Desde 1996, que o Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor é assinalado a 23 de Abril.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Cuidado com a linguagem, pois o novo acordo ortográfico é muito traiçoeiro... (3)
(Daqui)
- Já usas o acordo ortográfico?
- Já usas o acordo ortográfico?
- Não é nada fácil, mas ando a
tentar. E tu?
- Também. Já escrevo ortográfico
sem H.
- Mas essa palavra nunca teve H!
- Bem dizias tu que isto não era
nada fácil...
Em tempo.
Por estas e por outras, é que tal como o Senhor Luís, ainda não adoptei o acordo ortográfico.
Prefiro escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros oficiais.
Por estas e por outras, é que tal como o Senhor Luís, ainda não adoptei o acordo ortográfico.
Prefiro escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros oficiais.
Rob Riemen. “A classe dominante nunca será capaz de resolver a crise. Ela é a crise!”
Rob Riemen, para quem a «nobreza de espírito» é a quinta-essência de um mundo civilizado, pois considera que sem nobreza de espírito, a cultura desvanece-se, esteve em Lisboa na semana passada a convite de Mário Soares para falar sobre o direito à resistência e para apresentar o seu último livro, “Eterno Retorno do Fascismo”.
Na oportunidade, concedeu uma entrevista ao jornal i, que pode ser lida na íntegra clicando aqui, onde fez algumas considerações interessantes sobre a sociedade em que vivemos.
Para aguçar o interesse, fica um excerto.
“A actual classe dominante nunca será capaz de resolver a crise, porque ela é a crise! E não falo apenas da classe política, mas da educacional, da que controla os media, da financeira, etc. Não vão resolver a crise porque a sua mentalidade é extremamente limitada e controlada por uma única coisa: os seus interesses. Os políticos existem para servir os seus interesses, não o país. Na educação, a mesma coisa: quem controla as universidades está ali para favorecer empresas e o Estado. Se algo não é bom para a economia, porquê investir dinheiro? No geral, os media já não são o espelho da sociedade nem informam de facto as pessoas do que se está a passar, existem sim para vender e vender e vender”.
domingo, 22 de abril de 2012
Uma ideia…
Acabei de entregar a
declaração do IRS. Ao fazer a simulação do reembolso, tive uma supresa muito desagradável…
Se colocam - e a meu
ver muito bem – o aviso de que o tabaco faz mal à saúde nos maços de cigarros, porque não
colocar fotografias de políticos corruptos no portal das Finanças?...
A ideologia da caridadezinha sempre presente...
Imagem sacada daqui |
Surgiu uma ideia, que aliás não é nova: dar as sobras de comida aos mais necessitados.
Os mesmos que exploram as pessoas e são responsáveis por salários de miséria e redução dos rendimentos das famílias, são aqueles que ao fim-de-semana recolhem as sobras das suas fortunas e decidem distribuir umas migalhinhas pelos pobres.
Nunca distribuem o suficiente para estes deixarem de ser pobres: atenção, isso daria cabo do seu desporto de fim de semana e acabaria com a necessidade dos mais pobres aceitarem trabalhar a qualquer custo e sob quaisquer condições nas suas empresas.A caridade é uma indústria nos dias de hoje. Não faltam incentivos ao consumo de produtos que contribuem com 1 cêntimo para uma causa qualquer, num país distante de nós. Sentimos que ao comprar estamos a fazer o bem... a contribuir para algo mais que o bolso de quem produz o que compramos.
Eu estou contra esta ideia de dar os restos aos mais necessitados. Como explicamos que na sociedade em que vivemos há anúncios de comida para cão onde é dito que "restos não são uma alimentação saudável" e ao mesmo tempo vem meio mundo defender que para os pobres já serve?
Nem do ponto de vista da Igreja é defensável: as escrituras dizem claramente para dar o que temos, tudo o que temos e não só o que nos sobra e não nos faz falta.
Sou a favor que hajam salários dignos, condições de vida dignas e criação das condições socias para acabar com a miséria. Sou totalmente contra estas soluções nojentas de propaganda mesquinha que pretendem menorizar as pessoas e forçá-las a uma vida de joelhos, de subserviência e de sujeição.
Isto é ideologia, formatação social para a criação de um modelo que remonta à altura em que o rei vinha passear de carruagem e atirarava comida aos pobres.
O governo está a atirar milhares de pessoas para a pobreza, não é darem umas migalhas às pessoas que vai mudar isso. Não roubem o salário aos portugueses, não lhes roubem os subsídios a que têm direito e para os quais descontaram e ponham a vossa caridadezinha lá onde o sol não brilha.
As pessoas agradecem. Restos não são uma política saudável.
Sou a favor que hajam salários dignos, condições de vida dignas e criação das condições socias para acabar com a miséria. Sou totalmente contra estas soluções nojentas de propaganda mesquinha que pretendem menorizar as pessoas e forçá-las a uma vida de joelhos, de subserviência e de sujeição.
Isto é ideologia, formatação social para a criação de um modelo que remonta à altura em que o rei vinha passear de carruagem e atirarava comida aos pobres.
O governo está a atirar milhares de pessoas para a pobreza, não é darem umas migalhas às pessoas que vai mudar isso. Não roubem o salário aos portugueses, não lhes roubem os subsídios a que têm direito e para os quais descontaram e ponham a vossa caridadezinha lá onde o sol não brilha.
As pessoas agradecem. Restos não são uma política saudável.
Via artigo 58
sábado, 21 de abril de 2012
"O horrível está por toda a parte"...
