40 anos depois do 25
de Abril, alguém conhece por estes lados
algum órgão de informação de referência?
Eu não quero ser injusto. Mas, mesmo reconhecendo a competência, o profissionalismo, a dedicação e a entrega de alguns jornalistas locais, na Figueira, só conheço
órgãos de informação de reverência...
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Profetas da Figueira... (6)
“O 25 de Abril eclodiu as organizações, políticas,
sindicais, populares.
Algumas novas, outras saídas da clandestinidade, onde se
tinha desenvolvida a sua luta contra o Estado Novo.
A sua divulgação assumiu modos diversos, dos comícios aos
cartazes e aos murais, colados , por militantes, pelas cidades, pintados nos
muros e nas paredes. A Figueira não ficou de fora desta forma de luta. Brigadas
de alguns partidos disputaram, renhidamente, os espaços.
Recordo pichagens a azul, no percurso de minha casa, até às
paredes do Hospital da Misericórdia, onde trabalhava, palavras onde o meu nome era
escrito exortando à minha morte. Que acabaram após uma conversa entre mim e o líder
de um partido de direita, no café O Caçador.”
António Augusto Menano, escritor, hoje no jornal AS BEIRAS.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Gabriel García Márquez morreu aos 87 anos
Austeridade – sinais exteriores...
Descobri que se acende uma luzinha quando o nível do gasóleo no depósito do combustível do meu carro desceu de tal maneira que entrou na reserva...
Troca-tintas
Dou-me cada vez pior com coisas destas.
Deve ser falta de paciência, uma forma educada de me referir
à minha própria idade.
Casos destes, entre os chamados partidos do arco do poder,
são frequentes. Penso que todos nos lembramos, por exemplo, de João Gouveia em Soure.
“Posso dar um contributo para o concelho”, afirma hoje ao jornal AS BEIRAS a vereadora Alexandra Ferreira, sobre a mudança de “equipa”, que gerou uma onda de choque nos bastidores políticos e autárquicos locais, com o PSD e a CDU a
manifestarem estranheza.
Recorde-se, que Alexandra Ferreira foi eleita pela coligação “Mais por Montemor”, nas últimas autárquicas e que fez parte do executivo liderado por Luís Leal.
Agora, aceitou assumir um lugar a meio tempo na Câmara de Montemor-o-Velho, depois de um longo “namoro político” de Emílio Torrão .
manifestarem estranheza.
Recorde-se, que Alexandra Ferreira foi eleita pela coligação “Mais por Montemor”, nas últimas autárquicas e que fez parte do executivo liderado por Luís Leal.
Agora, aceitou assumir um lugar a meio tempo na Câmara de Montemor-o-Velho, depois de um longo “namoro político” de Emílio Torrão .
Nunca tive o menor respeito por essa treta de que aos
jovens, é suposto ser permitido (e aconselhado), o arroubo ideológico...
Se se é novo, é suposto ser-se tolerante, aberto, curioso, e
não fanático. Mas, também, penso, ter princípios e coerência política...
O que esta senhora fez, em gíria figurada e popular, é definido com um nome: troca-tintas.
Capitães de Abril não discursam no Parlamento
"Em reunião, que ontem se realizou ao fim da tarde
entre a presidente do Parlamento e os representantes dos grupos parlamentares,
não ocorreu o consenso necessário para a intervenção de um representante da
Associação 25 de Abril na sessão solene comemorativa [dos 40 anos do 25 de
Abril]", informa a nota do gabinete de Assunção Esteves.
Na reunião, a presidente da AR e os deputados
"expressaram, unanimemente, o seu respeito e gratidão pela coragem doscapitães de Abril, com o seu legado da democracia, e reafirmaram o seu desejosincero de os ter presentes nestas cerimónias".
A inteligência pode ser inimiga da acção, pois pode conduzir ao paradoxo.
Nos momentos de ruptura, ensina-nos que somos muitos
pequenos, mas também nos diz que se nos vemos como pequenos nos apequenamos, o
que é contrário ao bom uso da inteligência.
Como disse no passado domingo Marcelo Rebelo de Sousa - Capitães de abril: «Goste-se ou não, estamos aqui devido a eles».
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Só para verem que ando atento...
“Areal da Figueira cresce cerca de 40 metros por ano”, é uma
notícia hoje em grande destaque no Diário de Coimbra.
Há mais de dois anos –
em 5 de Março de 2012 – já este blogue, citando um trabalho da Lusa – dava conta
deste problema numa postagem intitulada “cada vez mais areia a norte, erosão galopante a sul”.
