quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Ideias velhas...

Não sei porque é que haveríamos  de começar o ano novo com «ideias novas»!..
Os portugueses lá sabem porque continuam ligados a escolhas de ideias tão velhas...

“... a questão é nacional, não é partidária"...  
Para quem tem memória, esta foi uma frase muito batida, nos discursos e nas discussões, depois do 28 de Maio de 1926, como fundamento da proibição dos partidos políticos. A história não se repete, nem como farsa, mas neste percurso tão longo, a tantos anos de distância, e tão perto que ainda estamos desse outro tempo.”

Boa tarde figueirenses e bem-vindos a 2014... (III)

A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
Como escrevemos em 11 de dezembro de 2006,  o processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, pela foto obtida por mim hoje no local, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
O processo de erosão costeira assume aspectos cada vez mais preocupantes a sul do 5º. Molhe, na praia da Cova.
Entretanto, a praia da Figueira da Foz, o maior areal urbano do país, está a crescer, em média, 40 metros por ano, devido ao prolongamento do molhe norte do rio Mondego...
Repito a pergunta que coloquei neste blogue antes da execução da obra, mas que ainda ninguém respondeu: será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE tiveram na zona costeira na margem a sul do Mondego?

Boa tarde figueirenses e bem-vindos a 2014... (II)

foto sacada daqui
E cá estamos nós, portanto, em 2014...
Fiquem, pois,  com esta mensagem de Ano Novo que eu também não sou menos do que o Cavaco Silva.
 “Amigas, amigos, 2013 correu muito bem, 2014 será pior”.

Boa tarde figueirenses e bem-vindos a 2014...

“Um Hospital dentro de um parque de estacionamento”, uma atracção figueirense de 2013 que  transita para 2014!..
No texto da moção, recusado com 23 votos contra do PS, 16 a favor da CDU, coligação Somos Figueira e presidente da junta de freguesia de Lavos e duas abstenções (presidente da junta de Buarcos e Bloco de Esquerda), os promotores defendiam que a decisão de taxar o estacionamento – cujo investimento de 80 mil euros e concessão a cinco anos foi assumido pela empresa municipal Figueira Parques – fosse revogada e que o pagamento tivesse lugar apenas nos meses de julho e agosto.”

O que desejo para 2014 é pouco: que não piorem as coisas!..

Daqui a pouco – o tempo passa a correr – comemoram-se os 40 anos do 25 de Abril de 1974!
Será que, no dealbar de 2014, Portugal ainda está em condições de,  pelo menos, poder responder a esta simples pergunta: quem somos, de onde vimos e para onde vamos, 40 anos depois de Abril?

No país do "pito"...


Confesso que tive sérias dúvidas que conseguíssemos chegar inteiros ao fim de 2013...
Mas, este país não pára de me surpreender: se a "Casa dos Segredos" foi o programa de televisão mais visto, em 2013,  porque razão o "jornal do pito" não há-de continuar a ser o mais lido, em 2014?
Estamos no momento zero de 2014... 
Vai uma mini para celebrar?... 
Na minha idade já é preciso ter cuidado com os exageros...
Entretanto, deliciem-se com esta prenda do presidente...
Aníbal Cavaco Silva, promulgou na segunda-feira o Orçamento do Estado para 2014, segundo foi publicado em Diário da República.
Por onde anda o cavalheiro dos discursos onde lembrava que «havia limite para os sacrifícios»!..

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Boas entradas (VIII)...

“Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas...” 
Clarice Lispector)

Em tempo.
Desde que continue a ter dúvidas e perguntas para fazer e não obtiver respostas, enquanto me for possível conto continuar a escrever...  
Portanto, em princípio, até 2014!  

Boas entradas (VII)

Nem no primeiro dia vamos estar em paz: "Presidente fala quarta-feira aos portugueses"...

