Como quem costuma passar por este espaço já certamente
constatou, tenho procurado acompanhar as iniciativas promovidas pelas forças
envolvidas na disputa das próximas autárquicas de 29 do corrente, no concelho e
na minha freguesia.
Pelo que tenho constatado, apesar dos meios para chegar ao
eleitor não terem comparação como o que acontecia há poucos anos atrás – a internet, pela primeira vez, está em força nesta campanha - esta é a campanha eleitoral autárquica
politicamente mais pobre e mais triste de que tenho memória.
Ontem, houve comício em Buarcos, no Largo Maria Jarra, de apoio à candidatura socialista de João Ataíde
à presidência da Câmara da nossa cidade.
Esteve presente
António José Seguro, que falou
pouco.
Segundo o que li no
jornal i, perguntou: "acham que as
coisas estão a correr bem?" E a resposta foi um sonoro "não".
E concluiu:
"então temos de mudar de caminho e temos de acabar com os cortes, os
pensionistas e os reformados estão a sentir no bolso os cortes do
Governo".
Antes, João Ataíde, independente, que procura ser reeleito
presidente da Câmara da Figueira da Foz, fez um breve discurso a sustentar que
o seu município está "em contraciclo face à política do Governo".
"Temos e estamos a aplicar uma carta social",
declarou.
Mas a pérola da tarde foi proferida pelo deputado socialista João
Portugal (também presidente da Concelhia do PS da Figueira da Foz).
Prometeu ser breve nas suas palavras e, para o efeito, citou
o que lhe foi dito um dia por uma peixeira de Buarcos - "os discursos são
como os biquínis, querem-se curtinhos e a mostrar o essencial", disse,
provocando gargalhadas.
Eu sei que a crise é grande...
Mas, tiradas como esta também não ajudam lá muito...
A degradação da
democracia continua a fazer o seu caminho...