domingo, 29 de setembro de 2013
sábado, 28 de setembro de 2013
Dia de reflexão (IV)
A quietude do silêncio,
parece uma rede de malha larga, armadilhada de lugares vazios...
Está assim o dia de hoje.
Talvez, o espaço do silêncio seja isso mesmo...
Dia de reflexão (III)
Já não tinha um dia assim, calmo e reflexivo, há muito tempo...
Está a dar, até, para constatar que o fim da crise deve estar próximo.
Já esteve previsto para 2012...
Dia de reflexão
Sorrateiramente, devagar, muito devagar mesmo, hoje voltou-me a vontade
de ler poesia.
Estou a pensar num livro que requeira tempo, um
autor e textos que me apeteçam ler, como costumava fazer há anos atrás,
retornar a um dos que mais gostei, dos que passaram pela minha vida.
Hoje, para além de ser sábado, é um dia diferente. Talvez
por isso, apetece-me voltar ao primeiro
contacto que tive com a poesia de O'Neill.
O’Neill tinha um ar natural e irreverente.
É um poeta e foi um homem que negou sempre o “modo
funcionário de viver”.
Foi um homem e é um poeta transbordante de
sonhos e sedento de realidades submersas.
Talvez por isso, foi em vida - e continua - incompreendido e
votado ao esquecimento.
Foi esse o preço que
pagou por se ter recusado diluir numa qualquer poesia do populismo fácil.
Ele passou ao lado desse tipo de poesia pobre, decadente e
estéril. Rejeitou a fórmula cor-de-rosa de ver a realidade: o lado obscuro do
real existe, mas não é poeticamente estético descrevê-lo.
Quem ousa levantar a poeira, paga um preço alto - e ele fazia-o.
Fica um poema, para mim de um poeta fora do comum, de que
gosto especialmente: Alexandre O'Neill.
Entre a
cortina e a vidraça
Vem o tempo de varejeira
entre a cortina e a vidraça.
O tempo assim à minha beira!
Que é que se passa?
E eu,que estava tão enredado
nos baraços do eternamente,
nos lacetes do já passado,
sou esfregado contra o presente.
A varejeira é nacional.
Terei, assim, de preferi-la?
Ora! É a mosca-jornal
- e já agora vou ouvi-la...
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Resposta à carta que o Miguel me enviou, na minha qualidade de “caro habitante de São Pedro”
Meu caro Miguel (permite que te trate assim, pois foi assim
que me trataste, na carta que me enviaste como habitante de São Pedro.)
Sei que para um candidato do PSD a Presidente da Câmara da
Figueira da Foz, em 2013, a vida não está fácil.
Também para mim, com esta política levada a cabo pelo PSD +
CDS, nos últimos dois anos, a vida não
está fácil.
Com uma agravante para mim: não percebo nada desta política.
E tu, Miguel, percebes e tens sido um colaborador activo e actuante e recolhido os merecidos e naturais benefícios pessoais.
A arte desta política, para os meus inexistentes
conhecimentos sobre a matéria, é extraordinariamente complexa.
Já o sabia (até já o escrevi algumas vezes neste blogue), mas reforcei esta minha
constatação, depois de ler atentamente a
carta que o Miguel Almeida me enviou como “caro habitante de S. Pedro”, e que
recebi ontem na minha caixa de correio.
Diz o caro Miguel que “o actual Presidente da Câmara não
cumpriu 92 das 121 promessas que fez aos Figueirenses, sendo que, a esmagadora maioria não custava dinheiro”.
Ainda que mal pergunte: é verdade, que nas nossas vidas nem
tudo depende do dinheiro, mas então porque é que em 12 anos de executivos PSD a
Figueira chegou à conhecida situação financeira – o famoso buraco de 94 milhões de euros?..
Deixemo-nos de demagogias e sejamos claros e sinceros: o Miguel
sabe que isto é verdade. Por diversas razões de ordem política, que nada têm a
ver com o ser humano que é o Miguel, há
muito que tinha decidido que não votaria em “Somos Figueira”.
Esta tua carta, porém, surpreendeu-me pela negativa.
Fiquei a saber que as melhores cartas do Miguel são aquelas
que não escreveu.
No teu lugar, tendo como todos sabemos que tens, a legitima
ambição de vir a ocupar o gabinete presidencial
do município figueirense, eu teria tido
mais cuidado na carta que me enviaste na
minha qualidade de “caro habitante de S. Pedro”.
A meu ver, foste imprudente. A carta está repleta de
demagogia politiqueira, tipo “sempre fui contra a intenção do Governo de
eliminar freguesias...” e “São Pedro só continua como freguesia porque tivemos
a coragem de fazer uma proposta”.
Miguel: eu não me
esqueço, a maior parte dos figueirenses
não vão esquecer, que “a Figueira anoiteceu no passado dia 12 de outubro de 21012, com um enjoativo cheiro a naftalina”...
Foi nesse dia que a Assembleia Municipal figueirense votou o mapa
das freguesias que vai vigorar a partir do próximo domingo.
