quarta-feira, 28 de abril de 2010
Os Sportinguistas estão mais pobres
João Morais, foi o autor do golo que deu ao meu Sporting a Taça das Taças em 1964 frente ao MTK, com o famoso "cantinho do Morais".
Faleceu, ontem, terça-feira à noite, com 74 anos.
A crise precisa de ideias...
Penso que ainda é possível ver na serra da Boa Viagem, o moinho da foto.
É um velho moinho, de madeira, que gira ao sabor do lado do vento, sobre rodas, também de madeira, com as velas enfunadas.
Presumo que está lá, não para cumprir a sua missão, de fabricar farinha, ao gosto do freguês – até porque a ASAE não deixaria, mas, simplesmente, para turista ver.
Um dia destes, passei por lá e gostei de ver o velho moinho, pensava eu, como sinal de tempos que não voltavam...
Neste momento, porém, já não estou tão seguro disso, face às notícias mais recentes sobre a economia portuguesa.
Portanto, por mim, que já estou por tudo, o necessário, o imperioso, o importante, o fundamental, é encontrar um caminho, uma estratégia, algo que nos conduza a "melhor porto", credível, quer a nível interno, quer externo.
Fica aqui o meu modesto contributo. Devidamente estudado, incentivado e ajudado, pode ser significativo no actual ponto crítico da situação económica portuguesa.
Este moinho, na era do crédito fácil, serviu como atracção turística. Não quero ser mais pessimista que a realidade, mas será que este moinho ainda vai ter de voltar a moer cereais?...
Apesar da ASAE!..
No momento em que, ao que parece, o pão vai acabar, não podemos limitar-nos a deixar passar o circo!.. Temos, mesmo, de fazer alguma coisa.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Mais do mesmo...
Afinal, Teixeira dos Santos anda à procura de quê: parceiro ou cúmplice?..
Com o corte do rating, o dinheiro vai ficar mais caro para os bancos portugueses que também se financiam no estrangeiro. O custo vai traduzir-se no cliente final – NÓS - nomeadamente ao nível dos spreads.
Mais do mesmo, portanto...
Help...
Chegou a hora dos porta-aviões, das fragatas e dos submarinos avançarem... "Este é um momento decisivo. O país tem que responder a este ataque dos mercados.”
Resta é saber como?...
Reflexão sobre a minha aldeia
Quem conheça, minimamente que seja, a história da Cova-Gala, sabe que sempre foi uma aldeia pobre e periférica. A vida local, virada para o mar e para a América (eram até há poucos anos atrás, as nossas grandes aventuras), o que ficou a dever-se, apenas, à insustentabilidade de cá viver.
Foi assim que, desde os finais do século IXX, nos atirámos para a diáspora, que continua ainda hoje, embora agora para destinos mais diversificados, mas que continua a levar os melhores para longe.
A falta de capacidade da aldeia em gerar riqueza e bem-estar, tem obrigado os covagalenses a deixar o torrão natal em busca do pão noutras paragens – no país e no estrangeiro.
Qual maldição, persegue-nos a incapacidade local, para construir uma sociedade desenvolvida e evoluída, seja a que nível for - cultural, social e económico.
A acção dos políticos locais, nos últimos 20 anos, teve em vista – e conseguiu - manter o status quo duma sociedade amorfa, descrente, pouco exigente, controlada em rédea curta, por via de uma política de várias dependências.
Atente-se, por exemplo, na política que a junta local entendeu praticar nas duas mais antigas colectividades da aldeia, nos últimos 5 anos, para melhor se entender a dependência em que caiu toda a vida destas colectividades. Compreender-se-á, assim, com facilidade, a profunda crise em que está mergulhado todo o associativismo da paróquia.
Levou-se a cabo uma política de atribuição de subsídios, sem critério, a colectividades que apenas praticavam as modalidades de bar aberto, mas concessionado, para proporcionar a prática da sueca, mas do voto garantido pelo medo de que outros possam discordar de tal caridade e de tal desperdício de dinheiros públicos.
Tal prática, consumou na minha aldeia, uma franja da sociedade de alguns favorecidos, a par de uma outra, de desfavorecidos.
Ser cacique, como alguém me disse um dia destes numa conversa de café, dá muito trabalho. Mas, só assim se mantêm a rédea curta e se assegura a inércia que não permite a mudança do sistema de funcionamento da vida na minha aldeia.
Pelo actual rumo, está garantida a pobreza de espírito e a humilhação de não podermos ser donos de nós próprios. Muito menos, do futuro da aldeia.
Mercado da Figueira vai ser classificado pelo Ministério da Cultura
O do Bolhão, no Porto, e o de Santana, em Leiria, são os s que têm o processo em fase mais adiantada e já foram homologados pela tutela.
Por sua vez, os mercados de Santarém, do Bom Sucesso (no Porto), de Matosinhos, de Barcelos, de Santa Maria da Feira e de Olhão são os outros espaços em vias de classificação.
Estas classificações vão estender-se a outros dois mercados: o de Ferreira Borges, no Porto, considerado Imóvel de Interesse Público desde 1982, e o Municipal Eng. Silva, na Figueira da Foz, apontado, desde 2004, como Imóvel de Interesse Municipal.
Via Construir
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Obrigado
O tempo passa a correr...
