quinta-feira, 15 de março de 2007
quarta-feira, 14 de março de 2007
Carta da Martinha Lacerda sobre a memória do verde
Olá, cá estou eu, mais a minha tia, novamente às voltinhas com o “portatil”.
Tou a ficar perita, tou a tomar-lhe o jeito!... Oh, larila!...
Tomei-lhe o gosto, pronto. E, como sei, que a minha última carta agradou ao pessoal jovem, desta vez venho falar de um assunto que vos interessa sobremaneira: o verde.
Não é que cá a Martinha seja do Sporting, nada disso. Como sabem, sou do Cova-Gala... o que até nos permite, a mim e às outras velhotas cá do “hotel”, de 15 em 15 dias, dar uma espreitada para o campo da bola e arregalar os olhos a partir daqui, do geriátrico.... é diversão... da boa... e é de borla.
Bom, agora que o tempo tem estado “direitinho”, fui um destes dias até ao Parque de Merendas comer uma bucha e dar uma olhada, pois tinha visto aqui no OUTRA MARGEM umas fotos que não me deixaram muito tranquila...
O que vi, ao vivo (in loco, como dizem agora vocês...), deixou-me desolada...
Foi, então, que me lembrei que tinha uma fotografia tirada lá, há uns tempos atrás. Aproveitei a ida e tirei outro retracto. Aqui ficam os dois: vejam a diferença.
O verde tá a ir-se... Pouco a pouco, mas ...
Nesta Terra, como se calhar em todo o País, o sonho de quem passa pelo poder, é deixar “obra feita”.
Só que, infelizmente, só obra de betão, porque para outras coisas, outros feitos e outras obras, como por exemplo, obras sociais, cultura, desporto, os covagalenses não têm muita memória.
E, nós, os velhotes, que presentemente quase não temos pra onde ir... andamos nervorsos, inquietos ... tensos... Vingamo-nos nos anti-depressivos ou nas rendinhas...
Ah, mas para não perder o fio à meada, estava cá a Martinha a falar que o betão é visível e enche o olho... Seja uma rotunda ou uma estátua. Ou uma estátua com uma rotunda.
Ah, mas por falar em memória...Foi então que dei por mim a puxar por esta cabeça já um tanto ou quanto encanecida e desmiolada.... Claro que tive de fazer um esforço. Grande: 85 anos, são mesmo 85 anos!...
E reflecti, não muito para não queimar o último neurónio: porque será que certas imagens do nosso passado se gravam na memória e constantemente vêm à tona como se tivessem um significado especial?...
E não foi que me lembrei do meu defunto e dos momentos que passámos ali naquele outrora verde de pinhal?... cá com uns esconderijos!!!...
E ...se fomos lá tão felizes !... Ai que saudades, ai, ai do meu crido Joãozinho...Ai, Ai Joãozinho crido!... como me lembro de ti...
Como me lembro do Verão de 1939 e de como nos amámos apaixonadamente no tempo da nossa adolescência, mesmo em cima da fresquidão daquele musgo fofo e cheiroso!... E a moçoila esbelta, loira, rosto oval, olhos verde-esmeralda, a beleza da Terra... que eu então era!...
Mas, o tempo passou e o que, nessa época, foi alegria, excitação, entusiasmo, tornou-se aborrecimento e desânimo, nos dias de hoje!...
Desculpem lá, mas o que tem valido para me distrair, são as espreitadas aos jogos do Cova-Gala, aos domingos, e agora estas cartitas que aqui vou deixando...
Ah, mas voltando “à vaca fria”: o verde que está a desaparecer do Parque das Merendas... Bem, a falar verdade, meus cridos, a Martinha pôs-se a pensar e descobriu que a partir do momento em que pomos perguntas para as quais não encontramos resposta, caímos sem perdão sob a alçada dos dois poderes que mais eficientemente nos torturam: o medo e a dúvida.
Por tradição cada Terra tem o seu tolinho. A nossa tem mais.
E certificados. Ora, ora... Nisso somos mesmo riquinhos...
Saúde para todos e até qualquer dia.
Martinha Lacerda
O País a nu...
Isto é a loucura total. Belisquem-me. É que esta, só a sonhar!...
Que fazer?
Propor um sistema alternativo a estes políticos?...
Surja então alguém que traga uma alternativa a esta paranóia!..
Quem quiser ser governado pelo sistema actual, mantêm-se...
Quem quiser mudar, muda.
Tempo do PREC e dos murais
Esta foto foi gentilmente sacada ao uBelogue, do cfreitas, a quem aproveito para agradecer, não apenas esta fotografia, mas também as boas recordações que de vez em quando nos traz, fruto do trabalho de pesquisa que, vê-se a olho nu, realiza com tanto gosto e empenho.
