
«HÁ DIAS ASSIM».
O próximo domingo, dia 11, é dia para estar acordado bem cedo.
É dia de ir votar o referendo.
Os políticos do bloco central não tiveram coragem e empurraram a decisão para nós.
Por mim, vou responder ao desafio.
No domingo lá estarei para votar
“SIM”.Do meu ponto de vista, o desafio a que teremos de responder é o seguinte:
“se queremos punir ou despenalizar o aborto que for realizado em determinadas condições – por vontade da mulher e realizado durante as primeiras dez semanas de gravidez, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.”Do “
SIM” do próximo domingo vai depender a redução (espero que drástica, o ideal seria a sua erradicação...) de um flagelo social que é o mercado do aborto clandestino.
O
“SIM” do próximo domingo é o único voto que, a meu ver, vai ao encontro da liberdade e responsabilidade da mulher que enfrenta a gravidez indesejada.
A realidade actual, é que as mulheres pobres não têm dinheiro para ir até Londres ou Badajoz. Com a lei em vigor, as mulheres pobres fazem o aborto em Portugal, na clandestinidade, de forma degradante e rudimentar – umas vezes pelas suas próprias mãos, outras por mãos impreparadas e gananciosas.
No domingo lá estarei para votar
“SIM”.Neste referendo, a meu ver, não está em causa a discussão da opção sobre o aborto. Ninguém quer o aborto como método de planeamento familiar.
Neste referendo, a meu ver, o que está em causa é, apenas, a sua despenalização até às dez semanas, num estabelecimento de saúde.
Independentemente de se ter ou não dinheiro.
A consciência tem espaço para a
LIBERDADE e a
RESPONSABILIADE.
Por isso, no domingo lá estarei para votar -
“SIM”.