domingo, 11 de agosto de 2013

"Swaps" ou o lado negro da força

Poderiam ser citadas  inúmeras passagens deste texto de leitura obrigatória de Pedro Santos Guerreiro.
Ficam estas.

“O relato é feito amiúde por "arrependidos" que largam o vício do dinheiro. Sim, do dinheiro: a banca de investimento paga os salários mais altos do mundo empresarial. Os salários não, os prémios. Prémios que dependem de desempenho. Desempenho que depende de angariar lucro. Lucro que depende muitas vezes de transaccionar risco para os clientes. O português João Ermida deixou de ganhar milhões por ano no Santader porque já não suportava olhar-se ao espelho e publicou um livro expiando os seus pecados. O americano Greg Smith escreveu uma carta memorável, "Porque estou a sair da Goldman Sachs", retrato cru de uma organização disposta a sacrificar os interesses de clientes no vórtice da obcecação pelo seu próprio lucro.”


“Os Pais Jorges são peões minúsculos no tropel deste processo. A sua entrada no Governo até podia ser boa pela razão que leva empresas de "software" a contratar "piratas": pelo que sabem. O senhor estatelou-se em mentiras e foi cuspido, num processo político e mediático que dispersa a nódoa, destruindo peões e a imagem dos partidos, mas desinteressado do essencial: a preservação das acções políticas de devedores compulsivos e financeira de credores ardilosos que gerou este escândalo e gerará o próximo. O regime transformou-se num esquema.”

CDU alerta para problemas ambientais no concelho

O PEV – Partido Ecologista “Os Verdes”, em conjunto com activistas e candidatos da CDU, realizou no passado dia 8 de Agosto, uma jornada de observação de problemas ambientais no concelho da Figueira da Foz. Esta iniciativa contou com dirigente nacional de “Os Verdes”, Miguel Martins, Ana Barata, candidata do PEV à Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF) nas listas da CDU, António Baião, cabeça de lista à CMFF pela CDU e demais candidatos desta coligação aos vários órgãos autárquicos da Figueira da Foz.
Neste roteiro ambiental a delegação visitou as dunas da praia de Quiaios, presenciando a emissão de efluentes a céu aberto sem tratamento, com um odor nauseabundo, muito próximo da depressão intra-dunar com sinais claros de eutrofização. Face a estas descargas o PEV irá questionar a breve prazo o ministério que tutela a área do ambiente.
Posteriormente a delegação esteve simbolicamente nas imediações do aterro sanitário da Figueira da Foz, que já deveria estar com as duas células completamente seladas, situação que ainda não se verifica na totalidade.
A jornada ambiental terminou na praia da Costa de Lavos, onde se observou os sinais e os impactos da erosão costeira, que para além terem reduzido o areal da praia nos últimos anos, tem colocado em perigo e em sobressalto a população local, conforme foi referido pelos habitantes da Costa de Lavos.

foto e texto sacado daqui

Autárquicas 2013 em S. Pedro (V)

Os três candidatos acompanhados de João Ataíde.
Foto de cima: Lurdes Fonseca.
Foto de baixo: António Samuel e António Lebre.
Fotos de José Vidal

Bom domingo

sábado, 10 de agosto de 2013

Ai a minha vida: a quem é que hei-de ligar?..

Depois de tudo o que se passou com a demissão irrevogável de Portas e da semana da salvação nacional, quem é que o Governo foi buscar para a remodelação das remodelações? Um comercial de swaps e um reformado do grupo SLN.

Os dois devem ser pessoas seríssimas e eu, um caloteiro dos piores, não me atrevo a questionar as respectivas idoneidades, mas caraças, com sete biliões de pessoas na terra, não se podia ter escolhido uns fulanos menos problemáticos?

A sorte do Governo é que estamos em Agosto e ninguém está para se mexer. Embora se fosse Fevereiro era a mesma coisa. Mas pronto, cá à nossa maneira, isto revolta um bocado. Nem é por ser crime. É só por ser estúpido.

Sobretudo aquelas declarações do novo ministro dos Negócios Estrangeiros, depois da tomada de posse, em que revelou ter sido convidado no dia anterior, tendo disposto apenas de três horas para pensar. Há mulheres que demoram mais tempo a escolher o que vão vestir mas para o cavalheiro bastou para aceitar ser ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

Olha, ó Passos, se quiseres que eu vá amanhã dobrar a ministra das Finanças, que também já lá está há uma porrada de tempo, liga-me. Eu não preciso de tanto tempo para pensar, como o Machete. Só preciso de 20 minutos para me meter no Terreiro do Paço. Vá, talvez precise de duas horas porque o Costa, como não há eleições em breve, está a aproveitar para arranjar a Baixa toda. Mas basta isso. Ligas-me, eu penso durante uns minutos e ponho-me a caminho
Não, espera. Eu penso no caminho. É mais rápido.

