segunda-feira, 9 de abril de 2012

domingo, 8 de abril de 2012

X&Q1104


Boa Páscoa


A cultura cristã na sociedade portuguesa é pouco informativa e muito alegórica.
Quero com isto significar que a relação das pessoas com a Igreja e com o conhecimento e a informação em torno das “coisas” da religião são muito pouco conhecidas e boa parte da população desconhece elementos centrais da própria religião. Não sou um estudioso da religião, nem pouco mais ou menos, mas sempre tive muita curiosidade em perceber algumas coisas, nomeadamente porque é que a Páscoa não é sempre no mesmo dia,  tal como o Natal.
Pois bem, a Wikipédia  ajuda a perceber a Marcação do dia da Páscoa:
“A Páscoa é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre depois do equinócio da Primavera (no hemisfério norte, outono no hemisfério sul)”.

Eles falam muito... Mas, será que falam uns com os outros?.. (III)



Passos Coelho revela dúvidas sobre regresso aos mercados em 2013. Relvas nega dúvidas e assegura regresso aos mercados em 2013.

Bom domingo

sábado, 7 de abril de 2012

Isto, está a voltar mesmo para trás…

Comecei a trabalhar  por conta de outrém, no principio da década de setenta do século passado.
Naquele tempo, ainda antes do 25 de Abril de 1974, havia patrões e empregados.
Assisti, depois da Revolução dos Cravos, à moda das palavras eufemizadas nas relações laborais: os patrões passaram a ser empresários e os trabalhadores a ser colaboradores.
Não sei se já deram conta, mas os empresários estão a voltar a ser  patrões e os colaboradores, trabalhadores.
E o despedimento já deixou de ser uma dispensa…

E eu também...

“Dou graças por não ter sido eleito Presidente.” 
As palavras são do ex-candidato a Presidente da República Manuel Alegre e constam do prefácio do livro de Alfredo Barroso ‘A Crise da Esquerda Europeia’.
E eu também...
Não se tinha ganho nada e tinha-se perdido um Poeta.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Eu sei que o tempo passa depressa...

.... mas,.."estarei assim tão velho?..
Eu também ainda  "sou do tempo em que o Eduardo Catroga preferia falar de pentelhos em vez de mendigar gorjetas ao Partido Comunista Chinês."

Jornal Barca Nova (isto tem história)...



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O texto abaixo é dedicado ao Zé Martins, O MESTRE
No próximo dia 28  passam 12 anos sobre o seu falecimento.
Com a sua morte, a Figueira perdeu uma parte do seu rosto. Não a visível, mas a essencial. Era crítico e exigente. Mas, ao mesmo tempo, Amigo, fraterno, bom, tolerante e solidário.
Lamentavelmente, do meu ponto de vista, pois, pelo menos alguns, conheceram-no muito bem, doze anos depois da sua morte, quem manda na Figueira, a cidade que amou toda a vida, continua a ignorá-lo.
Mas, nunca é tarde para se reparar uma injustiça...
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Fez parte do meu crescimento.
A ilusão durou uns anos, mas acabou por ser morto em combate...
No fundo, nunca passou de um bebé numa incubadora, sempre com dificuldades de respiração.
Em vida, levou muitos pontapés...
Desde o primeiro número, tinha o destino marcado, pois quem nasce "esquerdo" e tem a espinha direita, tarde ou nunca se endireita. 
E assim aconteceu.
Contudo, ensinou-me muita coisa.
Graças a ele, tornei-me exigente com a escrita, aprendi a paginar um jornal, a saber olhar para uma fotografia, a contar os caracteres, a esticar ou a encolher a prosa para caber a "estória", a “ver” o outro lado da notícia.
Aprendi muito com a gente que o fez...
Não só por isso, mas também por isso, fui-lhe fiel até ao fim e ainda hoje está guardado no meu coração.
Foi com ele que aprendi a gostar de fazer notícias. Foi com ele, que me tornei  “jornalista”, mas, sobretudo, foi graças a ele que me tornei  mais homem, e, presumo, também melhor ser humano.
Com a sua morte, desapareceu também um bocado de mim.
Porém, as muitas horas que lhe dediquei, não as perdi: ganhei-as.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Eu estava a adivinhar...



... "o Rui Patrício vai jogar e o resto, bem, o resto logo se vê…"
E pronto....
"Leões estão nas "meias" pelas mãos de Patrício".

A minha vontade não era esta, mas...

... só vou chamar a vossa atenção para isto: deputados têm tolerância de ponto hoje, quinta-feira de Páscoa.

Dos clubes portugueses nas provas europeias só o Sporting ainda lá está na temporada em curso!..

Metalist x Sporting 
Local: Estádio Metalist 
Competição: Liga Europa (1/4 final - 2ª mão) 
Transmissão TV: SIC às 20 horas


Essa é que é essa, como diria o Eça…
Vai ser difícil, mas acredito que logo vamos passar.
Como quer o Sá Pinto, “vamos jogar à Sporting.”
Seja lá isso o que for!..
Normalmente, tornamos difícil o que à partida seria fácil e, de vez em quando, tornamos fácil o que parecia difícil ou, até, praticamente impossível...
Normalmente, terminamos com o coração nas mãos.
Mas, o Rui Patrício vai jogar e o resto, bem, o resto logo se vê…

A Torre do Relógio como nunca a tinha visto fotografada!

Eles falam muito... Mas, será que falam uns com os outros?.. (II)



foto sacada daqui
Uff!..
Afinal, em que ficamos?...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Eles falam muito... Mas, será que falam uns com os outros?..