Nesse dia, foi aprovada a proposta conjunta apresentada pelo
PSD, Figueira 100%, Presidente da junta
de freguesia de S. Pedro e Presidente da junta de Lavos.
A extinção das
Freguesias de S. Julião, Brenha, Borda do Campo e Santana foi aprovada com os
votos contra do PS, da CDU e da
presidente da junta de freguesia de Santana (PSD).
O presidente da junta de freguesia de Tavarede (PS) absteve-se.
Ficou assim a votação: 22 votos a favor; 19 contra; e 1
abstenção.
Resultado:
BUARCOS AGREGOU S.
JULIÃO;
ALHADAS AGREGOU BRENHA;
PAIÃO AGREGOU BORDA DO CAMPO;
FERREIRA A NOVA AGREGOU SANTANA.
Miguel, todos sabemos que o PSD foi, é e vai continuar a ser
o teu partido de sempre. Todos sabemos que Santana Lopes, apesar de ter
ameaçado muitas vezes, nunca vai sair do PSD e, muito menos, fundar outro
partido.
Para quê, então, dar a entender que não concordas com a
política deste PSD?
Se eu embarcasse na demagogia fácil, diria que o Miguel, um
jogador político de bastidores por excelência, com o “golpe de rins” que
realizou em outubro de 2012, pretendeu driblar a populaça
figueirense e, ao mesmo tempo, demonstrar aos políticos lá por Lisboa que,
mesmo em minoria política, era o Miguel o candidato a presidente de câmara
natural em 2013, pelo PSD - pois era quem mandava nos figueirinhas...
Porque não quero entrar neste jogo baixo e demagógico, tenho
muita dificuldade em perceber a carta que, como caro habitante de São Pedro,
ontem recebi.
Não havia necessidade...
Na Figueira, em 2013, como o já o foi em 2009, continua o momento de preparar o futuro, de continuar por
um novo trilho.
Como diria Sá Carneiro “a política sem alma é uma chatice,
sem ética é uma vergonha”...
Não sou hipócrita: sabes que não irei votar no “Somos
Figueira”, mas sabes também que isso não contém nada de pessoal.
Felicidades pessoais.
Um abraço
António Agostinho - Freguesia de São Pedro, Figueira da Foz
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Aquela máquina...
Além da reforma, Rui Machete acumulou cargos em 31 instituições.
Cinco das quais eram concorrentes...
Cinco das quais eram concorrentes...
Desaparecido em combate?...
"Tribunal e PSP não conseguem encontrar Oliveira Costa"!..
Perante a incapacidade da PSP em notificar Oliveira e Costa, o procurador do julgamento do caso Homeland, José Niza, requereu já à Vara Criminal, que está a julgar o caso BPN, que esclareça se Oliveira Costa "ainda tem a mesma morada", tanto mais que qualquer arguido mantém sempre o Termo de Identidade e Residência (TIR), medida que obriga a comunicar ao tribunal qualquer alteração de morada ou residência.
A fonte admitiu que, neste momento, e apesar de Oliveira Costa ser obrigado a comunicar qualquer alteração de morada, o tribunal não sabe, em rigor, se o antigo presidente do BPN está, ou não, em território nacional.
Integridade
Por vezes, neste desgraçado País, ainda há quem tenha
dignidade, integridade e coerência.
Neste Portugal, onde
a mentira é lei e a pulhice regra, onde a “chico-espertice” fez escola, sabe
bem sabermos de um caso destes de vez em quando.
Leiam o texto abaixo de Miguel Esteves Cardoso, publicado no
jornal Público em 24 do corrente, há 2 dias, portanto.
Poucos, mais ainda temos portugueses de verdade, como António
Arnaut.
"Já me tinha esquecido da integridade. Deve ter sido
isso que me fez chorar. É aquilo que tem António Arnaut, um dos fundadores do
Serviço Nacional da Saúde (SNS) que, sofrendo de cataratas nos olhos, não só
recusa todos os favores dos amigos para ser operado no sector privado, como
insiste em ser operado pelo SNS, como qualquer utente anónimo.
No PÚBLICO foi justamente elogiado por denunciar a campanha
cada vez mais descarada para propagandear as empresas hospitalares com fins
lucrativos à custa dos hospitais públicos do SNS.
António Arnaut tem dinheiro e amigos para já estar livre das
cataratas há mais de seis meses. Mas escolheu esperar e sofrer para ser igual
às ideias dele. Que, no caso dele, foram tornadas em instituições que
beneficiam todos os portugueses, salvando as nossas vidas. Há um aspecto, no
entanto, que ainda é mais corajoso e honesto: é que António Arnaut, para além
de rebelde, ainda acredita na qualidade do SNS que criou. Não é acreditar: sabe
que o SNS tem qualidade. Tem é medo que a privatização obsessiva em curso
liquide o SNS. Entenda-se: vender a algumas empresas endinheiradas, por um
preço baixo, tudo o que pertence a todos os portugueses, por ter sido
completamente pago pelos impostos que pagamos.
António Arnaut não é um mártir: é um grande político que usa
todos os meios ao dispor dele para conseguir o que deseja para os outros. Para
os outros, com ele próprio incluído. Ele quer ser - e é - como todos nós."