O pesadelo da Rua da Várzea, Figueira da Foz |
Trata-se isso sim, e como a foto documenta, de um pesadelo visual que, talvez por eu ser demasiado sensível à fealdade, me suscita outros pesadelos que desencadeiam outros, sempre mais malévolos, num curioso e incessante fenómeno sinestésico: faz-me lembrar Mexias & Catrogas, mais os seus salários e reformas, pornográficos; ou Motas & companhias de Jorges Coelhos e outros nefandos e corruptos figurões ou então vereadores locais cretinos e suas abébias, igualmente obscenas e venais.
É algo infame, humilhante, profundamente miserável. .
- Mas não é de admirar. Neste país o arquitecto Saraiva, que agora dirige o jornal Sol, também dirigiu, durante anos a fio esse outro sol da democracia que é o jornal Expresso - e ninguém deu por nada – nunca ninguém suspeitou que o pobre homem era um atrasado mental. Neste país um governo que acha que para baixo é sempre a subir, foi eleito democraticamente. Democraticamente. .
Neste país, abrir simplesmente os olhos já é um pesadelo.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Logo agora, que estava tudo a correr tão bem aqui pela Figueira*...
foto sacada daqui |
"Plantel da Naval 1.º de Maio recusou-se a treinar".
* - vidé o último post, aqui no Outra Margem.
A Figueira, mais uma vez, está desenrascada… A Figueira, é assim – sempre, uma caixinha de surpresas!..
foto Pedro Agostinho da Cruz |
Estes dados foram apresentados ontem pelo presidente da Centro Litoral, António Miguel Lé, que falava para alunos da Universidade Sénior sobre “A actividade piscatória na Figueira da Foz”.
Depois de ter lido esta notícia, respirei de alívio.
Desta vez, estava a ver a coisa mesmo “negra”… Cheguei a acreditar que, tal como os outros portugueses, estávamos verdadeiramente encalacrados com a crise….
Mas, o figueirense tem esta coisa única: “A sardinha, o petróleo das águas portuguesas”!...
E pronto… A Figueira, mais uma vez, está desenrascada!.. A Figueira é assim - sempre, uma caixinha de surpresas!..
Ao que julgo saber, o próprio Passos Coelho, que como a foto documenta, é conhecedor das potencialidades figueirenses, no que à sardinha diz respeito, está a pensar contactar o presidente da câmara, para o sondar acerca do número de portugueses que a Figueira pode acolher, interessados em fugir à crise que grassa em todo o resto do País...
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Cuidado com a linguagem, pois o novo acordo ortográfico é muito traiçoeiro... (2)
(Daqui)
- Estou expetante.
- Tens mais sorte que eu. Há muito que não espeto nada.
Em tempo.
Por estas e por outras, é que tal como o Senhor Luís, ainda não adoptei o acordo ortográfico.
Prefiro escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros oficiais.
- Estou expetante.
- Tens mais sorte que eu. Há muito que não espeto nada.
Em tempo.
Por estas e por outras, é que tal como o Senhor Luís, ainda não adoptei o acordo ortográfico.
Prefiro escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros oficiais.
Que futuro? E de quem?
Aí está o Álvaro, de novo em grande. O ministro da Economia e do Emprego - não se riam - foi dar uma volta pela Europa e percebeu que a média do valor dos despedimentos é ainda inferior ao da última revisão do código laboral, por isso está já a pensar em baixar isto ainda um bocadinho mais.
Com efeito, a nova ordem é esta: A flexibilidade. Dizem que é uma necessidade, que as coisas mudaram, que o mundo agora é assim, que as pessoas já não podem ter empregos para a vida.
Durante muito tempo concordei com isto. Hoje, no banho, descobri que não.
Quando é que os países, as suas economias, cresceram? Quando é que o mundo se desenvolveu e as pessoas passaram a viver melhor? Foi com leis laborais flexíveis ou boas garantias para os trabalhadores? Sem dúvida, foi quando os trabalhadores estavam bem protegidos por leis amigas do trabalho e não do capital.
A experiência das economias emergentes, com leis laborais historicamente flexíveis - se é que têm leis laborais - é outra: Empresários muito ricos, muitos milionários, uma enorme riqueza, mas um povo pobre e uma classe trabalhadora completamente explorada.
Esse é o caminho que leva agora a Europa. Desvalorizar o trabalho em nome do capital e do rendimento, com a desculpa de que o futuro é isso mesmo. Que futuro? E de quem?
Via Lóbi do Chá
Com efeito, a nova ordem é esta: A flexibilidade. Dizem que é uma necessidade, que as coisas mudaram, que o mundo agora é assim, que as pessoas já não podem ter empregos para a vida.
Durante muito tempo concordei com isto. Hoje, no banho, descobri que não.
Quando é que os países, as suas economias, cresceram? Quando é que o mundo se desenvolveu e as pessoas passaram a viver melhor? Foi com leis laborais flexíveis ou boas garantias para os trabalhadores? Sem dúvida, foi quando os trabalhadores estavam bem protegidos por leis amigas do trabalho e não do capital.
A experiência das economias emergentes, com leis laborais historicamente flexíveis - se é que têm leis laborais - é outra: Empresários muito ricos, muitos milionários, uma enorme riqueza, mas um povo pobre e uma classe trabalhadora completamente explorada.
Esse é o caminho que leva agora a Europa. Desvalorizar o trabalho em nome do capital e do rendimento, com a desculpa de que o futuro é isso mesmo. Que futuro? E de quem?
Via Lóbi do Chá
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