Não sou, nunca fui, grande adepto de Scolari.
Acho que ele, ao contrário do que é maioritariamente aceite, não realizou um trabalho positivo para o futebol português.
Nos seniores, teve resultados, é certo, mas não preparou o futuro. Limitou-se a gerir bem o trabalho dos outros.
Veja-se a tristeza do que se passa com o nosso futebol jovem. Ainda há poucos anos éramos uma potência a nível mundial no futebol de formação. E agora?
Considero, por isso, Scolari, um gestor do momento - bom, sobretudo, para proveito da gestão sua carreira pessoal. Nada mais que isso.
No entanto, antes do jogo com a Alemanha, que se ganharmos nos tornará os maiores, e se perdermos nos vai fazer cair nas catacumbas da angústia e do desepero, não alinho com aqueles que estão chocados com Scolari, por ele negociar a sua saída da Selecção e ida para o Chelsea a meio do Euro.
Não é o primeiro a faze-lo. Tivemos outro, com maiores responsabilidades, que a meio da prova, não resistiu a um convite estrangeiro mais tentador:
chama-se Durão Barroso.
Analisando, com a proporcionalidade que se deve dar às coisa, de Barroso, sendo primeiro-ministro, deveria esperar-se qualquer coisa mais!...
E, daí, talvez não.
Portanto, da minha parte, desde já, toda a compreensão para Scolari.Ganhe ou perca com a Alemanha...