Faltam só 3 dias!
foto sacada daqui |
Na
Figueira, existe o PSD.
O CDS é residual.
E os outros dois – PPM e MPT - pura e simplesmente não têm modo de vida ou
existência conhecida por estas bandas.
Tenho
acompanhado algumas actividades de campanha da coligação.
Pelo
que tenho podido observar, ao nível da campanha, a
máquina do PSD figueirense tem conseguido mitigar os estragos da governação e a
hostilidade ao governo e aos seus partidos, no que ao enfraquecimento da mobilização da candidatura
diz respeito.
Porém,
não podemos escamotear, nem esquecer, que este tipo de
mobilização interna é enganador.
O PSD
na Figueira deixou de ser poder apenas há quatro anos.
A nível nacional, na sua verdadeira essência, o PSD é um partido
autárquico, com tudo o que isso significa a nível de interesses de vária ordem.
Nesta
campanha figueirense para as autárquicas, nas diversas iniciativas promovidas
pela candidatura de Miguel Almeida, falou-se de tudo, menos no nome de Passos
Coelho e da sua governação.
Até
na internet...
Pelo
menos aqui na Figueira, num partido como o PSD, muito assente em lideranças
pessoalizadas, isto representa uma visível ruptura com o passado.
Todos
nos recordamos do tempo das lideranças de Sá Carneiro e Cavaco Silva, por
exemplo, onde o que está a acontecer nesta campanha era completamente
impensável...
Estou
em crer – fica o desafio - que se algum
orador tiver a ousadia de focar os méritos do actual governo na próxima
sexta-feira à noite nos Caras Direitas, não terá grande acolhimento.
Nas
ruas do nosso concelho presumo que deve ter sido pior...
Não
estou a dizer que em freguesias habitualmente PSD, a campanha tenha sido mal
acolhida.
Mas,
fora do conforto dos candidatos e apaniguados indefectíveis, Miguel Almeida não deve ter sentido a empatia
dos eleitores. Penso mesmo que, em algumas ocasiões e em alguns locais, terá havido mesmo
antipatia e, possivelmente, até algumas bocas...
Quanto
a mim, a coligação “Somos Figueira” foi um
erro e, concomitantemente, mais um contributo importante para a presumível derrota do PSD
de Miguel Almeida nestas autárquicas.
Vamos
ver no domingo o que isto vai dar.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Ruy de Carvalho e a coerência...
"Não apoio mais políticos. Não quero ter mais desilusões" - entrevista ao jornal i em 1 de junho de 2013.
Em tempo.
A imagem foi sacada daqui.
Se calhar serei eu que estarei equivocado e isto não deverá passar simplesmente de uma mera "incorrecção factual"!
Como esta, aliás, que publiquei no dia 17 de corrente!..
Em tempo.
A imagem foi sacada daqui.
Se calhar serei eu que estarei equivocado e isto não deverá passar simplesmente de uma mera "incorrecção factual"!
Como esta, aliás, que publiquei no dia 17 de corrente!..
Isto não vai acabar bem...
"Enorme aumento de impostos só serve para pagar à troika"...
Nos primeiros oito meses de 2013, o governo retirou mais 1311 milhões de euros à economia real, fruto do "enorme aumento de impostos" delineado pelo ex--ministro das Finanças Vítor Gaspar. Ao todo, o governo amealhou 22,06 mil milhões de euros em impostos - directos e indirectos - entre Janeiro e Agosto deste ano, valor que compara com os 20,7 mil milhões captados no mesmo período de 2012. Os dados foram ontem revelados no boletim de execução orçamental de Agosto da Direcção-Geral do Orçamento (DGO).
Nos primeiros oito meses de 2013, o governo retirou mais 1311 milhões de euros à economia real, fruto do "enorme aumento de impostos" delineado pelo ex--ministro das Finanças Vítor Gaspar. Ao todo, o governo amealhou 22,06 mil milhões de euros em impostos - directos e indirectos - entre Janeiro e Agosto deste ano, valor que compara com os 20,7 mil milhões captados no mesmo período de 2012. Os dados foram ontem revelados no boletim de execução orçamental de Agosto da Direcção-Geral do Orçamento (DGO).
A hora das vedetas... (II)
Como escrevemos aqui, Mário Soares estará hoje pelas 17h00, na Praça 8 de maio, para intervir numa acção de campanha da
recandidatura de João Ataíde.
Como previmos na
altura, Miguel Almeida iria responder.
E respondeu: Santana Lopes vai estar no comício de encerramento da campanha “Somos Figueira” no Grupo Caras Direitas, em Buarcos, sexta-feira, às 22H30...
Irá fechar-se, assim, o ciclo...
E respondeu: Santana Lopes vai estar no comício de encerramento da campanha “Somos Figueira” no Grupo Caras Direitas, em Buarcos, sexta-feira, às 22H30...
Irá fechar-se, assim, o ciclo...
E, previsível e paulatinamente, cá pela santa terrinha, nos vamos aproximando do
fim a campanha.
Oh vida!..
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