Ontem, completámos 4 anos de existência.
A propósito do facto, recebemos inúmeras mensagens de estímulo e felicitações.
A todos o nosso obrigado.
É gastar que um dia alguém vai ter de pagar...
Os municípios portugueses continuam a gastar mais do que podem. As despesas ultrapassam em 30 por cento a capacidade de pagamento.
Por cada três autarquias portuguesas há uma que apresenta resultados económicos negativos, o que constitui o pior resultado desde 2005.
Mais de metade do total das dívidas das autarquias está concentrada em 35 municípios. No topo da lista, encontra-se Lisboa, seguida de Vila Nova de Gaia e Porto.
A conclusão é da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e está inscrita no anuário financeiro dos municípios relativo a 2008.
O documento foi apresentado, esta manhã, numa conferência sobre o poder local, organizada pela TSF e pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.
Via TSF
Será que só no Brasil é que há disto?...
Já agora, não é para retribuir, mas vejam e ouçam o vídeo abaixo, dum jornalista brasileiro ...
Luiz Carlos Prates, é um jornalista brasileiro, conhecido pelos seus comentários fortes. Luiz Carlos é ainda um radialista, actualmente colunista do jornal Diário Catarinense, comentarista do Jornal do Almoço, da RBS TV de Florianópolis, e apresentador da rádio CBN Diário e da TVCOM.
Parafraseando o Paulo: “SERÁ QUE HÁ EM PORTUGAL ALGUM JORNALISTA COM OS "TOMATES" DESTE?.."
Uma história portuguesa sem moral...
“Políticos portugueses: se vos tentarem corromper podem aceitar o dinheiro à vontade. Nada vos acontece. Se por acaso forem sérios, então recusem, mas fiquem caladinhos. Não tentem denunciar nada, pois ainda correm o risco de pagar indemnizações aos corruptores.”
Via 31 da Armada
À especial atenção do coordenador da assistência que a Cruz Vermelha da Figueira da Foz presta aos peregrinos de Fátima, Nelson Fernandes...
Já, agora, senhor Coordenador local da assistência em estrada aos peregrinos (seja lá isso o que for), relembro que, este caso que a foto acima tão bem retrata, também constitui um perigo para os peregrinos e restantes peões - e dos grandes!...
Agora que o senhor Coordenador local da assistência em estrada aos peregrinos (seja lá isso o que for) olhou para o assunto da segurança dos peões no nosso concelho aguardemos, com redobrada esperança, a rectificação do que carece ser rectificado...
domingo, 25 de abril de 2010
Será?..
Via rádio, acompanhei a cerimónia oficial do 25 de Abril.
Confesso, que não escutei com grande atenção os discursos dos políticos. Excepção, diga-se em abono da verdade, às palavras de José Pedro Aguiar-Branco, talvez o melhor discurso que, alguém do PSD, alguma vez fez nas comemorações do 25 de Abril ...
Mas, quando José Sócrates, em directo, respondeu às perguntas dos jornalistas, aí, procurei não perder pitada.
Por isso mesmo, ouviu-o dizer “ter encarado o discurso do Presidente da República como portador das palavras que são necessárias ao país”.
Como escutei, em directo, e depois confirmei na net, “o Presidente da República criticou, este domingo, durante o seu discurso do 25 de Abril, os salários e prémios dos gestores.” Disse Cavaco: «a sociedade é hoje mais justa do que há 36 anos. No entanto, persistem desigualdades, pobreza, exclusão, indignas da memória dos que fizeram a Revolução. A injustiça é tanto maior quanto nos deparamos quase todos os dias com casos de riqueza imerecida que nos chocam».
Cá está, porque em parte, Abril ainda está por cumprir: se Cavaco Silva, Presidente da República, e José Sócrates, Primeiro-Ministro, sabem do escândalo e não fazem nada (ou não podem...), como é que o Povo dá volta a isto?...
Eu sei, que é impossível alcançar tudo o que sonhamos, mas já estou como Jorge Sampaio, um ex-Presidente da República. “Não estou nada satisfeito com a qualidade desta democracia”.
Será, como defende o quase meu conterrâneo e Capitão de Abril, Vasco Lourenço, que "precisamos de um outro 25 de Abril pela justiça social"?...
4 anos de blogosfera
A minha aventura pessoal, neste mundo virtual que é a blogosfera, começou no dia 25 de Abril de 2006, aqui no Outra Margem, com este post.
Recordações de outro Abril (VIII)
Em Abril de 1974, “Portugal era um país anacrónico. Último império colonial do mundo ocidental, travava uma guerra em três frentes africanas solidamente apoiadas pelo Terceiro Mundo e fazia face a sucessivas condenações nas Nações Unidas e à incomodidade dos seus tradicionais aliados.
Para os jovens de hoje será talvez difícil imaginar o que era viver neste Portugal, onde era rara a família que não tinha alguém a combater em África, o serviço militar durava quatro anos, a expressão pública de opiniões contra o regime e contra a guerra era severamente reprimida pelos aparelhos censório e policial, os partidos e movimentos políticos se encontravam proibidos, as prisões políticas cheias, os líderes oposicionistas exilados, os sindicatos fortemente controlados, a greve interdita, o despedimento facilitado, a vida cultural apertadamente vigiada.”
António Reis - Portugal 20 Anos de Democracia