Sexta, 25 Abril, 10:00
- Sessão solene
Inicia-se com a concentração junto ao Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, seguida da cerimónia do hastear da bandeira.
Será orador convidado o cidadão António Augusto Menano, e intervindo para além do Representante da Associação 25 de Abril, Representantes de todos os partidos e Coligação de Cidadãos com assento na Assembleia Municipal.
Estas cerimónias serão abrilhantadas pelas actuações da Filarmónica da Sociedade Filarmónica Quiaense e do Coral David de Sousa.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Mistério!..
daqui |
"A apresentação da obra “Antologia de Poesia País de Abril”, de Manuel Alegre, ontem ao fim da tarde em Coimbra, foi motivo para fazer crítica à política actual, com o poeta a mostrar preocupação por “um país em que os mercados estão acima do Estado”. Todavia, na Casa da Escrita, estando entre amigos – alguns deles anteriores ao 25 de Abril de 1974 – Manuel Alegre não deixou de revelar um olhar mais descontraído sobre os fenómenos sociais, constatando que, nos últimos tempos, “nunca se viu um mar de gente na rua como na celebração do Benfica, de que gostei, mas que também me deixou preocupado”. Para o antigo candidato à Presidência da República, “isto também revela a necessidade das pessoas se libertarem de um vazio que existe”."
Ora cá está um mistério!..
Os portugueses, por norma, pelam-se por estar ao lado dos vencedores.
É assim na política e no futebol.
A recente vitória do Benfica trouxe à tona um mistério...
Mais do que um mistério, penso mesmo que é um fenómeno em Portugal: o benfiquismo.
Vejamos: nos últimos 30 anos, se a memória não me atraiçoa o Benfica venceu 7 campeonatos. O Porto ganhou quase o triplo – 20.
A diferença é substancial.
Seria de esperar que os adeptos do Porto tivessem aumentado de forma clara...
Todavia, como se viu no domingo, este país é de benfiquistas!..
Lembram-se de "um campo chamado Tarrafal?"
23 de Abril de 1936: abertura do campo de concentração português do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde. Três anos depois chegavam os primeiros 152 detidos, entre os quais se contavam participantes do 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande.
daqui
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terça-feira, 22 de abril de 2014
A decomposição do açúcar e do sal
"Vá lá, isto já não é um governo. É um ajuntamento de pessoas unidas para cumprir o fecho do programa da troika, porque se isso não acontecesse - a manutenção do governo em funções mesmo em estado de colapso - a senhora Merkel ficaria muito aborrecida...
É este ajuntamento que governa o país e vai a votos no dia 25 de Maio em coligação."
Profetas da Figueira... (8)
"É curioso atentar na postura dos que se colocaram como críticos do que se fez; os que se esgadanham na crítica ronceira
de dizerem mal de tudo tapam os ouvidos aos resultados e, se os apresentamos, acusam-nos de auto elogio.
A oposição, mais inteligente, cola-se a toda a acção inegavelmente positiva e reclama a sua parte; o impulso é tão
forte que chega a reclamar para si os méritos do Plano de Saneamento Financeiro, embora não assuma o seu reverso - o sacrifício."
António Tavares, vereador PS no jornal AS BEIRAS.
António Tavares, vereador PS no jornal AS BEIRAS.
Para ler na calma da noite
«Há qualquer coisa em Passos Coelho que faz com que as pessoas lhe tolerem com alguma bonomia todas as suas mentiras. Ou que pelo menos não se indignem como se indignavam com Sócrates ou com Durão Barroso ou como se continuam a indignar com Portas. (...) Querem o melhor exemplo? O espaço de opinião de José Sócrates, transformado numa "entrevista confrontacional", foi aplaudido pela maioria dos jornalistas. A entrevista de José Gomes Ferreira a Pedro Passos Coelho, transformada num espaço de opinião partilhada (à semelhança do encontro amigável de Passos Coelho com uns cidadãos, na RTP), não provocou grande incómodo nos intrépidos defensores do jornalismo corajoso e independente. Na realidade, a entrevista foi tão fácil que Passos Coelho acreditou que os país era composto por milhões de gomes ferreiras. E desembestou num chorrilho de mentiras sem pensar que havia um dia seguinte.»