Boas entradas (VI)

foto Pedro Agostinho Cruz
As preocupações causadas por esta nossa barra continuam presentes neste final de 2013 e vão acompanhar-nos em 2014 e seguintes... 
Silvina Queirós, da CDU, na sessão da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, realizada ontem, mostrou-se preocupada com o futuro dos Estaleiros Navais do Mondego; na mesma ocasião, João Ataíde, presidente da câmara, mostrou-se preocupado sobretudo com a actividade piscatória.
A deputada municipal Silvina Queirós, da CDU, afirmou,  "que um navio de grande porte não pôde ser reparado nos estaleiros navais da Figueira da Foz devido ao assoreamento da barra e estuário  do Mondego". A autarca comunista disse ainda  "que o barco teve de dar meia volta, partindo com destino à Grécia, onde acabaria por ser reparado".
Silvina Queirós, manifestou-se "preocupada com o futuro dos antigos Estaleiros Navais do Mondego, se o assoreamento provocado pela  areia se mantiver".
Por sua vez, o presidente da câmara, dr. João Ataíde disse que “também nos preocupa a questão da barra, sobretudo pela atividade piscatória, e preocupa-nos toda a questão do assoreamento”. Segundo o edil figueirense,  “é urgente que a Secretaria de Estado tome conhecimento deste problema e que tome em conta também a comunidade piscatória”.
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra...

Assinatura do Protocolo de Cooperação entre o Instituto Politécnico de Coimbra e o Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque-CEMAR

Ontem,  em Coimbra, nas instalações da Presidência do IPC, teve lugar a assinatura do Protocolo de Cooperação entre o Instituto Politécnico de Coimbra e o Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque-CEMAR (Figueira da Foz e Praia de Mira). Assinaram, em representação das duas entidades, o Prof. Doutor Rui Antunes, Presidente do IPC-Instituto Politécnico de Coimbra e o Prof. Dr. Alfredo Pinheiro Marques, Presidente da Direcção do CEMAR-Centro de Estudos do Mar.

Este instrumento de cooperação consagra as primeiras colaborações, já desenvolvidas, e estabelece um quadro geral, mais amplo, para o estreitamento de relações futuras e para a prossecução dos projectos que estão neste momento em estudo e que as duas entidades pretenderão levar a cabo de seguida, em parceria, no horizonte geográfico da Beira Litoral (e, sobretudo, da cidade e da região da Figueira da Foz em particular).
Há dois meses, em 23 de outubro, foi o historiador Alfredo Pinheiro Marques, director do CEMAR, que teve a honra de proferir a Lição Inaugural da cerimónia da Abertura das Aulas do Ano Lectivo 2013-2014 da Coimbra Business School - Instituto Superior de Contabilidade e Administração (uma das diversas Escolas do Ensino Superior de Coimbra que, todas reunidas, constituem o IPC).

O Instituto Politécnico de Coimbra, cujas diversas valências abrangem áreas tão multifacetadas como as da Educação, Administração e Negócios, Engenharia, Agronomia, Tecnologias da Saúde, etc., é uma das maiores e mais significativas instituições públicas do Ensino Superior Politécnico de Portugal, cujo alargamento das actividades à vizinha cidade da Figueira da Foz se espera que possa vir a ser feito num futuro muito próximo; e o CEMAR-Centro de Estudos do Mar, cujas actividades, locais, regionais e internacionais têm sido desenvolvidas desde há cerca de dezanove anos a partir da Figueira da Foz e da Praia de Mira, é uma associação científica privada, sem fins lucrativos, dotada de estatuto de Utilidade Pública.

As parcerias IPC/CEMAR que, para futuro, se pretenderão desenvolver (e, também, em possível articulação com outras mais entidades pertinentes, públicas e privadas, a nível local, regional, nacional e internacional) serão parcerias em áreas, muito vastas, no campo das Ciências Humanas e do Património Cultural e Histórico (e, sobretudo, do Património Marítimo): áreas de Formação e Ensino; de Investigação e Desenvolvimento; de co-edição de publicações culturais e científicas; de iniciativas expositivas e museológicas; de organização de encontros, eventos, seminários, conferências e outros tipos de reuniões científicas; enfim, de articulação destas dimensões culturais e identitárias com as dimensões da actividade produtiva, da economia, do turismo e da identidade social local.