Recordo uma passagem.
“José Nunes André,
geógrafo e investigador universitário, tem vindo a monitorizar a acumulação de
sedimentos através de três perfis transversais, elaborados numa faixa de dois
quilómetros de comprimento no areal entre a Figueira da Foz e Buarcos. "Tem dado uma média de 40 metros ao ano de crescimento da
praia. E a sul [dos molhes do porto] temos o reverso da medalha, as praias
estão a recuar assustadoramente. As praias da Cova Gala e da Leirosa recuaram
15 metros num ano",
disse à agência Lusa José André.
De
acordo com o investigador, o ritmo de crescimento do areal da Figueira da Foz
é, actualmente, superior ao verificado aquando da construção original do
molhe norte, nos anos 60 do século passado. A praia, explicou, cresceu cerca de 440 metros até à década
de 1980 e, a partir daí, nos últimos 30 anos, a acumulação de sedimentos
reduziu de intensidade e praticamente estabilizou. No entanto, com a obra de
prolongamento do molhe - concluída no verão de 2010 -, o areal voltou a crescer
e, actualmente, apresenta 580 metros de largura máxima entre a marginal e
a orla marítima, segundo as medições feitas por José André.
Este geógrafo recordou que, por ocasião da obra, o período estimado de crescimento do areal foi estabelecido em 12 anos. Segundo os dados de que dispõe, e a manterem-se os valores observados, o prolongamento da praia vai ocorrer "apenas em seis, sete anos, até que as areias contornem o molhe"
Este geógrafo recordou que, por ocasião da obra, o período estimado de crescimento do areal foi estabelecido em 12 anos. Segundo os dados de que dispõe, e a manterem-se os valores observados, o prolongamento da praia vai ocorrer "apenas em seis, sete anos, até que as areias contornem o molhe"
E com toda a razão...
fot daqui |
O ex-líder parlamentar do PSD já não está em prisão domiciliária e o juiz mandou retirar a pulseira eletrónica por considerar que o perigo de fuga está diminuído."
Nada mais justo!
Para o Brasil, asseguro eu, não existe mesmo nenhum perigo de fuga...
Profetas da Figueira... (5)
“Não
é entendível, por exemplo, que o Paião disponha de um plano de urbanização e a
gestão urbanística das Alhadas se faça
pelo PDM quando ambas, por definição, se encontram ao mesmo
nível na hierarquia urbana.
A
montante deste processo, evidencia-se a necessidade da aprovação do plano
estratégico que clarifique
os objectivos e os caminhos que o concelho há-de tomar.
É
portanto bem-vinda a recente decisão de suspender os planos de urbanização da Praia
de Quiaios-Murtinheira, por obsoleto, e o plano de pormenor do Bairro Novo, assente
em cadastro errado, ambos a exigir grande esforço na gestão urbanística.
Queremos
acreditar estar na presença de vontade de alterar aqueles que têm sido os comportamentos
nos últimos anos. É muito o trabalho que nesta área a Câmara tem que
desenvolver, a começar pela concretização do plano estratégico e das revisões
do PDM e do PU
da zona urbana.
Deseja-se
que a recente deliberação seja apenas o início dos ciclópicos trabalhos que
sobre o assunto haverá que desenvolver.
Para já, os sinais são positivos”.
Obedecer!.. Não foi assim que tudo isto começou?..
“A homenagem que os pais dos seis jovens estudantes da
Lusófona, que morreram na praia do Meco a 15 de dezembro, promoveram ontem para
assinalar os quatro meses sobre a tragédia, ficou marcada pela identificação de
Anabela Pereira, mãe de Tiago Campos, e de dois surfistas, por terem lançado
flores ao mar, contrariando as ordens da Polícia Marítima. Os outros pais
optaram por obedecer e não chegaram a entrar no areal.”
Via DN
Quando um jornalista pede desculpa por fazer jornalismo...
“Deu-se ontem, na entrevista de José Gomes Ferreira a Pedro
Passos Coelho, um momento de verdade suprema. Durante toda a tarde, em
antecipação de uma conversa entre um enamorado pela austeridade e um apaixonado
pela austeridade, tinham chovido propostas de perguntas de um a outro: “Porque
não foi mais longe?”, era a mais fácil de prever. E claro que apareceu.
A realidade, porém, não só ultrapassou a imaginação como a
atropelou e fugiu. No único momento em que José Gomes Ferreira se lembrou de
insistir numa pergunta, Pedro Passos Coelho franziu o sobrolho e levou o
jornalista a escusar-se:
“Desculpe, foi um impulso jornalístico”.
