruinou várias centenas de cidadãos. São TODOS chamados a uma Comissão Parlamentar de Inquérito e TODOS afirmam que NÃO SABEM, NÃO SE LEMBRAM ou, simplesmente, NÃO LHES APETECE RESPONDER.
O pior: TUDO isto aconteceu no MESMO PAÍS, no MESMO ANO.
E, NADA acontece. Falamos sobre isto tudo. Comentamos isto tudo. Achamos isto tudo um ABSURDO. Esquecemos que o verdadeiro ABSURDO é deixarmos tudo isto acontecer!
Está na altura de fazermos uma recomendação à ONU: que se mude o nome do País para ABSURDISTÃO.
Assim, ao menos, os ABSURDOS éramos todos nós!

JOSÉ AFONSO – Fome e Sede de Justiça

Até ao fim da adolescência, eu ia regularmente à missa, assistia ao Santo ofício, confessava-me. Hoje passa-se algo como um regresso às origens, não porque me tenha tornado de novo católico praticante, evidentemente, mas percebo que no fundo tenho uma concepção religiosa do universo. Vi, um dia destes, «O Evangelho Segundo São Mateus», de Pasolini, e fiquei perturbado. E estou a ler autores como S. João da Cruz e S. Francisco de Assis. Há uma espécie de reencontro com os ensinamentos de Cristo, não o Cristo institucional, o eclesiástico da minha infância, mas o Cristo dos que têm fome e sede de justiça...”
Entrevista a José Afonso, in «Expresso», 15/6/85


Após o tributo que dediquei ao José Afonso na semana passada, fui incentivado, por várias pessoas, a escrever algo mais relacionado com este exemplar cidadão.
A ideia que me ocorreu e que sempre inquietou o José Afonso, desde a célebre canção dos vampiros de 1963, era de facto, a necessidade de mais justiça social.
Por essa mesma altura, curiosamente, do outro lado do Atlântico, também Martin Luther King lutava pela justiça e semeou o seu sonho (“I have a dream”…).
Este combate, tão caro a José Afonso, 41 anos após o 25 de Abril está incompleto, pois, apesar de inegáveis avanços, registam-se, infelizmente, grandes retrocessos.
José Afonso, hoje, teria motivos de sobra para cantar e denunciar quem são os verdadeiros vampiros. Eles têm cara e têm rosto! Estes vampiros irão agradecer, dentro de menos de um ano, aos súbditos que em Portugal fizeram o seu jogo, à custa do empobrecimento da população, da privatização de sectores - chave da economia e da destruição de eixos sociais do Estado.
José Afonso, se fosse vivo, denunciaria a vergonha que é a disparidade dos valores das reformas quando comparadas com as dos que, por trabalharem cerca de dez anos, obtêm reformas antes dos 50 anos, de valores pornográficos, para cima de 7.000€ – que o diga a presidente da Assembleia da República…
A larga maioria dos portugueses, pessoas que trabalharam uma vida inteira, obtém reformas miseráveis inferiores a 300,00€. Isto é inaceitável num país que se diz democrático… É também intolerável que cerca de 2 milhões de portugueses vivam na pobreza.
Em contraponto, os privilégios da classe política são denunciados nas redes sociais, e criticados nas tertúlias de café, aparecem exibidos nos mails que recebemos e enviamos aos amigos…mas, não houve, até ao momento, um político que, de forma frontal tenha dito: ISTO NÃO PODE SER!
Os partidos do bloco central é o que se sabe…protegem-se carinhosamente uns aos outros, até porque - os principais chefes - frequentam os mesmos clubes secretos, onde cozinham as negociatas e esquemas de alternância de lugares nas administrações dos bancos e empresas: “é o agora vais tu, depois vou eu…e a seguir vais tu mais eu”.
José Afonso, se fosse vivo, diria que a política não existe para a prossecução de interesses particulares, diria, pelo contrário, que é uma arte nobre que deve prosseguir o interesse geral.
José Afonso, já em 15/06/1985, na entrevista dada ao Expresso referia que:
“…há uma data de gente que vive melhor do que antes do 25 de Abril, mas à custa de clientelismos partidários e favores políticos que não afirmam propriamente os trunfos dum regime. (…)

Trinta anos passados, infelizmente, o panorama agravou-se, aumentou o carreirismo, com escolas de formação gratuitas nas juventudes partidárias, cuja condição para subir na hierarquia do partido é dizer “Yes” ao chefe superior, seja ele um dirigente de uma concelhia ou de uma distrital…
Os partidos do arco da governação estão-se “marimbando” para os reais problemas dos cidadãos. A sua primacial função é dar emprego aos “boys e girls” que exibam os respectivos cartões, sejam eles laranjas, rosas ou azuis…pouco importa.
José Afonso, em Junho de 1985, já se queixava do mesmo…bastará lermos este excerto:
“Sabemos hoje que os programas de partidos, as promessas eleitorais, a igualdade dos cidadãos perante a lei, o parlamentarismo, … são armadilhas de uma imensa minoria que vive luxuosamente à custa de uma imensa maioria. Por outro lado, embora haja partidos que se aproximam mais dos interesses dos trabalhadores e outros que são contra esses interesses, a verdade é que a escolha entre os partidos A, B ou C acaba por não oferecer uma alternativa de fundo aos privilégios de Estado uma vez que todos eles se movem segundo a mesma lógica que cria um fosso entre o cidadão comum e os senhores do Poder…”
O Zeca deixou-nos, na sua curta existência de 58 anos, a ideia de que “há sempre outro amigo também”. Poderia ser uma pessoa, uma simples ideia, podia ser um combate, mas sempre pela liberdade, sempre pela justiça social!
Que venham mais cinco, mais cem, mais mil ou um milhão…! Nós somos os teus cantores!

