terça-feira, 24 de novembro de 2009
Vida partidária figueirense
Há uns dias escrevi aqui: “a ética, o sentido de missão e de serviço, na vida como na política, só podem ser um ponto de partida, nunca um ponto de chegada. Os partidos, esses “chamados pilares da democracia”, não são propriamente uma escola de virtudes, de bons costumes e de lisura de processos.”
Para mim, é claro que a chamada crise do sistema partidário em Portugal é artificial. Ela foi criada, e é mantida, de modo a ajudar a perpetuar no poder sempre o mesmo bloco de interesses – sobretudo pessoais.
O político de sucesso nos dias que vivemos, mente, tem de ser, obrigatoriamente, bom fingidor, tresanda a falso, constrói o seu caminho, na busca do poder, entre o favor e a intriga, conta espingardas e distribui cumprimentos e palmadas nas costas com o ar enternecido com que Judas beijou Cristo.
Depois de ler, aqui, o que resultou da reunião da comissão política concelhia do PS, realizada na noite do passado domingo, reforcei a minha opinião.
Para mim, é claro que a chamada crise do sistema partidário em Portugal é artificial. Ela foi criada, e é mantida, de modo a ajudar a perpetuar no poder sempre o mesmo bloco de interesses – sobretudo pessoais.
O político de sucesso nos dias que vivemos, mente, tem de ser, obrigatoriamente, bom fingidor, tresanda a falso, constrói o seu caminho, na busca do poder, entre o favor e a intriga, conta espingardas e distribui cumprimentos e palmadas nas costas com o ar enternecido com que Judas beijou Cristo.
Depois de ler, aqui, o que resultou da reunião da comissão política concelhia do PS, realizada na noite do passado domingo, reforcei a minha opinião.
Vira o disco e toca o mesmo
Vitor Constâncio, o Governador do Banco de Portugal, já veio abrir o caminho e "levantou o véu."
Nada com que não contasse, passado que está o período eleitotal.
"As contas públicas estão uma lástima, agravadas por uma crise estrutural e uma taxa de desemprego galopante (passe a metáfora).Solução? A típica e pouco imaginativa à qual os vários Governos nos habituaram: aumentar impostos como via de aumento das receitas (que certamente continuarão a ser mal geridas e redistribuidas).Em suma, a paliativa "solução" é fácil, é segura. O contribuinte não tem por onde piar."
Segundo o Bicho Carpinteiro, portanto, "o contribuinte que se cuide".
Nada a que já não estejamos habituados!...
Nada com que não contasse, passado que está o período eleitotal.
"As contas públicas estão uma lástima, agravadas por uma crise estrutural e uma taxa de desemprego galopante (passe a metáfora).Solução? A típica e pouco imaginativa à qual os vários Governos nos habituaram: aumentar impostos como via de aumento das receitas (que certamente continuarão a ser mal geridas e redistribuidas).Em suma, a paliativa "solução" é fácil, é segura. O contribuinte não tem por onde piar."
Segundo o Bicho Carpinteiro, portanto, "o contribuinte que se cuide".
Nada a que já não estejamos habituados!...
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Foi bonita a homenagem ao Pastor João Neto
Foram muitos, cerca de 150, tantos, “que ultrapassaram as expectativas do homenageado”, entre Amigos, entidades públicas e privadas, instituições e colectividades, os que na passada sexta-feira se juntaram num jantar no Grande Hotel Mercure, para prestar público reconhecimento e gratidão ao Pastor João Neto, por meio século de trabalho social.
A homenagem, que o Centro Social Cova-Gala promoveu na passada sexta-feira ao seu fundador, teve também a participação artística do Grupo de Cantares da Casa do Pessoal do Hospital Distrital da Figueira da Foz e do Grupo de Metais da Sociedade Boa União Alhadense.
O Centro Social da Cova e Gala desenvolve, há várias décadas, uma acção social notável em São Pedro, só possível com o esforço e a dedicação de muita gente . Porém, é da mais elementar justiça reconhece-lo, muito desse percurso deve-se ao Pastor João Neto.
Por isso mesmo, estiveram bem os actuais dirigentes da Instituição, pela justa homenagem que prestaram ao seu fundador, à qual, naturalmente, desde a primeira hora Outra Margem se associou ao dar a merecida divulgação. Aproveitamos para enviar um abraço de amizade ao Pastor João Neto.