Obrigado Amigo.
Trata-se de um Mural que esteve na escadaria exterior da Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás. Data de 1977 e foi fotografado por Neves Águas (1920-1991).
Arte urbana ou vandalismo?...
As opiniões ainda se dividem!...
Na Figueira, como em todo o País, foram visíveis as frases e ícones expressos em murais. Enquanto alguns consideravam os dizeres como formas de arte, para outros só sujavam a cidade...
Enfim, na altura era um sinal de um tempo que perdura na nossa memória e da dimensão utópica que varreu o país nos tempos conturbados que se seguiram ao 25 de Abril!...
O muro, símbolo por excelência da interdição absoluta, passou a funcionar como cenário onde se representou «o excesso de liberdade que a história não permitia, mas que em poucos messes ficou sobrecarregado de investimentos, sem aplicação no dia-a-dia das pessoas, no quotidiano sociopolítico do país».
terça-feira, 13 de março de 2007
Todos diferentes... ou todos iguais
Pode ser lido aqui, no Blog do Democrata Figueirense e notável advogado, Dr. Luís de Melo Biscaia, Lugar para Todos:
“Afinal a proposta de considerar crime o enriquecimento ilícito vai ser apresentada pelo PSD!
Quem poderia imaginar uma coisa dessas?!
E para lamentar é saber-se já que o PS, com a maioria que detém, rejeitará tal proposta.”
Uma pergunta completamente inocente: se o PS não tivesse a maioria absoluta, será que o PSD apresentava a proposta?
Responda quem souber!...
Carta da Martinha Lacerda sobre a (falta de ) saúde
Olá meus amigos:
Cá estou eu, mais a minha tia, a escrever esta carta no "portátil"... sim, que cá a Martinha, é uma velhota modernaça... Óh larila!..
Bom estejam bem de saúde, que eu cá vou andando como Deus quer!...
É que, a minha saúde, já teve melhores dias... Ou se teve!
Nos meus 85 anos, as maleitas são mais que muitas!... Sei bem as preocupações que tenho, as arrelias que sofro, o dinheiro que gasto em remédios... Sei bem do que me levou a escrever esta carta...
Meus amigos, a saúde é uma coisa séria. Quando vamos pra velhos é que o sabemos... Tudo nos chega!..
A saúde devia ser um direito. Devíamos ter acesso a um Serviço Público de Saúde moderno, eficaz e eficiente, que aumentasse a nossa esperança de vida, com bem-estar e qualidade.
A Constituição da República, aliás, consagra esse direito e define o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como o instrumento fundamental da sua concretização.
Mas o que é que acontece na realidade: passando por cima do preço dos medicamentos, mais de 230 mil portugueses aguardam uma cirurgia; 1 milhão de portugueses não têm médico de família; 40% não utiliza os serviços de saúde, etc.
Isto, meus amigos, inferniza o nosso dia a dia. Tira-nos anos de vida. E, com a minha idade, o que começo a ter menos é anos de vida...
O Governo diz que não há dinheiro, mas nós os portugueses já pagamos – para além dos impostos – mais de 30% dos custos totais com a saúde, o valor mais elevado da União Europeia.
E, ou cá a Martinha está completamente enganada, ou a causa desta situação passa pelo recurso do estado a serviços privados e ao preço dos medicamentos.
A estratégia, até uma velhota como eu vê a olho nu, é libertar o Estado das suas responsabilidades e proporcionar aos privados apoderarem-se dos serviços de saúde públicos.
A carta já vai longa. Mas não se aborreçam comigo, vou terminar.
Mas não esqueçam e estejam atentos.
A saúde, meus amigos, é cada vez mais um bom negócio.
Senão olhem. O governo fecha. Os privados abrem.
Porque será?
Entretanto, como o saber não ocupa lugar, vejam aqui como nasceu o Serviço Nacional de Saúde.
Saúde para todos e até qualquer dia.
Martinha Lacerda
Bom estejam bem de saúde, que eu cá vou andando como Deus quer!...
É que, a minha saúde, já teve melhores dias... Ou se teve!
Nos meus 85 anos, as maleitas são mais que muitas!... Sei bem as preocupações que tenho, as arrelias que sofro, o dinheiro que gasto em remédios... Sei bem do que me levou a escrever esta carta...
Meus amigos, a saúde é uma coisa séria. Quando vamos pra velhos é que o sabemos... Tudo nos chega!..
A saúde devia ser um direito. Devíamos ter acesso a um Serviço Público de Saúde moderno, eficaz e eficiente, que aumentasse a nossa esperança de vida, com bem-estar e qualidade.