Post Scriptum: um agradecimento especial para uma pessoa que me incentivou a escrever estas linhas.

Luís Ramos Pena  

Não vale a pena perder mais tempo

"Para mim não foi um mero esquecimento. Passos Coelho em 1999 não pensava que viria a ser primeiro-ministro. Nunca lhe passou pela cabeça que o PSD e o PS lhe proporcionassem essa oportunidade. Por isso, na altura fez aquilo que lhe dava mais jeito. Como quase todos, aliás, de acordo com um padrão comportamental que se instalou em Portugal e fez escola. É que, como bem se recorda, entre 1999 e 2004 o primeiro-ministro "era apenas trabalhador independente e, por essa razão, tinha de apresentar o modelo B da declaração de IRS e preencher o anexo H. Ora, nesses anos, no quadro 9 do anexo H os contribuintes tinham de preencher o valor pago em "contribuições obrigatórias para a Segurança Social". Obrigatórias."

Temo que a desinformação, a cegueira partidária, a desonestidade intelectual das camarilhas e a falta de honestidade ética e política dos actores continue a fazer o seu caminho. Como até aqui. Não até à vitória final, mas até à abstenção final. Ou, quem sabe, até que o desespero dos portugueses trabalhadores, honestos, sérios e que cumprem as suas obrigações sem esquecimentos, enquanto os trapalhões vão engrandecendo e comendo-lhes as papas na cabeça, os leve a dizer basta."   

Sérgio de Almeida Correia, via Delito de Opinião

A missão dos Palhaços d'Opital: fazer o que ainda não foi feito...

Dr. Risotto e enfermeira Belita visitam regularmente hospitais da região e este mês começaram a desafiar sorrisos nos seniores de 21 misericórdias do distrito de Coimbra. 
Ontem, os Doutores Palhaços e Pedro Abrunhosa levaram sorrisos ao Hospital Distrital da Figueira da Foz.

terça-feira, 3 de março de 2015

Neoliberalismo em todo o seu esplendor...

"É o capitalismo, estúpido"... (Via Aventar)

O hilariante marcantónio

Ele disse: 
“Portugal é um país onde as notícias positivas se tornaram banalidades”. 
Este gajo é ou não é impagável? (Via O sítio dos Desenhos)

Em tempo.
A democracia representativa tem pelo menos um mérito; é que um membro do parlamento nunca pode ser menos incompetente do que aqueles que votaram nele. 
Elbert Hubbard

Alguém que explique ao PM o óbvio e o simples...


Código Civil Português
Artigo 6.º (Ignorância ou má interpretação da lei
A ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecidas. 
daqui 

Jorge Miranda

Numa Aldeia tão silenciosa hoje como quando nasci, o que mais gosto é de escutar o relógio da igreja – então anúncio de defunto, de incêndio, inundação, terramoto. As horas são o que menos conta...

Com gente séria é outra coisa...

O primeiro-ministro disse ao PÚBLICO, na semana passada, que a Segurança Social o informou em 2012, e novamente em 2015, em resposta a requerimentos seus, de que estava registada em seu nome, embora estivesse prescrita desde 2009, uma dívida de 2880,26 euros, acrescida de juros de mora, “a qual poderia ser paga a título voluntário e a qualquer momento para efeito de constituição de direitos futuros”.

A única coisa verdadeiramente relevante que aconteceu, na América, nos últimos anos - desde 2008… - foi isto…


  We The People.  Lee Clayton, nunca mais tendo tido nada para dizer à mediocridade do presente, do mercado e da praça pública, ainda está vivo… e até resolveu aparecer ainda uma vez mais, passados tantos anos, e gravou isto, e distribuiu-o, olhos nos olhos, na Internet, no Youtube.

Finalmente, na agenda da política figueirense a discussão de um tema Maior...

Para me preparar para o acompanhamento do debate, vou já começar a reler as 177 páginas da obra dada à estampa em setembro de 2009  “Figueira da Foz - erros do passado, soluções para o futuro", da autoria dos antigos Vereadores do PS, então na oposição, António Tavares e João Vaz, pois é um documento onde os leitores encontram muita informação e dados indicadores pertinentes, relativamente ao estado do concelho, à época.
No livro, António Tavares e João Vaz, abordam temas como as Finanças Municipais, alertando para o agravamento da situação financeira, Desenvolvimento Económico, Ordenamento do Território e Urbanismo, Funções Sociais, Obras e Acessibilidades, Ambiente e Qualidade de Vida, Sector Empresarial Municipal, sem esquecer a Ética, Transparência e Democraticidade.
Para quem se interessa pela politica autárquica, encontra neste livro abundante informação, que lhe permitirá pensar e reflectir sobre o estado do concelho da Figueira da Foz.
Creio, aliás, na minha modesta opinião - que vale o que vale - que já estava na altura da continuação do livro sobre a “Figueira da Foz - erros do passado, soluções para o futuro, parte II, a partir de 2009”, naturalmente elaborado pelos especialistas na matéria António Tavares e João Vaz.