A subvenção vitalícia dos políticos

Ficámos anteontem a saber que as subvenções vitalícias dos políticos vão escapar aos cortes já decididos para os pensionistas. Passos Coelho, já o sabemos, está muito grato a quem o colocou no lugar de primeiro-ministro e nunca tomaria uma medida dessas contra os seus amigos.
José Sócrates é acusado de ser o culpado de tudo que aconteceu e acontece neste país, desde 2005 até hoje, porém,  convém não esquecer que foi o seu Governo, pecisamente em 2005, que acabou com esta pouca-vergonha que resistiu durante 20 anos.
Mas se todos sabem como acabou, é bom relembrar a forma como tudo começou.
Uma primeira proposta de aumento dos deputados, que passariam a ganhar tanto como os Secretários de Estado, fora vetada pelo Presidente da República, Ramalho Eanes, nos tempos da AD. Nessa altura, PSD e CDS tinham tentado aumentos ainda maiores do que aqueles que se vieram a verificar.
Mas o «arco da governabilidade» não desistiu e voltou à carga. Em 27 de Outubro de 1984, era primeiro-ministro Mário Soares e vice primeiro-ministro um tal de Rui Machete, dava entrada na Assembleia da República a proposta de lei n.º 88/III, da iniciativa do Governo, que regulava o estatuto remuneratório dos titulares de cargos públicos.
O debate da proposta começou no dia 6 de Dezembro de 1984. O PCP foi o primeiro Partido a intervir.  Pela voz de José Magalhães, manifestou-se frontalmente contra a proposta de lei: «Inaceitável é ter havido, no actual quadro social e político, uma iniciativa governamental no sentido de promover isto, que corrobora os altos vencimentos governamentais e que aumenta escandalosamente os vencimentos dos deputados, não considerando todo o melindroso conjunto de implicações (ou considerando-os bem demais) que isto tem em relação ao prestígio da Assembleia da República e ao cabal exercício das nossas competências!
Pela nossa parte, denunciaremos, por todos os meios e até ao fim, o que aqui se pretende fazer. E mais: lutaremos para que se exerçam todos os mecanismos constitucionais no sentido de que isto não se venha a efectivar, porque seria um atentado contra o prestígio da Assembleia da República e contra o funcionamento das instituições, que já têm demasiados factores que as perturbem.»

A defender a proposta de lei do Governo, interveio o Ministro de Estado Almeida Santos. Alegando que a medida custava apenas 80 mil contos por ano ao Estado, defendeu que era necessário «emparelhar com as democracias europeias». Mas com uma ressalva, pois não era possível subir para a média europeia o ordenado do resto do país: «Também já disse que a classe política é a classe política e o resto do País é o resto do País». Sobre as subvenções vitalícias, nem uma palavra para justificar a medida.
No dia seguinte, o PCP ainda voltou à carga: «Atribuir subvenções mensais vitalícias com um valor mínimo de 32 contos actualizáveis e acumuláveis com outras pensões ou reformas; atribuí-las, independentemente da idade do membro do Governo ou do deputado em causa; e atribuí-las ainda sem que a estes seja exigido qualquer esforço pecuniário durante o exercício das funções, tudo isto é, na verdade, inconcebível.»
Nada que comovesse a maioria parlamentar. Submetida a votação, o projecto foi aprovado com votos a favor do PS, do PSD, da ASDI e do deputado do CDS Luís Beiroco, votos contra do PCP, do CDS (que preferia a sua proposta de aumentos ainda maiores), do MDP/CDE e do deputado independente António Gonzalez e as abstenções da UEDS e do deputado do CDS Neiva Correia.
E lá foi aprovada a lei que permite a centenas de políticos estarem a receber, até à morte, uma quantia que, no total, custa ao orçamento da Caixa Geral de Aposentações mais de 6 milhões de euros por ano. Imoral e vergonhoso num país onde o número de pobres e de famintos não pára de aumentar e onde os cortes nas reformas e nas pensões continuam todos os anos. Os cortes e as reformas de quem trabalhou e descontou uma vida inteira. Não as reformas vitalícias de quem trabalhou 12 anos na política sem nada fazer de útil na vida.
Esta lei é a vergonha de todos os que a assinaram. Esta lei é a vergonha de todos os que a mantêm. Para proteger os privilégios dos ricos ao mesmo tempo que cortam os direitos básicos dos pobres. Que ardam todos no inferno.