A Constituição da República, aliás, consagra esse direito e define o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como o instrumento fundamental da sua concretização.
Mas o que é que acontece na realidade: passando por cima do preço dos medicamentos, mais de 230 mil portugueses aguardam uma cirurgia; 1 milhão de portugueses não têm médico de família; 40% não utiliza os serviços de saúde, etc.
Isto, meus amigos, inferniza o nosso dia a dia. Tira-nos anos de vida. E, com a minha idade, o que começo a ter menos é anos de vida...
O Governo diz que não há dinheiro, mas nós os portugueses já pagamos – para além dos impostos – mais de 30% dos custos totais com a saúde, o valor mais elevado da União Europeia.
E, ou cá a Martinha está completamente enganada, ou a causa desta situação passa pelo recurso do estado a serviços privados e ao preço dos medicamentos.
A estratégia, até uma velhota como eu vê a olho nu, é libertar o Estado das suas responsabilidades e proporcionar aos privados apoderarem-se dos serviços de saúde públicos.
A carta já vai longa. Mas não se aborreçam comigo, vou terminar.
Mas não esqueçam e estejam atentos.
A saúde, meus amigos, é cada vez mais um bom negócio.
Senão olhem. O governo fecha. Os privados abrem.
Porque será?
Entretanto, como o saber não ocupa lugar, vejam aqui como nasceu o Serviço Nacional de Saúde.
Saúde para todos e até qualquer dia.
Martinha Lacerda
segunda-feira, 12 de março de 2007
Cheirinho a praia!...
Ontem, foi o primeiro dia de praia deste ano....
Por aqui, foi o habitual... toalha, jornais, livros, uns trocos no bolso para o café...O passeio, a pé, pela areia. Ontem, aproveitei, e fui ver o barco que se havia afundado, já no areal!...
O costume!...Ah, e aquele cheiro a maresia da minha infância!...
A minha praia está fisicamente diferente: tem menos areia.
Mas os cheiros são os mesmos.
Começou bem a minha época balnear.
Tenho a impressão que me cruzei lá com a Martinha Lacerda, antes dela ir para a Praia de Mira ver o Cova-Gala!...
Se for mesma ela, que velhota simpática que é!...
domingo, 11 de março de 2007
Cova-Gala sacode crise de resultados
Touring 1 / Cova-Gala 2
Campo: Lagoa do Mar
Arbitro: Paulo Carramanho
Auxiliares: Miguel Aguiar e Luís Martins
Campo: Lagoa do Mar
Arbitro: Paulo Carramanho
Auxiliares: Miguel Aguiar e Luís Martins
Vítor, Marco, Tábura ( Pedro aos 65m), Mingatos, Valter, Fábio ( Raul aos 80m), Nuno ( Cravo aos 45m ), Guilherme, Artur, Estevão e Lopes (cap.)
Suplentes não utilizados: Ni e Pires
Treinador: Tomé
Dias, Rafa, Copinho, (Lambreta cap.), Rato, Pedro Mota, Ruizito, Zézé ( Pedro Fernandes aos 60m), Alex ( João Tiago aos 63m), Sérgio ( Ricardo aos 88m) e Dani
Suplentes não utilizados: Bolas, Hugo e Rui Camarão
Treinador: Rui Camarão
Resultado ao intervalo: 1 – 1
Golos: Lambreta aos 35m (g.p), Valter aos 39m e João Tiago aos 83m
Disciplina:
Amarelos: Alex aos 25m, Lopes aos 35m e Dias aos 88m
Vermelhos: nada a registar
O Grupo Desportivo Cova-Gala, mostrou grande atitude neste jogo.
Foi sobretudo isso que lhe permitiu sair do Campo Lagoa do Mar, com uma saborosa vitória.
O empate ao intervalo era enganador e não demonstrava o que se tinha passado dentro do rectângulo de jogo.
O melhor atleta em campo, nesse período, foi o guarda-redes do Touring, que executou, antes do golo de Lambreta num pontapé de grande penalidade, quatro defesas de categoria.
O Touring, praticamente na única ocasião que teve fez o golo.
No período complementar, o Cova-Gala continuou a ser a melhor equipa em campo.
A vitória surgiu com um golo espectacular de João Tiago, que culminou da melhor maneira um contra ataque rápido da sua equipa.