Daniel Oliveira, As contradições de Passos Coelho em entrevistas não "confrontacionais"
«No diálogo televisivo de terça-feira, o primeiro-ministro falou dum alargamentozinho no corte de salários face ao do anterior Governo. Segundo o primeiro-ministro, fazer cortes de 3,5% nos salários a partir de 1500 euros não é muito diferente de cortar 2,5% a partir dos 675. Também, segundo ele, não existirá grande diferença entre o tal corte de 3,5% nos salários de 1500 euros e o atual de 8,5%. Mais do dobro. (...) Infelicidade verbal, pois então. Mas existiram mais aspectos que houve quem achasse claros. Houve tempo para libertar (...) uma não verdade, quando disse que os cortes nas despesas de funcionamento do Estado tinham sido de 1600 milhões de euros: não foram, foram de metade desse valor como provou o Jornal de Negócios dois dias depois. Infelicidade verbal, sem dúvida. Também não faltaram, no alegre convívio, momentos de puro entretenimento: o desonerar (...) das pensões e salários em 2016. Se der, eventualmente, às tantas. Tão certo como "termos cumprido as metas". Não houve tempo para explicar como é que não se tendo cumprido uma única meta original se diz exatamente o contrário. Infelicidade verbal, claro.»
Pedro Marques Lopes, "Infelicidades verbais várias"
«"Nós temos um sistema de pensões que não é sustentável". (...) Como incentivo à fuga contributiva, dificilmente se conceberia melhor declaração. Depois, os vários estudos de instituições internacionais mostram que, depois de 2006, o sistema de pensões português é dos que apresentam menores riscos. (...) O problema da segurança social hoje é a combinação entre quebra contributiva (por força da quebra do emprego) e aumento de despesa (efeito do desemprego). Entre 2010 e 2012, a diminuição das contribuições foi de 400 milhões de euros, enquanto a despesa com subsídio de desemprego aumentou 480 milhões. (...) "Os portugueses escolheram um governo para governar nas circunstâncias mais difíceis de que há memória nos 40 anos sobre a revolução". (...) As frases citadas foram proferidas por Passos Coelho na conversa televisiva desta semana. Esta última distingue-se por ser verdadeira e merece um comentário adicional: foi uma tragédia, num momento como o que vivemos, termos alguém tão impreparado a chefiar o governo.»
Pedro Adão e Silva, Um primeiro-ministro
«Nunca saberemos ao certo se o primeiro-ministro cedeu a tentações eleitorais em 2011 ou se pura e simplesmente desconhecia o plano de ajustamento da troika e as limitações da poupança com as "gorduras no Estado". Vê-lo voltar a essa história de fadas de grandes reduções de défice com base em ganhos de "eficiência", menos "consultoria" e muitas "fusões" causa inevitavelmente calafrios - especialmente se considerarmos que três anos depois parece ainda não dominar o assunto em que depositou tanta esperança. Se desta vez, o primeiro-ministro errar, já não terá desculpa. Pois como disse, e bem, "às vezes criam-se ideias que não são correctas".»
Rui Peres Jorge, Números errados, ideias erradas
«Debaixo deste discurso muito pouco transparente, há no entanto uma ideia clara e um objectivo definido. A ideia clara é que a austeridade é para continuar. (...) O objectuvo definido é que, para conseguir aqueles equilíbrios, o governo aposta tudo no esmagamento da procura interna. E isso exige que salários e pensões não só nunca mais voltem aos patamares de antes da crise como se mantenha a brutal carga fiscal sobre os rendimentos. Em síntese, este ajustamento exige e assenta no esmagamento da classe média. E é isso que a troika e o governo têm prosseguido com afinco, enquanto nos fazem sentir a culpa de "termos vivido acima das nossas possibilidades", seja isso o que for, uma viagem às Maldivas ou jantar fora demasiadas vezes...»
Nicolau Santos, Quantos pobres fazem o ajustamento?
Via Ladrões de Bicicleta
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Profetas da Figueira... (7)
"Compreendo bem a frustração dos que genuinamente queriam um país mais solidário, coeso e livre, quando olham para a situação a que chegamos, mas não tenho dúvidas que, apesar de tudo, valeu a pena. Hoje, todos temos de ser “capitães” e ajudar Portugal a erguer-se, como sempre se ergueu. Abril ainda não se cumpriu totalmente, mas depende de todos a melhoria da democracia, através da persistência, da esperança e da sabedoria. O 25 de abril não deve ser comemorado como rotina, ou por obrigação. O 25 de abril tem de ser um tempo de reflexão, de cerrar fileiras para o futuro e de perce ber a história contemporânea de Portugal. Tenhamos memória."
Miguel Almeida, vereador Somos Figueira hoje no jornal AS BEIRAS.