25ª. edição da Gala dos Pequenos Cantores da Figueira da Foz

No próximo dia 11, domingo, no grande auditório do Centro de Artes e Espectáculos, a partir das 21h00, realiza-se  a 25.ª edição da Gala Internacional dos Pequenos Cantores.
Nascida em 1979, teve a última edição em 2002.
Mais uma vez, a UNICEF apoia a realização da Gala Internacional dos Pequenos Cantores da Figueira da Foz.
A 25ª. edição da Gala terá 13 canções a concurso, cantadas por catorze participantes com idades compreendidas entre os 5 e 10 anos, oriundos de diversos países, nomeadamente Cabo Verde, China, Roménia, Ucrânia e de várias regiões do país: Beira, Lisboa, Seixal e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Os participantes serão acompanhados pelo Coro Pequenas Vozes da Figueira da Foz dirigido pela maestrina Alexandra Curado e pela Orquestra Mar&Arte, dirigida pelo maestro Rui Lúcio.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Qualquer destas hipóteses não é cartão de visita que se apresente...

Ministra das Finanças revelou impreparação ou ingenuidade.

João Pereira Coutinho, colunista

Gonçalo Cadilhe 2009!.. Gonçalo Cadilhe 2013!..

Dele, dizem, que percorre o mundo com a mochila às costas e conta o que vive através de livros e crónicas.
Dele, dizem, que quando os jovens viajantes portugueses partirem à conquista do mundo, já ele levará uma vantagem considerável.
Dele, dizem, que vai continuar a coleccionar quilómetros pelo globo.
Dele, dizem, que apesar da imensidão do planeta e das longas ausências do país, continua a manter a sua relação afectiva à Figueira da Foz, que é tudo menos superficial.
Dele, dizem, que olha há 30 e tal anos para a Figueira da Foz com olhos de ver.
Dele, dizem, que o que tem visto ao longo das últimas três décadas, não é, de todo, agradável: “desde que começou a ser observada pelo seu olhar, a Figueira não tem evoluído, a nível urbanístico”. Pelo contrário, do seu ponto de vista, “tem vindo a degradar-se”.

Em 2009, em novembro, na opinião de Gonçalo Cadilhe, a Praia da Claridade “perdeu uma boa oportunidade de ser a Biarritz ibérica, falando em termos turísticos”.
Contudo, a zona ribeirinha continuava a encher o seu olhar, como uma paisagem que gosta de ver. Mas o resto do conjunto, faz da Figueira “uma cidade tão feia como qualquer outra cidade feia do mundo”.
Em 2009, Gonçalo Cadilhe deu  "total apoio"  a Duarte Silva.

Todavia, em 2013 Gonçalo viu algo em João Ataíde (o candidato contra quem ele apoiou “totalmente” Duarte Silva em 2009) e por isso aceitou mandatar a sua candidatura. 

Autárquicas 2013 em S. Pedro (IV)

Foto original de José Vidal, sacada daqui

Morreu o escritor Urbano Tavares Rodrigues

Autor de obras como "Bastardos do Sol", "Os Insubmissos", "A Estação Dourada" e "Uma Pedrada no Charco", a morte de Urbano Tavares Rodrigues foi confirmada pela filha através do Facebook. "O meu pai acaba de nos deixar. Estava internado nos capuchos há 3 dias. Não tenho mais informações. Soube agora mesmo", escreveu Isabel Fraga.

Urbano Tavares Rodrigues nasceu em Lisboa, a 6 de Dezembro de 1923, filho de uma família de grandes proprietários agrícolas de Moura, Alentejo. Andou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde cursou Filologia Românica. Por razões políticas foi impedido de ensinar em Portugal, esteve preso em Caxias e acabou por exilar-se em França, onde conviveu com grande intelectuais da década de 1950. Regressou a Portugal depois da revolução de 25 de Abril de 1974. Foi professor na Faculdade de Letras, crítico literário e esteve sempre ligado activamente ao PCP.

A mania das grandezas!..

