O
ministro do Ambiente, Moreira da Silva, disse na altura à agência
LUSA, que a recuperação de 1.300 metros de cordão dunar, a sul
da Figueira da Foz, iria avançar nas semanas seguintes, num
investimento de 3,7 milhões de euros.
A
obra, que tinha um prazo de execução de oito meses, incide sobre as
dunas da Cova-Gala, Costa de Lavos e Leirosa, a sul do Mondego, que
voltaram a ser fustigadas pela agitação marítima dos últimos
dias.
"O
concurso está feito, o investimento cabimentado, é uma questão de
passar à acção. O que aconteceu este fim de semana, com o recuo de
10 a 15 metros da duna, prova que é absolutamente essencial lançar
esta intervenção nas próximas semanas", afirmou Moreira da
Silva aos jornalistas, durante uma visita à praia da Leirosa.
O
titular da pasta do Ambiente frisou que o presidente da Câmara da
Figueira da Foz, João Ataíde, "colocou algumas dúvidas"
quanto à tipologia de intervenção prevista - que contempla o
reenchimento da duna com areia - mas avisou que as intervenções que
já estavam programadas "têm de ser executadas". "A
população não pode esperar mais tempo", sustentou.
Em
março passado uma portaria governamental publicada em Diário
da República (DR) autorizava a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a
gastar cerca de 2,4 milhões de euros para proteger praias a sul da
Figueira da Foz.
Há
quem considere, no entanto, que “são cerca de 2,6 milhões de euros para manter o statusquo: ou seja, vai ficar tudo na mesma, as empresas de construção civil agradecem e os contribuintes pagam a factura do mau planeamento e de decisões erradas.”
Entretanto, nada aconteceu e o inverno aproxima-se.
Alguém sabe o que se passa?..