Miguel Almeida, vereador Somos Figueira hoje no jornal AS BEIRAS.
domingo, 20 de abril de 2014
sábado, 19 de abril de 2014
"QUEM É IGUAL A QUEM? ou A RESISTÊNCIA HERÓICA DAS MULHERES DA COVA / GALA", estreou ontem à noite com casa cheia
foto Olímpio Fernandes |
O texto foi escrito
nos anos setenta do século passado pelo Adelino Tavares da Silva (foi meu Amigo
e um grande jornalista deste País, tendo chegado a ser Director do extinto «O
Século», a seguir ao 25 de Abril de 1974. Adelino Tavares da Silva tinha raízes
familiares no nosso concelho, pois o seu Pai – o Comandante Rainho – era da
Gala). A solução cénica encontrada para levar pela primeira vez ao
palco este inédito, de que gostei sobremaneira, foi do Francisco Sanchez. A meu ver, houve apenas dois pormenores que podem ser
melhorados: a Tasca do Zé Gandarês, onde o narrador, o Tzé Maia, ao estar fora
do palco, ao nível da sala, não fica visível para grande parte dos espectadores; por outro lado,
numa sala cheia como felizmente aconteceu ontem, a riqueza satírica e acutilante
do texto provocou, por diversas vezes, reacções de agrado e boa disposição do
público, o que foi positivo, mas prejudicou a compreensão da peça, pois tornou difícil a audição de certas passagens
do magnífico texto do Adelino Tavares da Silva. De registar a boa prestação dos amadores em cena, o que certamente terá muito a ver com a
exigência e o rigor do director cénico. Sem desprimor para ninguém, gostei
especialmente da interpretação que a Manuela Ramos deu a uma personagem forte e
cheia de força, uma autêntica Mulher da Cova Gala, como é, indiscutivelmente, a Ana Racha.
Muita gente pensa que o teatro é uma arte inacessível ao nosso depauperado bolso, ainda para mais neste difícil tempo de crise que atravessamos. Só que nem sempre é verdade. Para alegria de quem não possui bolso recheado e gosta de teatro, existem bons espectáculos, como o que foi levado à cena ontem à noite no Clube Mocidade Covense, que por dois ou três euros podem ser vistos.
"QUEM É IGUAL A QUEM? ou A RESISTÊNCIA HERÓICA DAS MULHERES DA COVA / GALA", é um espectáculo interessante e arrebatador, que fala de nós e dos
nossos antepassados covagalenses, que nos
surpreende e prende pela simplicidade de
um texto escrito com a qualidade só ao alcance de um talento literário como o de Adelino Tavares da Silva, que consegue alcançar, como ontem aconteceu, os corações e a alma da
plateia. Faz-nos pensar e reflectir, mas também nos faz rir e divertir. Numa
palavra provoca-nos emoções. A não perder.
Ficha Técnica.
Actores: Ana Margarida, Beatriz Duarte, Dina Pimentel, Francisco Sanchez, João Pita, Lurdes Sardo, Manuela Ramos, Maria Luísa, Rosa Estrela , Leonor, Alexandra, Ana Sofia e Mariana.
Actores: Ana Margarida, Beatriz Duarte, Dina Pimentel, Francisco Sanchez, João Pita, Lurdes Sardo, Manuela Ramos, Maria Luísa, Rosa Estrela , Leonor, Alexandra, Ana Sofia e Mariana.
Sonoplastia: José Vidal, João Pita e Adelaide Sofia.
Cenário: João Pita e Susana Brás.
Música: José Castro. Letra da Canção: João Pita.
Encenador: Francisco Sanchez.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
25 de Abril - 40 anos
A Direcção da Associação 25 de Abril informa que decidiu
levar a efeito uma evocação a Salgueiro Maia, nela personificando a homenagem a
todos os militares de Abril, no Largo do Carmo, no dia 25 de Abril às 11.00,
evento para o qual desafia toda a população.
Mais informa que, nessa circunstância, o Presidente da
Direcção da A25A proferirá uma intervenção de fundo na linha da que seria feita
na sessão solene na Assembleia da República.
Após esse tributo, será organizada uma romagem ao edifício
onde funcionava a PIDE/DGS, na Rua António Maria Cardoso, para evocação da
memória dos cidadãos ali assassinados no fim da tarde de 25 de Abril.
Todos ao largo do Carmo às 11h00 de dia 25 de Abril!
Austeridade – sinais exteriores (2)...
40 anos depois do 25
de Abril, alguém conhece por estes lados
algum órgão de informação de referência?
Eu não quero ser injusto. Mas, mesmo reconhecendo a competência, o profissionalismo, a dedicação e a entrega de alguns jornalistas locais, na Figueira, só conheço
órgãos de informação de reverência...
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