Como nota complementar, deixamos dois contributos para um melhor conhecimento da vida e obra do Pastor João Neto:
Primeiro - Neste Outra Margem, poucos meses após o nascimento deste espaço, em 7 de Setembro de 2006, no post que podem ler clicando aqui, divulgámos uma pequena parte da vida e obra do Pastor João Neto.
Segundo - Na semana passada, O Figueirense, pela pena da jornalista Andreia Gouveia, publica uma belíssima reportagem, que igualmente podem ler clicando aqui, que dá uma ideia do percurso de vida de um Homem que, “como um agricultor diligente, preparou o campo e escolheu criteriosamente as sementes que, agora, cabe a outros garantir que continuem a frutificar.”
A homenagem, que o Centro Social Cova-Gala promoveu na passada sexta-feira ao seu fundador, teve também a participação artística do Grupo de Cantares da Casa do Pessoal do Hospital Distrital da Figueira da Foz e do Grupo de Metais da Sociedade Boa União Alhadense.
O Centro Social da Cova e Gala desenvolve, há várias décadas, uma acção social notável em São Pedro, só possível com o esforço e a dedicação de muita gente . Porém, é da mais elementar justiça reconhece-lo, muito desse percurso deve-se ao Pastor João Neto.
Por isso mesmo, estiveram bem os actuais dirigentes da Instituição, pela justa homenagem que prestaram ao seu fundador, à qual, naturalmente, desde a primeira hora Outra Margem se associou ao dar a merecida divulgação. Aproveitamos para enviar um abraço de amizade ao Pastor João Neto.
Como nota complementar, deixamos dois contributos para um melhor conhecimento da vida e obra do Pastor João Neto:
Primeiro - Neste Outra Margem, poucos meses após o nascimento deste espaço, em 7 de Setembro de 2006, no post que podem ler clicando aqui, divulgámos uma pequena parte da vida e obra do Pastor João Neto.
Segundo - Na semana passada, O Figueirense, pela pena da jornalista Andreia Gouveia, publica uma belíssima reportagem, que igualmente podem ler clicando aqui, que dá uma ideia do percurso de vida de um Homem que, “como um agricultor diligente, preparou o campo e escolheu criteriosamente as sementes que, agora, cabe a outros garantir que continuem a frutificar.”
domingo, 22 de novembro de 2009
Futebol distrital - DIVISÃO HONRA
Sorte diferente tiveram esta tarde as equipas que representam o concelho da Figueira da Foz, na prova máxima organizada pela AFC:
o Praia Leirosa foi a Penela e perdeu por 4-1. O Cova Gala, em Poiares, conseguiu um precioso empate - 1-1, foi o resultado final.
Mais resultados aqui.
o Praia Leirosa foi a Penela e perdeu por 4-1. O Cova Gala, em Poiares, conseguiu um precioso empate - 1-1, foi o resultado final.
Mais resultados aqui.
A baralhação
“A República, como incessantemente se repete, depende dos partidos. Com o PSD, já não pode contar.”
“As políticas de José Sócrates baralharam o espectro partidário em Portugal .O PSD é só a primeira vítima desse fenómeno.”
Na opinião de Medeiros Ferreira, “é isso que falta dizer”, no excelente artigo de Vasco Pulido Valente, hoje, no Público.
“As políticas de José Sócrates baralharam o espectro partidário em Portugal .O PSD é só a primeira vítima desse fenómeno.”
Na opinião de Medeiros Ferreira, “é isso que falta dizer”, no excelente artigo de Vasco Pulido Valente, hoje, no Público.
Rua da Saudade - Canções de Ary dos Santos
Versão da “Canção de madrugar”, por Susana Félix, na opinião do Cantigueiro Samuel, "a melhor que ouviu nos últimos (muitos) anos."
sábado, 21 de novembro de 2009
Reflexão numa tarde triste e chuvosa sobre o covagalense tipo
O covagalense tipo, precisa que lhe digam onde e quando votar.
O covagalense tipo, não precisa que lhe reservem um dia para reflectir, pois ele não reflecte – deixa-se levar por um copo de tinto e um naco de porco no espeto ou, até, por uma sardinha assada.
O covagalense tipo, teme a solidão: sente-se desprotegido e sem saber o que deve fazer.
O covagalense tipo, não consegue sentir-se bem sem ser tutelado.