Via jornal Público:

O primeiro-ministro disse que a reposição dos subsídios de férias e Natal à função pública só acontecerá em 2015 e de forma gradual.

O ministro das Finanças tinha dito, pela manhã, que o corte só duraria durante a vigência do programa de ajuda.
À semelhança do que o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, já tinha dito ontem, Vítor Gaspar salientou que o corte do 13º e 14º meses é temporário e vigorará apenas enquanto durar o programa de assistência económico-financeira, ou seja, até final de 2013.

A Comissão Europeia admite que o corte dos 13º e 14º meses decidida para os funcionários públicos e pensionistas em 2012 e 2013 venha a tornar-se numa medida permanente de redução das despesas do Estado.

Afinal em que ficamos?..

Naval já tem novo treinador



Filipe Rocha "Filó", que orientava o Sporting de Espinho, da segunda divisão, é o novo treinador de futebol da Naval 1.º de Maio.

O último bacalhoeiro da Figueira da Foz

Navio "JOSÉ CAÇÃO"o último bacalhoeiro da  Figueira da Foz, numa foto tirada a 14 de Maio de 2002
Construído na Holanda, em 1949-50, com o nome "SOTO MAIOR", passou a chamar-se JOSÉ CAÇÃO em 1974. 
Com o declínio das pescas portuguesas, após adesão à União Europeia, houve uma tentativa de transformar este navio em museu, mas sem o apoio da Câmara da Figueira presidida então por Santana Lopes, acabou na sucata por volta de 2002-2003. 
Recordo, abaixo,  uma crónica de Manuel Luís Pata, publicada no jornal O Figueirense, em 2.11.207.


foto Olímpio Fernandes
"A pesca do bacalhau foi a indústria que mais contribuiu para o desenvolvimento da Figueira da Foz. Nas campanhas de 1913/14 foi este o porto que mais navios enviou à Terra Nova (15 navios), ou seja, quase metade de toda a frota nacional. Hoje o que resta? Nada de nada! Infelizmente, foi necessário os ilhavenses virem-nos lembrar que a Figueira também foi terra de “heróicos lobos do mar”. Estive presente no evento porque o sr. presidente da Câmara teve a gentileza de me convidar. Eu já tinha visto a exposição aquando da sua apresentação no Museu Marítimo de Ílhavo, por convite do presidente da Câmara eng. Ribau Esteves. Devo lembrar que a única exposição levada a efeito sobre a pesca do bacalhau na Figueira da Foz foi em 1997 aquando da apresentação do meu trabalho policopiado “A Figueira da Foz e o Pescado do Bacalhau” (publicado depois como volume I, com o mesmo título). A referida exposição foi organizada pela dra. Gracília do Carmo, à qual dei a minha colaboração e devo informar que a maior parte do material foi cedido pelo sr. Alexis Passechnikoff, do Porto (meu amigo) e pelo Museu Marítimo de Ílhavo. Foi a própria dra. Gracília que foi no seu carro ao Porto e a Ílhavo buscar o material. O restante foi conseguido aqui na Figueira, foi transportado no meu carro e o material mais volumoso e pesado, incluindo algumas estantes e um dóri do bacalhau (cedido pelo eng. Carlos Cação) foi transportado pelos militares por gentileza do comandante do quartel. Esta exposição e outras então realizadas foram efectuadas a custo zero para a Câmara Municipal. Não houve qualquer apoio de quem superentendia os serviços de Cultura. Houve, sim, dificuldades. A dra. Isabel, à data, directora do Museu, não autorizou que fosse colocado no hall, junto ao painel (parietal) do navio José Alberto, o referido dóri, que tinha tomado parte nas campanhas deste navio. Durante a exposição de fotografias do CAE, acima referido, o vereador Lídio Lopes informou que depois de concluída a intervenção no prolongamento do molhe norte será aí construído um monumento de homenagem aos homens que em dóris pescaram à linha o bacalhau, nos mares da Terra Nova e Gronelândia. Isto porque “a Figueira reconhece o trabalho e o empenho dos seus filhos”. Embora já tarde, acho muito bem que a Figueira acorde para a realidade... Porém, entendo que o lugar escolhido não será uma homenagem mas sim a falta de bom senso!... E porquê? Porque essa obra (acrescento do molhe) será uma obra criminosa pelas razões já várias vezes por mim referidas, não só publicadas em vários jornais, como em exposições feitas aos governantes, incluindo o sr. Presidente da República. Porém, já a minha avozinha dizia: “quem se mata morre cedo”... O acrescento ao molhe norte será uma obra sem qualquer estudo racional!... Será que a “sepultura” da ex-Praia da Claridade, a erosão das praias a sul e as necessárias e constantes dragagens passam despercebidas, ou será que preservar a mina das areias está acima do interesse nacional? Considero que o acrescento do molhe norte será uma obra criminosa,  porém, como apregoam que vivemos em democracia, sinto-me com o direito de proibir que o meu nome e dos meus familiares falecidos sejam colocados em tal local aberrante!... O lugar certo seria no José Cação, navio que o dr. António Cação ofereceu à Câmara Municipal e não foi aceite tão preciosa oferta. Que belo seria podermos ver hoje o navio José Cação aqui instalado numa abertura feita na Morraceira, junto à Ponte dos Arcos. Ílhavo tem um belo museu, o navio Santo André e tem o casco do Santa Maria Manuela, o qual pensam aparelhar para pôr a navegar. E o que tem a Figueira que honre os seus filhos?"


Em tempo.
Como muito bem escreve hoje no Jornal AS Beiras, António Jorge Pedrosa, este é "O Fado da Figueira".