Os portugueses estão como estão – eu por mim falo, cada vez mais teso.
Mas quem organiza esta merda não tem o mínimo sentido da realidade.
Por exemplo: e se deixássemos de brincar aos ricos e voltássemos a ter notas de 5 € disponíveis para levantamento nas caixas multibanco?
Detesto ser obrigado a levantar 10 € quando não necessito desse valor...
Isto, para não referir, quando se tem apenas 7 ou 8 € na conta e um gajo, numa situação de aperto,  fica impossibilitado do acesso ao guito!.. 
Porra, organizem o país de harmonia com a nova realidade...

Emprego ou mendicidade?

De acordo com as estimativas divulgadas pelo INE relativas ao segundo semestre deste ano, a taxa de desemprego foi de 16,4%, valor que, sendo embora superior em 1,4% ao do trimestre homólogo de 2012, é, no entanto, inferior em 1,3% em relação ao do trimestre anterior.

Trata-se, aparentemente, de uma boa notícia que, no entanto, não levou os governantes (Pires de Lima e Mota Soares) que se pronunciaram sobre o assunto a embandeirarem em arco.

Reconheça-se, pois, antes de mais que os referidos ministros agiram com prudência o que, não sendo muito usual no governo de Passos & Portas, já é de louvar. Prudência que se justifica amplamente, já que, como reconheceram, o fenómeno da baixa da taxa do desemprego pode ser atribuído exclusivamente a um efeito sazonal e não ser consequência do aumento sustentado da actividade económica. O fenómeno não é, aliás, inédito, pois tende a repetir-se ano após ano.

O efeito da sazonalidade, porém,  não é o único aspecto a recomendar que se use de prudência na análise. É que, tal como qualquer moeda, os dados do INE sobre desemprego têm duas faces: uma que revela que se verificou uma baixa da taxa de desemprego e uma outra que dá conta que "Portugal só conseguiu criar empregos mal remunerados, nos salários abaixo do nível de pobreza, abaixo dos 310 euros", dado este que, só por si, impede que se entre em euforia.

De facto, considerar como "empregado" qualquer pessoa que se sujeite a trabalhar durante um mês a troco de um salário abaixo de 310 euros, é pura ficção. Quem aceita trabalho em tais condições é porque se encontra em verdadeiro estado de necessidade, no limite da sobrevivência, ou dito por outras palavras, em estado de mendicidade. Diria mesmo que, em certo sentido, a sua condição é pior do que a do mendigo. Este recebe a esmola em troca de nada. O "empregado" a trabalhar naquelas condições, para além de receber um "salário" que não passa de uma esmola, é vítima duma exploração que se  julgaria impensável nos dias que correm. Infelizmente, dizem os dados do INE, não é.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Esta gente é o nosso primeiro prob­lema...

A Volta em Portugal em Bicicleta passou na Gala

foto António Agostinho
Em tempo.
Pedro Agostinho Cruz foi apanhado em directo pela  RTP1.
13 fotos da Beatriz, aqui.
Fotos de Pedro Agostinho Cruz, aqui.

«swaps»

imagem sacada daqui daqui
«O que acontece é que estes contratos (...) são muito mais complexos. (...) E essa complexidade dá origem a dois problemas: quem está a vender sabe mais sobre o produto do que quem está a comprar - porque quem está a vender é o banco (...), que construiu esse produto; por último, à medida que o nível de complexidade destes produtos aumenta, aumentam também as perdas potenciais, sobretudo em períodos de volatilidade financeira - e por isso se fala que isto eram, não contratos de cobertura de risco, mas contratos especulativos. (...) É um bocadinho aquela ideia de que quando vamos ao casino a casa ganha sempre. Aqui também. Ou seja, nós fazemos uma aposta no casino, podemos ganhar (e o casino pode perder), mas no final do dia o casino ganha sempre porque é ele que domina as regras do jogo e as constrói em seu favor.»

daqui

Divulgação de um pedido do Movimento 100%

A propósito de um artigo publicado na página da Figueira da Foz, no Diário As Beiras do dia 27 de Julho, o Movimento 100%, directamente visado, solicitou a publicação do texto que abaixo se transcreve. Entenderam, porém, os responsáveis do diário não proceder até à data à sua publicação. Porque, a vir a ser publicado, corre o risco de se poder considerar o assunto fora de actualidade, leva-se por esta via ao vosso conhecimento o referido texto e o artigo que lhe deu origem.
Para ler clicar na imagem