Com duas vitórias consecutivas, o Cova-Gala, agora comandado por Rui Camarão parece querer sacudir a crise de resultados.
sábado, 10 de março de 2007
“Glória José”, barco de pesca artesanal naufragou ao entrar na barra da Figueira da Foz
(Para ampliar clicar nas imagens)
- Dois pescadores correram perigo de vida
- Felizmente, não morreu ninguém
A bordo estavam dois tripulantes – pai e filho – que foram resgatados ao mar. O pai, que ficou agarrado ao casco do barco, foi salvo pelo salva-vidas; o filho, foi salvo por um surfista, na praia do Cabedelo.
Como se pode ver numa das imagens, um helicóptero compareceu para prestar assistência.
Outros meios de salvamento foram deslocados também para o local do acidente: uma moto de água e um zebro dos Bombeiros. O INEM e Polícia Marítima também compareceram.
Formação do Cova-Gala: uma vitória e uma derrota
INFANTIS
Esta equipa de formação do Cova-Gala, prosseguiu a senda vitoriosa que tem vindo a trilhar neste campeonato: vinte e dois jogos, vinte e duas vitórias.
Desta vez, pela diferença mínima: 1 – 0 na deslocação a Coimbra, perante a Académica.
Esta equipa de formação do Cova-Gala, prosseguiu a senda vitoriosa que tem vindo a trilhar neste campeonato: vinte e dois jogos, vinte e duas vitórias.
Desta vez, pela diferença mínima: 1 – 0 na deslocação a Coimbra, perante a Académica.
Cova-Gala: Rui Pedro, Claudio, Rafa (cap.), João Reis, João Diogo, Mauro, Carino, Ruben, Dário, Diogo, Tiago e Léo
Treinadores: João Cravo e Pedro Nunes
Tocha: Joca, João Nunes, Daniel, Azenha, Frederico, Grou (cap.), Sérgio, David, Nelson, Rafael Costa e Julião
Treinador: Euclitos
Resultado ao Intervalo: 2 –2
Golos: Dário (3 e 13 m), Sérgio (4 m), Daniel (23, 37 e 45 m)
Numa manhã um pouco ventosa, mas com um sol radioso a brilhar, os “Escolas” do G.D.Cova-Gala e do Tocha proporcionar, uma agradável manhã de sábado desportiva no Complexo Desportivo do Cabedelo.
Treinadores: João Cravo e Pedro Nunes
Tocha: Joca, João Nunes, Daniel, Azenha, Frederico, Grou (cap.), Sérgio, David, Nelson, Rafael Costa e Julião
Treinador: Euclitos
Resultado ao Intervalo: 2 –2
Golos: Dário (3 e 13 m), Sérgio (4 m), Daniel (23, 37 e 45 m)
Numa manhã um pouco ventosa, mas com um sol radioso a brilhar, os “Escolas” do G.D.Cova-Gala e do Tocha proporcionar, uma agradável manhã de sábado desportiva no Complexo Desportivo do Cabedelo.
Num debate sobre a ética do “fim da vida”
sexta-feira, 9 de março de 2007
Ao quilómetro 17 da A14
Segundo "As Beiras", uma chinesa deu à luz numa ambulância do INEM na A14, quando seguia para uma maternidade de Coimbra.
A criança nasceu ao quilómetro 17 da A14, em Montemor-o-Velho, quando a ambulância se dirigia para a Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra.
Esta foi a primeira criança a nascer na estrada depois do encerramento do bloco de partos do HDFF, no início de Novembro de 2006.
Nascer antes do tempo é também uma forma de conseguir chegar a tempo.
O ministro da saúde confia em nós...
Quer dizer, na nossa capacidade "pró desenrascanço".
Os guardas-florestais da nossa memória
Não é possível falar da história da nossa Terra e da nossa memória, esquecendo o pinhal e os guardas-florestais.
Quem andar pelos 40 e tal anos, recorda-se do Senhor Fausto e do Senhor João.
E, o quão importante foi o seu papel na preservação da mata nacional a sul da nossa Freguesia.
É preciso recordar que os fogos alimentam uma poderosa indústria – e não é a dos madeireiros.
Gémeos do fogo são as caríssimas intervenções dos meios aéreos, o lucrativo negócio das viaturas e de outros meios de combate, o crescimento exponencial de sofisticados quartéis de bombeiros.
Estou convencido, que os fogos florestais acabariam no dia em que o Estado quisesse acabar com eles.
Sejamos explícitos: no dia em que se dispuser a gastar menos dinheiro na prevenção do que gasta actualmente no combate. Subsidiando as limpezas de matas, legislando sobre a obrigatoriedade da sua capaz conservação, criando um regime de incentivos para uma administração correcta, por parte dos privados, do património florestal, investindo num corpo numeroso, bem preparado (técnica, científica e fisicamente), bem equipado, bem pago e bem armado de guardas florestais.
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