Quando um jornalista pede desculpa por fazer jornalismo, está tudo dito.”
Quando um jornalista pede desculpa por fazer jornalismo, está tudo dito.”
A entrevista de Passos...
Para mim, o momento da entrevista de ontem de Passos Coelho
à SIC foi este: “o perfil do candidato presidencial do PSD aproxima-se de Cavaco Silva”...
Confesso que fiquei na mesma em relação às grandes questões que se prendem com o nosso futuro.
Contudo, confirmei aquilo que pensava em relação à vontade do líder do PSD sobre
quem deseja para Belém.
Em tempo.
Ontem, enquanto via a entrevista de Passos Coelho, vá lá
saber-se porquê, recuei ao tempo em que a gente sabia que não havia pluralismo
de opinião em Portugal.
Nada que se compare
aos tempos que correm, de Cavaco Silva, presidente da República, tempos da comunicação social privada e da opinião
pluralista e livre e isenta!..
PS...
Em Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, presidente eleito pelo PS, "roubou" vereadora ao PSD/CDS!
Segundo o Diário de Coimbra, Alexandra Ferreira disse ontem
“sim”, depois de um longo “namoro” de Emílio Torrão. A vereadora, eleita pela
coligação “Mais por Montemor”, que já fazia parte do executivo liderado por
Luís Leal, aceitou o desafio e vai assumir um lugar a meio tempo na Câmara.
Depois de uma estratégia concertada com a CDU, logo no início do mandato,
Emílio Torrão reforça agora o espectro político em que assenta a Câmara de
Montemor, com um executivo que classifica de «salvação concelhia».
Para Abel Girão, que liderou a candidatura do PSD/PP,
trata-se de “uma situação lamentável, mas é o culminar de um «namoro político»
que foi iniciado há bastante tempo por Emílio Torrão”.
Para o actual vereador da oposição, o ocorrido é “ainda é mais lamentável, porque foi dado
o segundo lugar da sua lista a Alexandra Ferreira”.
Por seu turno, a Concelhia do PSD, em comunicado, escreve que Alexandra Ferreira, citando a própria,
aceitou o repto de Emílio Torrão por “motivos que se prendem exclusivamente com
razões pessoais e salvaguarda de uma situação de desemprego”. E acrescenta:
“estamos perante um caso gritante em que o interesse pessoal mediato se
sobrepõe às ideias, às causas e convicções que defendeu e apregoou na linha da
frente nos últimos cinco anos”.
Como dizia Sá Carneiro, fundador do partido: “a política sem
risco é uma chatice e sem ética uma vergonha”.
Recorde-se: o PS, que ganhou as eleições em setembro com maioria
relativa, fez um acordo pós-eleitoral com a CDU.
“Tal como disse na reunião de câmara, não compreendo esta tomada
de posição, até porque as pessoas têm de ter caráter: se concorrem pelos
partidos, devem-lhes respeito e consideração”, reagiu Jorge Camarneiro, vereador comunista, em
declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS.
O autarca estranha
esta situação, “uma vez que havia um acordo entre o PS e a CDU que estava a
garantir a estabilidade da governação do município”.
A Concelhia da CDU vai reunir-se, para tomar uma decisão.
Mas só depois de abordar o assunto com o Emílio Torrão, a quem já solicitou uma
reunião.
Entretanto, Jorge Camarneiro adianta que a sua coligação
está “disponível para assumir responsabilidades executivas com pelouros”.
terça-feira, 15 de abril de 2014
Carta aberta ao primeiro-ministro
“Passos, escuta... estamos fartos de ver emigrar os nossos
familiares, os nossos direitos, os nossos sonhos, e vamos continuar a lutar
para que rapidamente entendas que o melhor para todos é que sejas tu, o teu
governo, os teus banqueiros, os próximos a partir. Ninguém deixará cair uma
lágrima quando tu zarpares. Essa viagem é hoje a condição para as pessoas
voltarem a ter esperança num futuro melhor. Não bastará, é certo, mas tudo
recomeçará nesse dia inicial, inteiro e limpo.”
Para ler na íntegra, clicar aqui.
GRUPO DE TEATRO DO CLUBE MOCIDADE COVENSE
A ESTREIA DA PEÇA "QUEM É IGUAL A QUEM ? ou ARESISTÊNCIA HERÓICA DAS MULHERES DA COVA / GALA" VAI REALIZAR-SE NO DIA 18
DE ABRIL, PELAS 21h30.
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