Para a prossecução de tais parcerias, de intercâmbio científico, académico e cultural, as duas entidades vão colaborar na ministração de cursos e acções conjuntas de formação que visem suprir carências em domínios científicos e tecnológicos existentes, no aproveitamento dos recursos humanos (docentes e investigadores) e/ou das instalações físicas já disponíveis por ambas as instituições, na coordenação de projectos e pesquisas (quer em simples parceria bilateral, quer em colaboração alargada, com outros mais intervenientes), bem como colaborar na dinamização do funcionamento dos cursos ministrados pelas Unidades Orgânicas do IPC. E vão tentar promover todas essas acções a partir da Figueira da Foz, a cidade, vizinha de Coimbra, da Foz do Mondego.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Boas entradas (V)

Uma democracia saudável, na Figueira ou em qualquer lugar no mundo, necessita de projectos alternativos, sob pena de cair naquilo em que caímos, (depois de um breve interregno de 4 anos...), pós 29 de setembro, p.p.  — numa nova ditadura da maioria, agora rosa,  16 depois  da ditadura laranja do dr. Santana  (continuada pelo eng. Duarte Silva...) que, por sua vez,  tinha sucedido à ditadura rosa do eng. Aguiar de Carvalho...

Boas entradas (IV)

Boas entradas (III)

Algumas freguesias estão contra estacionamento pago no hospital da Figueira da Foz

Boas entradas (II)



Boas entradas...



Sobre mim, que eu saiba, há quem pense: «não gosta de ninguém».
Sobre mim, que eu saiba, há quem pense:  «gosta demasiado das pessoas».
Apenas tenho a dizer: todos têm razão.
Como diria o Solnado: façam o favor de ser felizes.
Todos.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Novas Edições CEMAR 2013 já disponíveis na internet


"Vistos Gold"

Ao abrigo do programa – que, segundo Portas, excedeu largamente os objectivos – foram concedidos 471 vistos gold, que se traduziram em mais de 300 milhões de euros investidos na compra de casas, que animaram o segmento de luxo do imobiliário.
E eu que pensava  que isto é simplesmente um sinal de que o país se transformou numa república das bananas, que o quer é dinheiro, venha ele donde vier.
Cresci num Portugal onde o dinheiro tudo comprava. 
Depois, veio o 25 de Abril de 1974 e comecei a pensar que  passávamos  a ser um país com valores, onde não seria  fácil, por exemplo,  lavar dinheiro.
Mas, agora temos os Vistos Gold.
Eles são a aceitação, por parte do Estado, de que há cidadãos de primeira e de segunda: aqueles que podem residir em Portugal, apenas e só, porque têm dinheiro para o fazer – seja através da compra de um imóvel de meio milhão de euros ou de um depósito bancário de um milhão – e aqueles que não o têm e, por isso, não podem ficar cá.
Os primeiros, os ricos, podem até nem cá viver. Têm apenas que passar um determinado número de dias por ano em Portugal. Mas podem trazer a família com eles e viajar livremente pela União Europeia. Os segundos, os pobres ou remediados, até podem querer viver realmente em Portugal. Podem ter planos para trabalhar, criar empresas e emprego, casar, ter filhos e ajudar o país a crescer. Mas não têm automaticamente direito a um visto. Seja gold ou de latão.
Nesta contabilidade há maioritariamente chineses. Mas, também, vieram da Rússia, Brasil, Angola e África do Sul.
Todos têm uma coisa em comum: nenhum deles obteve o visto gold através da criação de emprego em Portugal. Só um, que se saiba,  terá investido realmente num projecto hoteleiro (que já tinha adquirido anteriormente). Os restantes, obtiveram-no graças à compra de imóveis (a maioria) ou ao depósito bancário de um milhão de euros. Grande parte procura em Portugal um ponto de abrigo para o caso de as coisas lhes correrem mal nos seus países.
Claro que isto beneficia alguma gente: as imobiliárias, os construtores civis, os escritórios de advogados que servem de intermediários, os bancos que vêem os seus depósitos aumentar, o Estado que, indirectamente, recolhe benefícios e a própria economia. 
Numa época de crise,  os investimentos são bem-vindos. Mas isso não significa que a forma como estes são captados seja aceitável, sem discussão.
Pelo menos por enquanto...

Bom domingo