O covagalense tipo, é incapaz de dar um passo sem que o levem pela mão.
O covagalense tipo, convive bem e perfeitamente com a prepotência, a soberba e a falta de educação.
O covagalense tipo, não sente alergia a ditaduras. E, então, se forem ditas democráticas - nem se fala mais nisso...
O covagalense tipo, a aferir pelo que se tem passado nos últimos anos, confirma o ditado, bem português por sinal: “quanto mais me bates mais gosto de ti”.
O covagalense tipo, não precisa que lhe reservem um dia para reflectir, pois ele não reflecte – deixa-se levar por um copo de tinto e um naco de porco no espeto ou, até, por uma sardinha assada.
O covagalense tipo, teme a solidão: sente-se desprotegido e sem saber o que deve fazer.
O covagalense tipo, não consegue sentir-se bem sem ser tutelado.
O covagalense tipo, é incapaz de dar um passo sem que o levem pela mão.
O covagalense tipo, convive bem e perfeitamente com a prepotência, a soberba e a falta de educação.
O covagalense tipo, não sente alergia a ditaduras. E, então, se forem ditas democráticas - nem se fala mais nisso...
O covagalense tipo, a aferir pelo que se tem passado nos últimos anos, confirma o ditado, bem português por sinal: “quanto mais me bates mais gosto de ti”.
Citação
"Nenhum homem deveria passar a sua vida sem experimentar ao menos uma vez a salutar e até enfadonha solidão de um ermo, exclusivamente dependente de si próprio e assim aprendendo, portanto, a conhecer a sua força verdadeira e oculta."
Viajante Solitário, Jack Kerouak, Editorial Minerva
Viajante Solitário, Jack Kerouak, Editorial Minerva
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Jorge Pelicano, repórter, realizador e um português atento
De Jorge Pelicano pouco conheço. Sei que é natural da Fontela, Vila Verde, estudou na Guarda, onde foi colega de curso da minha sobrinha Vanessa, e é um realizador que tem somado prémios, nacionais e internacionais, pelos dois documentários que já fez: "Ainda Há Pastores?” e “Pare, Escute e Olhe”.
Do profissional, repórter e realizador, tenho visto algumas reportagens na SIC e noto que está a trilhar um caminho profissional difícil, ao trazer até nós imagens de um País – o nosso – que os poderes políticos continuam a olvidar.
Primeiro, foi com “Ainda há pastores”. Agora, com “Pare, escute e olhe”, um retrato crítico, pertinente e mordaz de um Portugal de políticas desastrosas e desastradas, de erros de ordenamento do território, como é o caso focado no documentário "Pare, escute e olhe"
Jorge Pelicano, ainda um jovem repórter e realizador, tem visto o seu trabalho reconhecido. Com “Pare, escute e olhe”, ganhou prémios no DocLisboa e no Festival de Seia.
Agora, chegou a vez da Câmara da Figueira reconhecer o mérito dos documentários de Jorge Pelicano, jovem repórter, realizador e um português atento, cuja obra nos leva a “reflectir, olhar para o futuro e questionar aquilo que se faz em nome do progresso”, ao atribuir-lhe na reunião de terça-feira passada, um voto de louvor, por proposta do vereador da Cultura, António Tavares.
Do profissional, repórter e realizador, tenho visto algumas reportagens na SIC e noto que está a trilhar um caminho profissional difícil, ao trazer até nós imagens de um País – o nosso – que os poderes políticos continuam a olvidar.
Primeiro, foi com “Ainda há pastores”. Agora, com “Pare, escute e olhe”, um retrato crítico, pertinente e mordaz de um Portugal de políticas desastrosas e desastradas, de erros de ordenamento do território, como é o caso focado no documentário "Pare, escute e olhe"
Jorge Pelicano, ainda um jovem repórter e realizador, tem visto o seu trabalho reconhecido. Com “Pare, escute e olhe”, ganhou prémios no DocLisboa e no Festival de Seia.
Agora, chegou a vez da Câmara da Figueira reconhecer o mérito dos documentários de Jorge Pelicano, jovem repórter, realizador e um português atento, cuja obra nos leva a “reflectir, olhar para o futuro e questionar aquilo que se faz em nome do progresso”, ao atribuir-lhe na reunião de terça-feira passada, um voto de louvor, por proposta do vereador da Cultura, António Tavares.
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